Olá, leitores! Bem-vindos a mais um post da coluna Quotes de Quarta, onde compartilhamos com vocês os melhores trechos dos livros que lemos. Espero que curtam os quotes de hoje:


"– Uma cela é uma cela, não importa como você a decore – retruco com desprezo".
"– E uma guerra é uma guerra, Mare Barrow. Não importa quão boas sejam suas intenções".


"— Sabe, de onde eu venho, exite um ditado muito antigo, passado de geração em geração. — Sam abriu os braços como se visse a frase seguinte escrita em grandes letras flutuantes à sua frente. — Não faça alianças com pessoas que tentaram te matar".


"— Não é a isso que me refiro — resmungou Markus, exasperado. — Como o senhor bem disse ninguém tem culpa por ser medíocre. O que desprezo é a exaltação da estupidez. Não é algo que precisemos ter dó, e sim medo. A estupidez, um dia, matará todos nós".


Bem-vindos a mais um post da coluna Li Até A Página 100 e..., onde apresentamos nossas primeiras impressões sobre os livros que estamos lendo atualmente e que, futuramente, iremos resenhar. O livro de hoje é o Correndo para Você, da escritora Rachel Gibson. 


PRIMEIRA FRASE DA PÁGINA 100: "Depende de você".

DO QUE SE TRATA O LIVRO: 
A história se desenvolve acerca da vida de uma mulher de 28 anos, Stella Leon. Quando seu pai morre, a meia-irmã que nunca conheceu passa a saber de sua existência e quer encontrá-la. Para isso, contrata um detetive amador – mas muito eficiente – e ex-fuzileiro da Marinha, Beau. Quando Beau encontra Stella, a atração é imediata, porém, ele tenta resistir ao impulso de todas as formas. Enquanto isso, Stella busca firmeza interior tanto para resistir igualmente a Beau quanto para enfrentar as reviravoltas que acontecem em sua vida.

O QUE ESTÁ ACHANDO ATÉ AGORA?
Sempre tive uma relação de amor e ódio com a literatura new adult, então ainda estou em conflito com Correndo para você, pois não é exatamente meu gênero mais amado. Ainda assim estou gostando da leitura, pois Rachel sabe guiar a narrativa de uma forma leve e divertida. 

O QUE ESTÁ ACHANDO DO PERSONAGEM PRINCIPAL?
Stella Leon é uma mocinha que tem muitas características de típicas mocinhas. Mas ela também tem traços de originalidade que estão chegando bem perto de me conquistar, como a forma bem-humorada e dramática de ver as coisas. 

MELHOR QUOTE ATÉ AGORA:

“Sonhos eram coisas tolas com um alto custo emocional”.

VAI CONTINUAR LENDO?
Sim, estou disposta a dar essa oportunidade e ler algo diferente do que estou acostumada. Sinto que talvez possa me surpreender.

ÚLTIMA FRASE DA PÁGINA 100: "Um desenho".


Que as editoras vivem para nos surpreender isso vocês já sabem, hein? Mas já viram os lançamentos do mês de Maio do Grupo Pensamento (Pensamento, Cultrix, Seoman e Jangada)? Não? Pois acompanhem o post abaixo. Nele trouxemos todos os lançamentos do mês das quatro editoras e já adianto: tem pro gosto de todo mundo! Aproveitem!

Sinopse: Depois de atravessar florestas e desertos gelados para salvar Thianna, Karn precisará viajar montado num réptil voador até Castelurze, aprender a jogar um novo jogo chamado Aurigas, decifrar o Enigma do Chifre e enfrentar misteriosos elfos. Todos estão atrás do Chifre de Osius, um antigo artefato com poder suficiente para mudar o mundo. Mas com facções rivais de elfos, anões rebeldes, exércitos em guerra e mantícoras devoradoras de gente no caminho, Karn não sabe em quem confiar. Até onde ele será capaz de ir em nome da amizade? A solução deste enigma pode ser fatal.





Sinopse: Aos 19 anos, Kevin Breel tornou-se um fenômeno mundial com sua TED Talk. O mundo nunca tinha visto um garoto dessa idade falar sobre um tema tão pesado quanto a depressão suicida e com tamanha leveza, inteligência e consciência. Ele conta como um adolescente saudável e supostamente feliz, passou a lutar diariamente contra a depressão e o desejo de se matar. Este livro é um guia para sobreviver à depressão ou entender melhor quem a enfrenta na adolescência, escrito por alguém que atravessou a escuridão e agora lança mão do seu estilo único para trazer luz e esperança à vida de milhões de jovens e adolescentes.



Sinopse: Universo Alien é uma fusão clara e inspiradora de cultura pop e os últimos avanços científicos sobre as pesquisas e a provável existência de Alienígenas. Nesta obra cheia de ilustrações dos aliens mais icônicos de todos os tempos, o cientista Don Lincoln nos mostra como o imaginário popular, o cinema e a ciência concebem a possibilidade real da existência de seres alienígenas, numa genuína viagem no tempo, que revela a verdade por trás do fenômeno dos foo fighters durante a Segunda Guerra Mundial até as pesquisas e descobertas mais recentes da ciência sobre planetas extrassolares habitáveis e a possibilidade de contato com inteligências alienígenas.



Sinopse: Dois mestres modernos da história militar apresentam as vinte batalhas mais importantes de todos os tempos, numa emocionante viagem aos momentos de conflito que moldaram a história da humanidade. Das batalhas da Antiguidade às Guerras do Golfo, James Lacey e Williamson Murray apresentam os imperativos culturais que levaram países ao campo de batalha, as experiências dos soldados, e os lendários comandantes e estadistas que tomaram decisões que mudaram o curso da história. Uma explicação vigorosa, vívida e memorável sobre como o poderio militar moldou a história do mundo.



Sinopse: Tudo ia bem na vida do jovem Dan Bigley. Ele tinha um trabalho que adorava, comprou uma cabana nas montanhas e após passar um ano fascinado por Amber, ela finalmente se apaixonou por ele. Tudo isso foi arrui-nado no dia que Dan resolveu ir pescar com um amigo no Alasca. Inesperadamente, um urso surgiu na sua frente e o ataque foi feroz e implacável. Cego e desfigurado, Dan precisou de todo apoio e inspiração daqueles que estavam ao seu redor para encarar os desafios de sua nova vida. Esta obra é um relato de coragem, força espiritual e determinação inabalável.


O novo romance da autora de Pequenas Grandes Mentiras, que inspirou a série sucesso da HBO Big Little Lies, será lançado pela Editora Intrínseca. Confiram abaixo capa e sinopse: 

Amigas de infância, Erika e Clementine não poderiam ser mais diferentes. Erika é obsessivo-compulsiva. Ela e o marido são contadores e não têm filhos. Já a completamente desorganizada Clementine é violoncelista, casada e mãe de duas adoráveis meninas. Certo dia, as duas famílias são inesperadamente convidadas para um churrasco de domingo na casa dos vizinhos de Erika, que são ricos e extravagantes. Durante o que deveria ser uma tarde comum, com bebidas, comidas e uma animada conversa, um acontecimento assustador vai afetar profundamente a vida de todos, forçando-os a examinar de perto suas escolhas — não daquele dia, mas da vida inteira. Em Até que a culpa nos separe, Liane Moriarty mostra como a culpa é capaz de expor as fragilidades que existem mesmo nos relacionamentos estáveis, como as palavras podem ser mais poderosas que as ações e como dificilmente percebemos, antes que seja tarde demais, que nossa vida comum era, na realidade, extraordinária.

O lançamento está previsto para o dia 26 de Junho. Adquiram já o seu: 


Olá, leitores! No post de hoje teremos a coluna "Ao Redor do Globo: Capas", que traz as várias capas publicadas em diferentes partes do mundo. O livro escolhido foi o premiado O Sol Também é Uma Estrela, de Nicola Yoon,resenhado aqui no blog.

"Nós temos cérebros grandes e lindos. Inventamos coisas que voam. Voam. Escrevemos poesia. [...] Somos capazes de grandes vidas. De uma grande história. Por que aceitar menos? Por que escolher a coisa mais prática, a coisa corriqueira? Nós nascemos para sonhar e fazer as coisas com as quais sonhamos" (p. 85).



A primeira capa (à direita) foi lançada no Brasil pela editora Arqueiro, mantendo o formato original, estadunidense, à esquerda, publicada pela Dell Publishing. Ela foi trabalhada por uma designer especializada em tipografias táteis tridimensionais. O resultado foi realmente incrível e, em minha opinião, imbatível em comparação com as demais.

Esta é a capa lançada na Turquia, publicada pela editora Psikiytristin. Ela manteve as cores vibrantes e chamativas que compõem o todo do livro, mas o design é diferente do original. Acredito que o título, apesar de ter uma fonte diferenciada e maior, perdeu um pouco o destaque que tem nas capas anteriores.

Esta é a capa mais diferente que já vi até agora, pois não lembra em nada as outras. Foi lançada na Croácia pela Urban Reads. A capa tem um visual muito mais limpo e simples, porém não deixa de ser significativo com o formato do sol logo onde está o título em croata e os pequenos desenhos de estrelas, com cores mais monocromáticas. 


Enfim, O Sol Também é Uma Estrela é um livro tão incrível que nenhuma capa conseguiria transmitir totalmente os sentimentos que podem borbulhar dentro do leitor ao lê-lo. É realmente uma leitura incrível e que vale muito a pena — não foi à toa que ele foi considerado Melhor Livro do Ano por Publisher's Weekly e Amazon, foi finalista do National Book Awards 2016 e ficou emprimeiro lugar na lista dos Mais Vendidos no The New York Times.

Já leram o livro? O que acharam das capas? Qual a mais bonita? Qual a que combina mais? Deixe sua opinião e até o próximo post!


Livro: A Prisão do Rei
Título original: King's Cage
Autor (a): Victoria Aveyard
Editora: Seguinte
Páginas: 544
ISBN: 9788555340277
Sinopse: Mare Barrow foi capturada e passa os dias presa no palácio, impotente sem seu poder, atormentada por seus erros. Ela está à mercê do garoto por quem um dia se apaixonou, um jovem dissimulado que a enganou e traiu. Agora rei, Maven continua com os planos de sua mãe, fazendo de tudo para manter o controle de Norta - e de sua prisioneira. Enquanto Mare tenta aguentar o peso sufocante das Pedras Silenciosas, o resto da Guarda Escarlate se organiza, treinando e expandindo. Com a rebelião cada vez mais forte, eles param de agir sob as sombras e se preparam para a guerra. Entre eles está Cal, um prateado em meio aos vermelhos. Incapaz de decidir a que lado dedicar sua lealdade, o príncipe exilado só tem uma certeza: ele não vai descansar enquanto não trouxer Mare de volta.


SÉRIE "A RAINHA VERMELHA"
  1.5  Coroa Cruel
    2.  Espada de Vidro
    3.  A Prisão do Rei
    4.  (nome não divulgado)

Victoria Aveyard cresceu numa cidadezinha em Massachusetts e frequentou a Universidade do Sul da Califórnia, em Los Angeles. Ela se formou como roteirista e tenta combinar na sua escrita seu amor por histórias, explosões e heroínas fortes. Seus hobbies incluem a tarefa impossível de prever o que vai acontecer em As Crônicas de Gelo e Fogo, viajar e assistir NetflixA Rainha Vermelha, primeiro livro da série Red Queen, já vendeu milhares de exemplares no mundo e venceu prêmios como o GoodReads, que premiou os melhores livros de 2015


   Depois de passar uma temporada no palácio, fingindo ser uma nobre prateada para esconder seu poder elétrico da população, Mare Barrow conseguiu escapar e se juntou à Guarda Escarlate, um grupo rebelde que quer acabar com a desigualdade entre prateados e vermelhos. Para ajudar nessa luta, Mare começou a reunir um exército de sanguenovos, vermelhos que, como ela, possuíam poderes inéditos, como mudar a aparência, voar, criar ilusões ou prever o futuro. Entretanto, essa missão foi interrompida quando seu grupo caiu numa armadilha do rei Maven. Em troca da liberdade de seus amigos, ela não viu outra saída além de se oferecer como prisioneira. 
   Agora, no palácio, apesar de usufruir de certo conforto, Mare é destituída de sua eletricidade: ela vive cercada de Pedras Silenciosas que anulam seu poder, e os guardas que a acompanham vinte e quatro horas por dia são capazes de extinguir qualquer faísca da garota elétrica. Ela começa a definhar e fica cada vez mais fraca sem seus raios, e para piorar ainda é obrigada a encontrar Maven constantemente. 
   Enquanto isso, os rebeldes continuam se mobilizando e organizam ataques cada vez mais rápidos, ainda que nem todos estejam tão engajados na causa. Caso de Cameron Cole, uma sanguenova recrutada à força por Mare, que está mais preocupada em salvar seu irmão, levado ainda jovem para a linha de frente das trincheiras do Gargalo, área em disputa entre os Exércitos de Norta e Lakeland. A garota é uma arma importante para a rebelião, já que é capaz de matar com um único olhar, mas evita ao máximo usar esse poder letal, com medo do que pode se tornar. 
   E não é só a Guarda que está insatisfeita com o governo de Maven. A noiva do rei, Evangeline Samos, e toda a sua família acreditam que não estão recebendo a devida atenção e o destaque que mereciam. Outras Grandes Casas da nobreza prateada, por sua vez, não acham que Maven seja o herdeiro por direito, ameaçando criar uma crise de sucessão. Vulnerável em diversas frentes, Maven se agarra ao poder a todo custo, buscando novas estratégias e alianças inusitadas para garantir a continuidade de seu governo. Afinal, os monstros são mais perigosos quando estão assustados.

   A Rainha Vermelha é a série distópica que mais vende livros, atualmente, no Brasil e a ansiedade para o lançamento do terceiro e penúltimo livro, A Prisão do Rei, era gritante. Quando resenhei Espada de Vidro, eu sugeri apenas que lessem, porque o livro é incrível. Entretanto, acredito que todos os três livros já lançados têm um diferencial, cada um com seu esqueleto, com sua forma e apresentando os protagonistas em situações diversas que exigem atitudes também plurais da parte deles. O que eu estou querendo dizer com tudo isso é que é uma série que não mantém a mesma construção em todos os livros – e isso tanto agrada quanto desagrada.
   Enquanto A Rainha Vermelha e Espada de Vidro foram leituras que eu realmente gostei sem muitas ressalvas, as quase 600 páginas de A Prisão do Rei me levaram por um mar de amor e ódio. Continua sendo uma excelente distopia, com uma pegada fantástica, no duplo sentido, mas o começo arrastado pode deixar muitos leitores sem sentir aquele feeling inexplicável que muito sentiram ao ler os dois primeiros. Ainda que o começo do livro seja pouco frenético – afinal, Mare está presa –, a narrativa continua inteligente e apesar do número de páginas é possível realizar a leitura em pouquíssimos dias. Mesmo que eu não tenha sentido o feeling inexplicável que senti nos precedentes, posso dizer também que devorei A Prisão do Rei.
   Pra quem não sabe, Victoria é mega fã de As Crônicas de Gelo e Fogo, série de livros do George Martin, popularmente chamada apenas de Game of Thrones, e, obviamente, ela não poderia ter escolhido uma inspiração melhor. Apesar disso, os livros de Red Queen não são ambientados, em suma, como em As Crônicas de Gelo e Fogo, devido ao teor young-adult. Contudo, percebemos muitas referências, como na construção monárquica, nomes de personagens e atitudes dos mesmos. Achei hilário e costumo descrever a série como uma mistura incomum de X-Men, Game of Thrones e distopia.

"Os ignorantes são mais fáceis de controlar".


Livro: O Bazar dos Sonhos Ruins
Título Original: The Bazaar of Bad Dreams 
Autor: Stephen King 
Editora: Suma de Letras
Páginas: 527
ISBN: 978-85-5651-030-3
Sinopse: Mestre também das histórias curtas, o que Stephen King oferece neste livro é uma coleção generosa de contos – muitos deles inéditos no Brasil. E, antes de cada história, o autor faz pequenos comentários autobiográficos, revelando quando, onde, por que e como veio a escrever (ou reescrever) cada uma delas. Temas eletrizantes interligam os contos – moralidade, vida após a morte, culpa, os erros que consertaríamos se pudéssemos voltar no tempo... Alguns são protagonizados por personagens no fim da vida, relembrando seus crimes e pecados. Outros falam de pessoas descobrindo superpoderes – como o colunista, em "Obituários", que consegue matar pessoas ao escrever sobre  morte delas; ou o velho juiz em "A duna", que ainda criança descobre uma pequena ilha onde nomes surgem misteriosamente na areia – nome de pessoas que logo morrem em acidentes bizarros. Incríveis, sinistros e completamente envolventes, essas histórias formam uma das melhores obras do mestre do terror, um presente para seus Leitores Fiéis.

Stephen King é um escritor americano, reconhecido como um dos mais notáveis escritores de horror fantástico e ficção da contemporaneidade. Seus livros já venderam quase 400 milhões de cópias publicadas em mais de 40 países. Muitas de suas obras foram adaptadas para as telas, como O Iluminado, Carrie, A estranha, 1408, Under the dome e, mais recentemente, Torre Negra. Também é vencedor de inúmeros prêmios, como o Edgar Award, que ganhou pela trilogia Bill Hodges, em 2015. Novembro de 63 e Doutor Sono já entrou no estimado TOP 10 dos melhores livros no The New York Times Book Review. O Bazar dos Sonhos ruins é seu 11º livro de contos, publicado em 2015.

    O Bazar dos Sonhos Ruins é uma coletânea de contos que reúne 20 histórias escritas pelo Mestre dos thrillers psicológicos, Stephen King. Trata de diversos assuntos, desde o extremo terror ao extremo drama. "Ur", um dos mais interessantes, por exemplo, fala sobre universos paralelos, e como seria se tivéssemos contato com um desses vários universos onde nossos corpos e mentes coexistem – além de trazer a tona aquela pergunta que sempre passa pela cabeça das pessoas: eu mudaria o futuro se soubesse que ele me reserva algo ruim?
    A própria experiência de pós-morte entra na narrativa, fazendo com que o leitor viaje na imaginação. Mas também há enredos mais realistas, como quando King se apodera de um caso real e misterioso e o transforma (parte dele) em ficção, deixando que sua perspectiva sobre o assunto corra solta. Há ainda experiências do autor incluídas, como quando ele iniciou sua carreira e fazia textos esportivos para o noticiário. Algumas são inéditas, como "Garotinho malvado", que foi baseado na musica Bad Boy, dos Beatles. Outras já são reconhecidas pelo público e são cheias de referências, como "Ur", já citado, que tem várias menções implícitas a série Torre Negra. E também há aqueles que foram reescritos, porque King achou que poderia melhorá-los ou simplesmente porque perdeu a versão original. O Bazar dos Sonhos Ruins, portanto, é uma coletânea muito diversa, onde King não se abstém de abordar os mais variados assuntos. Mas afinal, por que "bazar dos sonhos ruins"? O próprio King explica:

"Quando minhas histórias estão reunidas, sempre me sinto como um vendedor ambulante, um que só vendo à meia-noite. Exibo minha mercadoria e convido o leitor (você) a escolher o que quiser. Mas sempre acrescento uma advertência: cuidado, meu caro, porque alguns desses objetos são perigosos. São aqueles que têm sonhos ruins escondidos dentro, os que não saem da sua mente enquanto o sono não chega, e você se pergunta por que a porta do armário está aberta se você sabe perfeitamente bem que a fechou".

    Já acostumada com a escrita fria e ao mesmo tempo profunda de King, não estranhei mergulhar nos muitos universos (isso também pode ser uma referência à história de "Ur") que o autor cria em O Bazar dos Sonhos Ruins, mas foi minha primeira experiência com um livro de contos dele. Porém, muitas de suas marcas continuam bastante presentes, o que já classifica o livro como uma obra do Mestre do terror psicológico.
   Boa parte das narrativas acontecem em terceira pessoa, mas há muitas variações. Indisposta, por exemplo, é um dos contos mais inovadores em minha visão, pois é narrado em primeira pessoa – neste caso, sabe-se o que ocorre ao longo de toda a história pela perspectiva do personagem principal, ou seja, vemos só o que ele quer que a gente veja – e ainda assim King optou pela previsibilidade, porque para ele não fez diferença criar uma história que desde o início o leitor conheça seu fim. O que importa é que o leitor aprecie o que está lendo, ele não precisa ser um detetive que busca em cada palavra pistas do que vai acontecer no desfecho da trama. Também faz parte dessa coletânea com alguns poemas que King se arriscou a escrever antigamente. Nunca havia me deparado com essa faceta, e apesar de não gostar muito de poesia nem entender do assunto, seus poemas me surpreenderam e agradaram bastante. Além do mais, a disposição dos contos é ótima, fazendo com que o livro não perca o ritmo.

"O mundo não é triste, a não ser que você seja são." (p. 170.)


Olá, leitores! Bem-vindos a mais um post da coluna Quotes de Quarta, onde compartilhamos com vocês os melhores trechos dos livros que lemos. Espero que curtam os quotes de hoje:



"Quando não existe resposta correta para uma pergunta, só há uma resposta honesta. A área cinzenta entre o sim e o não. O silêncio".


"É o ódio. Ele obscurece nossos valores e nos empurra à ruína".
 — A Batalha do Apocalipse (Eduardo Spohr)


"Se você precisar de alguém pra te abraçar e te proteger de qualquer pessoa no mundo que poderia querer te machucar, então eu sou definitivamente o seu cara".
— Asas (Aprilynne Pike)


"Um escritor nunca esquece a primeira vez em que aceita algumas moedas ou um elogio em troco de uma história. Nunca esquece a primeira vez em que sente o doce veneno da vaidade no sangue e começa a acreditar que se conseguir disfarçar sua falta de talento, o sonho da literatura será capaz de garantir um teto sobre sua cabeça, um prato quente no final do dia e aquilo que mais deseja: seu nome impresso num miserável pedaço de papel que certamente vai durar mais do que ele. Um escritor está condenado a recordar esse momento porque, a partir daí, ele está perdido e sua alma já tem um preço".
— O Jogo do Anjo (Carlos Ruiz Zafón)


Livro: A Traidora do Trono
Título Original: Traitor to the Trone
Autor (a): Alwyn Hamilton
Editora: Seguinte
Páginas: 440
ISBN: 9788555340291
Sinopse: Amani Al'Hiza mal acreditou quando finalmente conseguiu fugir de sua cidade natal nos confins do deserto, montada num cavalo de areia com Jin, um forasteiro misterioso. Em pouco tempo, porém, sua maior preocupação deixou de ser sua própria liberdade: a garota descobriu ter muito mais poder do que imaginava e acabou se juntando à rebelião, que luta para livrar o país inteiro do domínio de um sultão sanguinário.Em meio às perigosas batalhas, Amani é traída quando menos espera e acaba se tornando prisioneira no palácio. Enquanto pensa em um jeito de escapar, ela tenta se aproximar do sultão para descobrir informações úteis para a causa rebelde. Contudo, quanto mais tempo passa ali, mais ela questiona se o governante é de fato o vilão que todos acreditam, e quem são os verdadeiros traidores do país.

TRILOGIA “A REBELDE DO DESERTO”.
    2.  A Traidora do Trono
    3.  (Sem título)


Alwyn Hamilton nasceu em Toronto, no Canadá, e já morou na França e na Itália. Estudou história da arte no King’s College, em Cambridge, e atualmente vive em Londres, onde trabalha numa casa de leilão.

   Quase um ano se passou desde que Amani e seus companheiros rebeldes venceram a épica batalha de Fahali. Ahmed, o príncipe rebelde, agora controla parte de Miraji, e sua mensagem se espalha pelo deserto como um rastilho de pólvora. Ele quer libertar seu povo da dominação estrangeira e do governo injusto e violento de seu pai, e para isso reúne cada vez mais seguidores num acampamento secreto no vale de Dev — sejam eles humanos ou demdjis, mestiços que herdaram poderes especiais de seus pais djinnis
   A fama de Amani como a Bandida dos Olhos Azuis também se propagou, virando quase uma lenda — ainda que alguns boatos não fossem muito fiéis à realidade. Ao mesmo tempo, a garota aprendeu a lidar melhor com o poder que descobriu ter, tornando-se uma guerreira versátil e imprescindível nas batalhas contra o Exército do sultão. 
   Até que uma traição imprevisível torna Amani prisioneira do inimigo: ela é sequestrada e vai parar no palácio de Izman, capital de Miraji. Ali, a garota fica restrita ao harém, onde vivem as esposas e filhas do sultão — um verdadeiro ninho de desconfiança, medo e intriga. Totalmente impotente, ela precisa recorrer aos seus instintos para sobreviver às armadilhas criadas pelas mulheres do sultim, o príncipe herdeiro. Enquanto procura um jeito de se comunicar com seus amigos da rebelião e planejar sua fuga, ela tenta não pensar em Jin, o jovem por quem está apaixonada, que se afastou bem quando eles estavam se tornando mais próximos.
   Para piorar, conforme explora os cantos ocultos do palácio, Amani acaba cruzando com vários fantasmas de seu passado. Agora ela será obrigada a lidar com as pessoas que deixou para trás quando era apenas uma garota pobre da Vila da Poeira, e com alguém que jamais imaginaria encontrar. Esqueça tudo o que você sabe sobre Miraji: neste universo em que os traidores podem estar em qualquer lugar, tudo é tão instável quanto as dunas do deserto.


"— Sabe, de onde eu venho, exite um ditado muito antigo, passado de geração em geração. — Sam abriu os braços como se visse a frase seguinte escrita em grandes letras flutuantes à sua frente. — Não faça alianças com pessoas que tentaram te matar".

   Quando achei que já tinha visto de tudo e encontrar distopias inovadoras e viciantes seria difícil, apareceu Alwyn Hamilton com uma trama inteiramente genial e bem construída. Conheci a série quando a Seguinte lançou o primeiro livro, A Rebelde do Deserto, e, por abordar temas como mitologia, distopia e fantasia, criei grandes expectativas para os próximos livros. Novidades à parte, posso afirmar que as expectativas não só se mantiveram satisfatórias, como se superaram.
   Não consigo nem explicar a emoção que senti em ler esse livro. Quem acompanhou a resenha que fiz do primeiro livro (leia aqui) sabe que eu simplesmente adorei a história, a trama, os personagens... tudo. Por isso, eu estava muito ansioso para ler A Traidora do Trono e matar a saudade de Amani e suas aventuras. Novamente, me senti feliz por encontrar algo novo e uma escrita diferente, regada com uma trama original e feita com extrema maestria. 
   Se você, como eu, sente falta de boas distopias, daquelas que, como Divergente ou Jogos Vorazes, nos fazem vibrar, gritar “viva a revolução” e querer pegar uma pistola e embarcar com a protagonista, A Rebelde do Deserto e A Traidora do Trono estão aí para isso — sem dúvidas, é uma grande aposta para os fãs do gênero.
   A narração, aliada ao enredo que traz Amani prisioneira do sultão sanguinário, depois de uma traição imprevisível, é o ponto mais forte do livro, que é infinitamente melhor que o primeiro. Sabemos que é comum o autor se perder na hora de transitar de um livro à sua continuação, mas, inacreditavelmente, aconteceu o contrário com Hamilton. Ela se superou e surpreendeu a todos nós. Percebemos uma evolução gritante no estilo narrativo da autora, como se finalmente ela tivesse encontrado seu vento norte.

"Egoísmos era o que o deserto mais produzia. Eu sabia disso melhor do que ninguém.
— O amor torna as pessoas egoístas — disse Jin [...]".


E pra começar um 2017 cheio de novidades, apresentamos nossa mais nova coluna: Li Até a Página 100 e..., uma espécie de Primeiras Impressões que antecederá as resenhas de vários livros lidos por nós. O escolhido de hoje é Mitologia Nórdica, os mitos escandinavos recontados por Neil Gaiman.


PRIMEIRA FRASE DA PÁGINA 100: "Acho que você vai me deixar aqui".

DO QUE SE TRATA O LIVRO: 
Na obra, Gaiman, partindo da origem do universo até o fim do mundo, se propõe a recontar os mais célebres mitos escandinavos, nos levando a conhecer a jornada de personagens como Odin, o mais poderoso dos deuses, Thor, o deus do trovão, e Loki, o deus da trapaça.

O QUE ESTÁ ACHANDO ATÉ AGORA?
Mitologia Nórdica não foi meu primeiro contato com Neil Gaiman — já havia lido um conto dele —, no entanto, está sendo o responsável por me fazer ver o porquê do autor já ter vencido prêmios como o Hugo e o Bram Stoker.

O QUE ESTÁ ACHANDO DO PERSONAGEM PRINCIPAL?
Por ser um livro de mitos/contos, não há um personagem principal. No entanto, todos os deuses, elfos, gigantes e ademais personagens que têm aparecido estão me agradando e me surpreendendo bastante.

MELHOR QUOTE ATÉ AGORA:

“É raro cometer erros quando se está calado”.

VAI CONTINUAR LENDO?
Com certeza!

ÚLTIMA FRASE DA PÁGINA 100: "Fenrir fechou os dentes com delicadeza até prender a mão de Tyr pelo pulso sem machucar a pele e então fechou os olhos".


Olá, leitores! Bem-vindos a mais um post da coluna Quotes de Quarta, onde compartilhamos com vocês os melhores trechos dos livros que lemos. Espero que curtam os quotes de hoje:


"— Não é a isso que me refiro — resmungou Markus, exasperado. — Como o senhor bem disse ninguém tem culpa por ser medíocre. O que desprezo é a exaltação da estupidez. Não é algo que precisemos ter dó, e sim medo. A estupidez, um dia, matará todos nós".
— O Terceiro Testamento (Christopher Galt)


''Seja feliz na frente das pessoas que detestam você. Assim, elas saberão que não a afetaram. Além do mais, vão ficar putas da vida.''
— Alucinadamente Feliz (Jenny Lawson)


"— Acho que, se todo mundo experimentasse culturas diferentes como experimenta roupas, as pessoas não matariam tanto umas às outras. Como se pode ficar furioso com um povo depois de passar um dia na pele... ou na tanga dele?".
—  Excesso De Luz (Christiam McKay Heidicker)


Ainda este mês, no dia 18, estreia nos cinemas brasileiros o longa Antes Que Eu Vá, adaptação do best-seller de mesmo nome escrito por Lauren Oliver. Pensando em nosso amor (de leitores) por novas edições quando nossos amados livros são adaptados, a Intrínseca lançou uma nova edição para Antes Que Eu Vá, com extras e capa inspirada no pôster do filme. Confiram abaixo a capa, a sinopse e o trailer do filme:

Sinopse: Samantha Kingston tem tudo: o namorado mais cobiçado do universo, três amigas fantásticas e todos os privilégios no colégio que frequenta: desde a melhor mesa do refeitório à vaga mais bem-posicionada do estacionamento. Aquela sexta-feira, 12 de fevereiro, que seria apenas mais um dia de sua vida mágica e perfeita, acaba sendo seu último - mas ela ganha uma segunda chance. Sete "segundas chances", na verdade. Ao reviver aquele dia vezes seguidas, Samantha vai tentar desvendar o mistério que envolve a própria morte - e, finalmente, descobrir o verdadeiro valor de tudo o que está prestes a perder. Para comemorar a chegada do filme ao cinema, essa edição especial conta com dois contos inéditos que exploram a vida de Samantha antes dos acontecimentos do livro, fotos de bastidores e uma entrevista da autora com a diretora e a protagonista do filme.

T R A I L E R   D O  F I L M E


Livro: O Terceiro Testamento
Título Original: The Third Testament
Autor (a): Christopher Galt
Editora: Jangada
Páginas: 416
ISBN: 9788555390760
Sinopse: O mundo parece estar enlouquecendo. Em toda parte, as pessoas começas a ter visões. Um adolescente francês assiste a Joana D'Arc ser queimada na fogueira e até tenta tirar uma foto com o celular. Uma garota chinesa se vê diante de um animal pré-histórico. Um rapaz do litoral norte europeu testemunha o desembarque dos vikings. E a presidente dos Estados Unidos tem visões de seus antecessores dentro da Casa Branca. Ninguém sabe se essas aparições são uma espécie de alucinação coletiva, uma doença virótica causada por bioterrorismo ou um prenúncio do que, segundo algumas religiões, ocorrerá antes do Apocalipse: O Arrebatamento, quando Jesus vem buscar os escolhidos antes da batalha final entre as forças do Bem e do Mal. Com o tempo as visões se tornam cada vez mais reais, vivas, apocalípticas. Ocorrem suicídios em massa em várias partes do mundo. Algumas pessoas se voltam desesperadamente para a religião. Cientistas buscam uma explicação racional. O psiquiatra e neurocientista John Macbeth, à frente de um projeto para criar uma inteligência artificial autônoma, busca freneticamente uma resposta. Com uma equipe de cientistas e agentes do FBI, ele se empenha para descobrir o que está acontecendo antes que seja tarde demais. E descobre que a verdade por trás de tudo pode mudar os rumos da humanidade para sempre. E até custar sua vida. Uma história eletrizante que o fará questionar a sua perspectiva da realidade. E até mesmo a sua sanidade...


Christopher Galt é o pseudônimo de Craig Russell, autor britânico best-seller, premiado e aclamado pela crítica. Seus thrillers já foram publicados em vinte e três idiomas no mundo todo. Ele é autor das séries Lennox e Jan Fabel, adaptadas pela TV alemã, que atraíram um público de mais de seis milhões de espectadores. Em 2007, Russell foi nomeado para o prêmio CWA Duncan Lawrie Golden Dagger, o maior prêmio literário da Alemanha do gênero policial. Em 2008, ganhou o CWA Dagger in the Library, pelos seus livros da série Jan Fabel. Em 2013, foi nomeado para o CWA Ellis Peters Historical Dagger.

   O Terceiro Testamento trata-se de uma ficção científica que apresenta nosso mundo contemporâneo em uma aparente situação apocalíptica. Um homem em Nova York morreu de inanição num luxuoso apartamento do Central Park. Vinte e sete jovens saltaram juntos da ponte Golden Gate. Cinquenta estudantes japoneses, acampados na densa Floresta Aokigahara, o Mar das Árvores, ao pé do Monte Fuji, dividiram uma refeição e entoaram canções, em volta de uma fogueira, antes de se embrenhar pela mata e corta a própria jugular; três cientistas e um escritor se mataram em Berlim, num acontecimento memorável. Um físico russo que se tornara um místico neopagão dizia ser o Filho de Deus. Uma mulher de meia-idade se sentou calmamente no meio da estrada, perto da estrada da Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear e pôs fogo em si mesma. No entanto, isso não chega nem perto de resumir tudo o que vem acontecendo no mundo. 
   Um estúdio de Hollywood foi atacado por bombas incendiárias. Uma seita fundamentalista cristã sequestrou e assassinou um geneticista. Todas essas coisas aconteceram antes do começo. Mas, a bem da verdade, tudo começou com o olhar perdido, o semblante inexpressivo das pessoas e a aquela inquieta sensação de déjà-vu. As pessoas, por toda parte do globo, estavam tendo visões e pior: vivenciavam a experiência com todos os sentidos do corpo humano. Tudo parecia extremamente real. Ninguém sabe as causas dos acontecimentos peculiares. É um vírus? É um apocalipse? Como descobrir o que vem deixando o mundo de pernas para o ar?
   O psiquiatra e neurocientista John Macbeth, à frente de um projeto para criar uma inteligência artificial autônoma — um tipo de cérebro, que representasse uma versão artificial do poderoso órgão humano —, busca por uma resposta, assim como outros profissionais da área. Talvez seja uma doença virótica que esteja afetando o funcionamento do cérebro das pessoas, certo? No entanto, quando as coisas começam a ficar ainda mais sérias, o FBI se empenha em descobrir a verdade e convida Macbeth e outros cientistas para descobrir o que está, de fato, acontecendo com o mundo. E a verdade que eles encontram pode revelar muitas coisas, inclusive a possibilidade do futuro já ter acontecido.

   Conheci O Terceiro Testamento quando o Grupo Pensamento entrou em contato com os blogs parceiros, apresentando seus mais recentes lançamentos. Logo que li a sinopse, o livro me pareceu extremamente interessante — afinal, não é todo dia que nos deparamos com um enredo que mistura de forma intrigante e inteligente os gêneros thriller apocalíptico e ficção científica, certo? Eu não sabia exatamente o que esperar, mas acredito que qualquer que seja a expectativa que se crie para O Terceiro Testamento, ela há de ser superada, tanto positivamente quanto negativamente — vai depender da forma como você vai se abrir para a leitura. 
   Ficção científica é um gênero sempre recheado com muita ciência, isso já sabemos; no entanto, também podemos encontrar reviravoltas, intrigas políticas e aquela costumeira crítica distópica. O Terceiro Testamento acaba sendo uma mistura de tudo isso que citei e, apesar de eu não ser exatamente fã do gênero, não posso deixar de ressaltar o quanto foi uma leitura válida e tão contundente quanto Matrix, uma produção cinematográfica estadunidense e australiana de 1999, dos gêneros ação e ficção científica, dirigido pelas irmãs Wachowski e protagonizado por Keanu Reeves e Laurence Fishburne. 
   O Terceiro Testamente é uma obra extremamente plural, em todos os sentidos, a começar pela narrativa. O livro possui um prólogo, alguns prelúdios e é dividido em três grandes e importantes partes. Muitos personagens aparecem como foco narrativo, tudo isso para que tenhamos uma visão ao máximo ampla sobre o que vem acontecendo no mundo. No entanto, o protagonista John Macbeth ganha a maioria dos capítulos — no final do livro descobrimos o porquê. Oscilando o tempo todo entre um país e outro, um personagem e outro, a narrativa em terceira pessoa se torna, em muitos momentos, supérflua — sem, entretanto, perder a fluidez e a maestria. Apesar de tudo, Christopher Galt escreve muito bem e manipula o sentimento do leitor com a mesma facilidade que tem para escrever. 

"O problema com os fenômenos notáveis e extraordinários é que, quando fazem parte do cotidiano, tornam-se por definição irrelevantes e corriqueiros. Aquilo que desperta assombro e perplexidade deixa de ser percebido". 


Nós já resenhamos por aqui Auggie & Eu e também 365 Dias Extraordinários, e hoje estamos aqui para mostrar esse lançamento da Intrínseca, especialmente para os fãs de Extraordinário, que ganhou uma adaptação cinematográfica que promete estrear muito em breve. Somos Todos Extraordinários resgata elementos da história original e insere os personagens em um mundo ilustrado que representa a imaginação do protagonista. Confiram a capa e a sinopse abaixo:


Sinopse: Extraordinário é um romance apaixonante e inspirador, que já tocou a vida de quase meio milhão de leitores só no Brasil. Publicada pela primeira vez em 2013, a história que acompanha o carismático Auggie Pullman, um menino de dez anos com uma grave deformidade facial que começa a frequentar a escola pela primeira vez, ganha agora uma edição dedicada às crianças, cuidadosamente pensada e elaborada com a intenção de levar a elas a forte mensagem de inclusão e gentileza que a autora R J Palácio imprimiu à sua obra. Resgatando elementos da história original e inserindo os personagens em um mundo ilustrado que representa a imaginação do menino, Somos todos extraordinários vai deliciar todos os que já se emocionaram e os que ainda vão se emocionar com essa incrível história de superação, amizade e, acima de tudo, amor.


Livro: E Viveram Felizes para Sempre 
Autor (a): Julia Quinn 
Editora: Arqueiro 
Páginas: 255
ISBN: 978-85-8041-637-4
Sinopse: Alguns finais são apenas o começo… Era uma vez uma família criada por uma autora de romances históricos…Mas não era uma família comum. Oito irmãos e irmãs, seus maridos e esposas, filhos e filhas, sobrinhas e sobrinhos, além de uma irresistível matriarca. Esses são os Bridgertons: mais que uma família, uma força da natureza. Ao longo de oito romances que foram sucesso de vendas, os leitores riram, choraram e se apaixonaram. Só que eles queriam mais. Então começaram a questionar a autora: O que aconteceu depois? Simon leu as cartas deixadas pelo pai? Francesca e Michael tiveram filhos? O que foi feito dos terríveis enteados de Eloise? Hyacinth finalmente encontrou os diamantes?A última página de um livro realmente tem que ser o fim da história? Julia Quinn acha que não e, em E viveram felizes para sempre, oferece oito epílogos extras, todos sensuais, engraçados e reconfortantes, e responde aos anseios dos leitores trazendo, ainda, um drama inesperado, um final feliz para um personagem muito merecedor e um delicioso conto no qual ficamos conhecendo melhor ninguém menos que a sábia e espirituosa matriarca Violet Bridgerton.

SÉRIE "OS BRIDGERTONS"
    1.  O Duque e Eu
    8.  A Caminho do Altar
    9.  E Viveram Felizes Para Sempre

Julia Quinn começou a trabalhar em seu primeiro romance um mês depois de terminar a faculdade e nunca mais parou de escrever. Seus livros já atingiram a marca de 8 milhões de exemplares vendidos, sendo 3,5 milhões da série Os Bridgertons. É formada pelas universidades Harvard e Radcliffe. Seus livros já entraram na lista de mais vendidos do The New York Times e foram traduzidos para 26 idiomas. Foi a autora mais jovem a entrar para o Romance Writers of America’s Hall of Fame, a Galeria da Fama dos Escritores Românticos dos Estados Unidos, e atualmente mora com a família no Noroeste Pacífico.

    Já se perguntou o quê acontece com seus personagens depois do final? Depois do epílogo? Acompanhei os Bridgertons durantes anos e foi maravilhoso conhecer essa família. E, então, Julia Quinn deu um epílogo extra para seus leitores (este livro, aqui resenhado), onde cada irmão recebeu um final extra. O mais interessante é que Quinn colocou momentos marcantes e inesquecíveis vividos por seus personagens — apesar do tempo que li, é impossível não lembrar assim que começamos a ler. E Viveram Felizes para Sempre é um livro com oito epílogos, cada um narrando a história de um irmão diferente, e um conto sobre a mãe mais especial de todas: Violet Bridgerton. 
   O objetivo desse livro foi — além de finalizar a série — matar a saudade dos leitores apaixonados pela família Bridgerton. E para os loucos pela mãe mais famosa dos romances de época teremos ainda, como dito, um conto maravilhoso sobre a Violet. Nossa guerreira — casamenteira — também terá um conto, o que deixou todos imensamente felizes e ansiosos pelo lançamento de E Viveram Felizes Para Sempre, feito para arrancar muitos suspiros e lágrimas dos eternos fãs dos Bridgertons.
  Vale ressaltar que as histórias são engraçadas e emocionantes. Durante todo o livro, o leitor fica com o sentimento de despedida batendo na porta.  A ideia dos epílogos surgiu na intenção de presentear os fãs apaixonados pelas histórias da família, mas também como oportunidade de responder questões que ficaram pendentes nos livros anteriores. Várias coisas que ficaram sem respostas nos livros foram respondidas brevemente em cada epílogo — e isso torna a leitura ainda mais aprazível

"É muito mais fácil guardar um segredo de mil pessoas do que apenas de uma — disse ele. — Há muito menos culpa envolvida."


Olá, leitores! Bem-vindos a mais um post da coluna Quotes de Quarta, onde compartilhamos com vocês os melhores trechos dos livros que lemos. No entanto, o dia de hoje é extremamente especial: Jojo Moyes está no Brasil e, inclusive, já esteve em suas sessões rápidas de autógrafos no Rio e em São Paulo. Como forma de homenagear essa grande escritora, o Quotes de Quarta hoje é em especial a Como Eu Era Antes de Você. Espero que curtam os quotes de hoje:


"Às vezes, Clark, você é a unica pessoa que me dá vontade de levantar da cama".

"Você só vive uma vez. É sua obrigação aproveitar a vida da melhor forma".

"É isso. Você está marcada no meu coração, Clark. Desde o dia em que chegou, com suas roupas ridículas, suas piadas ruins e sua total incapacidade de disfarçar o que sente. Você mudou a minha vida muito mais do que esse dinheiro vai mudar a sua".

"Não pense muito em mim. Não quero que você fique toda sentimental. Apenas viva bem. Apenas viva…"


Livro: Alucinadamente Feliz 
Autor (a): Jenny Lawson 
Editora: Intrínseca 
Páginas: 352
ISBN: 978-85-8057-931-4
Sinopse: Jenny Lawson está longe de ser uma pessoa comum. Ela mesma se considera colecionadora de transtornos mentais, já que é uma depressiva altamente funcional com transtorno de ansiedade grave, depressão clínica moderada, distúrbio de automutilação brando, transtorno de personalidade esquiva e um ocasional transtorno de despersonalização, além de tricotilomania (que é a compulsão de arrancar os cabelos). Por essa perspectiva, sua vida pode parecer um fardo insustentável. Mas não é. Após receber a notícia da morte prematura de mais um amigo, Jenny decide não se deixar levar pela depressão e revidar com intensidade, lutando para ser alucinadamente feliz. Mesmo ciente de que às vezes pode acabar uma semana inteira sem energia para levantar da cama, ela resolve que criará para si o maior número possível de experiências hilárias e ridículas a fim de encontrar o caminho de volta à sanidade.

Jenny Lawson é autora best-seller do The New York Times e criadora do The Bloggess, blog que a tornou amplamente conhecida pela maneira franca de falar sobre seus dilemas com a depressão e os distúrbios mentais. Alucinadamente Feliz é seu segundo livro publicado.1, 2, 3, 4, 5, 6.
1. Jenny gostaria que a última linha fosse "Escreveu um grande número de best-sellers"; no entanto, a editora insistiu que ela deixasse claro que, além deste, só há um único outro livro. Mas Jenny gostaria de ressaltar que "um" pode ser um grande número.
2. A editora resmunga pedindo desculpas por ser tão pedante e literal.
3. Jenny aceita as desculpas e se oferece para comprar bebidas e gatinhos para todos os envolvidos.
4. A editora recusa a oferta gentil de gatinhos de graça e garante que não há rancores.
5. A autora avisa que é tarde demais, porque os gatinhos já foram enviados.
6. A editora alerta o setor de expedição para ficar de olho em embalagens com furinhos.

   Alucinadamente Feliz nos conta um pouco da história de Jenny Lawson e sua convivência com a depressão e transtornos mentais. Como a própria autora define: é um livro engraçado sobre coisas horríveis. Durante todo o livro ela vai narrando sua própria história, algumas coisas que aconteceram na infância e durante toda a sua vida. Ela descreve muito bem sua doença e vai contando para os leitores várias situações que vivenciou por causa da depressão. Mas aí vocês me perguntam: doença mental não é um assunto sério?
   Sim, transtornos mentais e depressão são assuntos bem sérios e que devem ter a atenção de todos. No entanto, quando se fala em livros do gênero, Alucinadamente Feliz foi o mais diferente que já li em toda a minha vida literária — e eu leio desde o útero de minha mãe, então faz bastante tempo. Os assuntos abordados nesse livro são seríssimos, mas são narrados de maneira engraçada, para divertir o leitor e mostrar que coisas horríveis podem sim ser cômicas.
   Logo no começo da história, Jenny vai nos dando alertas sobre a trama e vai falando sobre os riscos de continuar a leitura. A autora vai nos mostrar a forma alucinadamente feliz que ela encontrou de viver a vida, apesar das coisas tristes que atormentam seu dia a dia — ela tem consciência de seus transtornos mentais —, e vai mostrar essa realidade de uma forma engraçada, mas sem deixar aquela pontinha de verdade martelando em nossas mentes. 

''Há alguma coisa na depressão que permite (ou às vezes) explorar emoções numa profundidade que a maioria das pessoas 'normais' não faz ideia de que existe.''


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