Sinopse: "A história de Stephen Hawking é contada pela luz da genialidade e do amor que não vê obstáculos. Quando Jane conhece Stephen, percebe que está entrando para uma família que é pelo menos diferente. Com grande sede de conhecimento, os Hawking possuíam o hábito de levar material de leitura para o jantar, ir a óperas e concertos e estimular o brilhantismo em seus filhos entre eles aquele que seria conhecido como um dos maiores gênios da humanidade, Stephen. Descubra a história por trás de Stephen Hawking, cientista e autor de sucessos como Uma breve história do tempo, que já vendeu mais de 25 milhões de exemplares. Diagnosticado com esclerose lateral amiotrófica aos 21 anos, enquanto conhecia a jovem tímida Jane, Hawking superou todas as expectativas dos médicos sobre suas chances de sobrevivência a partir da perseverança de sua mulher. Mesmo ao descobrir que a condição de Stephen apenas pioraria, Jane seguiu firme na decisão de compartilhar a vida com aquele que havia lhe encantado. Ao contar uma trajetória de 25 anos de casamento e três filhos, ela mostra uma história universal e tocante, narrada sob um ponto de vista único. Stephen Hawking chega o mais próximo que alguém já conseguiu de explicar o sentido da vida, enquanto Jane nos mostra que já o conhecia desde sempre: ele está na nossa capacidade de amar e de superar limites em nome daqueles que escolhemos para compartilhar a vida. O livro que inspirou o emocionante filme A Teoria de Tudo."
Jane Hawking deu um passo em sua história ao publicar, em 1999, o livro biográfico de memórias "Music to Move The Stars", após grande pressão da mídia sobre sua recente separação do mundialmente famoso físico, Stephen Hawking. Decidida a contar a história sob o seu ponto de vista para esclarecer muitos das especulações e fofocas acerca de sua vida privada ela escreve o livro que, em 2007, foi publicado novamente, dessa vez sob o título de "Traveling to Infinity: My Life With Stephen".
Algo que me incomodou, não sobre o livro, exatamente, mas sobre tudo que o envolve, foi que, em minha opinião pessoal, a obra foi vendida de maneira errônea. Isso pode ser justificado por os mais diversos motivos, incluindo marketing, mas A Teoria de Tudo foi vendido como a história de um amor que supera limites e obstáculos, em busca de um final feliz. E, sim, por mais que a história dessa família demonstre que o amor é poderoso, acho muito importante também notar que ele é, também, humano. E, como qualquer coisa humana, está sujeito a erros, falhas, e nem sempre finais felizes. Jane Hawking conta, de uma maneira até um tanto crua, as consequências inevitáveis de passar a vida se doando mais a alguém do que a si mesmo.
E não estou tentando afirmar, ao dizer isso, que discordo ou deploro o caminho que os Hawking trilharam ou que menosprezo sua história. Que fique claro que admiro muito a história dos dois, tanto como entidades separadas como indivíduos, mas acho que é válido também esclarecer que nem tudo são rosas, e que há mais de uma maneira de tudo terminar bem. Há mais do que a maneira clichê de encontrar seu próprio final feliz.
A edição do livro pela Editora Única é bela, ainda que adote um estilo relativamente simples. A título de curiosidade, o nome original do livro é "Traveling to Infinity", mas, como a adaptação para os cinemas da história foi intitulada A Teoria de Tudo, creio que a editora adotou o nome, assim como tem seu pôster como capa da obra. É um trabalho de capa realmente belo e creio que combine muito com a história, assim como a diagramação e o design interno. Durante a leitura relativamente extensa, com 447 páginas, não tive nenhum problema coma revisão e a tradução é de excelente qualidade.
Trata-se, por fim, de um livro que creio que não agradará a todos os gostos, mas que tem seu valor literário. É interessante para aqueles que tem apreço pelas biografias e que se interessam por detalhes da vida e trajetória do casal, e, ainda que eu tive certas dificuldades com a leitura, creio que me levou a refletir sobre questões mais profundas. É um verdadeiro desabafo, algo mais pessoal e que possui certas semelhanças com a maneira que um diário teria relatado os fatos, nem sempre de maneira leve, mas com certeza sob uma perspectiva não ainda vista.
Primeiro parágrafo do livro:
"A história da minha vida com Stephen Hawking começou no verão de 1962, embora, possivelmente, tenha iniciado dez anos ou mais antes disso, e sem que eu percebesse. Quando entrei no primeiro ano do colégio St. Albans, aos sete anos, nos primeiros anos da década de 1950, houve, por um curto período, um menino com cabelos caídos na testa castanho-dourados que costumava se sentar colado à parede na sala da aula ao lado. [...]"
Melhor quote:
"Era impensável que alguém apenas poucos anos mais velho que eu poderia estar enfrentando a perspectiva da própria morte. A morte não era um conceito que desempenhasse nenhum papel em nossa existência. Ainda éramos jovens demais para sermos imortais."
Heey! (Saudades de visitar o blog)
ResponderExcluirPrimeiramente, parabéns pela resenha! Ficou realmente incrível. Não tenho vontade de ler esse livro, e isso se deve (em partes) por tudo o que você citou. Beijo!
http://euvivolendo.blogspot.com.br/
foi um livro pra desmistificar aquele pensamento de mulher submissa e escondida, Jane ao se expor se mostrou ainda mais forte
ResponderExcluirhttp://felicidadeemlivros.blogspot.com.br/
adorei <3
ResponderExcluirFilme cativante e divertido. Muito bom filme, ”A Teoria de Tudo é uma história que tem pontos fracos, mas o desempenho do Eddie Redmayne é digno de ser visto. No começo eu pensei que era um filme sobre a vida de Stephen Hawking, mas na realidade não é assim que é um filme biográfico de Jane Wilde Hawking, o primeiro cientista mulher. O filme é baseado em seu livro "Rumo a infinidade - Minha vida com Stephen Hawking", e ele mostra: tudo é contada a partir de seu ponto de vista. Mais descobertas de um dos supostos gênio de nossa era, o que mostra este melodrama é como uma mulher pode gerir a realização de uma casa habitada por três filhos e um marido com uma deficiência motora grave. O filme é muito bonito, mas eu teria gostado de jogar mais de descobertas de Hawking e não seu dia.
ResponderExcluirA autora da resenha aparentemente digitou sua resenha em três momentos. Posso estar errado.
ResponderExcluirNo primeiro terço a primeira parte, quase ao final a segunda, e depois de refletir e confrontar sua vida a vida da autora do livro a terceira.
Ser impessoal é mérito de poucos escritores.
Que blog maravilhoso! Parabéns.
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