Livro: O Livro Ilustrado dos Maus Argumentos
Título Original: An Illustrated Book of Bad Arguments
Autor: Ali Almossawi
Editora: Sextante
Páginas: 63
ISBN: 978-85-431-0478-2
Sinopse: Diante das discussões cada vez mais absurdas nas redes sociais, Ali Almossawi resolveu resgatar uma dose - necessária e urgente - de lógica para a era da internet. O resultado é este livro acessível, que explica, com divertidas ilustrações, as 19 principais falácias que tornam insustentáveis tantos argumentos e debates.

Ali Almossawi é Mestre em Engenharia de Sistemas pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e em Engenharia de Software pela Universidade de Carnegie Mellon. Ele mora com a mulher e a filha em São Francisco, onde trabalha como designer de visualização de dados na equipe de métrica do Mozilla, e também como colaborador do Laboratório de Mídia do MIT. Antes disso, Ali desenvolveu pesquisas em Harvard e no Instituto de Engenharia de Software (SEI), criando modelos para prever a qualidade de códigos-fonte. Seu trabalho já foi mencionado em artigos na Scientific American, Wired, The New York Times, Fast Company e outras publicações.

    Provavelmente todos nós já nos deparamos com maus argumentos, seja no meio de um debate com algum amigo ou familiar, seja nas redes sociais. Nos dias atuais, todos se sentem aptos a participarem de qualquer discussão – apelam para a democracia, para a liberdade de expressão, etc. E os apelos não estão errados, mas a forma como se discute um assunto pode estar. Ninguém sabe de tudo e vez ou outra podem se encontrar numa situação em que não saiba argumentar ou rebater para defender uma ideia, cometendo grandes falácias.
   Através de desenhos muito fofos, Almossawi mostra 19 frequentes abusos de "razão" com os quais nos deparamos todos os dias – e, por vezes, somos os próprios responsáveis por eles. Cada mau argumento tem uma classificação específica, como a falácia do espantalho, por exemplo, que consiste em deturpar o argumento do outro para atacá-lo mais facilmente. No livro, essa falácia é demonstrada através de um artista que pinta um tucano. A pintura fica horrível, mas o artista argumenta que, na verdade, horrível era o tucano, ele apenas o retratou fielmente.

"'É impossível imaginar que o homem realmente pisou na Lua, portanto isso nunca aconteceu'. Diante de afirmações desse tipo, o ideal é uma resposta sarcástica, como: 'É por isso que você não virou cientista da NASA'" (p. 32).


Livro: A Cabana: Guia de Estudos
Título Original: The Shack: Study Guide
Autor (a): William P. Young e Brad Robison
Editora: Sextante
Páginas: 248
ISBN: 9788543104683
Sinopse: Com sua mensagem de esperança e fé, A cabana inspirou milhões de pessoas no mundo, alcançando a marca de 20 milhões de livros vendidos. Agora, numa parceria com o psiquiatra Brad Robison, William P. Young criou um guia de estudos para quem deseja um encontro cara a cara com Deus. A partir de trechos originais de A cabana, os autores propõem reflexões instigantes, que nos fazem questionar o sentido da existência e nos deixam mais perto das respostas aos maiores desafios da vida. Este livro é um recurso indispensável para quem quer encontrar a própria coragem e enfrentar as provações do mundo.

William Paul Young é autor do best-seller internacional A Cabana, com 18 milhões de exemplares vendidos no mundo, sendo mais de 3 milhões no Brasil. Ele nasceu no Canadá e foi criado pelos pais missionários em uma tribo indígena, nas montanhas da antiga Nova Guiné Holandesa. Sofreu grandes perdas na infância e na adolescência, mas agora goza, juntamente com sua família, do que chama de um “esbanjamento de graça” na região noroeste dos Estados Unidos.

Brad Robison é psiquiatra e há 20 anos tem sua clínica em Cape Girardeau, no Missouri, onde criou um espaço sagrado para fazer atendimento individual e familiar. Ele ajudou a criar a Sacred Space Ministries, uma organização cuja missão é desenvolver o crescimento espiritual e as experiências de transformação de vida para famílias, indivíduos e grupos. O Dr. Robison está casado com Paula há 30 anos e tem três filhos.

   Durante uma viagem que deveria ser repleta de diversão e alegria, uma tragédia marca para sempre a vida da família de Mack Allen: sua filha mais nova, Missy, desaparece misteriosamente. Depois de exaustivas investigações, indícios de que ela teria sido assassinada são encontrados numa velha cabana. Imerso numa dor profunda e paralisante, Mack entrega-se a Grande Tristeza, um estado de torpor, ausência e raiva que, mesmo após quatro anos do desaparecimento da menina, insiste em não diminuir. 
   Um dia, porém, ele recebe um estranho bilhete, assinado por Deus, convidando-o para um encontro na cabana abandonada. Cheio de dúvidas, mas procurando um meio de aplacar seu sofrimento, Mack atende ao chamado e volta ao cenário de seu pesadelo. Chegando lá, sua vida dá uma nova reviravolta. Deus, Jesus e o Espírito Santo estão à sua espera para um “acerto de contas” e, com imensa benevolência, travam com Mack surpreendentes conversas sobre vida, morte, dor, perdão, fé, amor e redenção, fazendo-o compreender alguns dos episódios mais tristes de sua história. 
   Intenso, sensível e profundamente transformador, A Cabana, best-seller que já vendeu mais de 4 milhões de exemplares no Brasil, vai fazer você refletir sobre o poder de Deus, a grandeza de seu amor por nós e o sentido de todo o sofrimento que precisamos enfrentar ao longo da vida.

"Ainda acho que precisamos conhecer o inverno para compreender o verão. Assim como é necessário passar por momentos de tristeza profunda para conseguir identificar e valorizar a felicidade quando ela chegar. E não devemos, nunca, nos esquecer das pessoas que amamos".


Livro: A Cabana
Título Original: The Shack
Autor (a): William P. Young
Editora: Arqueiro
Páginas: 248
ISBN: 9788580416343 
Sinopse: Publicado nos Estados Unidos por uma editora pequena, A cabana se revelou um desses livros raros que, a partir do entusiasmo e da indicação dos leitores, se tornam um fenômeno de público – com quase 20 milhões de exemplares vendidos no mundo – e de imprensa. Durante uma viagem de fim de semana, a filha mais nova de Mack Allen Phillips é raptada e evidências de que ela foi brutalmente assassinada são encontradas numa velha cabana. Após quatro anos vivendo numa tristeza profunda causada pela culpa e pela saudade da menina, Mack recebe um estranho bilhete, aparentemente escrito por Deus, convidando-o a voltar à cabana onde acontecera a tragédia. Apesar de desconfiado, ele vai ao local numa tarde de inverno e adentra passo a passo o cenário de seu mais terrível pesadelo. Mas o que ele encontra lá muda o seu destino para sempre. Em um mundo cruel e injusto, A cabana levanta um questionamento atemporal: se Deus é tão poderoso, por que não faz nada para amenizar nosso sofrimento? As respostas que Mack encontra vão surpreender você e podem transformar sua vida de maneira tão profunda quanto transformaram a dele. Você vai querer partilhar este livro com todas as pessoas que ama. Esta edição especial inclui um texto inédito do autor, relembrando os 10 anos de sucesso que marcaram a trajetória do livro e contando detalhes da gravação do filme. Além disso, traz um caderno de fotos com cenas da adaptação desta emocionante história para as telas do cinema.

William Paul Young é autor do best-seller internacional A Cabana, com 18 milhões de exemplares vendidos no mundo, sendo mais de 3 milhões no Brasil. Ele nasceu no Canadá e foi criado pelos pais missionários em uma tribo indígena, nas montanhas da antiga Nova Guiné Holandesa. Sofreu grandes perdas na infância e na adolescência, mas agora goza, juntamente com sua família, do que chama de um “esbanjamento de graça” na região noroeste dos Estados Unidos.

   Durante uma viagem que deveria ser repleta de diversão e alegria, uma tragédia marca para sempre a vida da família de Mack Allen: sua filha mais nova, Missy, desaparece misteriosamente. Depois de exaustivas investigações, indícios de que ela teria sido assassinada são encontrados numa velha cabana. Imerso numa dor profunda e paralisante, Mack entrega-se a Grande Tristeza, um estado de torpor, ausência e raiva que, mesmo após quatro anos do desaparecimento da menina, insiste em não diminuir. 
   Um dia, porém, ele recebe um estranho bilhete, assinado por Deus, convidando-o para um encontro na cabana abandonada. Cheio de dúvidas, mas procurando um meio de aplacar seu sofrimento, Mack atende ao chamado e volta ao cenário de seu pesadelo. Chegando lá, sua vida dá uma nova reviravolta. Deus, Jesus e o Espírito Santo estão à sua espera para um “acerto de contas” e, com imensa benevolência, travam com Mack surpreendentes conversas sobre vida, morte, dor, perdão, fé, amor e redenção, fazendo-o compreender alguns dos episódios mais tristes de sua história. 
   Intenso, sensível e profundamente transformador, A Cabana, best-seller que já vendeu mais de 4 milhões de exemplares no Brasil, vai fazer você refletir sobre o poder de Deus, a grandeza de seu amor por nós e o sentido de todo o sofrimento que precisamos enfrentar ao longo da vida.

"O perdão existe em 1º lugar para aquele que perdoa, para libertá-lo de algo que vai destruí-lo, que vai acabar com sua alegria e capacidade de amar integral e abertamente...".
(+) Memória Musical: A Cabana  |  (+) Li Até a Página 100 e... (A Cabana: Guia de Estudos)


E pra começar um 2017 cheio de novidades, apresentamos nossa mais nova coluna: Li Até a Página 100 e..., uma espécie de Primeiras Impressões que antecederá as resenhas de vários livros lidos por nós. O escolhido de hoje é A Cabana: Guia de Estudos, guia para encontrar a cura para a perda, o trauma e a dor de William P. Young e Brad Robison.


PRIMEIRA FRASE DA PÁGINA 100: “Lembro-me de quando Jon, o primeiro, nasceu.”

DO QUE SE TRATA O LIVRO: A Cabana: Guia de Estudos é um guia oficial para os fãs do livro que desejam um encontro cara a cara com Deus, trazendo reflexões instigantes e que nos fazem rememorar as melhores partes do romance de William P. Young.

O QUE ESTÁ ACHANDO ATÉ AGORA?
Eu estou adorando a experiência. Faz com que um livro que já é completo se torne ainda mais profundo.

O QUE ESTÁ ACHANDO DO PERSONAGEM PRINCIPAL?
Bem, por ser um guia de estudos, não temos exatamente um personagem principal. Em A Cabana: Guia de Estudos, temos nós mesmos no papel do protagonista em busca da própria coragem e das maneiras de enfrentar as provações do mundo.

MELHOR QUOTE ATÉ AGORA:
“Se prestarmos bastante atenção, sempre conseguiremos descobrir alguma compensação no sofrimento.”

VAI CONTINUAR LENDO?
Continuarei lendo e, sem dúvidas, lerei em muitos momentos de minha vida.

ÚLTIMA FRASE DA PÁGINA 100:
“O que fazem podem afetar meu orgulho, mas não meu amor”.


Livro: Ninfeias Negras
Título Original: Nymphéas Noirs
Editora: Arqueiro
Páginas: 346
ISBN: 978-85-8041-632-9
Sinopse: Giverny é uma cidadezinha mundialmente conhecida, que atrai multidões de turistas todos os anos. Afinal, Claude Monet, um dos maiores nomes do Impressionismo, a imortalizou em seus quadros, com seus jardins, a ponte japonesa e as ninfeias no laguinho. É nesse cenário que um respeitado médico é encontrado morto, e os investigadores encarregados do crime se veem enredados numa trama em que nada é o que parece à primeira vista. Como numa tela impressionista, as pinceladas da narrativa se confundem para enfim, darem forma a uma história envolvente de morte e mistério em que cada personagem é um enigma à parte – principalmente as protagonistas. Uma menina prodígio de 11 anos que sonha ser uma grande pintora. A professora da única escola local, que deseja uma paixão verdadeira e vida nova, mas está presa num casamento sem amor. E, no centro de tudo, uma senhora idosa que observa o mundo do alto de sua janela.

Michel Bussi já escreveu 11 livros, que foram traduzidos em 33 países. Ganhou 15 prêmios literários e foi finalista de outras 9 premiações, tornando-se um dos mais prestigiados autores policiais franceses. Quando não está escrevendo, atua como professor de geografia na Universidade de Rouen e como comentarista político. Dele, a Arqueiro já publicou O Voo da Libélula. Ninfeias Negras teve os direitos vendidos para 14 países.

   Os belos quadros de Claude Monet tiveram grande repercussão ao retratarem os cenários oníricos de Giverny, uma cidadezinha pacata, que até hoje conserva as paisagens que inpiraram os famosos quadros de Monet, especialmente o laguinho de ninfeias, que ele tanto lutou para conservar durante sua estada ali. Monet pintou mais de 270 quadros do laguinho, visto sob diferentes perspectivas – fez isso até o fim de sua vida. Anos depois, uma menina também se inspiraria nele para dar vida à suas próprias obras. Seu nome era Fanette e estava prestes a completar 11 anos. Apesar de ser uma menina pobre que vivia em uma casa simples com sua mãe solteira, ela almejava sair de Giverny e fazer muito sucesso com seus quadros – tanto quanto Monet. Então a oportunidade desponta: abrem-se inscrições para o concurso da Fundação Robinson, que promove jovens pintores. O vencedor ganharia uma viagem a outro país. É a grande chance de Fanette e ela não pretende desperdiçá-la.
   Stéphanie Dupain é a professora da escola municipal de Giverny, onde Fanette estuda, e é uma grande apreciadora da arte – especialmente de Monet, claro. Ela também é uma peça chave para um sombrio acontecimento que passa a rondar a cidadezinha: Jerôme Morval, um dos oftalmologistas mais respeitados de Paris, é encontrado morto perto de um regato, deixando Patricia, sua esposa, viúva e responsável por cuidar de seu patrimônio – extremamente artístico. Acontece que Jerôme era tão fascinado por pintura quanto Stéphanie, e isso fez com que se aproximasse dela para cortejá-la – seria mais uma de suas conquistas extraconjugais – mesmo ela sendo casada. Esses acontecimentos fazem de Stéphanie uma suspeita em potencial, assim como seu ciumento marido, Jacques Dupain.
   Porém, o inspetor responsável por investigar o caso, Laurenç Sérénac, é novo na região, e não se demora a cair nos encantos da jovem professora, que vê nele uma grande oportunidade de realizar seu sonho: se ver livre de um casamento amargo e dos limites de Giverny. O único obstáculo é o mistério que cerca o assassinato e as intuições deturpadas de Laurenç. Enquanto tudo isso acontece, a velha que mora no moinho da cidade, já conhecido como o "moinho da Bruxa", observa o desenrolar dos fatos, e, aos poucos, revela a verdade por trás de tanto suspense.

   Investigação é um dos meus gêneros favoritos, pois envolve suspense, mistérios e uma gama de elementos eletrizantes. Com Ninfeias Negras, nada disso falta. Nunca li nada de Bussi, essa foi minha primeira experiência com um romance policial francês contemporâneo. Mas apesar de ter sido lançado em 2011, fui transportada para os romances do belga Georges Simenon, um dos escritores de gênero investigativo mais renomados do século XX. Não sei se Simenon foi uma inspiração para Bussi, mas se não, posso afirmar que foi uma feliz coincidência. Mas não só de investigação vive Ninfeias Negras, mas também de arte (o livro por si só já é uma arte!), pois trata da vida e obras de Monet – o que veio a acrescentar muito em meu conhecimento sobre cultura visual.
   A narrativa ocorre em terceira pessoa na maior parte do tempo variando seus focos em vários personagens – como Fanette, Laurenç, Stéphanie e James. Mas quando se trata da velha senhora que mora no moinho da bruxa, ela passa a narrar a história e, dessa forma, se torna o cerne da narrativa. A velha conversa com o leitor, questionando-lhe e acabando por guiar seus pensamentos, fazendo com que o leitor, – que, assim como ela, é um observador dos fatos – siga por determinado caminho. A escrita de Bussi é lenta e detalhada. A forma como descreve os cenários e os personagens é quase como se descrevesse uma obra de arte – o que é muito conivente com o tema da história e o lugar onde ela se passa, ou seja, Giverny, a cidadezinha que inspirou um dos maiores pintores que o mundo já viu.


Livro: No Meio do Caminho Tinha Um Amor
Autor (a): Matheus Rocha
Editora: Sextante
Páginas: 176
ISBN: 9788543103792
Sinopse: Às vezes, a gente insiste em viver um relacionamento que já chegou ao final faz tempo. Tentamos resistir, fazer de tudo para durar mais, lutando para trazer de volta os momentos mágicos do início. Mas, quando o amor acaba, no lugar do conforto e do carinho que existiam só restam feridas que vão doer por um bom tempo e deixar cicatrizes que não desaparecerão. Porque o amor nem sempre é para sempre. Com o fim vem a tristeza, a saudade, a mágoa, o desespero e a vontade de nunca mais sentir aquela dor. Aí fechamos as portas ao perigo de sermos machucados outra vez, mas também à chance de sermos amados de novo. E, sem nem saber como, no meio do caminho avistamos novamente o amor – e a certeza de um novo começo. De todas as coisas mais gostosas que a vida já me proporcionou, você foi a melhor das provas de que eu estive errado durante muito, muito tempo. É que eu dizia aos quatro ventos, passeando por todos os cantos do mundo, e diante das mais diferentes testemunhas, que o amor existia, mas ele não era pra mim. Este livro começa pelo fim – o fim do relacionamento, do encantamento, da paixão. Aos poucos, a dor dá lugar à esperança até que o começo de um novo romance se anuncia. Em 50 textos inspiradores, Matheus Rocha conduz o leitor pelos caminhos tortuosos do amor, abordando o rompimento, a saudade, o medo da entrega, a necessidade de seguir em frente e as dores e delícias de se apaixonar novamente. Aliando um texto sensível a belas ilustrações, No meio do caminho tinha um amor revela todo o ta lento que transformou Matheus Rocha em um fenômeno na internet, onde conta com meio milhão de seguidores em suas diversas redes sociais.

Matheus Rocha nasceu em 1991 em Feira de Santana, na Bahia. Ainda pequeno, rabiscava poemas e textos que narravam seu cotidiano, utilizando-se da escrita como forma de expressão. Graduou-se em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo na Faculdade Anísio Teixeira, em Feira de Santana, e atua na assessoria de comunicação da Secretaria Municipal de Educação de sua cidade. Sem nunca ter parado de escrever crônicas e textos curtos, em 2012 Matheus os reuniu em um lar virtual chamado Neologismo, que inicialmente teve formato de Tumblr, depois migrou para o Facebook, ganhou asas com um blog e hoje passeia também pelo Instagram e pelo Twitter. Aborda assuntos que variam entre amor, amizade, sonhos e vida. Ele fala sobre viver. Sobreviver. Com suas criações, dá vazão à sua missão de ajudar as pessoas a encontrar conforto, e talvez alguma lógica e afeto, em toda a confusão que é inevitável na vida de qualquer ser humano. Agora, seus escritos encontram uma nova casa, com este livro publicado pela Editora Sextante.

   No Meio do Caminho Tinha Um Amor começa do FIM e dele caminha até o COMEÇO. Antes do fim, Matheus nos dá um alerta. Chama atenção para que que o leitor não leia o livro. Para que não deite simplesmente seus olhos sobre os textos, mas sim converse com aquelas palavras. Não é para ser puro e simplesmente um texto, mas um refúgio, um apoio, um parceiro. Alguém que nos escute e diga tudo aquilo que precisamos ouvir — ler —, sem a menor pretensão. Depois dessa parte introdutória, somos levados ao caráter pessimista e real do fim de um relacionamento. Muitos não gostaram de o livro já começar assim, falando de fim, mas eu, a bem da verdade, adorei. Acredito que antes mesmo de estarmos prontos para começar um relacionamento, devemos estar igualmente preparados para um término. E é nesse pedaço do livro que vemos, através de belíssimas crônicas, como enfrentar o medo do fim e como, principalmente, aceitá-lo
   Na segunda parte do livro, o MEIO, chegamos ao ponto mais alto da obra, pois não são crônicas apenas sobre o amor, são também sobre a vida. Com mensagens fortes, verdadeiras e verossímeis, somos levados a refletir em meio a um caminho, um encontro consigo mesmo, onde aprendemos sobre dar e receber, sobre como não vale a pena se desgastar com quem não sente o mesmo por nós, aprendemos a lidar com nossas fraquezas, sobre como as vezes somos covardes demais para o amor, sobre como devemos nos perdoar e, principalmente, sobre o segredo da vida, que, para o autor, está em não se sentir obrigado a seguir os tais fluxos. De mercado. De pessoas. De interesses. De capitais. Para Matheus, nossa real obrigação é ser fiel ao que somos.
   E, finalmente, somos levados ao caráter colorido, bonito e feliz de um COMEÇO! Através de textos mais otimistas e ainda reais, somos levados por caminhos que muitas vezes já percorremos. Sobre como é se sentir vivo, apaixonado e como é desejar a companhia de alguém, sobre como a vida é cheia de altos e baixos e, a bem da verdade, como podemos encontrar um amor no meio do caminho — aprendam, isso sempre acontece! O COMEÇO é a parte mais apaixonante do livro — mulheres, se preparem! — e trata de temas ainda mais reais que as partes anteriores. Mas o mais importante é que mesmo achando toda essa parte "apaixonante" já estamos preparados para lidar sem ilusões e devaneios com esse importante pedaço existente em qualquer relação. Matheus não escreveu nenhum autoajuda, mas acaba ajudando mais do que muitos livros do gênero. 


Livro: Eu Sou As Escolhas Que Faço
Título Original: The Crossroads of Should and Must
Autor (a): Elle Luna
Editora: Sextante
Páginas: 176
ISBN: 9788543103716 
Sinopse: Esta é uma história sobre dois caminhos: a segurança e a paixão. É uma conversa estimulante para quem escolheu a segurança durante muito tempo – meses, anos, talvez a vida inteira – e sente que está na hora de abraçar a paixão. Assim começa o ensaio que a designer e ilustradora Elle Luna publicou no site Medium.com, em abril de 2014. Em poucas semanas, o texto viralizou na internet, foi compartilhado por mais de cinco milhões de usuários do Twitter e lido por 250 milhões de pessoas. Mas o que aquele texto tinha de tão especial? No manifesto – que acabou sendo expandido e transformado neste livro –, Elle parte de sua experiência pessoal para inspirar os leitores a traçar uma nova trajetória de vida, deixando para trás as escolhas convenientes e criando um futuro que represente sua verdadeira identidade. Isso significa se arriscar em novas atividades, abandonar velhos hábitos, repensar antigas crenças e dar voz àquilo que você sempre sonhou fazer. Porque é possível viver da nossa paixão – embora nem sempre seja fácil. Em um livro totalmente colorido e ilustrado, Elle mostra os desafios, os obstáculos e os medos que costumam impedir nosso progresso. Mas nos ensina a encontrar soluções criativas para superar cada um deles. Eu sou as escolhas que faço traz uma mensagem universal: nunca é tarde para empreender essa jornada de transformação. Por meio de pequenas decisões diárias e adotando novas perspectivas, podemos realizar a mudança mais significativa de nossa vida. A melhor coisa que podemos fazer por nós mesmos é descobrir o que temos de especial a dar ao mundo e depois agir para colocar isso em prática. Muitas pessoas felizes e realizadas já trilharam esse caminho. Aqui vamos descobrir como fazer isso também.

Elle Luna é designer, pintora e escritora. Ajudou no desenvolvimento de sites como Medium.com e de aplicativos de iPhone como Mailbox e Uber. Atualmente mora em São Francisco. Conheça mais sobre o trabalho dela em elleluna.com.

   Eu Sou As Escolhas Que Faço, da estreante Elle Luna, é dividido em quatro sutis e importantes partes, acompanhadas de introdução e epílogo. Na INTRODUÇÃO, rápida e objetiva, a autora nos conta como o livro surgiu e como ela se decidiu sobre escrevê-lo após perceber que, com muita frequência, sentimos que não estamos vivendo a vida ao máximo porque não estamos expressando nossos dons ao máximo. O mais interessante é que a autora não somente escreveu o livro por escrever, por assim dizer, mas, como ela mesma ressalta, "para compartilhar o que descobri na minha própria jornada e o que mais ajudou as pessoas que conheci." Após a parte introdutória, somos levados a PRIMEIRA PARTE do livro, nomeada de A Encruzilhada, onde a autora nos conta sobre aquele momento em que a encruzilhada aparece e nós não sabemos qual escolha é a mais clara, já que dois mundos diferentes, mas igualmente sedutores, são apresentados. E é justamente sobre essas escolhas que Luna se debruça nesse capítulo, onde ressalta que na encruzilhada da vida há dois caminhos: o caminho da segurança e o da paixão. Segundo a autora, sempre encontramos essa encruzilhada. E, todos os dias, fazemos uma escolha.
   Na SEGUNDA PARTE do livro, intitulada de O que você deve fazer, a autora, após explicar como sempre devemos escolher a paixão, invés da segurança, e ter discutido como na realidade, apesar de sabermos o quão fantástica é a paixão, ainda assim, temos dificuldades de a escolhermos todos os dias, nos instiga a percorrer um caminho próprio — já que desde o momento em que nascemos nos dizem o que devemos fazer, e isso, no inicio pode ser bom, no entanto, às vezes ficamos presos a essas "assas"  mais tempo do que o necessário. É um capitulo recheado de boas reflexões, onde, com muita sutileza e verdade, a autora nos ensina que se desejamos viver nossa vida com plenitude  — se desejamos ser livre  —, primeiro precisamos entender por que não estamos livres. Na TERCEIRA PARTE, de nome O que você precisa fazer, Luna nos ensina os métodos eficazes para atingirmos nossa escolha que, claro, deve sempre a paixão. Continuando de forma bastante objetiva, a autora nos mostra como somos nós quem criamos o caminho até nossos sonhos e que, no começo, não há caminho  — é um nada, um vazio, uma tábua rasa, como Aristóteles chamou. 
   Na QUARTA PARTE, nomeada de O retorno, somos levados a um estado de não mais comodismo, onde não importa o que aconteça, a paixão já está como prioridade. É como uma viagem e nesse momento, nas aventuras finais, aprendemos a honrar quem somos e a valorizar a paixão ao longo da vida. No curto EPÍLOGO, temos uma narrativa pouco incomum e igualmente reflexiva, onde Elle conta sua experiência ao assistir a uma apresentação do pianista húngaro András Schiff, onde ao observar um homem ao seu lado, que batia palmas entusiasmado, resolveu perguntá-lo se ele era pianista. Ele respondeu que não, não sabia tocar uma música se quer. Mas costuma sonhar que sabia. 

Mas só porque uma coisa tem valor não significa que ela é necessária.


Todos os meses, uma quantidade imensa de livros é lançada (#amém) e ficamos sem saber qual ou quais ler. Para todo gosto e de todo gênero, nos deparamos com uma variedade igualmente vertiginosa de conteúdo, e é sempre fácil agradar alguém ou um grupo de leitores específico. Pensando nisso, retrato hoje aqui, nesse TOP 5, os cinco melhores lançamentos da Editora Arqueiro e da Editora Sextante, duas grandes editoras brasileiras.


1 – O FEITICEIRO DE TERRAMAR, URSULA K. LE GUIN. 
Bem, eu sou muito fã de fantasias — principalmente as clássicas —, por isso escolhi O Feiticeiro de Terramar para abrir esse TOP 5. É um livro que promete agradar até os mais exigentes leitores do gênero fantástico. Só para se ter uma ideia, o renomadíssimo Neil Gaiman disse o seguinte sobre a autora e seu livro: “Ursula incutiu o conceito de magia na minha cabeça.” Se até Neil Gaiman gostou, não posso imaginar porque não iremos gostar, certo? E para quem ainda ficar na dúvida, tem resenha sobre o livro em breve aqui no blog (#fiquemdeolho!). 

2 – UM PORTO SEGURO, NICHOLAS SPARKS. 
E, claro, Sparks! Eu conheci o autor este ano, ao ler seu mais recente romance, No Seu Olhar, e fiquei muito satisfeito com toda a estrutura que ele parece compor sempre em suas narrativas. Um Porto Seguro ganhou uma nova capa, que realmente ficou muito bonita, e tem uma história que parece comprovar ainda mais o talento do autor para boas histórias. O livro chegou às telonas em 2013, com direção de Lasse Hallström (de Sempre ao seu lado), tendo Julianne Hough (Footloose: Ritmo contagiante) e Josh Duhamel (de Transformers) nos papéis principais. 

3 – MUITO AMOR, POR FAVOR, VÁRIOS AUTORES. 
Ah, e o momento, claro, está sempre propicio para o amor. Este livro reúne textos que mostram o amor do ponto de vista de quatro jovens que escrevem sobre relacionamentos legítimos e atuais. Sem medo de expressar seus sentimentos, deixam para trás estereótipos já obsoletos e falam sobre viver a dois e sobre a natureza das relações em todos os seus aspectos. Uma ótima dica para os apaixonados! 

4 – A MAIOR DE TODAS AS MÁGICAS, JAMES R. DOTY. 
Bem, acredito que o comentário de Thich Nhat Hahn sobre o livro possa resumir bem o fato dele estar nesse TOP 5: “Neste livro bonito e profundo, o Dr. Doty nos ensina, por meio de sua própria experiência, algumas das lições mais importantes da vida: a felicidade sem sofrimento não existe; a compaixão nasce da compreensão desse sofrimento; e apenas quando temos compaixão é que podemos ser felizes de verdade.”

5 - DEZ FORMAS DE FAZER UM CORAÇÃO SE DERRETER, SARAH MACLEAN. 
E, para fechar o TOP 5, um excelente romance de época, que tem agraciado milhares de leitores ao redor do mundo. “Uma história arrebatadora, sensual e comovente, que não deixa nada a dever ao primeiro livro. Os personagens nos conquistam e o ritmo perfeito da trama, junto com os diálogos magistrais, multiplica o prazer.” – Romantic Times Book Reviews

E vocês? Gostaram das novidades? Não deixem de comentar!


Livro: Náufragos, Traficantes e Degredados
Autor: Eduardo Bueno
Editora: Estação Brasil 
Páginas: 176
ISBN: 9788556080042
Sinopse: Os anos mais desconhecidos da história do Brasil são justamente aqueles que se estendem da descoberta de Cabral, em abril de 1500, à expedição de Martim Afonso de Sousa, em 1531. Repletas de drama, ação e aventura, essas três décadas não são apenas as mais misteriosas, mas também as mais intensas e movimentadas. Tudo isso graças aos incríveis personagens que acabaram definindo os rumos da colônia: os náufragos, traficantes e degredados. A partir de diários de bordo, narrativas de viagem e fragmentos de cartas, este livro busca resgatar a trajetória pessoal desses homens de reputação sombria e origem enigmática, à margem da história oficial. Embora tenham vivido além dos limites, além da lei e aquém da ética, eles foram os primeiros brasileiros – no sentido literal da palavra. Passados 500 anos, é chegada a hora de náufragos, traficantes e degredados recuperarem o papel que desempenharam na construção do Brasil, ao conseguirem se aliar aos índios e conquistar poder político, intermediando o comércio com potências europeias. Este é o segundo volume da coleção Brasilis, que alcançou a marca de 1 milhão de exemplares vendidos e inaugurou um estilo leve, crítico e divertido de contar a história de nosso país.

COLEÇÃO BRASILIS
    1.  A Viagem do Descobrimento
    2.  Náufragos, Traficantes e Degredados
    3.  Capitães do Brasil
    4.  A Coroa, a Cruz e a Espada 


Eduardo Bueno é escritor, jornalista, editor e tradutor. Com a Coleção Brasilis, que reúne A Viagem do Descobrimento, Náufragos, traficantes e degredados, Capitães do Brasil e A coroa, a cruz e a espada, tornou-se o primeiro autor brasileiro a emplacar simultaneamente quatro títulos entre os cinco primeiros nas listas de mais vendidos dos principais jornais e revistas do país. Eduardo também traduziu 22 livros, sendo o principal deles o clássico On the Road – Pé na Estrada, de Jack Kerouac, que marcou o desembarque da “literatura beat” no Brasil, com 30 anos de atraso. Ao longo das décadas de 1980 e 1990, editou mais de 200 títulos, de autores brasileiros e estrangeiros, tendo colaborado com algumas das principais editoras brasileiras. Como jornalista, trabalhou nos principais veículos de comunicação, entre eles a Rede Globo, a TV Cultura, a TVE-RS e os jornais O Estado de S. Paulo e Zero Hora. Já dirigiu e estrelou um programa sobre história do Brasil no Fantástico, da TV Globo, e foi o primeiro apresentador do History Channel no Brasil. Eduardo Bueno ganhou dezenas de prêmios, dentre eles o Jabuti, em 1999, e a Ordem do Mérito Cultural, comenda concedida pelo Ministério da Cultura do governo federal.

   Náufragos, Traficantes e Degredados, segundo volume da Coleção Brasilis, também lançado originalmente na década de 90, ganhou juntamente com os demais livros da coleção uma edição revista e ampliada, lançada pela Estação Brasil, selo da Arqueiro/Sextante, um selo descrito como "um ponto de encontro dos leitores que desejam redescobrir o Brasil". Olha, a bem da verdade e como dito na resenha do primeiro livro, confesso que o selo cumpriu muito bem seu papel, pois não somente redescobri o Brasil, mas descobri outras coisas que ainda não me haviam sido apresentadas no contexto escolar. E a importância disso deve-se, principalmente, ao fato dos assuntos apontarem para um futuro real, e esse vindouro será maior quanto mais e melhor conhecermos o nosso passado e a nós mesmos.
   O livro é acompanhado, inicialmente, de uma INTRODUÇÃO feita pelo próprio autor, que faz um excelente apanhado do que nos espera nas páginas seguintes, que irão se debruçar sobre o que ele chama de "as décadas perdidas", período que vai de 1500 a 1531, que tem dificultado a pesquisa sobre essa época em decorrência da ausência de documento oficiais e do fato de que, na maioria dos livros sobre a história do Brasil, esse ínterim se reduz, em geral, a dois parágrafos. Acredito que essa introdução foi um ponto significante na questão de compreendermos e adentrarmos na leitura, que se mostrou inteiramente didática do início ao fim. Resumidamente, somos levados a uma introdução que apresenta um apanhado bem rápido, porém detalhista, de como se deu as primeiras expedições ao Brasil. Os capítulos posteriores a isso, posso dizer, surgem como um destrinchamento ainda maior do que é abordado na introdução e novamente só há uma palavra capaz de descrever todo esse destrinchamento: Incrível!
   No primeiro capítulo, intitulado OS ESPANHÓIS DESCOBREM O BRASIL, vemos da mais ampla forma possível como se deu toda a expedição que levou os espanhóis a desembarcarem em solo brasileiro. Fatos, acompanhados de belíssimas ilustrações e sucintos mapas, como a chegada do capitão Vicente Yáñez Pinzón e seus homens, em 26 de Janeiro de 1500, ao Brasil — antes mesmo de Cabral! —, o primeiro encontro entre espanhóis e indígenas no Brasil, as jornadas de Diego de Lepe e Alonso de Hojeda — que comandaram outras expedições espanholas e vieram até à baía de Marajó e as ilhas de Porto Rico, Jamaica e Hispaniola, respectivamente — e como tudo isso foi apenas um mero prelúdio para que os portugueses entrassem em cena, são pontos apresentados nesse primeiro momento do livro.
   Dando continuidade, temos o segundo capítulo todo e inteiramente falando sobre VESPÚCIO E O BATISMO DA AMÉRICA. Mas qual a necessidade, nesse contexto das expedições ao Brasil, de tomar conhecimento sobre Américo Vespúcio e o descobrimento da América? É isso que, nesse segundo momento do livro, de forma ora sucinta, ora prolixa, que o autor deixa extraordinariamente claro, principalmente ao mostrar que o destino do Brasil começou a ser traçado apenas dois meses após a partida de João da Nova para a Índia, quando D. Manoel armou uma nova expedição com o objetivo único de explorar o território que Cabral avistara um ano antes e averiguar que riquezas ele porventura possuiria.
   Já o terceiro e o quarto capítulo, intitulados respectivamente de A TERRA DO BRASIL e LA TERRE DU BRÉSIL, o autor debruça-se sobre os principais relatos da época — na verdade, todo o livro é baseado em relatos da época — e conta com clareza como se deu a exploração em nossa terra nas três longas décadas que o livro trabalha. O principal e mais interessante ponto, claro, é o inerente a exploração do pau-de-tinta (Pau Brasil). E, gente, eu fiquei realmente encantado pelo que aprendi sobre essa exploração. O autor realmente é inexorável em seu ofício de nos relatar com extrema profundidade como tudo ocorreu. 
   O quinto e sexto capítulo, intitulados respectivamente de O RIO DAS GRANDES RIQUEZAS e FABULOSA JORNADA À SERRA DA PRATA aborda sobre os primeiros europeus que aqui chegaram e como acontecimentos como a exploração do Prata (dentre tantos outros) colaboraram na definição dos caminhos do iminente país. O último capítulo, que dá uma base e prepara o território para o terceiro livro (A Coroa, a cruz e a espada), nomeado de A EXPEDIÇÃO DE MARTIM AFONSO, narra um pouco sobre como Martim Afonso de Sousa foi incumbido de levar a lei e a ordem para o vasto território que permanecia ocupado apenas por náufragos espanhóis, traficantes franceses e degredados portugueses. Os tópicos abordados nesse capítulo, que fecha com chave de ouro o livro, foram de suma importância para uma compreensão geral dos fatos; e, como ressaltou, Walter Salles Jr., cineasta, "tornei-me um pouco menos ignorante em relação à história do Brasil graças aos livros de Bueno."

E então, por cerca de 30 anos, aquele vasto território seria virtualmente abandonado pela Coroa portuguesa, sendo arrendado para a iniciativa privada e se tornando uma espécie de imensa fazenda extrativista de pau-brasil. Iriam se iniciar as três décadas menos documentadas e mais desconhecidas da história do Brasil.


Livro: A Viagem do Descobrimento
Autor: Eduardo Bueno
Editora: Estação Brasil 
Páginas: 128
ISBN: 9788556080028
Sinopse: Embarque nas naus e caravelas da vasta frota comandada por Pedro Álvares Cabral. Circule por entre marujos lusitanos, pilotos árabes, astrólogos judeus e nobres ibéricos. Viaje com eles por mares tempestuosos, em meio a perigos desconhecidos ou calmarias enervantes. Saiba quais forças políticas moviam a esquadra que chegou ao Brasil, mergulhando no mundo da Escola de Sagres e do misterioso infante D. Henrique, um herdeiro dos Cavaleiros Templários. A viagem do descobrimento, primeiro volume da coleção Brasilis, revisita os momentos inaugurais da história do nosso país descrevendo-os como a grande aventura que de fato foram. A partir de cartas, documentos e crônicas da época, assim como estudos de historiadores consagrados, o jornalista e escritor Eduardo Bueno narra com riqueza de detalhes a trajetória de homens que venceram seus limites em busca de um novo mundo. Lançada originalmente no final dos anos 1990, a coleção Brasilis alcançou a marca de 1 milhão de exemplares vendidos e inaugurou um estilo leve, crítico e divertido de contar a história de nosso país.

COLEÇÃO BRASILIS
    1.  A Viagem do Descobrimento
    2.  Náufragos, Traficantes e Degredados
    3.  Capitães do Brasil
    4.  A Coroa, a Cruz e a Espada

Eduardo Bueno é escritor, jornalista, editor e tradutor. Com a Coleção Brasilis, que reúne A Viagem do Descobrimento, Náufragos, traficantes e degredados, Capitães do Brasil e A coroa, a cruz e a espada, tornou-se o primeiro autor brasileiro a emplacar simultaneamente quatro títulos entre os cinco primeiros nas listas de mais vendidos dos principais jornais e revistas do país. Eduardo também traduziu 22 livros, sendo o principal deles o clássico On the Road – Pé na Estrada, de Jack Kerouac, que marcou o desembarque da “literatura beat” no Brasil, com 30 anos de atraso. Ao longo das décadas de 1980 e 1990, editou mais de 200 títulos, de autores brasileiros e estrangeiros, tendo colaborado com algumas das principais editoras brasileiras. Como jornalista, trabalhou nos principais veículos de comunicação, entre eles a Rede Globo, a TV Cultura, a TVE-RS e os jornais O Estado de S. Paulo e Zero Hora. Já dirigiu e estrelou um programa sobre história do Brasil no Fantástico, da TV Globo, e foi o primeiro apresentador do History Channel no Brasil. Eduardo Bueno ganhou dezenas de prêmios, dentre eles o Jabuti, em 1999, e a Ordem do Mérito Cultural, comenda concedida pelo Ministério da Cultura do governo federal.

   A Viagem do Descobrimento, lançado originalmente na década de 90, ganhou agora uma excepcional edição revista e ampliada, lançada pela Estação Brasil, selo da Arqueiro/Sextante, um selo descrito como "um ponto de encontro dos leitores que desejam redescobrir o Brasil". Bem, confesso que o selo cumpriu muito bem seu papel, pois não somente redescobri o Brasil, mas descobri outras coisas que ainda não me haviam sido apresentadas no contexto escolar. E a importância disso deve-se, principalmente, ao fato dos assuntos apontarem para um futuro real, e esse vindouro será tanto melhor quanto mais e melhor conhecermos o nosso passado e a nós mesmos.
   O livro é acompanhado, inicialmente, de uma apresentação feita por Jorge Caldeira, um escritor, que faz um excelente apanhado do que nos espera nas próximas páginas. Acredito que essa apresentação é o ponto forte, alto e decisório na questão de prosseguirmos ou não com a leitura, e isso é feito de maneira suficientemente boa para que cumpramos com tal ato. Ademais, somos levados a uma introdução que apresenta um apanhado bem rápido, porém detalhista, de como se deu a chegada da expedição de Cabral ao Brasil. Os capítulos posteriores a isso, posso dizer, surgem como um destrinchamento ainda maior do que é abordado na introdução e, gente, só há uma palavra capaz de descrever todo esse destrinchamento: Incrível! 
   No primeiro capítulo, intitulado "De Lisboa a Vera Cruz", vemos da mais ampla forma possível como se deu toda a decisão e a preparação da expedição rumo as Índias. Fatos como o salário que os capitães receberam em favor da expedição — incluindo o do próprio Cabral, que recebeu uma fortuna —, a questão da iniciativa privada para custear a expedição, as duas divisões da frota de Cabral, como se deu a partida em Lisboa, como era composta a tripulação e do que se alimentavam até o momento em que — segundo o autor — "a armada de Cabral seguiu as instruções de Vasco da Gama e abriu seu rumo para sudoeste, empreendendo a 'volta ao mar', e acabou 'achando' o Brasil" são pontos apresentados nesse primeiro momento do livro. 
   Dando continuidade, temos o segundo capítulo todo e inteiramente falando sobre as conquistas de Portugal. Mas por que é importante, nesse contexto de "achamento" do Brasil, conhecer as conquistas de Portugal? É isso que, nesse segundo momento do livro, de forma ora sucinta, ora prolixa, que o autor deixa insanamente claro, principalmente ao mostrar como se deu toda a "ideia" de viajar até as Índias e como por meio disso a frota de Cabral foi parar no Brasil — enaltecendo inclusive que, em virtude, nesse caso, da grande ideologia portuguesa de conquistar e ter tudo, o Brasil pode não ter sido descoberto ao acaso, mas em prol de uma atitude intencional. 
   Ademais, temos o terceiro e último capítulo, o melhor em minha opinião, onde o autor debruça-se sobre os principais relatos da época — em destaque a Carta de Pero Vaz de Caminha —, e conta de uma forma admirável os 10 dias em que a frota de Cabral ficou no Brasil. Fatos como o choque cultural e sociológico, a convivência e o trato com os indígenas e o que Cabral fez ao "descobrir" a nova terra são, em suma, os tópicos abordados nesse capítulo, que fecha com chave de ouro o que certamente é, como ressaltou Fernando Henrique Cardoso, sociólogo e ex-presidente do Brasil, "uma síntese de séculos de nossa história," onde "(...) não há melhor introdução para um público não especializado que queira ter uma noção da história do Brasil". 

A tese de Capistrano também pode ser usada para encerrar a discussão sobre os supostos precursores lusos de Cabral: se alguma expedição portuguesa de fato chegou ao Brasil antes da de Cabral, seu significado histórico foi praticamente nulo. A terra só seria integrada ao império ultramarino lusitano após o desembarque de Cabral — e, ainda assim, muito lentamente, como se sabe. De todo modo, passados mais de 500 anos, o descobrimento do Brasil continua sendo um capítulo aberto na história da expansão ultramarina portuguesa — e isso só aumenta o seu fascínio. 

   Nunca havia nem ouvido falar em Eduardo Bueno, tampouco em sua coleção que debruça-se sobre boa parte da história do "achamento" do Brasil. Contudo, devido principalmente ao meu fascínio pela História, quando fiquei sabendo do lançamento de uma nova edição do livro, não hesitei em fazer o pedido para a Editora Arqueiro/Sextante. Minhas expectativas eram altíssimas, e acredito que já deu para perceber que elas foram superadas — fiquei surpreso ao descobrir que o autor não é historiador!
   A narração jornalística de Bueno é única — eu poderia dizer — e é interessante justamente por fugir, mesmo que brevemente, ao academicismo e ao rebuscamento, e adentrar mais no simples, compreensível, objetivo e mais detalhista — deixando claro que, em suma, esse "detalhamento" é inerente aquilo que é fundamental. O autor, em terceira pessoa, conta-nos os fatos e acontecimentos de forma tão bem feita que, por ora, sentimos-nos como se estivéssemos realmente viajando por mares tempestuosos, em meio a perigos desconhecidos ou calmarias enervantes. Há, sim, muitos detalhes, mas a importância deles está principalmente no fato de que os mesmos não constam nos livros de História — que tanto de julgam didáticos. Eduardo Bueno conta em 128 páginas o que o livro de História conta em dois parágrafos
   Muita coisa me chamou atenção no livro — muita mesmo! —, mas o fato do autor trabalhar constante e intrinsecamente a possibilidade da expedição de Cabral ter "descoberto" o Brasil de forma intencional é o que mais me deixou animado para com a leitura. Nada melhor do que uma teoria conspiratória, hein? E o autor debruçou-se de tal forma que acabou me convencendo de que, sim, o Brasil não foi descoberto por acaso, e que, não, Portugal não foi pioneiro em "descobrir" o Brasil — na verdade, Portugal foi pioneiro no descobrimento sociológico de nossa nação, contudo de todo modo os lusitanos não nos "descobriram", e, sim, nos acharam. 
   Drauzio Varella, médico e escritor, ao ler A Viagem do Descobrimento, disse o seguinte: "Ele [o autor] conta a história do jeito que deveria ser nas escolas: sem aquele monte de datas para decorar." Bem, eu não sei que livro Drauzio Varella leu, mas com certeza não foi A Viagem do Descobrimento. Não que o médico esteja de todo errado, mas também não está de todo certo. O que mais tem no livro são datas, pessoas, lugares e acontecimentos. Não há como dizer "sem aquele monte de datas para decorar". Agora, sim, o autor conta do jeito que deveria ser nas escolas, ainda que eu esperasse bem mais dele, porque ele fugiu, sim, do por vezes chato academicismo, mas foi visível que ele poderia ir além. 
   Quanto as datas, lugares e pessoas, é o seguinte: não há como estudar e compreender a História sem as datas, os lugares e as pessoas! Sem esses três fatores, para mim tais fatos deixam de ser História e tornam-se total e puramente fatos, sem qualquer relevância. Eduardo Bueno usou muitas datas, porque realmente foi necessário, mas isso ainda é um olhar histórico sobre todo o processo, e a História não sobrevive sem datas. Um professor de História meu disse que o Bueno é anacrônico, e eu não deixo, de certo ponto de vista, de concordar com ele, mesmo que diferimos no sentido de que o professor acha isso ruim e eu, fundamental. Bueno vai e volta nos fatos, mas ele faz isso porque fica mais fácil de compreendermos do que puramente vermos as coisas em sequência, numa determinada cronologia. 


   Quanto a edição do livro, eu achei fantástica, principalmente a capa, que faz um contraste opulente entre a beleza da simplicidade do exterior a riqueza de conteúdo do interior. Sem contar que as capas da Coleção Brasilis combinam entre si, então para os perfeccionistas como eu, é um tiro que não saiu pela culatra. A diagramação e o design interior também são incríveis, com ótimas fontes, conteúdos bem dispostos e diversos boxes laterais contendo conteúdos extras inerentes a cada episódio que nos conta o autor. Não encontrei também nenhum erro de revisão. E não sei se já deixei claro uma coisa, mas o único "problema" que você irá encontrar nesse livro é a riqueza de conhecimento.
   Ademais, deixo claro que foi uma ótima e rápida leitura — são pouco mais de cem páginas —, onde me senti cada vez mais rico em conhecimento, já que mais de 50% do livro me era desconhecido. E o pior de tudo é que isso me escapou mesmo sendo um ávido "devorador" das aulas de História — o que significa que temos de repensar o que andam ensinando nas escolas. Indico o livro para todos os amantes de História ou simplesmente para todos aqueles que desejam conhecer um pouco mais de nossa própria história e como se deu nossa identidade. É um pequeno gesto que já nos tira de uma grande ignorância, eu garanto. Leitura muito mais que recomendada! Para mim, deveria ser leitura obrigatória em todas as escolas. 

Primeiro parágrafo do livro: Como tapes flutuantes, elas surgiram de repente, 'em muita quantidade', balançando nas águas translúcidas de um mar que refletia as cores do entardecer. Os marujos as reconheceram de imediato, antes que sumissem no horizonte: chamavam-se botelhos as grandes algas que dançavam agrupadas nas ondulações formadas pelo avanço da frota imponente.
Melhor quote:Que significado teve essa descoberta? Na verdade, não apenas naquele exato instante, mas pelas três décadas seguintes, ela representaria pouco mais do que um intervalo idílico em meio a uma longa e tediosa navegação oceânica.





Livro: Assim Se Pariu o Brasil
Autor: Pedro Almeida Vieira
Editora: Sextante
Páginas: 318
ISNB: 978-85-431-0340-2
Sinopse: Há mais de 500 anos houve um pequeno povo, oriundo de um minúsculo pedaço da Europa, que descobriu, diz-se por engano, um pedaço da costa sul-americana. E depois mandou para lá mais naus. E mais gentes. Por lá atacou índios e foi atacado por eles, aliou-se a nativos, procriou com índias, trouxe negros da África, procriou com negras, mandou jesuítas pregarem terra adentro, meteu-se em cultivos e garimpos, perambulou pelo sertão, navegou por rios parecidos com o mar. Ainda lidou com a cobiça de outros países europeus sedentos em filar seu quinhão. Tudo isso só poderia resultar em sangue e crueldade, mas bem misturado com coragem e sagacidade.
 
 Nascido em Coimbra, Portugal, o escritor, jornalista e investigador acadêmico, Pedro Almeida Vieira, já realizou grandes feitos no meio literário. Além de ter colaborado em periódicos de popularidade, publicou quatro romances, dois volumes de narrativas históricas e diversos contos em revistas ou antologias. Agora, com a publicação de mais uma narrativa históricaAssim se Pariu o Brasil — relata como um "rato" feito Portugal pariu um "gigante" feito o Brasil.

    Desde sua colonização até sua independência, o Brasil passou por muitas etapas importantíssimas para sua formação histórica, o que o fez ser o que é hoje. Tudo isso é contado em Assim Se Pariu o Brasil. Com uma narrativa ampla, clara, e por vezes opinativa, Pedro Almeida Vieira traz um relato angular sobre a história do nosso país. Desde seus primórdios de descobrimento por parte dos portugueses (que não ocorreu exatamente em 1500, como o autor procura esclarecer, mas sim alguns anos antes durante expedições informais à região Norte) o Brasil era movido por pura ganância. Seja por ouro, escravos ou status. Isso só nos faz entender, logo de início, como o Brasil chegou ao que é atualmente: um país que tem como legado a ambição e corrupção de seu povo e de seus representantes.
    Outro fator marcante na narrativa histórica: as guerras, algo que nunca pode faltar quando se fala de disputas territoriais. E, claro, o Brasil foi muito disputado pelos países europeus, como Espanha, Holanda e França. Mas aquele que venceu a disputa foi realmente Portugal (mesmo tendo ficado preso durante muito tempo ao acordo da União Ibérica, onde a Espanha era a supremacia máxima e deteve poderes sobre a colônia brasileira por muito tempo). Obviamente que os confrontos não se resumiram apenas entre os europeus. Os nativos também queriam reclamar seus direitos (e com toda razão!). Conflitos com índios e negros africanos (forçosamente em terras desconhecidas e que nunca pediram para conhecer, o fazendo da pior forma possível) tornaram-se coisas comuns. E a corda sempre pendendo para o lado mais fraco.
   O país como colônia de exploração justifica seu crescimento desordenado, pois, por sua quantidade incrível de riquezas aos olhos dos europeus, todos queriam tirar uma "casquinha". E quando o faziam, não se importavam de semear algumas desgraças pelo caminho. A participação jesuítica, com seu proselitismo, explica a propagação da religião católica no Brasil — o que não deixou de fazer parte do etnocídio causado pelos portugueses, porém de forma mais pacífica, pois os jesuítas comumente defendiam as tribos nas quais se instalavam e alguns deles contribuíram para que a escravidão de índios não se tornasse mais intensa do que já era. Alguns clérigos chegaram até mesmo a guerrear, utilizando armas de "homem branco" bem como o arco e flecha comum para o povo indígena.


    Meu gosto por livros de não-ficção é bastante amplo, mas sinto que minha absorção é maior e mais contemplativa quando se trata de algo sobre meu país. Há um quê de sentimento patriótico envolvido, mas o fato de conhecer o lugar onde vivo para entender melhor a atual situação, também influencia muito. Senti um pouco de ceticismo quando li que o autor é português, confesso. Mas, no fim das contas, sua forma paradidática de tratar a história brasileira, é de uma polidez impecável — ou seja, também me foi essencial pra quebrar esse preconceito. Nada me parece tão correto quanto aquele ditado de que "o passado nos faz compreender melhor o presente" ao terminar de ler um livro como esse.
    A obra é narrada do ponto de vista do autor, contendo inclusive, observações pessoais. Passa a impressão de que ele nos dá uma aula, ao mesmo tempo em que opina, mostra seu ponto de vista, e, consequentemente, nos faz pensar. Não basta apenas mostrar o ângulo natural da historicidade como os livros didáticos contam. Inserir opinião própria faz com que aquele que está buscando adquirir conhecimento, pense também, fazendo seus próprios questionamentos e reflexões.
   Os títulos dos capítulos são carregados de um humor inteligente e sagaz. O início de cada um traz uma reflexão contundente e instigante, de forma a incentivar a leitura. Outro aspecto muito importante da escrita de Pedro Almeida Vieira, é sua narrativa que foge da frieza característica dos livros didáticos de história. Quando se trata de retratos históricos, é difícil pensar como tudo aconteceu de uma perspectiva emocional. É o que ocorre em Assim se Pariu o Brasil: quando narra os conflitos, os derramamentos de sangue, o sofrimento, o etnocídio, etc., o faz com sentimento. E esse sentimento perpassa também o consciente de quem lê.


Livro: Diário de Um Zumbi do Minecraft: Confusões na Escola
Título original: Diary of a Minecraft zombie #5
Autor (a): Herobrine Books
Editora: Sextante
Páginas: 96
ISBN: 978854310329
Sinopse: São as últimas semanas antes das férias... e o nosso amigo zumbi mal pode esperar!Falta pouco para as férias. Chega de Escola Monstro! Chega de professores e livros! Serão semanas e semanas só jogando videogame, comendo bolo e aprontando todas com Steve, Esquely, Slimey e Creepy. Bem, essa era a ideia do zumbi, até ele descobrir que seus pais tinham outra coisa em mente... Agora tudo o que pode fazer é pedir ajuda a seus amigos mobs. Juntos, eles vão inventar os planos mais loucos, assustadores e divertidos para fugir desse “terrível destino”.Neste volume, descubra o verdadeiro nome do zumbi!

SÉRIE "DIÁRIO DE UM ZUMBI DO MINECRAFT"
    1.  Um Desafio Assustador
    2.  Parceiros e Rivais
   3.  Férias do Terror
    4.  Trocando de Corpo
    5.  Confusões na Escola

A série Diário de Um Zumbi do Minecraft é uma história não oficial, original de fanfiction, não sancionada nem aprovada pelos responsáveis pelo jogo Minecraft. Herobrine Books é, na verdade, um selo usado pela Herobrine Publishing Inc. para publicar a série Diário de Um Zumbi do Minecraft, uma alusão direta a Diário de Um Banana, best seller de Jeff Kinney.

   Zumbi, personagem que agora finalmente vamos saber o nome, só pensa em férias. Ele mal pode esperar pra fazer tudo que planejou. Chega de Escola Monstro, chega de assustar aldeões, chega de tudo. Como Zumbi mesmo diz: nada se compara à liberdade de se fazer o que quiser durante as férias. O que ele planeja, realmente, é ficar em casa, só jogando vídeo game e comendo bolo o dia inteiro. Mas tem um problema: seus pais. Eles certamente não vão deixar Zumbi se divertir tanto, afinal já sabemos que faz parte do trabalho dos pais zumbis estragar as férias dos filhos.
   Os pais de Zumbi querem mandá-lo para um acampamento, e se seu boletim não for bom o suficiente, as coisas irão piorar ainda mais. Na escola, o professor pede que os alunos façam uma redação sobre como seriam suas férias. É então que Zumbi tem uma ideia: se ele redigisse um texto falando sobre como gostaria de ir ao acampamentos, fazer artesanato e outros, certamente aconteceria o contrário do que ele redigiu. Mas as coisas tendem a piorar, ainda mais na vida dele. O professor resolve mostrar a redação para seus pais e a vida de Zumbi complica ainda mais. 
   Agora, decididamente, Zumbi vai para o acampamento e as férias de seu sonho foram literalmente para o espaço. Zumbi pede socorro a seus amigos, que sugerem que ele faça muita bagunça na escola, tire notas ruins e faça tudo de errado, para que seus pais o deixem de castigo, e resolvam cancelar sua ida ao acampamento. Então Zumbi tem de aprontar todas, e fazer muita confusão para que possa ter as tão desejadas férias. Mas as coisas não saem como planejado (mais uma vez!) e Zumbi tira vários 10, e as bagunças que tenta fazer, acabam virando o oposto do que queria.

   Quem me conhece, sabe que eu (apesar dos meus 16, quase 17 anos) sou fanático por Diário de Um Banana, e ter a chance de ler essa alusão, que tem uma junção de Zumbi e Minecraft, certamente é incrível e muito divertido. A narrativa é toda em forma de diário, em primeira pessoa e com notação dos dias, bem típico Diário de Um Banana. A escrita, em suma, é bem simples e feita, fazendo jus ao gênero, para o público infanto-juvenil — o que não impede, claro, que o público totalmente juvenil venha a gostar. A trama acontece de uma forma muito divertida. É como se o personagem conversasse com quem lê (na verdade ele conversa com o diário!), o que traz um ótimo dinamismo e torna a obra um passatempo divertido, fluido e instigante. Eu tinha boas expectativas, e, bem, elas foram muito bem sanadas.


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