Livro: No Meio do Caminho Tinha Um Amor
Autor (a): Matheus Rocha
Editora: Sextante
Páginas: 176
ISBN: 9788543103792
Sinopse: Às vezes, a gente insiste em viver um relacionamento que já chegou ao final faz tempo. Tentamos resistir, fazer de tudo para durar mais, lutando para trazer de volta os momentos mágicos do início. Mas, quando o amor acaba, no lugar do conforto e do carinho que existiam só restam feridas que vão doer por um bom tempo e deixar cicatrizes que não desaparecerão. Porque o amor nem sempre é para sempre. Com o fim vem a tristeza, a saudade, a mágoa, o desespero e a vontade de nunca mais sentir aquela dor. Aí fechamos as portas ao perigo de sermos machucados outra vez, mas também à chance de sermos amados de novo. E, sem nem saber como, no meio do caminho avistamos novamente o amor – e a certeza de um novo começo. De todas as coisas mais gostosas que a vida já me proporcionou, você foi a melhor das provas de que eu estive errado durante muito, muito tempo. É que eu dizia aos quatro ventos, passeando por todos os cantos do mundo, e diante das mais diferentes testemunhas, que o amor existia, mas ele não era pra mim. Este livro começa pelo fim – o fim do relacionamento, do encantamento, da paixão. Aos poucos, a dor dá lugar à esperança até que o começo de um novo romance se anuncia. Em 50 textos inspiradores, Matheus Rocha conduz o leitor pelos caminhos tortuosos do amor, abordando o rompimento, a saudade, o medo da entrega, a necessidade de seguir em frente e as dores e delícias de se apaixonar novamente. Aliando um texto sensível a belas ilustrações, No meio do caminho tinha um amor revela todo o ta lento que transformou Matheus Rocha em um fenômeno na internet, onde conta com meio milhão de seguidores em suas diversas redes sociais.
Matheus Rocha nasceu em 1991 em Feira de Santana, na Bahia.
Ainda pequeno, rabiscava poemas e textos que narravam seu cotidiano, utilizando-se da escrita como forma de expressão. Graduou-se em
Comunicação Social com habilitação em
Jornalismo na Faculdade Anísio Teixeira, em Feira de Santana, e atua na assessoria de comunicação da Secretaria Municipal de Educação de sua cidade. Sem nunca ter parado de escrever crônicas e textos curtos, em 2012 Matheus os reuniu em um lar virtual chamado
Neologismo, que inicialmente teve formato de
Tumblr, depois migrou para o Facebook, ganhou asas com um blog e hoje passeia também pelo Instagram e pelo Twitter.
Aborda assuntos que variam entre amor, amizade, sonhos e vida. Ele fala sobre viver. Sobreviver.
Com suas criações, dá vazão à sua missão de ajudar as pessoas a encontrar conforto, e talvez alguma lógica e afeto, em toda a confusão que é inevitável na vida de qualquer ser humano. Agora, seus escritos encontram uma nova casa, com este livro publicado pela
Editora Sextante.
No Meio do Caminho Tinha Um Amor começa do FIM e dele caminha até o COMEÇO. Antes do fim, Matheus nos dá um alerta. Chama atenção para que que o leitor não leia o livro. Para que não deite simplesmente seus olhos sobre os textos, mas sim converse com aquelas palavras. Não é para ser puro e simplesmente um texto, mas um refúgio, um apoio, um parceiro. Alguém que nos escute e diga tudo aquilo que precisamos ouvir — ler —, sem a menor pretensão. Depois dessa parte introdutória, somos levados ao caráter pessimista e real do fim de um relacionamento. Muitos não gostaram de o livro já começar assim, falando de fim, mas eu, a bem da verdade, adorei. Acredito que antes mesmo de estarmos prontos para começar um relacionamento, devemos estar igualmente preparados para um término. E é nesse pedaço do livro que vemos, através de belíssimas crônicas, como enfrentar o medo do fim e como, principalmente, aceitá-lo.
Na segunda parte do livro, o MEIO, chegamos ao ponto mais alto da obra, pois não são crônicas apenas sobre o amor, são também sobre a vida. Com mensagens fortes, verdadeiras e verossímeis, somos levados a refletir em meio a um caminho, um encontro consigo mesmo, onde aprendemos sobre dar e receber, sobre como não vale a pena se desgastar com quem não sente o mesmo por nós, aprendemos a lidar com nossas fraquezas, sobre como as vezes somos covardes demais para o amor, sobre como devemos nos perdoar e, principalmente, sobre o segredo da vida, que, para o autor, está em não se sentir obrigado a seguir os tais fluxos. De mercado. De pessoas. De interesses. De capitais. Para Matheus, nossa real obrigação é ser fiel ao que somos.
E, finalmente, somos levados ao caráter colorido, bonito e feliz de um COMEÇO! Através de textos mais otimistas e ainda reais, somos levados por caminhos que muitas vezes já percorremos. Sobre como é se sentir vivo, apaixonado e como é desejar a companhia de alguém, sobre como a vida é cheia de altos e baixos e, a bem da verdade, como podemos encontrar um amor no meio do caminho — aprendam, isso sempre acontece! O COMEÇO é a parte mais apaixonante do livro — mulheres, se preparem! — e trata de temas ainda mais reais que as partes anteriores. Mas o mais importante é que mesmo achando toda essa parte "apaixonante" já estamos preparados para lidar sem ilusões e devaneios com esse importante pedaço existente em qualquer relação. Matheus não escreveu nenhum autoajuda, mas acaba ajudando mais do que muitos livros do gênero.
Já viram que o livro é lindo, hein, gente? Pois é, para quem não conhece o
Matheus Rocha, ele é o autor do
blog Neologismo (que tem milhares de seguidores em diversas redes sociais). Eu, apesar de não conhecer inteiramente o trabalho do autor, já havia visto algumas frases oriundas do
Neologismo, mas jamais tinha me permitido conhecer a fundo o trabalho dele. Bem, penso no porquê de não ter feito isso antes. Contudo,
agora eu conheço muito bem o trabalho do Matheus e fiquei muito satisfeito com ele; realmente um excelente trabalho, a começar por esse livro. Quando eu bati o olho nessa capa diferente e nesse título chamativo e igualmente incomum eu decidi que tinha de ler esse livro, não importa o que custasse. Fiz o pedido para a
editora Sextante e me vi sorrindo quando recebi o livro em casa. Ele era lindo e parecia conter textos igualmente belos.
O mais legal de tudo isso é que eu estava certo em pensar tudo isso, e as expectativas que criei não somente se mantiveram satisfatórias, mas se superaram.
Quando eu percebi que era um livro de crônicas, mensagens, textos e não um autoajuda, eu fiquei um pouco chateado. Não era o que eu esperava. Ainda assim eu decidi que iria ler, claro. E, bem, do meio para o fim, eu adorei que não fosse um autoajuda! Claro que mesmo não sendo catalogado como autoajuda, No Meio do Caminho Tinha Um Amor não deixa de ser bem didático, mas ele é peculiar justamente por não ser catalogado como tal e ainda assim ser capaz de ajudar tanto. Eu não sou muito de ler Não-Ficção, mas, após estar me permitindo tanto conhecer esse gênero, sem dúvida alguma eu lerei mais alguns — principalmente se for do Matheus!
No Meio do Caminho Tinha Um Amor é composto por textos em primeira pessoa, numa estrutura bastante peculiar, onde o autor parece conversar com quem lê. Eu me senti como se estivesse numa praia, sentando num banquinho e o Matheus ao lado, assistindo ao pôr do sol comigo e me contando todas aquelas coisas, que ao mesmo tempo eram reais e importantes. A escrita do Matheus é realmente tocante — sério, ele é muito bom. Um bom que eu, com sinceridade, não sei explicar. É aquela situação que só quem lê entende. Quem acompanha ele no Neologismo já sabe o que esperar, para quem não acompanha, bem, o livro é uma excelente porta de entrada para esse universo que é a vida e o amor. Permita-se sentir!
A edição, tenho que ressaltar, está incrível e é, sem dúvidas, um dos melhores trabalhos da editora! O projeto gráfico como um todo ficou espetacular, principalmente internamente, associado a uma diagramação que dialoga intensamente com o texto e com o leitor. A capa é sem comentários, certo? Tem essa explosão de cores, característica do amor, e ao mesmo tempo a sutileza inerente a vida. Não encontrei nenhum erro de revisão e o esmero com o qual a edição foi montada é perceptível.
Por fim, eu não poderia deixar de ressaltar o quanto esse livro foi importante pra mim. Eu lia enquanto estava no ônibus, lia enquanto assistia aula, li deitado na minha cama e até mesmo embaixo de algumas árvores. Qualquer lugar. Eu só sentia que precisava ler. Assim como sinto que todos merecem ler livros assim pelo menos uma vez na vida. Em seu pequeno e fundamental gesto literário, Matheus não nos ensina somente que devemos amar, mas que devemos aprender a amar. Lidar com o fim não como se ele fosse apenas término, mas também recomeço. Lidar com o meio não como se ele fosse estabilidade, mas parte do caminho, e ter ciência de que, principalmente, ele pode dar em fim. Porque o amor, como deixa claro o autor, no fim das contas, é um imenso gesto de amizade. Não são apenas mãos dadas, beijos e corpos colados, suados, dividindo prazer. São momentos em silêncio, sem dizer nada, mas compartilhando uma vida inteira, repleta de perdas e ganhos só com um simples encontro de olhar. Eu recomendo!
Primeiro Parágrafo: "Às vezes me pergunto aonde as nossa diferenças ainda vão no levar. Mas tenho medo do fim. Tenho medo do 'nunca mais' ou até mesmo de um 'até logo', de um tempo que possa não ser suficiente para trazer você de volta. É que tudo em mim cresce, extrapola os limites, cega meus olhos. Sinto que machuco você."
Melhores Quotes: "Se a sinceridade é um grave defeito o que é então a falsidade?"
"Não vale a pena mudar nossa essência por alguém que não vale a pena."
"As pessoas tomam como verdade aquilo que lhes convêm."
Que livro fofo, adorei a proposta. :)
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