Livro: O Guia Definitivo do Mochileiro das Galáxias
Título Original: The Ultimate Hitchhiker's Guide to the Galaxy
Autor: Douglas Adams
Editora: Arqueiro
Páginas: 672
ISBN: 9788580415544
Sinopse: Pela primeira vez, reunimos em um único volume os cinco livros da cultuada série O Mochileiro das Galáxias, de Douglas Adams. Com mais de 15 milhões de exemplares vendidos, a saga do britânico esquisitão Arthur Dent pela Galáxia conquistou leitores do mundo inteiro. O humor ácido e as tramas surreais de Douglas Adams se tornaram ícones de uma geração e seguem fascinando – e divertindo – leitores de todas as idades. Pegue sua toalha, embarque nessa aventura improvável e, é claro, não entre em pânico! O Guia do Mochileiro das Galáxias: segundos antes de a Terra ser destruída para dar lugar a uma via expressa interespacial, Arthur Dent é salvo por Ford Prefect, um E.T. que fazia pesquisa de campo para a nova edição de O Guia do Mochileiro das Galáxias. Pegando carona numa nave alienígena, os dois dão início a uma alucinante viagem pelo tempo e pelo espaço. O Restaurante no Fim do Universo: Arthur Dent e seus quatro estranhos companheiros viajam pela Galáxia a bordo da nave Coração de Ouro, em uma busca desesperada por algum lugar para comer. Depois de fazer a refeição mais estranha de suas vidas, eles seguem pelo espaço e acabam descobrindo a questão sobre a Vida, o Universo e Tudo Mais.  A Vida, o Universo e Tudo Mais: Arthur Dent passou os últimos cinco anos abandonado na Terra pré-histórica, mas ainda acordava todos os dias com um grito de horror. No entanto, talvez fosse melhor continuar nessa tediosa rotina do que ser arrastado para a sua próxima missão: salvar o Universo dos temíveis e infelizes robôs xenófobos do planeta Krikkit. Até Mais, e Obrigado Pelos Peixes!: depois de viajar pelo Universo, ver o aniquilamento da Terra, participar de guerras interestelares e conhecer criaturas extraordinárias, Arthur Dent está de volta ao seu planeta. E tudo parece estranhamente normal – exceto pelo desaparecimento dos golfinhos. Disposto a desvendar esse mistério, ele parte em uma nova jornada. Praticamente Inofensiva: após muitos anos vivendo separados, cada um em um canto mais insondável do Universo, Arthur Dent, Ford Prefect e Tricia McMillan se reencontram. Mas o que deveria ser uma festejada reunião de velhos amigos se transforma numa terrível confusão que põe em risco – mais uma vez – a vida de todos.

Douglas Adams é autor da famosa série O mochileiro das galáxias, cujos títulos incluem O guia dos mochileiros das galáxias, O restaurante no fim do universo, A vida, o universo e tudo mais, Até mais, e obrigado pelos peixes! e Praticamente inofensiva, todos publicados pela Arqueiro. Adams nasceu em Cambridge, Inglaterra, em 1952, e morreu aos 49 anos, em 2001.

   E o sucesso sci-fi de Douglas Adams é agora lançado em um única edição. Isso mesmo, a Editora Arqueiro publicou recentemente "O Guia Definitivo do Mochileiro das Galáxias", que nada mais é do que uma compilação dos cinco livros que compõe a série original. Resumindo: aqui vai uma resenha que engloba os aspectos gerais da série, não levando em conta as particularidades de cada livro, mas o todo como soma das partes, hein? Então vamos lá, no primeiro livro, O Guia do Mochileiro das Galáxias, conhecemos Arthur Dent, um terráqueo preste a ter sua casa destruída. O garoto tenta, a todo modo, impedir a casa de ser acometida por tal infortúnio — mal sabendo que em poucos minutos o mundo todo iria acabar. Quando o mundo acaba e Arthur consegue escapar da destruição, ele fica sem saber o que fazer. Mas, o garoto tem um amigo, que irá ajudá-lo a explorar todo o universo e a sobreviver em suas mais preternaturais aventuras. 
   Ford Prefect não é um terráqueo, e está na Terra há exatos 15 anos em busca de reunir informações para O Guia do Mochileiro das Galáxias, um guia sobre tudo e todas as coisas, pra não deixar nenhum mochileiro intergalático sem saber como agir, para onde ir ou até mesmo o que comer em determinado lugar. Quando, então, a Terra é destruída, Ford e Arthur conseguem fugir a bordo da nava inimiga — dos seres que destruíram nosso planeta —, e embarcam numa aventura que envolve muitas informações sobre planetas, lugares novos e sobre a Terra
   Já em O Restaurante no Fim do Universo, temos a brilhante continuação desse livro que, sim, é diferente de qualquer leitura que a maioria de nós está acostumado a ter contato — e isso não é ruim! A bordo da Coração de Ouro, Arthur, juntamente com outros quatro amigos, busca o restaurante mais próximo e o que acaba encontrando são mais viagens no tempo e pelo espaço, um restaurante que diariamente simula o fim do mundo, e um desfecho incrível. Sem contar a crítica social feita por Adams, que ganha contornos ainda mais profundos nesse segundo livro — vocês têm de conferir, sério! 
   Continuando, o que era pra ser o último da trilogia de cinco livros, temos A Vida, O Universo e Tudo Mais, que é ainda mais peculiar que seus antecessores, principalmente pela forma como o autor construiu toda a trama, usando bons personagens, Arthur na pré-história terráquea, eventos isolados e insignificantes, como sempre, para nos surpreender e fazer-nos devorar ainda mais a história — principalmente em busca de mais e mais informações. 

Existe uma teoria que diz que, se um dia alguém descobrir exatamente para que serve o Universo e por que ele está aqui, ele desaparecerá instantaneamente e será substituído por algo ainda mais estrando e inexplicável.
Existe uma segunda teoria que diz que isso já aconteceu.

   Já no quarto livro, Até mais, e obrigado pelos peixes!, com um humor ainda mais fomentado, Adams nos conduz a uma das melhores partes da história. Arthur, após mais de sete anos vagando pela Galáxia, está de volta a Terra, e acaba, por incrível que pareça, descobrindo que o planeta está intacto. A partir daí, temos toda a trama voltada para esse retorno e a adequação de Arthur a sua terra natal. E uma curiosidade sobre esse penúltimo livro é que ele tem um diferencial do terceiro, com uma evolução na trama, e isso acaba sendo crucial — visto que o terceiro livro acaba não sendo tão bom quanto esperávamos que fosse, principalmente se levarmos em conta o excelente dinamismo do primeiro e do segundo. 
   E, no último livro dessa compilação, Praticamente Inofensiva, que na verdade não é exatamente o último da trilogia de cinco — pois um sexto livro foi escrito, por outro autor, e já foi até publicado no Brasil —, temos um desfecho entre aspas das desventuras de Arthur — que vai deixar saudades! Disse desfecho entre aspas porque (1) não é bem um desfecho, visto que tem um "sexto" livro e (2) parece mais uma história independente do que uma continuação de algo, tanto é que as controvérsias quanto a esse volume são diversas. Agora, no quinto volume, acompanhamos novamente as trajetórias de Arthur e de Ford, que agora estão separados, sendo que nosso principal protagonista busca agora por um novo planeta, que não seja somente novo, mas parecido com a Terra — onde ele possa tentar ser feliz. 
   E, por favor, NÃO ENTREM EM PÂNICO! Sei que, provavelmente, vocês não entenderam muita coisa — mas, como dito, não se apavorem, quando se trata de O Guia do Mochileiro das Galáxias, isso é inteiramente normal. É o tipo de livro que, até para quem lê, é difícil explicar — a única garantia que posso dar é que é interessante, e que, sim, é uma boa leitura. Eu não criei muitas expectativas, devido principalmente ao meu pouco contanto com o gênero e com o autor, contudo, como já tinha ouvido falar anteriormente, segui uma regra que é muito importante quando se lê essa série: há altos e baixos, partes boas e ruins e precisa ser lido com calma e da forma como foi escrito, sem qualquer percepção de pretensão imediata
   A narrativa, que acontece preternaturalmente em terceira pessoa, é intercalada entre as situações vividas por Arthur em suas viagens intergaláticas, outros personagens — que a principio podem não nos ser interessantes — e trechos do Guia. Acredito que, nesse caso, a composição em terceira pessoa ajudou no bom dinamismo do livro — principalmente por abranger melhor todas as excessivas informações e aventuras. Acredito que, no tocante a narração, Adams soube ser muito misto e você percebe com certa facilidade como ele soube conduzi-la de modo que a trama não se tornasse sempre a mesma coisa, usando sempre de cenas instigantes e um humor inteligente

- Se algum momento futuro você achar que precisa de ajuda novamente, se tiver um problema difícil, se precisar de socorro...
- Sim?
- Por favor, não hesite em se danar.

   O que mais me chamou atenção no livro foi a diferença dele para muitos outros que eu já li, principalmente por tratar, mesmo que de forma mais intrínseca e despretensiosa, de criticas sociais, ironias, deboche e outros temas importantes. Claro que, para isso, você precisa se ater melhor ao conteúdo e a toda a trama, até porque é, sim, um livro muito especial, peculiar, logo precisa de um tipo de leitura que se adeque a essas características. Os personagens também estão inclusos na melhor parte do livro, sem dúvida alguma. Temos na série uma composição de personagens que podem, facilmente, ser considerados ricos de conteúdo, mesmo que muitos só se tornam compreensíveis e interessantes muito tempo depois do desenrolar da história.
   A edição nem precisa de comentários... está linda! A capa, apesar de simples, ficou muito bonita e agradável, mostrando realmente a realidade do livro: simples, mas peculiar. A diagramação também merece toda e qualquer parabenização, com um design interno simples e moderno, com fontes agradáveis e pouco espaçosas. Realmente o esmero com qual a edição foi montada é perceptível. A tradução e a revisão, dois fatores considerados importante, também estão inclusos no "pacote boa qualidade". Ah, e NÃO ENTREM EM PÂNICO! Não encontrei nenhum erro de revisão.
   Por fim, não sei muito bem se consegui ser claro, mas é realmente difícil, como dito. É o tipo de livro/série que só lendo para entender — por isso convido todos vocês a embarcarem nessa viagem intergalática. Garanto que será extremamente agradável, bem humorada e rica em conhecimento. Como bem ressalta Bradley Trevor, que prefaciou a edição, "é uma oportunidade de dar um mergulho ainda mais profundo na obra desse autor tão incrivelmente complexo. A genialidade de Douglas Adams e a forma como ele usa situações absurdas para nos fazer rir de nós mesmos certamente encontrarão ecos no amor pela vida e no bom humor que meus amigos brasileiros têm de sobra". Mais que recomendado! 

Primeiro parágrafo do livro: “Muito além, nos confins inexplorados da região mais brega da Borda Ocidental desta Galáxia, há um pequeno sol amarelo e esquecido.”
Melhor quote: “- Sabe – disse Arthur -, é uma ocasião como esta, em que estou preso numa câmara de descompressão de uma espaçonave vogon, com um sujeito de Betelgeuse, prestes a morrer asfixiado no espaço, que realmente lamento não ter escutado o que mamãe me dizia quando eu era garoto.- Por quê? O que ela dizia?
- Não sei. Eu nunca escutei.”

   


4 Comentários

  1. Oi Pedro,
    eu ainda não tive a chance de conhecer o trabalho desse autor mas adorei a capa. O trabalho ficou incrível, e como sou dessas que curtem esse tipo de história, já estou colocando na minha lista de leitura.
    Beijos

    Quanto Mais Livros Melhor

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