Sinopse: "Bruno tem nove anos e não sabe nada sobre o Holocausto e a Solução Final contra os judeus. Também não faz idéia que seu país está em guerra com boa parte da Europa, e muito menos que sua família está envolvida no conflito. Na verdade, Bruno sabe apenas que foi obrigado a abandonar a espaçosa casa em que vivia em Berlim e a mudar-se para uma região desolada, onde ele não tem ninguém para brincar nem nada para fazer. Da janela do quarto, Bruno pode ver uma cerca, e para além dela centenas de pessoas de pijama, que sempre o deixam com frio na barriga. Em uma de suas andanças Bruno conhece Shmuel, um garoto do outro lado da cerca que curiosamente nasceu no mesmo dia que ele. Conforme a amizade dos dois se intensifica, Bruno vai aos poucos tentando elucidar o mistério que ronda as atividades de seu pai. O menino do pijama listrado é uma fábula sobre amizade em tempos de guerra, e sobre o que acontece quando a inocência é colocada diante de um monstro terrível e inimaginável."
"Qual era a diferença, exatamente?, ele se perguntou. E quem decidia quem usava os pijamas e quem usava os uniformes?"
O livro de John Boyne é baseado, do começo ao fim, na ingenuidade de duas crianças de nove anos; Bruno, em especial. É isso que move o livro, que faz o enredo acontecer e que descreve os fatos ao leitor: tudo o que sabemos é pelos olhos ingênuos de Bruno. Li e escutei diversas críticas ao modo que o autor escolheu retratar a história, afirmações de que um garoto de nove anos "deveria ter algum senso crítico e perceber a realidade". Pessoalmente, não poderia discordar mais plenamente. E vou além disso: essa falta de "visão da realidade" de Bruno foi apenas mais um dos motivos pelo qual, ao fim da obra, eu não conseguia parar de chorar.
É complicado fazer uma crítica à construção dos personagens, já que, creio eu, eles não são a parte mais importante da história, como geralmente acontece em outros livros. Nos é transmitida, em O Menino do Pijama Listrado, uma visão mais superficial e básica de cada personagem que não seja Bruno, talvez pela visão infantil do menino, o que dificulta uma crítica apropriada a esses demais personagens. Bruno, por sua vez, é uma peça interessante: por mais que ele carregue tanto da ingenuidade infantil, também vemos que o egoísmo e mesquinharia também fazem parte da personalidade do menino.
Achei essa uma construção deveras interessante, pois mostra que, por mais que ele seja uma criança que, sim, deseja o bem e não entende o ódio que presencia, ele também não saiu completamente ileso do ambiente que o cerca. Ele é as vezes arrogante e muitas vezes egoísta, não se dando conta de que seus problemas são nada comparados aos de seu amigo, Schmuel; e isso é apenas mais uma das facetas geniais que o autor se deu ao trabalho de criar.
A edição por conta de Editora Seguinte é linda e simples, assim como a obra em questão. O trabalho da capa é perfeito para a história, e possui uma textura mais áspera, para dar um "charme" a mais à edição. A diagramação interna é extremamente simples, como deveria ser, e não encontrei nenhum erro de revisão e tradução durante toda a leitura, que é relativamente curta, com 192 páginas.
Creio ser impossível colocar em palavras o quanto esse livro me tocou, e como eu estou certa de que a história de Bruno e Schmuel irá permanecer comigo por toda a vida. É uma visão diferenciada sobre fatos recorrentes, e John Boyne foi magnífico em nos levar a refletir e lembrar de um episódio lamentável na história da raça humana. Acredito que deveria ser um livro lido por todos — uma história que irá fazer sua alma doer, mas que te ensinará compaixão e conhecimento da maldade humana como poucas.
Primeiro parágrafo do livro:
"Certa tarde, quando Bruno chegou em casa vindo da escola, surpreendeu-se ao ver Maria, a governanta da família — que sempre mantinha a cabeça abaixada e jamais levantava os olhos do tapete, — de pé no seu quarto,tirando todos os seus pertences do guarda roupa e arrumando-os dentro de caixotes de madeira, até mesmo aquelas coisas que ele escondera no fundo e que pertenciam somente a ele e não eram da conta de mais ninguém."
Melhor quote:
"Não torne as coisas piores, pensando que dói mais do que você realmente está sentindo"
eu só assisti o filme Gabi, mas tenho vontade de ler o livro, só não sei se teria a coragem necessária, afinal é uma história super triste
ResponderExcluirhttp://felicidadeemlivros.blogspot.com.br/
Oi Gabi, tudo bom?
ResponderExcluirEu já tentei ler esse livro, mas não sei se era a vida corrida ou a história que realmente não me prendeu.
Então parti para o filme e fiquei apaixonada.
Sua resenha ficou muito bem escrita, parabéns.
Um beijo.
Garota do Livro
Eu amo esse livro. E pensar que foi escrito em tão poucos dias.
ResponderExcluirO filme também é perfeito. Ambos emocionante.
http://talento-feminino.blogspot.com.br/
Acabei lendo esse livro e gostei muito.
ResponderExcluireu li o livro é muito bom, apesar da historia ter um final bastante triste.
ResponderExcluirhttp://leraovento.blogspot.com.br/
isso foi super!!!
ResponderExcluirMuito obrigada pela resenha, querida ! Uma criança havia comentado comigo sobre ele; agora lendo o que escreveu estou ansiosa para lê-lo !
ResponderExcluirDeus te abençoe!
oi muito bom
ResponderExcluirola,na sua resenha você diz que não a nenhum erro de gramatica,mas na pagina 39 no começo tem um erro que e:("sempre olhando para o chão,como naquele tipo de brincadeira CUJO O objetivo...).Nunca se usa artigo antes da palavra cujo poi a própria palavra possui o artigo.Mas enfim gostei muito da sua resenha,me ajudou no trabalho da escola.Desde sempre grata.
ResponderExcluirAssisti ao filme ontem, e sinto a necessidade de ler o livro. Me identifiquei com Schmuel, pois lembra muito meu primo de 8 anos também. Seria ruim ler o livro depois de ver o filme?
ResponderExcluirAssisti ao filme ontem, e sinto a necessidade de ler o livro. Me identifiquei com Schmuel, pois lembra muito meu primo de 8 anos também. Seria ruim ler o livro depois de ver o filme?
ResponderExcluireu queria saber oq tem haver com o nassizismo pfv alguem me responde
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