Livro: Por Trás de Seus Olhos
Título Original: Behind Her Eyes 
Autor(a): Sarah Pinborough
Editora: Intrínseca
Páginas: 348
ISBN: 978-85-510-0220-9
Sinopse: Louise é mãe solteira, trabalha como secretária e está presa à rotina da vida moderna: ir para o escritório, cuidar da casa, do filho e tentar descansar no tempo livre. Em uma rara saída à noite, ela conhece um homem no bar e se deixa envolver. Embora ele se vá logo depois de um beijo, Louise fica muito animada por ter encontrado alguém. Ela só não esperava que seu novo e casadíssimo chefe seria o homem do bar. Apesar de ele fazer questão de logo esclarecer que o beijo foi um equívoco, em pouco tempo os dois passam a ter um caso. Em uma terrível sequência de erros, Louise acaba ficando amiga da esposa do amante. E, se você acha que sabe para onde essa história vai, pense de novo, porque Por trás se seus olhos não se parece com nenhum livro que já tenha passado por suas mãos. À medida que é arrastada para a história do casal, Louise acaba com mais perguntas que respostas e a única coisa certa é que algo naquele casamento está muito, muito errado.

Sarah Pinborough é uma premiada escritora e roteirista aclamada pela crítica. Publicou mais de vinte romances e escreveu roteiros para a BBC. Atualmente está trabalhando com várias empresas de televisão em projetos originais. Seus recentes romances incluem a história de amor distópica, The death house e um thriller adolescente, 13 minutes, que foi comprado pela Netflix com adaptação de Josh Schwartz. Por trás de seus olhos foi publicado em janeiro deste ano. O livro foi vendido para mais de vinte territórios em todo o mundo e posto em leilão aos Estados Unidos. Há discussões sobre adaptar a obra para o cinema.

    Louise, ou simplesmente Lou, é secretária num consultório de psiquiatria e sua vida é uma rotina que a esgota. Ela é mãe solteira em Londres, e tudo o que faz é pensando em seu filho, Adam. Numa noite, ela decide que já é hora de cuidar um pouco de sua vida, já que está separada de Ian – o pai de seu filho – há muito tempo, e desde então não esteve com outro homem. O pior de tudo é que Ian a traiu, esse foi o pivô do divórcio, e por isso é difícil para Lou confiar novamente em outra pessoa
    Mas quando conhece David no bar, ela se sente bem como nunca mais havia se sentido. Eles não trocam nomes ou informações pessoais, apenas um beijo quando já estavam embriagados, e isso foi o suficiente para David, que se afastou e foi embora, parecendo culpado. Isso também foi um sinal para Lou, mas ela não se importou e o homem-do-bar dominava seus pensamentos até ela descobrir que David era seu novo chefe e que tinha acabado de se mudar com sua bela esposa para Londres. Sim, ele era casado.
   O que Lou não podia imaginar é que acabaria se tornando amiga de Adele, a esposa de David. Um único encontro entre as duas é capaz de fazer com que uma se encante pela outra facilmente e percebem que têm muito em comum, inclusive os terrores noturnos. Lou sempre tem os mesmos pesadelos e ainda sofre de sonambulismo, o que atrapalha suas noites de sono e às vezes as de seu filho. Adele conta que tinha o mesmo problema, mas tempos atrás descobriu uma técnica para acabar com os terrores e controlar os próprios sonhos.
   Quando mais jovem, Adele morava com os pais num casarão antigo. Em uma noite, enquanto todos dormiam, ele pegou fogo e toda a parte leste da casa foi destruída, onde ficava o quarto dos pais dela. David estava por perto e viu o incêndio ganhar vida, mas conseguiu entrar e salvar Adele. Porém, os pais dela faleceram. Muito abalada com tudo, Adele foi para uma clínica de reabilitação. Lá, ela conheceu Rob, que tentava se recuperar do vício em heroína. Os dois ficaram amigos e compartilharam experiências. Rob lhe disse que também sofria com terrores noturnos, mas na época Adele já dominava os próprios sonhos e ensinou Rob a fazer o mesmo. Ele escreveu a técnica em um caderno, onde também escrevia seus segredos e sentimentos sobre Adele. Foi este caderno que Adele entregou à Lou, para que ela pudesse aprender a se livrar dos pesadelos. E assim, ela tem acesso à história de Rob e a tudo que lhe aconteceu enquanto esteve com Adele.
    O problema é que Lou não consegue manter distância de David, pois a atração entre os dois fica cada vez mais forte. Mesmo sabendo que está traindo sua amiga – e o próprio David, que não sabe da amizade entre elas –, Lou se envolve amorosamente com ele até estar completamente apaixonada. Mas ao mesmo tempo que compartilha momentos de paixão com aquele homem carinhoso e sensual, ela descobre que o casamento de David e Adele tem problemas sérios. Adele parece ser dominada pelo marido que liga todos os dias no mesmo horário para saber onde ela está, lhe dá remédios controlados, não permite que tenha um celular, controla todas as compras de seu cartão de crédito e não admite que faça amizades. Além do mais, ainda há o mistério em torno de Rob: onde ele está? Teria David feito algo com ele por ciúmes de Adele? Por que ele parece tão diferente quando está com ela? Lou quer encontrar as respostas, mas sente que está correndo sério perigo.

"Vista de perto, a vida de todo mundo deve ser uma confusão de segredos e mentiras. A gente nunca sabe o que o outro realmente é sob a fachada" (p. 108).


Olá, leitores! Na coluna Ao Redor do Globo de hoje mostrarei as capas de O Livro do Juízo Final (confiram a resenha aqui), escrito pela premiada autora de ficção científica, Connie Willis. Publicado pela primeira vez em 1992, a obra vem acumulando uma infinidade de capas diferentes, cada uma abordando um ângulo da história.

Esta é a capa brasileira publicada pela Suma de Letras em hardcover. Ela realmente ficou muito bonita e traz o impacto que a trama pede, em conjunto com as cores que entram em contraste sóbrio

Esta foi a primeira edição, de 1992, publicada pela editora nova-iorquina, Bantam Spectra. Ela mostra Kivrin, a protagonista trajando as roupas que foram meticulosamente escolhidas para que viajasse para a Idade Média. Porém, ela está no meio de Oxford no inverno, a época natalina – em que ela viaja. São dois contrastes vistos através do recorte de três janelas que lembram a arquitetura de igrejas – o que conversa com a religiosidade, uma das questões abordadas no livro.


Olá, leitores! A coluna Li Até a Página 100 e... hoje mostrará um pouco sobre as minhas primeiras impressões acerca do livro Por Trás de Seus Olhos, de Sarah Pinborough.


PRIMEIRA FRASE DA PÁGINA 100: "Viro a página e espero encontrar mais instruções, mas o que vejo são garranchos feitos com caneta esferográfica, nenhum respeitando muito o limite de linhas".

DO QUE SE TRATA O LIVRO: Ele gira em torno de três personagens: Louise, Adele e David. Estes últimos vivem um casamento estranho e problemático, onde nenhum dos dois parece muito feliz. Louise entra em cena quando conhece David num bar. Os dois estão embriagados e trocam beijos. Logo depois, David se vai, sentindo-se culpado. Dias depois, Louise descobre que David está em Londres para trabalhar no consultório de psiquiatria em que ela é secretária – pior ainda: ele será seu novo chefe. Mas quando Louise descobre que David é casado, tenta se afastar e manter apenas uma relação profissional. Até que um dia, Adele e Louise se encontram. As duas simpatizam uma com a outra de imediato e desenvolvem uma boa amizade, sem que David saiba. Ao se envolver cada vez mais nesse casamento, Louise percebe que há algo de muito esquisito nele.

O QUE ESTÁ ACHANDO ATÉ AGORA?
Ainda não compreendi os rumos que a história está tomando, mas desde o início é bastante envolvente. Gostei muito da escrita da autora, a forma não-linear da narrativa e seus personagens misteriosos que estão sendo construídos aos poucos.

O QUE ESTÁ ACHANDO DO PERSONAGEM PRINCIPAL?
Não ficou claro até então de quem é o protagonismo da história. De início, imaginei que fosse Louise, mas ela parece dividir espaço com Adele, que também é foco de muitos capítulos como narradora-personagem. Talvez Adele seja antagonista, mas acredito que só seja possível fazer essa divisão conforme a história avança. De toda forma, Louise é uma personagem complicada. Age como uma adolescente apaixonada sempre que pensa em David e não consegue ser honesta quando deveria ser, ou seja, é muito fácil julgá-la. Já Adele tem um lado misterioso, assim como seu passado sofrido, que vem sendo revelado aos poucos.

MELHOR QUOTE ATÉ AGORA:

"Ele se agarra às coisas que não pode mudar, mas o que está feito está  feito, queiramos ou não". 

VAI CONTINUAR LENDO?
Sim! Todas as recomendações são maravilhosas e estimulantes, assim como toda a propaganda feita em torno do livro. Sinto que este será mais um dos romances impossíveis de largar. Além do mais, estou animada por conhecer uma autora nova, já que é o primeiro livro de Sarah Pinborough que leio.

ÚLTIMA FRASE DA PÁGINA 100: "E, estranhamente, é muito bom me sentir assim".


Livro: A Invasão de Tearling
Autor(a): Erika Johansen 
Editora: Suma de Letras 
Páginas: 395
ISBN: 978-85-5651-047-1
Sinopse: Kelsea Glynn é a rainha de Tearling. Apesar de ter apenas dezenove anos e nenhuma experiência no trono,ela ficou rapidamente conhecida como uma monarca justa e corajosa. No entanto, o poder é uma faca de dois gumes. Ao interromper o comércio de escravos com o reino vizinho e tentar conseguir justiça para seu povo, ela enfurece a Rainha Vermelha, uma feiticeira poderosa e com um exército imbatível. Agora, à beira de ver o Tearling invadido pelas tropas inimigas, Kelsea precisa recorrer ao passado, aos tempos de antes da Travessia, para encontrar respostas que podem dar ao seu povo uma chance de sobrevivência. Mas seu tempo está acabando... Nesta continuação de A rainha de Tearling, a incrível heroína construída por Erika Kohansen volta para outra aventura cheia de magia e reviravoltas.

TRILOGIA "TEARLING"
    2.  A Invasão de Tearling
    3.   The Fate of the Tearling (O Destino de Tearling em tradução livre)


Erika Johansen, de 35 anos, cresceu e mora na San Francisco Bay Area. Estudou na Swarthmore College, completou seu mestrado na Iowa Writer's Workshop e mais tarde se tornou advogada. Johansen decidiu começar a escrever quando viu Stephen King, seu escritor favorito, ganhar o National Book Award em 2003, até que em uma noite de 2007, ela sonhou com o mundo de Tearling. Alguns dias depois, Erika assistiu a um discurso de Barack Obama que lhe deu inspiração para criar Kelsea, a heroína da série. Os direitos de filmagem foram comprados pela Warner Bros, tendo Emma Watson escalada como a protagonista. A frente do projeto está David Heyman, produtor de filmes como Harry Potter e O Menino do Pijama Listrado.

   Após os acontecimentos do livro A Rainha de Tearling, Kelsea vem se adaptando cada vez melhor ao trono. Quando o povo do reino de Tearling viu seu poder, a jovem de apenas dezenove anos não se tornou apenas admirada, mas também temida. As safiras continuam penduradas em seu pescoço e quanto mais o tempo passa, mais poder ela descobre ter. A questão é: como controlá-lo e usá-lo da melhor forma? Enquanto Tearling sofre a ameaça de uma invasão mort – desde que Kelsea proibiu que o povo de Tearling fosse enviado para Mortmesne como escravos, a Rainha Vermelha planeja vingança —, Kelsea enfrenta uma nova realidade ao descobrir que as safiras podem ir muito mais além do que imaginava.
   Três séculos antes da época em que a história se passa – é nesse tempo que vivia Lily Freeman (que se tornou Lily Mayhew depois de casar-se com Greg Mayhew). Seu mundo era um Estados Unidos completamente distópico. As liberdades foram esquecidas e o país vivia sob um governo autoritário que controlava cada passo de seu povo. Os ricos eram privilegiados e tinham toda a proteção do governo, contanto que se comportassem bem. Os pobres foram deixados de lado, marginalizados, obrigados a viver sob repressão constante – a não ser por aqueles que se rebelaram. E muitos fizeram isso. Esse foi o início da nova jornada rumo à Tearling. Mas o que Kelsea não consegue entender é o por quê de as safiras lhe mostrarem a vida de Lily, no que isso pode ajudar e o que a história dela tem de tão importante.
Durante o tempo em que vive essa dubiedade entre duas vidas diferentes, a Rainha Kelsea ainda tem de lidar com algo inesperado: aquele que chamam de a coisa sombria. No primeiro livro, pudemos ver o relacionamento que a Rainha de Mortmesne mantinha com a criatura que a visitava através do fogo e que, há muito tempo, havia lhe concedido poderes, como a imortalidade. Agora, é Kelsea que ele procura e é através de suas estratégias para conseguir o que quer, que Kelsea desvenda muitos mistérios que cercam sua vida e seu reino.

   O segundo livro é ainda melhor que o primeiro. Claramente a escrita de Johansen evoluiu muito, é incrível como ela adentra ainda mais no universo de Tearling e além dele. O desenvolvimento do livro foi uma boa surpresa e não tenho dúvidas de que Erika Johansen foi uma das melhores escritoras que descobri este ano. Espero ver muito mais de seu talento em outras obras, não só com o terceiro livro da trilogia (já estou aguardando o lançamento com muita ansiedade), mas também com outros. Em A invasão de Tearling, o que temos é uma versão mais aprofundada de A Rainha de Tearling, onde os mistérios se intensificam e a visão de outros personagem tornam-se foco ao lado da protagonista.
   A narrativa deste livro também superou em muito a do primeiro, que se arrastou nos primeiros capítulos e só conseguiu me prender de vez quando já havia lido mais da metade. Em A Invasão de Tearling, a história ganha o leitor logo no primeiro capítulo, quando somos apresentados a um novo e instigante personagem. Além disso, a narrativa estava em ritmo de subida o tempo inteiro, como uma montanha-russa. Muitos momentos de tensão marcam a narrativa, e mesmo as cenas mais tranquilas passam sensação de fluidez, pois mal dá para esperar a próxima surpresa que a história trará.
   Porém, isso não significa que Johansen perdeu sua marca. Assim como falei na resenha de A Rainha de Tearling, a autora descreve todos os detalhes e abre mão de muitos diálogos, focando em outros pontos da história – descrições de personagens, cenários, ações, etc. Johansen tem um cuidado muito específico com seus personagens. Ela nos envolve em suas histórias, fazendo com que descubramos seus medos e desejos. Isso faz com que sua narrativa seja onisciente e sempre em terceira pessoa. Desta vez, ela precisou lidar com a manutenção de capítulos diferentes para cada um dos personagens: e a lista aumentou consideravelmente neste segundo livro – algo que achei fantástico.


Olá, leitores! Na coluna Li até a página 100 e... trago hoje as primeiras impressões sobre o último livro da trilogia Magnus Chase e os deuses de Asgard (confira aqui a resenha do segundo livro), escrito por Rick Riordan.


PRIMEIRA FRASE DA PÁGINA 100: "Pensei em todo o tempo que passei com Percy Jackson, aprendendo sobre bolinas e mastros só para acabar descobrindo que os deuses vikings inventaram um aplicativo que dirigia barcos".

DO QUE SE TRATA O LIVRO: Este é o terceiro livro da trilogia Magnus Chase e os deuses de Asgard e traz a última batalha do protagonista Magnus, que, ao lado de seus amigos, tentará evitar o ragnarök – o dia do juízo final dos nórdicos, onde todos os mundos, inclusive o nosso, são destruídos. Para isso ele precisa antes encontrar Loki, que agora comanda o Navio dos Mortos, cujo destino final é o caos.

O QUE ESTÁ ACHANDO ATÉ AGORA?
Como sempre, a escrita de Rick Riordan consegue te prender facilmente por ser simples e frenética ao mesmo tempo. Consegui chegar à página 100 em poucas horas sem dificuldade. Além disso, está sendo ótimo poder matar a saudade dos personagens, já que faz pouco mais de um ano que aguardei esse desfecho.

O QUE ESTÁ ACHANDO DO PERSONAGEM PRINCIPAL?
Magnus continua o mesmo de sempre, porém, mais aperfeiçoado nos conhecimentos vikings. Essa estabilidade combinada com o amadurecimento parcial do personagem é ótima, considerando que toda a trama – desde o primeiro até o terceiro livro – se passa em alguns meses. Desde A espada do verão me encantei pelo Magnus, chegando até a considerá-lo um protagonista melhor que Percy (talvez porque me identifiquei mais). Porém, o mais legal até agora foi vê-lo interagindo com o próprio Percy. Esses crossovers nunca parecem dar errado nas mãos de Riordan.

MELHOR QUOTE ATÉ AGORA:

Chocolate primeiro, destruir o mundo depois. 

VAI CONTINUAR LENDO?
Claro. Mesmo sabendo que sentirei muita falta das histórias do Magnus, estou ansiosa para ver como será o final dessa história emocionante (especialmente porque até agora Rick Riordan sempre me impressionou com finais épicos. Mal posso esperar por mais um).

ÚLTIMA FRASE DA PÁGINA 100: "É um novo dia!".



Há certo consenso entre leitores de ficção sobre os personagens secundários: às vezes eles são melhores que os protagonistas. Isso também vale para os casais. Se você, assim como eu, costuma torcer mais para os casais secundários do que para os protagonistas, então venha ver essa listinha e verifique se concordamos nesses shipps.

1. SIMON LEWIS E ISABELLE LIGHTWOOD (OS INSTRUMENTOS MORTAIS)
Simon e Izzy (ou Sizzy) foram bem improváveis no início, e pensei muitas vezes que o romance entre eles estava meio forçado. Mas com o passar dos livros – em especial a partir do quarto livro, Cidade dos Anjos Caídos, quando o personagem de Simon amadurece mais e podemos perceber que ele desencanou de vez da Claire, sua melhor amiga – eles foram me conquistando à medida que desenvolviam um romance mais leve e que soava cada vez mais natural. Com certeza passei a torcer mais por eles do que para Claire e Jace, os protagonistas.

2. MAGNUS BANE E ALEC LIGHTWOOD (OS INSTRUMENTOS MORTAIS)
Continuando na série Os instrumentos mortais, outro casal que foi me prendendo a cada livro foi Magnus e Alec (ou Malec). A química imediata dos dois no primeiro livro logo me conquistou e passei o resto da série torcendo para que os dois se entendessem e para que Alec deixasse de lado suas angústias e ficasse com Magnus. Mesmo sendo muito diferentes, os dois parecem se completar e isso fez com que se tornassem o casal queridinho dos fãs – não apenas nos livros, mas também na série de TV, Shadowhunters.


Olá, leitores! Bem-vindos a mais um post da coluna Quotes de Quarta, onde compartilhamos com vocês os melhores trechos dos livros que lemos. Espero que curtam os quotes de hoje:


“Não há nada que não pode ser consertado. Exceto o fato de que você se foi para sempre.”.
— O Herói Perdido (Rick Riordan).



“Todos conquistam o que desejam, mas nem sempre se satisfazem com isso”.
— As Crônicas de Nárnia (C.S. Lewis).


"— Você disse que seria para sempre.
— E quem disse que o sempre não é agora?
— Isso não faz sentido algum.
— Eu nunca disse que faria".

— Depois dos Quinze (Bruna Vieira).


“Há momentos em que o mundo desaba sobre nós e ninguém é capaz de nos compreender".
— O Vendedor de Sonhos (Augusto Cury).


Olá, leitores! A coluna Li até a página 100 e... traz hoje as primeiras impressões sobre o segundo livro da trilogia A Rainha de Tearling (para ler a resenha do primeiro, clique aqui), A Invasão de Tearling, escrito por Erika Johansen.


PRIMEIRA FRASE DA PÁGINA 100: "Kelsea considerou a ideia por um momento, sombriamente fascinada".

DO QUE SE TRATA O LIVRO: O livro abrange o reinado de Kelsea Glynn, a rainha de Tearling, uma terra onde a população era subjugada pelo reino vizinho, Mortmesne, e por sua terrível Rainha Vermelha. No livro anterior, acompanhamos Kelsea nessa jornada para conseguir subir ao trono, derrubar o seu tio e iniciar grandes mudanças em Tearling – e ela começou jogando pesado: impediu a continuidade do comércio de escravos. Isso levou até seu reino consequências severas, como a fúria da Rainha Vermelha. Agora, ela deve preparar seu povo, pois estão prestes a entrar numa perigosa guerra e estão destinados a perdê-la.

O QUE ESTÁ ACHANDO ATÉ AGORA?
Está sendo um começo de leitura muito mais prazeroso que o primeiro livro. A Invasão de Tearling me prendeu nas primeiras páginas e não quer largar. Isso por si só já me deu ótimas expectativas quanto a história. Além disso, há a introdução de novos personagens e novos ângulos são explorados. São muitos focos distintos em um só livro, e olhe que só cheguei a página 100. Também explora os tempos Pré-Travessia, ou seja, o mundo dos Estados Unidos antes de ele se tornar o que a história do livro mostra: um mundo divido, que lembra a Idade Média, embora se passe daqui a três séculos. 

O QUE ESTÁ ACHANDO DO PERSONAGEM PRINCIPAL?
Kelsea no primeiro livro, quando era apenas uma menina de dezenove anos tentando entender o seu papel como Rainha, era uma protagonista que amei conhecer, inclusive exaltei muito isso na resenha. Ela foge dos padrões, especialmente na aparência. Ela é bastante real, agindo e pensando como qualquer jovem da idade dela pensaria e agiria estando no lugar dela. Mas neste livro Kelsea parece alguém totalmente diferente – o que não é de todo ruim, pois mostra evoluções na personagem, que agora sabe lidar melhor com suas responsabilidades. Mas agora ela não é mais tão familiar, como se houvesse se distanciado do leitor, e está havendo certa inclinação em padronizá-la, o que devo confessar que me desagradou um pouco porque tirou uma das melhores características da personagem. No entanto, Kelsea continua a mesma garota valente, firme, decidida e imponente.

MELHOR QUOTE ATÉ AGORA:

Eu acho que esse é o ponto crítico do mal neste mundo, Majestade; os que se sentem no direito de fazer o que quiserem, de ter o que quiserem. Pessoas assim nunca se perguntam se têm direito. Não consideram o custo para alguém além de si mesmas.

VAI CONTINUAR LENDO?
Com toda certeza! Como já disse, a narrativa me prendeu facilmente e aguardo com grande expectativa o desfecho, quando vários pontos "cegos" apresentados na história podem se unir e revelar alguns mistérios.

ÚLTIMA FRASE DA PÁGINA 100: "E esse homem seria uma boa escolha, pois tinha sido a ruína de muitas mulheres, ela tinha certeza".


Olá, leitores! Bem-vindos a mais um post da coluna Quotes de Quarta, onde compartilhamos com vocês os melhores trechos dos livros que lemos. Espero que curtam os quotes de hoje:



“O mundo não é cruel nem jubiloso. É simplesmente aleatório, cheio de partículas colidindo umas com as outras, elementos químicos se misturando e reagindo. Não existe ordem. Não existe algo como a condenação predeterminada do mal e a proteção dos justos. Caos, meu bem. Trata-se do caos”.
— O Inocente (Harlan Coben).



“O toque de seus lábios, suaves e leves como uma pena era tudo que os conectava, mas um fogo que Luce nunca sentira antes se espalhou por dentro dela, e ela soube que precisava mais... de Daniel. Seria demais pedir que ele precisasse dela da mesma maneira, que a prendesse em seus braços como fizera tantas vezes em seus sonhos, para retribuir o beijo com outro ainda mais poderoso. Mas foi isso que ele fez”.
— Fallen (Lauren Kate).


"O amor é quando alguém preenche um espaço na sua vida, um espaço que ficava inteiramente vazio quando essa pessoa ia embora".
— Morte Súbita (J.K Rowling).


Olá, leitores! Bem-vindos a mais um post da coluna Quotes de Quarta, onde compartilhamos com vocês os melhores trechos dos livros que lemos. Espero que curtam os quotes de hoje:



“Quero acordar com você todas as manhãs e adormecer ao seu lado todas as noites. Quero protegê-la, amá-la e cuidar de você de um jeito que nenhum outro homem jamais poderia. Quero mimá-la... Cada beijo, cada toque, cada pensamento meu, tudo isso lhe pertence. Vou fazê-la feliz. Todos os dias [...]. Você pôs fim ao meu sofrimento. E me deu uma nova eternidade. Seja minha, Nora. Seja meu tudo”.
— Finale (Becca Fitzpatrick).



“A vida de ninguém é repleta de momentos perfeitos. E se fosse, não seriam momentos perfeitos. Seriam apenas normais. Como você conheceria a felicidade se não passasse pelas fases tristes?”.
— P.S.: Eu te amo (Cecelia Ahern).


"Os livros são o melhor exemplo de namorado: deixe-os de lado e eles esperarão para sempre; dê-lhes atenção e sempre retribuirão seu amor."
— O Teorema Katherine (John Green).


Livro: A Princesa Escondida 
Autor(a): Laura Machado 
Editora: Novo Século 
Páginas: 416
ISBN: 978-85-428-1006-6
Sinopse: À primeira vista, Elisa Pariseau é uma garota normal. Como todos os jovens de Parforce, ela vai para uma Escola Preparatória, estilo internato, antes de ir para a universidade. Só uma coisa a separa dos outros: ela é uma princesa e a terceira na linha de sucessão do trono. Único detalhe? Ninguém pode saber! Não que ela se importe, já que, na sua cabeça, há problemas maiores. Ela já não gosta mais de sua melhor amiga, está se interessando pelo cara mais popular da escola e é um alvo fácil para um blog de fofocas. Mas talvez o mais complicado seja entender o que se passa entre ela e seu grande amigo de infância, agora seu guarda pessoal. Além disso, Elisa é inscrita, contra sua vontade, em uma competição da escola. No meio de tanta confusão, quem tem tempo para se preocupar em esconder sua identidade? É um ano tumultuado na escola e ainda mais em seu coração. Altas emoções e grandes decisões. Descubra o que mais o destino guarda para ela ao ler as páginas emocionantes de seu diário.

Laura Vieira Machado nasceu em Minas Gerais, em 1991. É formada em Moda pela Faculdade Santa Marcelina, de São Paulo. Fala cinco línguas e, quando tinha vinte anos, foi morar na Europa durante dez meses, alternando entre Alemanha, França e Espanha, aproveitando para visitar vários outros países e colecionar memórias inesquecíveis. Na Inglaterra, fez questão de conhecer a casa onde morou Jane Austen, uma de suas autoras preferidas. É mais viciada em café do que do Elisa Pariseau. Assiste a muitas séries e não conseguiria viver sem música. É apaixonada por livros românticos e intensos. Escreve o que lhe dá vontade de ler. 

   Entre todas as coisas que marcaram a minha vida, tem uma frase de meu pai que parece me seguir aonde eu vou. Conheça a si mesma. Posso vê-lo sentado atrás da sua mesa no escritório, pilhas de documentos á sua frente, um monte de coisas a serem resolvidas à nossa volta, e seus olhos em mim. Conheça a si mesma, Elisa. Entenda suas fraquezas, seus desejos, e ninguém nunca poderá usá-los contra você. Talvez seja exatamente por isso que eu comecei a escrever um diário. Pensar dento da própria cabeça todo mundo faz. Todos os manipulados têm cérebro teoricamente pensantes. Eu queria ir além, queria entender o que me move, onde quero chegar, quem eu sou e o porque de minhas ações. Ainda me lembro de guardar as palavras de meu pai, que devem ter sido faladas pela primeira vez quando ainda tinha meus dez anos de idade. Eu as escrevi em tudo que tinha, as memorizava, repetia durante dias. Conheça a si mesma.  
   Elisa está vivendo como uma pessoa normal, ela estuda em uma Escola Preparatória e no final de semana vai para o castelo e participa das festas da realeza como parente do rei e da rainha. Mas tudo isso é uma farsa, Elisa é a princesa que todos querem conhecer assim que ela completar dezoito anos. Desde criança seus pais escondem sua identidade e depois que ela cresceu vive como outra pessoa para cumprir a promessa deles. Quando ela nasceu seus pais decidiram que ela teria uma vida normal e longe das responsabilidades que cabem a uma princesa. Porque tudo isso? Elisa é a terceira herdeira, então está bem longe de subir ao trono, por isso seus pais decidiram que ela teria uma vida tranquila e quando completasse a maior idade seria apresentada como princesa de Parforce. Ela vai nos contar tudo sobre sua vida numa especie de diário.


"Uma decisão tomada é uma decisão levada até o fim."


Olá, leitores! Bem-vindos a mais um post da coluna Quotes de Quarta, onde compartilhamos com vocês os melhores trechos dos livros que lemos. Espero que curtam os quotes de hoje:

“Para cada herói, mil covardes. Para cada morte honrosa, mil sem sentido".
— A Espada do Verão (Rick Riordan).



“Somos quem somos por várias razões. E talvez nunca conheçamos a maior parte delas. Mas mesmo que não tenhamos o poder de escolher quem vamos ser, ainda podemos escolher aonde iremos a partir daqui. Ainda podemos fazer coisas. E podemos tentar ficar bem com elas”.
— As Vantagens de Ser Invisível (Stephen Chbosky).


"Sabia que, na primeira vez que olhei você, o que eu pensei foi: nunca na vida vi nada mais lindo e cativante? [...] Eu vi você, e queria estar perto de você. Queria que deixasse eu me aproximar. Queria conhecer você melhor do que todo mundo. Queria você, por inteiro. E todo esse desejo quase me deixou maluco. E agora que tenho você, a única coisa que me assusta é voltar a não tê-la. Ter de querer você outra vez, sem nenhuma esperança de que meu desejo seja atendido. Você é minha, Anjo. Cada pedacinho de você. Não vou deixar que nada mude isso."
— Finale (Becca Fitzpatrick).


Livro: Amor & Gelato 
Título Original: Love & Gelato 
Autor(a): Jenna Evans Welch
Editora: Intrínseca 
Páginas: 320
ISBN: 978-85-510-0234-6
Sinopse: Depois da morte da mãe, Lina fica com a missão de realizar um último pedido: ir até a Itália para conhecer o pai. Do dia para a noite, ela se vê na famosa paisagem da Toscana, morando em uma casa localizada no mesmo terreno de um cemitério memorial de soldados americanos da Segunda Guerra Mundial, com um homem que nunca tinha ouvido falar. Apesar das belezas arquitetônicas, da história da cidade e das comidas maravilhosas, o que Lina mais quer é ir embora correndo dali. Mas as coisas começam a mudar quando ela recebe um antigo diário da mãe. Nele, a menina embarca em uma misteriosa história de amor, que pode explicar suas próprias origens. No meio desse turbilhão de emoções, Lina ainda conhece Ren e Thomas, dois meninos lindos que vão mexer ainda mais com seu coração. Uma trajetória que fará Lina descobrir o amor, a si mesma e também aprender a lidar com a perda. Amor & Gelato é uma deliciosa viagem pelos mais românticos pontos turísticos italianos, com direito a tudo de mais intenso que o lugar tem a oferecer: desde paixões até corações partidos.

  Jenna Evans Welch passou parte da adolescência em Florença, onde passeava de scooter, dançava em chafarizes e tomava mais gelato do que deveria. Hoje mora em Salt Lake City, nos Estados Unidos, com o marido e o filho. 

   Lina é uma jovem muito dedicada que acaba de perder a mãe por causa de um câncer no pâncreas. Ela ainda está muito triste, mas antes de sua mãe morrer Lina prometeu que passaria o verão em Florença para conhecer seu pai — que ela nem sabia que existia. Assim que chega em Florença, um homem alto e com características bem diferentes dela vai buscá-la no aeroporto. Lina não está nada contente com essa viagem, até que chega na casa de seu pai. Ele é zelador de um cemitério, e Lina tem vontade de sair correndo de volta para sua casa, mas não tem outra saída. O verão na Toscana já começa com o pé esquerdo.
   Seu maior passa tempo — já que a internet não funciona — é correr nos arredores do cemitério. Ela não está preparada para ter uma conversa franca com seu pai sobre o passado e por isso acorda bem cedo pra correr e pensar nas coisas que sua mãe contou antes de morrer. Em uma dessas corridas ela vê um garoto italiano com uma bola de futebol e quando ela percebe eles já estão conversando. Ren se mostra super prestativo e leva Lina para conhecer vários lugares em Florença, além de apresentar ela para vários de seus amigos. Logo Lina se vê gostando da Itália e de seus novos amigos. Ela recebe um diário que sua mãe mandou para o cemitério e logo começa a ler, mas ela não esperava encontrar segredos. Nas primeiras páginas, Lina percebe que um mistério que envolve sua vida está escondido dentro das paginas daquele diário. Nossa protagonista decide que vai encontrar respostas e junto com Ren — seu fiel amigo —, vai viver uma aventura em busca de respostas, sendo que Amor & Gelato é um livro fofo com uma mensagem muito bonita sobre amor, amizade e recomeço. 


"Quando uma pessoa desiste de um relacionamento, não há nada que você possa fazer para segura-lá."



Olá, leitores! A coluna Memória Musical de hoje é voltada para o livro de ficção científica O Livro do Juízo Final, de Connie Willis (aqui você pode ir direto para a resenha!) . Confiram as músicas selecionadas que se encaixam com a história do livro:


1 - DEPOIS DE NÓS, ENGENHEIROS DO HAWAII.
Essa é uma música perfeita para combinar com viagens no tempo. Quando Kivrin, a protagonista, viaja para o futuro, faz muitas reflexões sobre o novo rumo que está criando no passado, o paradoxo. Ela está cercada de pessoas que, no século de onde veio, já estão mortas. É então que percebe a preciosidade do tempo que passa com elas. O livro, como um todo, acaba trazendo inúmeros pensamentos sobre atemporalidade: o tempo passa, mas há algumas coisas que permanecem iguais (costumes, superstições, maneiras de pensar), e a música de Engenheiros do Hawaii traz esse clima de uma viagem ao passado que é deixada para trás. Além disso, beira temas religiosos, e, como cito na resenha da obra, a religião é um dos assuntos mais presentes na narrativa.


Olá, leitores. Estão acompanhando os especiais sobre Tartarugas Até Lá Embaixo? Esperamos que sim. No dia de hoje, como de costume, traremos para vocês os melhores e mais especiais quotes do livro, que nos leva a refletir sobre o TOC, sobre os adultos e sobre a importância da resiliência.



“A maior parte dos adultos é simplesmente vazia. Vemos adultos tentando preencher o vazio com bebida, dinheiro, Deus, fama ou com o que quer que idolatrem, e tudo isso faz com que apodreçam por dentro, até não sobrar nada além do dinheiro, da bebida ou do Deus que eles acharam que era a salvação”.

“Davis e eu não conversávamos muito, sequer nos olhávamos muito, mas isso não importava, porque estávamos observando juntos o mesmo céu, o que, para mim, talvez seja mais íntimo do que contato visual. Qualquer um pode olhar para você, mas é muito raro encontrar quem veja o mesmo mundo que o seu”.

“A gente finge ser o autor, caro. Não tem outro jeito. Quando as entidades superiores fazem tocar aquele sinal monótono exatamente às 12h37, você pensa: Agora eu decido ir almoçar, mas na verdade é o sinal que decide. A gente acha que é o pintor, mas é a tela”.

“— E as autoridades nas prisões são pessoas com sede de poder e corruptas, exatamente como os professores”.

“— Eu não me incomodo — falei. — Quem vê o mundo como ele realmente é se preocupa. A vida é preocupante mesmo”.

“Acho que isso é um até logo, mas é como dizem: ninguém nunca diz até logo a menos que queira ver a pessoa novamente”.

“E a questão é que, quando a gente perde alguém, a gente se dá conta de que no fim vai perder todo mundo”.

“Os adultos pensam que sabem controlar o poder, mas na realidade é o poder que acaba controlando os adultos”.

“Toda perda é única. Não dá para saber como é a dor de outra pessoa, da mesma forma que tocar o corpo de alguém não é o mesmo que viver naquele corpo”.

“Malik ficava muito animado ao falar sobre o assunto, os olhos brilhando, demonstrando um amor sincero por seu trabalho. Não era fácil encontrar adultos assim”.

“— O problema dos finais felizes é que ou não são realmente felizes, ou não são realmente finais, sabe? Na vida real, algumas coisas melhoram e outras pioram. E aí a gente morre”.

“A gente escolhe os nossos finais e os nossos começos. Podemos escolher a moldura, sabe? A gente pode até não decidir o que aparece na foto, mas a moldura é a gente que decide”.


“A gente ouve muito falar sobre as vantagens da insanidade — a própria dra. Singh citou para mim uma frase de Edgar Allan Poe que dizia: A ciência ainda não nos provou se a loucura é ou não o mais sublime da inteligência”.

   Durante toda essa semana, falaremos sobre Tartarugas Até Lá Embaixo. Se você perdeu a resenha, confira clicando aqui. No dia de hoje, apresento para vocês um pouquinho acerca dos personagens desse livro que vem recebendo inúmeras críticas positivas tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil.
   Como dito na resenha, John Green, no intuito de compor da melhor forma possível seu mais recente sucesso, criou personagens que parecem tão reais quanto nossos melhores amigos — talvez até mais. Como de costume, é uma composição que, ao estilo numerador de fatos do autor, chama atenção por (1) ser simples e (2) por trazer uma protagonista que comove e nos diverte ao mesmo tempo, deixando marcas boas e profundas em nossa mente.
   De modo geral, Tartarugas Até Lá Embaixo foca na protagonista. É um livro narrado por Aza Holmes e, por isso, é um livro sobre Aza Holmes — mais especificamente um livro sobre como algumas pequenas situações possuem grandes “forças inidentificáveis” de mudar nosso destino, onde a adolescente ata duas pontas de sua vida. Partindo do momento em que o mistério do milionário desaparecido ganha espaço ao desfecho desse enigma que acaba mudando sua história.
   Eu gosto de muitas características nas obras de Green, talvez por isso eu não seja uma fonte tão confiável de “opiniões sobre John Green”, mas, sem dúvidas, seus personagens são marcantes. Todos eles, até mesmo os secundários — e principalmente os secundários. Daisy, por exemplo, que é a melhor amiga de Aza, é indescritível. Como Ben de Cidades de Papel, ela é extremamente bem-humorada e torna o livro muito, mas muito interessante. Daisy é a personificação da aventura, do humor e daquela parcela de ego que existe dentro de todos nós. 
   A impressão que eu tenho é que John distribui valores e qualidades (boas e ruins) entre seus personagens, e cada um deles tem algo de bom a nos ensinar. Fora Daisy, também ganham espaço (um breve espaço, ressalto) a mãe de Aza e sua médica, a dra. Singh, que sempre tem uma excelente frase de Edgar Allan Poe, de Shakespeare, de Bronte e outros, para citar para seus pacientes.

Bem, para sintetizar: Tartarugas Até Lá Embaixo possui poucos personagens, mas cada um deles acaba nos ganhando a seu modo. Meu desejo, como já sabem, é que todos deem uma chance a essa obra — é única, viu? Espero vocês no post de amanhã!


Livro: Tartarugas Até Lá Embaixo
Título Original: Turtles All The Way Down
Autor(a): John Green 
Editora: Intrínseca
Páginas: 256
ISBN: 978-85-510-0200-1
Sinopse: Depois de seis anos, milhões de livros vendidos, dois filmes de sucesso e uma legião de fãs apaixonados ao redor do mundo, John Green, autor do inesquecível A culpa é das estrelas, lança o mais pessoal de todos os seus romances: Tartarugas até lá embaixo. A história acompanha a jornada de Aza Holmes, uma menina de 16 anos que sai em busca de um bilionário misteriosamente desaparecido - quem encontrá-lo receberá uma polpuda recompensa em dinheiro - enquanto lida com o transtorno obsessivo-compulsivo (TOC).Repleto de referências da vida do autor - entre elas, a tão marcada paixão pela cultura pop e o TOC, transtorno mental que o afeta desde a infância -, Tartarugas até lá embaixo tem tudo o que fez de John Green um dos mais queridos autores contemporâneos. Um livro incrível, recheado de frases sublinháveis, que fala de amizades duradouras e reencontros inesperados, fan-fics de Star Wars e - por que não? - peculiares répteis neozelandeses.

John Green é um dos escritores norte-americanos mais queridos pelo público jovem e igualmente festejado pela crítica. É autor best-seller do The New York Times, premiado com a Printz Medal, o Printz Honor da American Library Association e o Edgar Award e foi duas vezes finalista do prêmio literário do LA Times.

   Quando Aza Holmes se deu conta pela primeira vez de que talvez fosse fictícia, seus dias úteis estavam sendo passados numa escola na região norte da cidade de Indianápolis, chamada White River High School, onde forças maiores que ela — tão maiores que ela nem saberia por onde começar a identificá-las — delimitavam seu almoço a um intervalo de tempo determinado. Não obstante, o dia em que Aza se deu conta disso pode ter sido um dos mais importantes de sua vida. Se as forças tivessem optado por um horário diferente, ou se Mychal e Daisy que ajudaram a escrever seu destino houvessem escolhido um assunto diferente para conversar naquele dia de setembro, sua história teria tido um fim diferente — ou ao menos um meio diferente.
   Naquele dia em especial, Daisy resolveu conversar justamente sobre o desaparecimento do pai de Davis Pickett, o garoto que Aza conheceu certa vez num acampamento de férias. A polícia oferecia cem mil dólares a quem ajudasse a encontrá-lo. E Daisy acreditava fielmente que Aza poderia fornecer as tão preciosas pistas — principalmente porque a garota conhecia o filho dele. Não tão bem, mas pelo menos conhecia. Assim, mesmo com os transtornos obsessivos-compulsivos cada vez mais fortes e incômodos de Aza, ela embarca com Daisy atrás do único contato que têm em comum com o magnata desaparecido: seu filho.
   Conforme Aza se aventura com Daisy e descobre mais sobre si mesma e seus limites, passamos a conhecer brevemente a vida do misterioso poeta Davis Pickett, um garoto com estilo e atitude, que apesar de não circular entre todos os grupos, é popular entre os colegas. Mas Davis guarda segredos, sentimentos e não estará pronto para um relacionamento enquanto não tiver curado suas próprias cicatrizes. Do meio para o fim, o livro aqui resenhado representa um copo de água depois de anos de muita sede, sendo que mais do que uma história sobre o amor entre duas pessoas, sobre o poder da amizade duradoura e sobre a resiliência, Tartarugas Até Lá Embaixo é a história sobre Aza Holmes, a garota que acredita que a vida é uma história que contam sobre nós, não uma história que escolhemos contar.

   John Green é incrível — e me intriga como existem pessoas que não consegue notar isso! A bem da verdade, resenho esse livro com muita emoção e com muita felicidade. Tartarugas Até Lá Embaixo é uma história muito especial, sobre verdades que existem dentro de cada um de nós e que, cotidianamente, são mascaradas por nossos próprios, e muitas vezes forçados, transtornos. É uma leitura que representa libertação — uma consulta com um terapeuta chamado verdade que conta com a ajuda de uma psicóloga chamada vida. Durante toda essa semana, vocês terão contato com muitas informações sobre esse livro, sendo que esta resenha integra o primeiro post da Semana Especial sobre Tartarugas Até Lá Embaixo, realizada pela Editora Intrínseca e seus parceiros.
   Não consigo descrever a minha sensação ao ler o novo e tão aguardado livro do John! Ele é um autor que mostrou para que veio. Ele não quer simplesmente escrever — principalmente, escrever qualquer coisa. Não deseja apenas vender suas preciosas obras. Não quer apenas tratar de temas muitas vezes intratáveis, com uma história de romance e resiliência. É muito mais do que isso. É sobre tão mais do que isso que me faltam palavras. Na mais básica explicação, John quer tocar, de modo que as palavras faltem e os sentimentos transbordem
   Mergulhei de cabeça em Tartarugas Até Lá Embaixo da mesma forma como fiz com todos os demais e tão especiais livros de Green — e, a bem da verdade, nem sei qual deles eu gosto mais. A literatura jovem-adulto sempre me agradou bastante, não por questões de faixa etária, mas pelo conteúdo profundo que geralmente traz. Você inicia a leitura sem pretensão alguma — porque ela própria não parece ter intenções — e quando se dá conta já está lendo há várias e várias horas, sorrindo, chorando e sem conseguir parar de pensar na obra. É mais ou menos isso que acontece quando se lê Tartarugas Até Lá Embaixo, e é impossível, ao terminar a leitura, você ser o mesmo de quando iniciou. 
   Da mesma forma que acontece em seus livros anteriores, a narração é em primeira pessoa, o que nos permite ter uma visão focada na protagonista e em suas ações, escolhas e sentimentos — o que contribui de forma positiva para o dinamismo que envolve a obra da primeira à última página. Nos momentos mais emotivos e profundos, parece que Aza e seus monólogos interiores são direcionados diretamente para nós, leitores. A escrita de Green continua poética, sensível e dá espaço aos monólogos muito bem-criados e deixa os diálogos com a responsabilidade de conduzir o humor que se tornou marca registrada desde Cidades de Papel e O Teorema Katherine

“A maior parte dos adultos é simplesmente vazia. Vemos adultos tentando preencher o vazio com bebida, dinheiro, Deus, fama ou com o que quer que idolatrem, e tudo isso faz com que apodreçam por dentro, até não sobrar nada além do dinheiro, da bebida ou do Deus que eles acharam que era a salvação”.


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