Livro: Crônica do Pássaro de Corda
Título Original: Nejimakidori Kuronikuru
Autor: Haruki Murakami
Editora: Alfaguara
Páginas: 767
ISBN: 978-85-5652-056-2
Sinopse: Toru Okada é um jovem casado, sem filhos, que leva uma vida banal em Tóquio. Quando seu gato desaparece, ele vê seu cotidiano se transformar. A partir disso, personagens cada vez mais estranhos começam a aparecer ao seu redor, transformando a realidade em algo digno de sonho. Com seus fantasmas invadindo o mundo real, Toru é obrigado a enfrentar os problemas que carregou consigo por toda a vida. Conjugando os elementos mais marcantes da obra de Haruki Murakami, Crônica do pássaro de corda fala sobre a efemeridade do amor, a maldade que permeia a sociedade moderna e o legado violento que o Japão trouxe de suas guerras. Cativante, profético, cômico e impressionante, é um tour de force sem paralelos na literatura atual.

Haruki Murakami nasceu em Kyoto, no Japão, em janeiro de 1949. É considerado um dos autores mais importantes da atual literatura japonesa. Escreveu seu primeiro romance – Ouça a canção do vento – em 1979, mas foi em 1987 que seu nome se tornaria famoso no Japão, com o lançamento de Norwegian Wood. Sua obra foi traduzida para 42 idiomas e recebeu importantes prêmios, como o Yomiuri e o Franz Kafka. O escritor vive atualmente nas proximidades de Tóquio, e além de escritor, é aficionado por esportes de resistência. Esta é a primeira versão brasileira de Crônica do Pássaro de Corda, lançado com exclusividade pela Alfaguara.

    A vida de Toru Okada não poderia ser mais simples. Desempregado há algum tempo, ele passa o dia inteiro cuidando dos serviços domésticos (o que para ele não é problema algum) enquanto sua esposa, Kumiko, trabalha numa revista. Logo no início, descobrimos que o gato de estimação do casal, Noboru Wataya (que tem o mesmo nome que o irmão mais velho de Kumiko), está desaparecido. Todos os dias, Toru sai para procurá-lo, atendendo aos pedidos de sua esposa. Eles vivem num bairro simples, onde os fundos da casa se abrem para um corredor comprido e estreito, que dá no quintal das casas vizinhas. Toru procura o gato pelo corredor, pois ele gostava de caminhar por lá. O sumiço de gato é apenas o gatilho para que diversas coisas estranhas comecem a acontecer na vida pacata de Toru.
    Numa dessas idas ao corredor em busca do gato, ele conhece May Kasahara, uma garota de dezesseis anos que mora em frente à casa mal-assombrada da região – era considerada de mau agouro porque todas as pessoas que moraram ali cometeram suicídio. Toru desenvolveu certo fascínio pela casa, especialmente pela estátua do pássaro de corda no quintal (uma espécie de pássaro que havia pelo bairro, e sempre cantava prendendo a atenção de Toru, embora ele nunca o tenha visto) e pelo poço sem água que ficava nos fundos. May passou a fazer companhia a Toru sempre que ele estava lá, assim desenvolveram uma amizade inusitada. Além da aparição de May, Toru também passou a receber ligações de uma mulher misteriosa que lhe falava coisas obscenas ao telefone e dizia conhecê-lo bem, assim como ele a conhecia – embora Toru tivesse certeza que não.
    Outros acontecimentos começam a fazer parte de sua rotina: Kumiko chegando tarde em casa, duas irmãs misteriosas com nomes estranhos (Malta e Creta Kanô) que aparecem com o objetivo de ajudá-lo a achar o gato, o encontro inesperado com um veterano de guerra, o Tenente Mamiya, e o lançamento à carreira política de seu cunhado, a mais recente celebridade do mundo dos negócios, Noboru Wataya. Aos poucos, realidade e fantasia começam a se misturar e Toru precisa ligar os pontos dessa história se quiser descobrir qual o sentido de tudo isso, além de encontrar o caminho para consertar as loucuras que se acumularam em sua vida.

"Todas as pessoas acham que um gigantesco, complexo e incrível mecanismo movimenta o mundo, mas estão enganadas. Na verdade, é o pássaro de corda que sobrevoa os quatro cantos, dá um pouquinho de corda em cada lugar, girando a pequena chave, e movimenta o mundo. O mecanismo é bem simples, como o de um brinquedo que dá corda. Basta girar a chave, mas só o pássaro de corda pode fazer isso" (p. 367).


Olá, leitores! A coluna Memória Musical de hoje é voltada para o livro de ficção científica O Livro do Juízo Final, de Connie Willis (aqui você pode ir direto para a resenha!) . Confiram as músicas selecionadas que se encaixam com a história do livro:


1 - DEPOIS DE NÓS, ENGENHEIROS DO HAWAII.
Essa é uma música perfeita para combinar com viagens no tempo. Quando Kivrin, a protagonista, viaja para o futuro, faz muitas reflexões sobre o novo rumo que está criando no passado, o paradoxo. Ela está cercada de pessoas que, no século de onde veio, já estão mortas. É então que percebe a preciosidade do tempo que passa com elas. O livro, como um todo, acaba trazendo inúmeros pensamentos sobre atemporalidade: o tempo passa, mas há algumas coisas que permanecem iguais (costumes, superstições, maneiras de pensar), e a música de Engenheiros do Hawaii traz esse clima de uma viagem ao passado que é deixada para trás. Além disso, beira temas religiosos, e, como cito na resenha da obra, a religião é um dos assuntos mais presentes na narrativa.


Livro: A Zona Morta
Título Original: The Dead Zone 
Autor(a): Stephen King
Editora: Suma de Letras
Páginas: 480
ISBN: 978-85-5651-033-4
Sinopse: Depois de quatro anos e meio, John Smith acorda de um coma causado por um acidente de carro. E, após tanto tempo, sua volta à consciência é acompanhada de poderes inexplicáveis. O passado, o presente e o futuro — nada está fora de alcance. O resto do mundo parece considerar seus poderes um dom, mas John está cada vez mais convencido de que é uma maldição. Basta um toque, e ele descobre mais do que jamais quis sobre as pessoas. Ele não desejou isso e, no entanto, não pode se livrar das visões. Então o que fazer quando, ao apertar a mão de um político em início de carreira, John prevê o que parece ser o fim do mundo?

Stephen King é autor de mais de cinquenta best-sellers no mundo. Os mais recentes incluem Mr. Mercedes (vencedor do Edgar Award de melhor romance, em 2015), Achados e PerdidosÚltimo TurnoRevival, Escuridão Total Sem Estrelas, Doutor Sono, Novembro de 63 e Sob a redoma (que foi adaptada como uma série pela CBS). Em 2003, King recebeu a medalha de Eminente Contribuição às Letras Americanas da National Book Foundatione, em 2007, foi nomeado Grão-Mestre dos Escritores de Mistério dos Estados Unidos. A zona Morta, lançada em 1979 nos Estados Unidos e em 1981 no Brasil, ganhou uma adaptação cinematográfica em 1983 com direção de David Cronenberg.

   John Smith — não pode haver nome considerado mais comum nos Estados Unidos. Porém, o protagonista dessa obra de Stephen King está bem longe de ser normal. Quando tinha apenas seis anos, John almejava ser um grande patinador, e, tentando imitar os meninos mais velhos, que patinavam com graça e elegância, ele acabou tropeçando durante uma manobra e sofreu uma forte pancada na cabeça que o deixou desacordado e delirando por um tempo. De volta em casa, o pequeno Johnny escondeu o ocorrido de seus pais, com medo de que eles proibissem a patinação. O tempo passou e as lembranças desse dia também.
   Johnny se tornou professor do ensino fundamental de uma escola em Cleaves Mills. Ele era o tipo engraçado que se dá bem com todos, que consegue controlar a turma mais bagunceira da escola e sempre diz a coisa certa com todo seu traquejo social. Além disso, ele estava desenvolvendo um relacionamento amoroso com sua colega de trabalho, a bela Sarah Bracknell — parecia ser o começo de um bom namoro: a professora chata e o professor brincalhão. Sarah não tinha boas experiências com namoros, mas em Johnny encontrou alguém com quem podia compartilhar tudo e ter um romance saudável. Foi assim até a noite em que eles resolveram ir à feira regional para comemorar o Halloween.
   A feira estava divertida. Sarah e Johnny foram a vários brinquedos e comeram muitas porcarias saborosas. Sarah decidira passar a noite na casa de Johnny e seria a primeira vez dos dois juntos. Mas antes de partir, Johnny resolveu jogar a Roda da Fortuna em uma das barracas. Desse ponto em diante as coisas começaram a ficar estranhas. Johnny não errou em nenhuma das apostas que fez. Uma multidão se reuniu em torno dele de tão assombrosa que era sua suposta sorte. Por um acaso do destino, Sarah começou a passar mal. Johnny se apressou em levá-la para casa e a noite que iam passar juntos  no apartamento dele foi cancelada. Na volta, Johnny pegou um táxi. Ao fazer uma curva, o carro bateu e Johnny, que foi lançado longe na estrada, ficou seriamente ferido e entrou em estado de coma — permaneceu assim por quatro longos anos.
    Muita coisa aconteceu durante o tempo Johnny esteve desacordado. Um serial killer estava à solta, os Estados Unidos ganharam um novo presidente e Greg Stillson, dono de uma agência de seguros, sentiu-se confiante para lançar sua carreira política em New Hampshire. Quando Johnny finalmente acordou, sua mãe havia se tornado uma fanática religiosa, Sarah se casara e tivera um filho, e ele adquirira poderes sobrenaturais. Bastava tocar em alguém para descobrir particularidades da vida daquela pessoa. Para sua mãe, Vera, aquele só podia ser um dom dado por Deus. Mas para Johnny, só podia ser uma maldição. Boa parte de sua vida foi desperdiçada numa cama de hospital e agora que estava de volta, de repente se tornou uma personalidade paranormal. Com o passar do tempo, criou um hobby: apertar a mão de políticos para saber o que viria pela frente em suas carreiras e o que fariam se chegassem ao poder. Foi assim que Johnny chegou à Greg Stillson. Num aperto de mão, ele viu o poder que aquele homem teria e as terríveis consequências que traria ao mundo. De alguma forma Johnny precisava impedir aquilo.

— Às vezes eu acho que nada é justo — disse ele. — A vida é dura. Às vezes, você simplesmente precisa se contentar com o pouco que tem e tentar viver com isso" (p. 168).


A editora Seguinte lançou no final do último mês uma nova edição do best-seller internacional O Menino do Pijama Listrado, que tocou milhares de pessoas ao contar a história da amizade entre dois garotos divididos por um muro durante o período mais sombrio da nossa história. A edição conta com nova introdução do autor, capa dura e ilustrações de Oliver Jeffers. Confira abaixo a capa e a sinopse:

Sinopse: Bruno tem nove anos e não sabe nada sobre o Holocausto. Também não faz ideia de que seu país está em guerra com boa parte da Europa, e muito menos que sua família está envolvida no conflito. Na verdade, Bruno sabe apenas que foi obrigado a abandonar a espaçosa casa em que vivia em Berlim e a mudar-se para uma região desolada, onde ele não tem ninguém para brincar. Da janela do quarto, Bruno pode ver uma cerca, e para além dela centenas de pessoas de pijama, que sempre o deixam com frio na barriga. Em uma de suas andanças Bruno conhece Shmuel, um garoto do outro lado da cerca. Conforme a amizade dos dois se intensifica, Bruno vai aos poucos tentando elucidar o mistério que ronda as atividades de seu pai. O menino do pijama listrado é uma fábula sobre amizade em tempos de guerra, e sobre o que acontece quando a inocência é colocada diante de um monstro terrível e inimaginável. Esta edição de luxo, que comemora os dez anos de lançamento da obra, traz uma introdução inédita do autor e ilustrações do premiado artista Oliver Jeffers.


A Companhia das Letras, através do selo Quadrinhos na Cia, lança este mês a biografia ilustrada da autora do diário que entrou para a história como o mais célebre testemunho do holocausto, a Anne Frank. O lançamento oficial acontece no dia 15 de agosto. Confira abaixo a capa e a sinopse do livro:


Sinopse: Com acesso total aos arquivos da Casa de Anne Frank, em Amsterdam, Sid Jacobson e Ernie Colón realizaram esta extraordinária graphic novel. A partir de intensa pesquisa e cuidadosa contextualização histórica, os autores reconstituem a vida de Annelies Marie Frank, do seu nascimento, em junho de 1929, até sua morte precoce, em março de 1945, de tifo, no campo de concentração de Bergen-Belsen. Em julho de 1942, Anne, seu pai, Otto, sua mãe, Edith, e sua irmã mais velha, Margot, passaram a viver em um esconderijo em um prédio de Amsterdam para escapar dos nazistas que ocupavam a Holanda durante a Segunda Guerra Mundial. Lá, escreveu a maior parte do diário que se tornaria, nas décadas seguintes, o mais célebre testemunho dos horrores do holocausto.


Livro: O Livro de Moriarty
Título Original: The Book of Moriarty
Autor: Arthur Conan Doyle
Editora: Companhia das Letras
Páginas: 414
ISBN: 978-85-8285-004-2
Sinopse: "O Napoleão do Crime". É assim que Arthur Conan Doyle define o professor James Moriarty, arqui-inimigo de Sherlock Holmes e um dos grandes vilões da literatura universal. Não há crime em Londres, do mais banal ao mais terrível dos assassinatos, do qual ele não tome parte. No entanto, na obra de Doyle, Moriarty aparece como uma sombra: raramente o protagonista de uma história, sempre atrás das cortinas, em breve menções alusões. Este volume reúne todas as histórias de Sherlock Holmes em que o professor dá as caras. São seis contos e um romance que mostram a construção deste que acabaria se tornando um modelo de vilão e o personagem mais emblemático de Doyle depois de seu rival Sherlock Holmes e de dr. Watson. Nas célebres palavras do detetive, "o jogo começou".

Arthur Conan Doyle nasceu em Edimburgo, Escócia, em 1859. Formou-se médico na Universidade de Edimburgo, onde um de seus professores, dr. Joseph Bell, inspirou seu mais famoso personagem, Sherlock Holmes, por sua incrível capacidade dedutiva. Sua primeira história foi publicada em 1879 sob pseudônimo e se chamada O Mistério de Sassassa Valley. Doyle acabou abandonando a carreira de médico e se dedicou à escrita, tornando-se famoso por suas histórias de investigação. O escritor recebeu o título de nobreza do Império Britânico em 1902 e faleceu em 1930.


    Sherlock Holmes é simplesmente o detetive mais conhecido da literatura mundial, sendo a fonte de inspiração para muitos romances policiais contemporâneos. Ele, ao lado de seu fiel amigo e parceiro de investigação, dr. Watson, vive grandes aventuras e enfrenta os maiores perigos da sociedade londrina. Mas há um perigo maior que todos os outros: James Moriarty, um célebre professor matemático que está por trás de todos os crimes enfrentados por Watson e Holmes durante todo o tempo em que eles atuam nessa área. Porém, além de perigoso, Moriarty está sempre oculto por muitas sombras e se torna um desafio pessoal para Holmes.
   Apesar de estar envolvido em uma teia de crimes, Moriarty é como um objeto de admiração particular para Holmes, pois, segundo o próprio detetive, ele tem um gênio brilhante — só assim para conseguir se livrar da justiça por tantos anos. As investigações policiais nunca chegam até ele e sempre que Holmes leva o assunto "Moriarty" à polícia de Londres, todos acham que essa ligação dos crimes com o renomado professor não passa de uma lenda criada pelo cérebro de Holmes. Mas o genial detetive sabe, em seu interior, que sua intuição não aponta nada mais que a verdade.
    A coletânea de contos mostra todas as histórias em que Moriarty aparece ou é citado — sempre de forma nebulosa, pois os fatos são sempre mostrados sob o relato de Watson. O livro já inicia com O Problema Final, que mostra a morte dos dois grandes inimigos. Logo em seguida, há mais cinco contos pós-morte de Holmes (na verdade, ele nunca morreu, apenas forjou a própria morte) em que ele resolve casos e se lamenta por não ter mais gênios à sua altura, como o era Moriarty, para enfrentar. Por fim, a coletânea inclui uma história que se divide em duas partes — O Vale do Medo.


    Sempre tive curiosidade de ler as histórias de Sherlock Holmes, escritas por Arthur Conan Doyle. As únicas histórias que li sobre o detetive vieram de outros escritores, como Neil Gaiman (em seu livro Alerta de Risco, já resenhado aqui, há um conto que mostra a "aposentadoria" de Holmes). Ler sob a autoria de Doyle traz uma perspectiva totalmente diferente ao personagem e um entendimento muito mais abrangente. Os filmes e a série sobre o detetive mais famoso do mundo têm suas próprias peculiaridades e nunca são totalmente fiéis às histórias originais. Por isso, ter lido O Livro de Moriarty trouxe um novo sabor, cheio de originalidade.
   O narrador oficial das histórias de Holmes é seu leal amigo, dr. Watson, que é como a personificação de Doyle — um médico dedicado à escrita. Ele mantém uma narrativa lenta e detalhada, que parece ser mais em terceira pessoa que em primeira, tendo em vista que o narrador é um personagem secundário, não o protagonista. Dessa forma, os focos são voltados para Holmes com a visão de Watson. Os diálogos costumam se arrastar, constituindo falas densas.


"Meu bom e velho Watson! Você é o único ponto fixo em uma era de constante mudança. Sim, meu amigo, o vento leste se aproxima, e será o mais forte vendaval a jamais varrer a Inglaterra. Será uma tempestade fria e implacável, Watson, e muitos de nós devem tombar antes da última lufada. Mas, por mais tormentoso que seja, esse é o vento de Deus; e, quando a tormenta passar, a luz do sol brilhará sobre uma terra melhor, mais pira e mais forte" (p. 163).


Livro: Juntando os Pedaços
Título Original: Holding Up The Universe
Autor (a): Jennifer Niven
Editora: Seguinte
Páginas: 392
ISBN: 9788555340246
Sinopse: Jack tem prosopagnosia, uma doença que o impede de reconhecer o rosto das pessoas. Quando ele olha para alguém, vê os olhos, o nariz, a boca… mas não consegue juntar todas as peças do quebra-cabeça para gravar na memória. Então ele usa marcas identificadoras, como o cabelo, a cor da pele, o jeito de andar e de se vestir, para tentar distinguir seus amigos e familiares. Mas ninguém sabe disso — até o dia em que ele encontra a Libby. Libby é nova na escola. Ela passou os últimos anos em casa, juntando os pedaços do seu coração depois da morte de sua mãe. A garota finalmente se sente pronta para voltar à vida normal, mas logo nos primeiros dias de aula é alvo de uma brincadeira cruel por causa de seu peso e vai parar na diretoria. Junto com Jack. Aos poucos essa dupla improvável se aproxima e, juntos, eles aprendem a enxergar um ao outro como ninguém antes tinha feito.

Jennifer Niven é autora de quatro romances para adultos - American Blonde, Becoming Clementine,Velva Jean Learns to Fly e Velva Jean Learns to Drive -, três livros de não ficção - The Ice Master, Ada Blackjack e The Aqua Net Diaries -, um livro de memórias sobre suas experiências no ensino médio e Por Lugares Incríveis, best-seller do New York Time. Apesar de ter sido criada em Indiana, hoje vive com o noivo e três gatos em Los Angeles, seu lugar preferido para andanças.

   Todo mundo acha que conhece Libby Strout, a garota apelidada pela mídia de Adolescente Mais Gorda dos Estados Unidos. Mas ninguém se deu o trabalho de enxergar além de seu peso e conhecer quem ela realmente é. Desde a morte de sua mãe, Libby passou um bom tempo dentro de casa, lidando com o luto do pai e com seu próprio sofrimento. Mas agora ela está pronta para encarar o ensino médio, aprender a dirigir, fazer novos amigos, talvez até se apaixonar. Num ambiente cheio de rótulos e panelinhas, ela já sabe qual papel quer interpretar: o da garota que pode e vai fazer qualquer coisa.
   Da mesma forma, todos acham que conhecem Jack Masselin. O garoto tem estilo e atitude, circula entre todos os grupos, é popular entre os colegas. Mas Jack guarda um segredo: ele não consegue reconhecer o rosto das pessoas. Até os irmãos e os pais são estranhos para ele. Seu próprio rosto no espelho é irreconhecível. Para tentar, no mínimo reconhecer as pessoas, Jack precisa decorar o jeito de andar de cada um, os gestos, a voz ou qualquer outra marca identificadora. Seu principal passatempo é desmontar e construir coisas no porão de casa, mas ele não consegue entender o funcionamento do próprio cérebro. 
   Então, para se defender, Jack é simpático com todo mundo, sorri e acena para qualquer um... sem nunca desenvolver uma relação profunda com ninguém. Um dia, o garoto se sente pressionado pelos amigos a fazer uma pegadinha horrível com Libby, e os dois são mandados para a sala da diretora. A sentença? Dias de detenção e terapia em grupo, para ambos. Entretanto, quanto mais tempo passam juntos, menos Jack e Libby se sentem sozinhos. E o que começa como uma punição logo se torna uma amizade e talvez algo mais... Mas Jack e Libby só estarão prontos para um relacionamento quando tiverem curado suas próprias cicatrizes, da mesma forma que só me encontrei pronto a fazer essa resenha três meses após a leitura. Juntando os Pedaços, em suma, é um livro simples, mas é extremamente sensível e poderoso. Qualquer um, após ler, terá dificuldade em juntar seus próprios pedaços  — ou não!

"Às vezes as pessoas simplesmente fazem merda. Às vezes porque estão com medo. Às vezes elas escolhem fazer merda com os outros antes que possam fazer merda com elas. É uma forma de autodefesa de merda."


Livro: Uma Canção de Ninar 
Titulo Original: This Lulaby
Autor (a): Sarah Dessen
Editora: Seguinte
Páginas: 350
ISBN: 978-85-5534-011-6
Sinopse: Remy não acredita no amor. Sempre que um cara com quem está saindo se aproxima demais, ela se afasta, antes que fique sério ou ela se machuque. Tanta desilusão não é para menos: ela cresceu assistindo os fracassos dos relacionamentos de sua mãe, que já vai para o quinto casamento. Então como Dexter consegue fazer a garota quebrar esse padrão, se envolvendo pra valer? Ele é tudo que ela odeia: impulsivo, desajeitado e, o pior de tudo, membro de uma banda, como o pai de Remy — que abandonou a família antes do nascimento da filha, deixando para trás apenas uma música de sucesso sobre ela. Remy queria apenas viver um último namoro de verão antes de partir para a faculdade, mas parece estar começando a entender aquele sentimento irracional de que falam as canções de amor.

  Sarah Dessen é uma dos maiores destaques da literatura jovem adulta contemporânea. Autora de doze livros, incluindo Os Bons Segredos, que juntos somam mais de 9 milhões de exemplares vendidos no mundo, já recebeu diversos prêmios e seu nome é presença constante na lista de best-sellers do New York Times. Mora em Chapel Hill, Carolina do Norte, com o marido e a filha.

   Remy terminou o colégio e tem pela frente as últimas férias antes de ir para a Universidade de Stanford, a mais de 5 mil quilômetros de casa. Mas seu verão está longe de ser tranquilo: ela foi encarregada de organizar o quinto casamento da mãe, a escritora best-seller Barbara Starr, com Dan Davis, dono de uma concessionária da região. Numa visita à Don Davis Motors para acertar com o futuro padrasto os últimos detalhes do casamento, Remy conhece Dexter. Ou melhor, Dexter esbarra — literalmente — em Remy, dizendo que tinha sentido uma conexão entre os dois, como se soubesse que eles iam ficar juntos. Remy acha o garoto muito inconveniente e, claro, não acredita que romances como os dos livros da sua mãe sejam possíveis na vida real. Aliás, sempre que começa um namoro, ela segue alguns passos predeterminados para que o relacionamento não dure mais do que algumas semanas.
   Ela é especialista em identificar o momento perfeito de terminar: logo depois da paixão inicial, mas antes que haja um envolvimento emocional mais profundo. Mas Dexter não vai desistir tão fácil. Depois de muita insistência do garoto, os dois acabam se apaixonando, e Remy decide dar uma chance a ele. Por incrível que pareça, os defeitos de Dexter que normalmente fariam Remy arrancar os cabelos não a irritam tanto assim — e em poucos tempo ela se vê envolvida na rotina do Thuth Squad, banda que Dexter é vocalista. Em meio a talheres de plástico, um cachorro chamado Macaco e uma ópera sobre batatas, Remy pela primeira vez se pergunta se vale apena ter esperança no amor.


Livro: Tá Gravando. E Agora?
Autor (a): Kéfera Buchmann
Editora: Paralela
Páginas: 112
ISBN: 9788584390342
Sinopse: Ela está de volta. Depois do seu primeiro livro, Muito Mais que 5inco Minutos, Kéfera Buchmann publica Tá gravando. E agora?, novamente pela Editora Paralela. Nele a youtuber mais conhecida do Brasil conta como seu canal, 5incominutos, surgiu, revelando detalhes até então inéditos. Kéfera relembra como foi gravar o primeiro vídeo, as inseguranças que surgiram e como ela conseguiu superar os obstáculos para, aos poucos, ir conquistando milhões de fãs. Ela ainda tenta responder a pergunta que mais ouve dos seus seguidores: "Como eu faço para fazer o meu canal de Youtube dar certo?". Não, não existe uma fórmula mágica, mas Kéfera dá várias dicas úteis que podem ajudar os aprendizes de youtuber. Muitas das dicas servem não só para quem quer brilhar na internet. Kéfera fala de como melhorar sua criatividade de maneira geral na vida, sugerindo até exercícios para isso. De bônus, Tá gravando. E agora? traz depoimentos emocionantes de kélovers (como os fãs dela são conhecidos), que contam como Kéfera influenciou suas vidas.

LIVROS DA KÉFERA
    2.  Tá Gravando. E Agora?

Nascida em Curitiba, em 1993, Kéfera Buchmann é atriz desde os quinze anos e já rodou o país com sua seu espetáculo de teatro. Seus conhecimentos em artes cênicas e o sucesso no YouTube, além do trabalho como apresentadora em dois programas de TV, de emissoras diferentes, abriram o caminho para sua carreira no cinema. Kéfera atualmente a principal youtuber mulher do Brasil, tem um dos canais com o maior número de acessos e inscritos no país, tornando-se assim referência para quem busca uma carreira na internet. Eleita em 2016 uma das jovens mais promissoras do Brasil pela revista Forbes, Kéfera possui mais de 30 milhões de seguidores em suas redes (YouTube, Facebook, Twitter, Instagram, Snapchat, Vine e Periscope). Em 2015, lançou seu primeiro livro, Muito Mais que 5inco Minutos, que em agosto de 2016 já havia vendido mais de 400 mil exemplares. Os direitos do livro foram vendidos para Portugal, onde será publicado em 2016.

   Muito Mais Que 5inco Minutos foi publicado em 2015 e, desde a data do lançamento, o livro se mantem na lista dos mais vendidos. A obra reúne histórias, de forma não linear, da vida da curitibana. Conhecida por dizer o que pensa, através de seu livro, conhecemos uma Kéfera que nunca imaginamos em nossa mente, e acabamos também aprendemos muito sobre a vida. O livro trás a mesma Kéfera, sem papas na língua, de sinceridade chocante e muitas vezes desbocada, mas não é centrado em sua fase atual de personalidade famosa, mas mostra uma Kéfera pré-fama que pouca gente conhece. São histórias que mostram realmente o quão bom é se reinventar e buscar uma única direção. Os resultados fazem valer a pena todo o esforço, e é isso que Kéfera mostra com suas “trapalhadas”.
   Um ano após a publicação do livro (que vendeu milhares de exemplares), Kéfera ressurge com mais outro: Tá Gravando. E Agora? O novo livro da youtuber trás questões inéditas no meio editorial brasileiro e já agrada milhares de pessoas, que o compram semanalmente e fazem com que ele permaneça sempre na lista de mais vendidos. Neste segundo livro, que não é autobiográfico como o primeiro, Kéfera tenta responder a algumas das perguntas mais frequentes feitas pelos seus fãs: "Como eu faço para o meu canal ser um sucesso?", "Como ter boas ideias?", "Como lidar com a insegurança?", "Preciso ter um equipamento caro para fazer vídeos legais?". Além de várias outras dúvidas. E ela faz isso sem nunca abrir mão daquele jeito Kéfera de ser, com muito humor, sensibilidade, verdade e mantendo uma excelente relação escritor/leitor
   Além dos tópicos citados acima, em Tá Gravando. E Agora? você também poderá encontrar a história de como o 5inco Minutos surgiu e as desventuras que a Kéfera enfrentou no nascimento do canal,como criar um nome para seu canal e a importância desse pequeno detalhe, sobre como lidar com as críticas e com o fato de que a internet não perdoa, como cuidar de seus fãs e lembrar-se de que eles são tudo em sua vida e inúmeras outras dicas fundamentais para qualquer aspirante a youtuber. Sobretudo, como mensagem central, o novo livro da Kéfera trata de respeito e a importância de criar sem se importar em agradar alguém. Uma excelente dica para quem deseja entrar no maravilhoso mundo do YouTube. 

   Eu conheci a Kéfera há pouco mais de um ano, e desde então eu me agradei com sua personalidade e me tornei um admirador de seu aprazível trabalho. Quando surgiu a oportunidade de resenhar seu primeiro livro, Muito Mais Que 5inco Minutos, logo me interessei pela chance de lê-lo e tirar minhas próprias conclusões. Acabei lendo, sim, o livro e me deparei com uma leitura super prazerosa e diferente. No segundo livro, me vi feliz em ver que encontrei o mesmo dinamismo da primeira obra, o que reforça o talento de Kéfera para nos fazer aprender se divertindo.
   Desde quando Muito Mais Que 5inco Minutos foi lançado, a autora confirmou que haveria mais um livro, que iria focar exclusivamente em seu canal e em dicas sobre como criar e manter um. Quando a Paralela anunciou o lançamento, minhas expectativas eram as mesmas (grandes e boas) e mantiveram-se satisfatórias após o término do livro, que tem uma importância ainda maior que o anterior. Por fim, vale ressaltar que não é necessário ter lido o primeiro livro para ler o segundo, e que para quem nunca leu nada da Kéfera vai encontrar, nesse segundo livro, uma atmosfera um pouco mais distante da que vemos em seus vídeos (algo maduro, mas informal), justamente pela seriedade dos assuntos.

Uma dica importante para assim que você conseguir pessoas que queiram ouvir/ ler / ver o que você tem para dizer: valorize os fãs. Mesmo que seja só uma pessoa. Ela está lá para você e por você, e não é à toa. Os fãs têm seus motivos, e, independente de quais sejam, você deve ser grato por estarem ali.


Livro: Último Turno
Título original: End of Watch
Autor: Stephen King
Editora: Suma de Letras
Páginas: 338
ISBN: 978-85-5651-018-1
Sinopse: Brady Hartsfield, o diabólico Assassino do Mercedes, está há cinco anos em estado vegetativo em uma clínica de traumatismo cerebral. Segundo os médicos, qualquer coisa perto de uma recuperação completa é improvável. Mas sob o olhar fixo e a imobilidade, Brady está acordado, e possui agora poderes capazes de criar o caos sem que sequer precise deixar a cama de hospital. O detetive aposentado Bill Hodges agora trabalha em uma agência de investigação com Holly Gibney, a mulher que desferiu o golpe em Brady. Quando os dois são chamados a uma cena de suicídio que tem ligação com o Massacre do Mercedes, logo se veem envolvidos no que pode ser seu caso mais perigoso até então. Brady está de volta e, desta vez, não planeja se vingar apenas de seus inimigos, mas atingir toda uma cidade. Em Último Turno, Stephen King leva a trilogia a uma conclusão sublime e aterrorizante, combinando a narrativa policial de Mr. Mercedes e Achados e Perdidos com o suspense sobrenatural que é sua marca.       
TRILOGIA "BILL HODGES"
    1.  Mr. Mercedes
    2.  Achados e Perdidos
    3.   Último Turno

    Stephen King é um dos autores mais consagrados da contemporaneidade e autor de mais de cinquenta livros best-sellers publicado no mundo inteiro. Os mais recentes são JoylandRevival, Escuridão Total sem Estrelas (vencedor dos prêmios Bram Stoker e British Fantasy), Doutor Sono, Sob a Redoma (que virou série de TV) e Novembro de 63 (que entrou no TOP 10 dos melhores livros de 2011 na lista do New York Times Book Review, ganhou o Los Angeles Times Book Prize na categoria Terror/Thriller e o Best Hardcover Novel Award da organização International Thriller Writers). Mora no Maine com a esposa e também escritora, Tabitha King.

     O desfecho da trilogia Bill Hodges conclui a saga emocionante do Detetive Aposentado, ou Det. Apos. para Brady Hartsfield, o Mr. Mercedes que deu o título ao primeiro livro. Dessa vez, Brady está pronto para retornar e para destruir mais vidas em uma grande empreitada totalmente inesperada. Tudo começa com um crime estranho: assassinato seguido de suicídio, ambos cometidos por uma mãe contra a filha e contra si mesma. A filha foi uma das vítimas do Assassino do Mercedes no primeiro livro, acabando por ficar tetraplégica e seus cuidados foram postos nas costas da mãe. 
    Porém, quando Hodges e sua parceira Holly Gibney — com quem divide a sociedade da agência de investigação Achados e Perdidos — chegam à cena do crime, a própria casa das vítimas, se deparam com detalhes que não se encaixam. Pelas informações que recolhem, descobrem que elas estavam tendo sucesso em refazer a vida, eram felizes e se amavam muito. O fato de as mulheres estarem ligadas à Brady — que Pete, antigo parceiro de Hodges na polícia, chama de Príncipe do Suicídio — deixa Hodges desconfiado, e, por mais que seja paranoia, seus instintos dizem que deve investigar esse caso a fundo.
    Mas como Brady conseguiria fazer qualquer coisa estando preso à uma cama de hospital em um suposto estado vegetativo? Alguém estaria trabalhando para ele? Se sim, a troco de quê? Enquanto remói todas essas questões, Hodges ainda tem que lidar com o peso da idade e todos os males que ela pode trazer. Para descobrir o que há por trás de todo esse mistério, o velho Det. Apos. deve correr contra o tempo para evitar que mais vidas sejam perdidas — inclusive a sua.

"A vingança é uma filha da mãe, e a filha da mãe voltou" (p. 307).


Livro: O Menino no Alto da Montanha
Título Original: The Boy at the Top of the Mountain 
Autor (a): John Boyne
Editora: Seguinte
Páginas: 225
ISBN: 978-85-5532-012-3
Sinopse: Quando fica órfão, Pierrot é obrigado a deixar sua casa em Paris para recomeçar a vida com sua tia Beatrix, governanta de uma mansão no alto das montanhas alemãs. Porém, essa não é uma época qualquer: estamos em 1936, e a Segunda Guerra Mundial se aproxima. E essa não é uma casa qualquer: seu dono é Adolf Hitler. Logo Pierrot se torna um dos protegidos do Führer e se junta à Juventude Alemã. Mas o novo mundo que se abre ao garoto fica cada vez mais perigoso, repleto de medo, segredos e traição.

John Boyne nasceu na Irlanda, em 1971, e mora em Dublin. Escreveu diversos romances que já foram traduzidos para mais de quarenta idiomas. Seu livro mais célebre, O Menino do Pijama Listrado (2007), lhe rendeu dois Irish Book Awards, vendeu mais de 5 milhões de exemplares pelo mundo e foi adaptado para o cinema em 2008. Suas obras já foram traduzidas para mais de 45 idiomas. Escreveu diversos romances de sucesso para adultos e livros infanto-juvenis, como Noah foge de casa, A coisa terrível que aconteceu com Barnaby Brocket, Tormento e Fique onde está e então corra

   Filho de um alemão e de uma francesa, Pierrot Fischer levava uma vida humilde com os pais em Paris. Aos quatro anos, porém, é obrigado a lidar com a morte do pai e, aos sete, com a perda da mãe. Sem ter para onde ir ou quem o sustentasse, o menino acaba passando uma temporada no orfanato em Orléans, até receber uma carta de uma tia distante, pedindo que fosse morar com ela. Tia Beatrix é governanta em Berghof, uma mansão no alto de uma montanha alemã, perto da divisa com a Áustria. Pelo que Pierrot ouve falar, o senhor da casa só passava algumas temporadas ali, mas era temido por todos os empregados. 
  Para garantir a segurança do menino, Beatrix diz que agora ele agora vai se chamar Pieter, ressaltando sua ascendência alemã, e que nunca mais deve falar sobre seu passado — principalmente sobre seu melhor amigo judeu que ficou em Paris. Quando finalmente conhece o patrão da tia, Pierrot — agora Pieter — descobre que se trata de ninguém menos que Adolf Hitler, líder do Partido Nacionalista-Socialista e comandante do país. Apesar do temor inicial, em pouco tempo o menino é escolhido pelo Führer, que o presenteia com um uniforme da Juventude Hitleriana e se torna a principal referência do garoto. Até então uma vítima constante do bullying, agora Pierrot vê na autoridade recém-adquirida uma possibilidade de inverter o jogo. 
   Pierrot, como dito, tem um amigo judeu chamado Anshel, e, mesmo depois de se distanciar dele, continua a amizade com o amigo por cartas. Contudo, com o tempo, Pierrot começa a odiar Anshel, toma Hitler como espelho e começa a ver todos como seus súditos. Depois que ganha de presente do próprio Hitler o uniforme da Juventude Hitleriana, as mudanças em Pierrot ficam extremamente visíveis e o garoto feliz e ingênuo se transforma em um jovem inconsequente, autoritário e infeliz. O amadurecimento de Pierrot é carregado de dor e sofrimento, e quando o garoto chega na vida adulta começa a ver que as coisas não eram como ele pensava e que, principalmente, Hitler não era seu amigo. 

Anshel atribuiu a Pierrot o sinal do cachorro, porque considerava seu amigo gentil e fiel; Pierrot adotou o sinal da raposa para Anshel, que era o mais inteligente da classe.

   Quando fiquei sabendo que seria lançado mais um livro do John Boyne, a expectativa foi lá em cima. O tema do livro já é característico do autor, então eu já sabia que poderia esperar uma leitura fluida, objetiva e com uma história emocionante — porque é John Boyne, certo? — , e também cheia de detalhes e aprendizagem. Depois que li a sinopse, eu tive certeza de duas coisas: que (1) o livro seria destruidor — no bom sentido — e (2) mostraria o lado humano da sociedade de uma forma direta e realista, como sempre faz Boyne, um escritor que, novamente, veio me mostrar o porquê de ser um de meus autores favoritos. Enfim... nem preciso dizer que comecei a ler com toda a ansiedade e curiosidade possível, hein?
   A riqueza dos detalhes me impressionou bastante. O autor dividiu  o livro em quatro partes: 1936, 1937, 1942 e 1945, acompanhadas de um epílogo de cortar nossos corações, que acontece depois da II Guerra Mundial. Vale ressaltar ainda que Boyne fez tudo muito bem feito, e o melhor: sem pontas soltas. Apesar de o livro ser pequeno, a história foi bem feita e fica claro que o autor pesquisou bastante para construir um enredo cheio de detalhes e com uma quase perfeição estética. No decorrer da trama, os personagens vão amadurecendo e outros vão aparecendo na mesma intensidade em que ensinamentos sobre amizade — um dos maiores motivos de eu ter gostado do livro — são passados.
   John soube explorar bem os personagens fazendo o leitor sentir na pele cada experiência e sensação, além de, claro, continuar com o mesmo estilo de escrita dos livros anteriores: claro, objetivo e tocante. O livro é bem impactante e profundo — me peguei chocada em vários momentos da história, não só pela mudança que Pierrot sofreu, mas também pelas características do meio em que vive, as coisas que presenciava e a normalidade que ele começou a ver em algumas crueldades que observava durante os dias. Ainda vale ressaltar que a narração é em terceira pessoa, sempre sob o ponto de vista de Pierrot, o protagonista, que é uma criança ingenua e indefesa no início do livro, mas que por influência do meio em que vive se torna arrogante e autoritário nas páginas seguintes.

 "Então seu amigo disse que tinha uma história para contar; a história de um menino com o coração cheio de amor e decência, mas que acabou corrompido pelo poder." 

   Misturar ficção e fatos históricos em um livro foi mais uma vez uma combinação inteligente feita por John Boyne. O Menino no Alto da Montanha deveria ser uma leitura obrigatória em todas as escolas, já que possui uma história que vai arrancar lágrimas de qualquer leitor e mostrar que muitas vezes o sofrimento é essencial para encontrar o seu verdadeiro lugar. Na verdade, todas as pessoas deveriam ler ao menos um livro desse autor na vida. John Boyne me agradou em tudo, e, como aconteceu na leitura de seus outros livros, chorei, sorri e aprendi muito. A única coisa que me incomodou foi o tamanho do livro e o final, que foi um pouco rápido demais, mas nada que afetasse o entendimento da história. 
   Sobre a edição desse livro, já começo falando da capa, que seguiu o mesmo padrão minimalista dos demais livros do autor. Ah, e junto com o livro a Seguinte deixou um marcador nas orelhas  — como de costume! Uma outra coisa que me agradou bastante foi o fato de ter um desenho explicando a comunicação entre Pierrot e  Anshel, visto que seu amigo era surdo. A diagramação e a edição com um todo continuam, assim como as demais do autor aqui no Brasil, maravilhosas. Não encontrei nenhum erro ortográfico e a tradução manteve o estilo de escrita que o John Boyne tem.  
   Por fim, quero dizer que esse livro foi uma das melhores leituras do ano. E, gente, a trama é maravilhosa, a leitura é rápida, fluida, e também não tem desculpa de dizer que o livro é grande, né? A história é muito emocionante e vai mostrar a quem ler o quanto uma criança pode ser influenciada por causa de sua vulnerabilidade. Pierrot teve uma vida cheia de arrependimentos, mas no final vai ver que uma amizade verdadeira nem o tempo destrói.


Primeiro Parágrafo: "O pai de Pierrot Fischer não morreu na Grande Guerra, mas sua mãe, Émilie, costumava dizer que a guerra o matara."  
Melhor Quote: "Você viu tudo. Sabia de tudo. E sabe também das coisas pelas quais foi responsável. As mortes que carrega na consciência. Você ainda é jovem, tem só dezesseis anos. Tem muitos anos pela frente para ficar em paz com sua cumplicidade no que foi feito. mas jamais convença a si mesmo de que não sabia."



Livro: Reportagens
Título Original: Journalism
Autor: Joe Sacco
Editora: Companhia das Letras
Páginas: 200
ISBN: 9788535927313
Sinopse: Na última década, Joe Sacco tem se voltado cada vez mais aos quadrinhos curtos para nos mandar seus relatos dos conflitos ao redor do globo. Reunidas pela primeira vez, essas reportagens mostram por que Sacco é um dos principais correspondentes de guerra dos nossos tempos. São histórias de refugiados africanos em Malta, de contrabandistas palestinos, de criminosos de guerra e de suas vítimas. E ainda de uma incursão com o exército americano no Iraque, em que ele vê de perto a miséria e o absurdo da guerra. Um de seus trabalhos mais maduros, Reportagens traz sacco nas linhas de frente dos conflitos, relatando com sensibilidade e crueza os horrores — e as esperanças — da humanidade.

Joe Sacco nasceu em Malta, em 1960, e vive nos Estados Unidos desde os doze anos de idade. Formou-se em Jornalismo, mas preferiu dedicar-se aos quadrinhos, enquadrando sua arte à profissão. Viajou por muitos lugares e já esteve em frontes de conflitos, cobrindo os mais diversos casos. É autor de Palestina — Uma nação ocupada, e em Reportagens reúne as suas mais marcantes publicações de coberturas jornalísticas.

    Através dos quadrinhos podem ser contadas boas histórias. Através do jornalismo também. Juntando esses dois elementos uma coisa extremamente bem feita e detalhada pode vir à tona. Com Joe Sacco, se tem a união desses dois universos e o bom aproveitamento de cada um deles. Relatando os acontecimentos através de diversos pontos de vista, o autor procura dar um relato fidedigno da realidade ao leitor. São seis histórias narrando — e desenhando — a realidade de formas diferentes. 
    Sacco passa pelos julgamentos de guerra entre muçulmanos e sérvios, onde detalhou todas as atrocidades cometidas pelos militares. Depois, entra no âmbito da incansável guerra entre judeus e palestinos, tendo como foco os conflitos em Gaza. Em seguida, mergulha de cabeça na Guerra da Chechênia e como os chechenos — em especial as mulheres — estão sofrendo com ela, como estão tentando sobreviver fora do país e como as autoridades russas varrem seus problemas para debaixo do tapete — o autor chega até a fazer ataque pessoal à Vladimir Putin.
      Até mesmo o lado dos militares Sacco mostra: o quanto muitos se preocupam com suas vidas e com a de seus amigos, os esforços que fazem todos os dias para enfrentar os ataques e para capturar criminosos que são uma ameaça à nação. O treinamento de novos soldados é mostrado com todos os escrúpulos, narrando os absurdos passados pelos iniciantes através do tratamento que recebem dos superiores. Há também o foco nos refugiados africanos que buscam na Ilha de Malta um espaço para recomeçar — e como a partir daí são julgados pelos malteses, por isso o nome da história: "Os indesejáveis". Por fim, Sacco evidencia os indianos da casta de dalits, os "intocáveis", a situação difícil pela qual passam nas aldeias em que vivem e o quanto o governo da Índia faz para ocultar o mar de corrupção por trás de toda essa miséria, onde apenas os poderosos de castas mais altas podem desfrutar de uma vida confortável.

"O equilíbrio não devia acobertar a preguiça. Caso haja duas ou mais versões dos fatos, o jornalista precisa não só explorar e avaliar cada declaração, mas também ir a fundo no relato contestado independente de quem o relata. Por mais que o jornalismo seja "O que eles disseram que viram", ele também é "O que eu vi". O jornalista deve empenhar-se em descobrir o que acontece e relatar, e não tornar a verdade neutra só porque houve distribuição totalitária de espaço" (p. 6).


Olha mais um sorteio aí, gente!!! Depois do sucesso que foi nosso último sorteio, cá estamos nós realizando mais um — e dessa vez é ainda melhor. A Editora Seguinte cedeu gentilmente um exemplar de A Rebelde do Deserto, fantasia distópica e sucesso de Alwyn Hamilton que conquistou milhares de leitores. Ressalto, de início, que é um prato cheio para os fãs de histórias jovens, fortes, elétricas e repletas de mistérios e fantasia. Quem gosta do gênero não precisa temer mal algum, pois é um bom livro. Todos, independente de gostarem ou não do gênero, só precisam ler com um pouco mais de dedicação, deixando de lado as críticas duras e inverossímeis. A Rebelde do Deserto é construído com bastante ação, reviravoltas e com personagens divertidos e elétricos, se eu fosse vocês não perderia a chance de ler um livro bom desses, hein? Confira a resenha aqui e não fique de fora do sorteio.

Sinopse: O deserto de Miraji é governado por mortais, mas criaturas míticas rondam as áreas mais selvagens e remotas, e há boatos de que, em algum lugar, os djinnis ainda praticam magia. De toda maneira, para os humanos o deserto é um lugar impiedoso, principalmente se você é pobre, órfão ou mulher. Amani Al’Hiza é as três coisas. Apesar de ser uma atiradora talentosa, dona de uma mira perfeita, ela não consegue escapar da Vila da Poeira, uma cidadezinha isolada que lhe oferece como futuro um casamento forçado e a vida submissa que virá depois dele. Para Amani, ir embora dali é mais do que um desejo — é uma necessidade. Mas ela nunca imaginou que fugiria galopando num cavalo mágico com o exército do sultão na sua cola, nem que um forasteiro misterioso seria responsável por revelar a ela o deserto que ela achava que conhecia e uma força que ela nem imaginava possuir.


REGRAS E ESCLARECIMENTOS
1 - Para participar é necessário ter endereço de entrega no Brasil.
2 - Se inscrever utilizando o formulário Rafflecopter acima. (Dúvida? Leia esse tutorial no UMO Blog)
3 - O ganhador receberá um e-mail, e deverá responder enviando seus dados em até 72 horas. Caso não haja resposta do ganhador, um novo sorteio será feito.
4 - A entrada "Compartilhar a imagem no Facebook" pode ser feita mais de uma vez. Para compartilhar a imagem mais de uma vez, contudo, você precisa preencher a entrada  "Compartilhar a imagem da promoção no Facebook" novamente: essa opção é válida uma vez por dia, e é necessário compartilhar a imagem no mesmo dia em que preencher o formulário. Ou seja, o compartilhamento precisa ser feito no mesmo dia em que você fizer a entrada no Rafflecopter; se você voltar a dar entrada no sorteio em outro dia, precisa de outro compartilhamento.
5 - O sorteio começa dia 14/10 e termina dia  13/11. O resultado sai dias depois nesse mesmo post. 
6 - A Editora Seguinte é responsável pelo envio do livro. O blog não se responsabiliza pelo envio, e nem pelo possível extravio dos correios.
7 - Se o ganhador não cumprir devidamente as regras (que serão, sim, conferidas), será desclassificado sem aviso prévio. 
8 - As entradas correspondentes a comentários em postagens só serão validadas se os comentários forem pertinentes ao conteúdo do post. Comentários como "gostei da capa" e "muito interessante" não serão validados. 

"E que a sorte esteja sempre com você!"


E depois de vender mais de 400 mil exemplares de "Muito Mais Que 5inco Minutos", a incrível youtuber Kéfera Buchmann anuncia o lançamento de "Tá Gravando e Agora?". Vamos conferir a capa e a sinopse?

Ela está de volta. Depois de vender 400 mil exemplares do seu primeiro livro, Muito Mais que 5inco Minutos, Kéfera Buchmann publica Tá gravando. E agora?, novamente pela Editora Paralela. Nele a youtuber mais conhecida do Brasil conta como seu canal, 5incominutos, atualmente com mais de oito milhões de inscritos, surgiu, revelando detalhes até então inéditos. Kéfera relembra como foi gravar o primeiro vídeo, as inseguranças que surgiram e como ela conseguiu superar os obstáculos para, aos poucos, ir conquistando milhões de fãs. Ela ainda tenta responder a pergunta que mais ouve dos seus seguidores: “Como eu faço para fazer o meu canal de Youtube dar certo?”. Não, não existe uma fórmula mágica, mas Kéfera dá várias dicas úteis que podem ajudar os aprendizes de youtuber. Muitas das dicas servem não só para quem quer brilhar na internet. Kéfera fala de como melhorar sua criatividade de maneira geral na vida, sugerindo até exercícios para isso. De bônus, Tá gravando. E agora? traz depoimentos emocionantes de kélovers (como os fãs dela são conhecidos), que contam como Kéfera influenciou suas vidas.

O lançamento acontece no dia 26 de Agosto de 2016 e você pode adquirir na pré-venda da SARAIVA com brindes exclusivos. E aí? Gostaram da novidade? Nós amamos e esperamos resenhar mais esse sucesso em breve. 


Livro: Cidade em Chamas
Título Original: City on Fire
Autor: Garth Risk Hallberg
Editora: Companhia das Letras
Páginas: 1043
ISBN: 9788532518750
Sinopse: Nova York, 1976. O sonho hippie acabou, e dos escombros surge uma nova cultura urbana, com guitarras desafinadas, coturnos caindo aos pedaços, galerias de arte e casas de show esfumaçadas. Regan e Willian são herdeiros de uma grande fortuna. Ela, uma legítima Hamilton-Sweeney, vê seu casamento desmoronar em meio às infidelidades do marido. Ele, a ovelha negra, fundador de uma mitológica banda punk e uma figura lendária das artes de Nova York. Ao redor dos dois gira uma constelação de personagens e acasos — uma jovem fotógrafa, um professor negro e gay, um grupo de ativistas, um garoto careta e asmático e um jornalista que sonha ser o novo nome do jornalismo literário americano. E, em meio a tudo isso, um crime que vai cruzar essas vidas de forma imprevisível e irremediável. Cidade em chamas é um romance inesquecível sobre amor, traição e perdão, sobre arte, rock e o que significa a verdade. Sobre pessoas que precisam umas das outras para sobreviver. E sobre o que faz a vida valer a pena.

Garth Risk Hallberg nasceu na Louisiana e foi criado na Carolina do Norte, no Sul dos Estados Unidos. Porém, se considera nova-iorquino, pois sente que a cidade é o seu lar e a ama como se fosse seu conterrâneo. Em 2013, o autor vendeu Cidade em Chamas, seu primeiro romance, para a editora Knopf por US$ 2 milhões de dólares, um valor impensável a um escritor pouco conhecido. Mesmo assim, o livro rendeu críticas bastante positivas no mercado editorial americano, mesmo que o número de páginas fosse extenso demais (detalhe: na língua inglesa, há cem páginas a menos que na versão brasileira). Scott Rudin, de As Horas e Francês Ha comprou os direitos cinematográficos da obra.

    O cenário é de uma Nova York extremamente desgastada, mas inteiramente em polvorosa. É retratado o aumento da violência, a crise financeira que consequentemente gerou muito desemprego e pobreza, inclusive mostra o quanto os bairros de periferia foram locais de resguardo de muitos artistas de artes plásticas, como um dos personagens. A cidade estava sofrendo constantes choques culturais, e, para elevar ainda mais a euforia da época, as liberdades individuais estavam sendo contestadas o tempo inteiro. Movimentos culturais passaram a tomar forma. O Hippie ficou de lado para dar espaço ao Punk. A síntese desse movimento hoje é chamada de "contracultura", e estuda-se sobre isso nas aulas de história, embora na época, fosse motivo de escândalo levar a cultura revolucionária a ser objeto de estudo entre os mais jovens.
    Entender o conceito de "contracultura" em que o livro está inserido, é essencial para sua leitura. Porém, para compreender melhor esse contexto, é essencial se desprender de alguns preceitos tidos a respeito de movimentos revolucionários, em especial, o Punk. Hippies e punks fazem parte da contracultura, mas com ramificações de pensamento distintas. Ambos queriam a mudança da sociedade, porém, enquanto os hippies pregavam conceito de paz e amor, os punks partiram para uma abordagem mais agressiva, pois se a revolução não ocorria por meios pacíficos, então ocorreria através da violência. Pichações, solos de guitarra e vozes berrando ao microfone compondo o novo estilo Punk Rock. O movimento lutava essencialmente contra a sociedade capitalista. Os punks viam o capitalismo como uma agressão aos direitos humanos e à igualdade, e por isso, apoiavam um outro tipo de sistema — dentro desse contesto, surgiu o anarco-punk, o ápice do pensamento do movimento.


    A história realmente começa após o assassinato que vai mexer com a vida de todos os personagens, tendo como clímax o famoso blecaute de 1977, que ligará todos os caminhos em um só. Hamilton-Sweeney é o nome de uma das famílias mais populares e ricas de Nova York e pertencem como sobrenome a dois personagens-chaves: Regan e Willian. Dois irmãos que se afastaram depois de muitos altos e baixos em suas vidas, como a morte da mãe, o casamento do pai com outra mulher e a chegada do irmão dela (o "Irmão Demoníaco") aos negócios da família. Porém, seus destinos acabam sendo atravessados por uma série de fatos e a partir de então, terão que enfrentar mais mudanças e diversas surpresas.
    Regan e Willian se ligam a outros personagens que dançam a sua volta formando uma longa teia de relações e acontecimentos. O adúltero Keith, marido de Regan, conecta-se à fotógrafa baleada no Central Park, cujo corpo é encontrado por Mercer, namorado de Willian, um recém-chegado à Nova York e professor de uma escola para meninas. Mercer, por sua vez, acaba sendo interrogado por Larry Pulaski, um detetive em fase de decadência que tem um conhecido repórter chamado Richard, aspirante a ser o escritor de um livro impactante, fazendo com que nessa jornada pela obra perfeita acabe conhecendo Sam e seu pai, se envolvendo mais em sua história do que deveria. E assim segue-se a trilha interminável de personagens e histórias em flashbacks constantes, compondo um thriller eletrizante.
   
"E você, lá fora: de alguma maneira você não está aqui comigo? Quer dizer, quem ainda não sonha com um mundo diferente deste aqui? Quem dentre nós — se isso quer dizer abandonar a insanidade, o mistério, a beleza totalmente inútil de um milhão de Nova Yorks um dia possíveis — está sequer disposto a desistir da esperança?" (p.17)


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