Sinopse: Quando a vida de alguém que eles amam é colocada em perigo, Sydney arrisca tudo para caçar um antigo inimigo mortal. Enquanto isso, ela e Adrian se envolve em um quebra-cabeça que poderia ser a chave para um segredo chocante sobre a magia do espírito, um segredo que poderia abalar o mundo Moroi inteiro e alterar suas vidas para sempre.
O Círculo Rubí teve sua capa e sinopse divulgados pela Editora Seguinte, responsável pela publicações da série "Bloodlines" no Brasil. Escrito por Richelle Mead, este é o sexto volume da série que se originou a partir série-base "Academia de Vampiros", e está previsto para ser publicado em julho!. Confira!
O que acharam da capa? Achei muito bonita! E sinopse me deixou bem curiosa! Confiram aqui resenha de Laços de Sangue, o primeiro volume da série.
Título original: Aristotle and Dante Discover the Secrets of the Universe
Autor (a): Benjamin Alire Sáenz
Editora: Seguinte
Páginas: 392
ISBN: 9788565765350
Sinopse: Dante sabe nadar. Ari não. Dante é articulado e confiante. Ari tem dificuldade com as palavras e duvida de si mesmo. Dante é apaixonado por poesia e arte. Ari se perde em pensamentos sobre seu irmão mais velho, que está na prisão. Um garoto como Dante, com um jeito tão único de ver o mundo, deveria ser a última pessoa capaz de romper as barreiras que Ari construiu em volta de si. Mas quando os dois se conhecem, logo surge uma forte ligação. Eles compartilham livros, pensamentos, sonhos, risadas - e começam a redefinir seus próprios mundos. Assim, descobrem que o amor e a amizade talvez sejam a chave para desvendar os segredos do Universo.
Aristóteles e Dante descobrem os Segredos do Universo foi escrito por Benjamin Alire Sáenz, poeta, romancista e escritor de livros infantis. A obra foi publicada no Brasil pela Editora Seguinte que optou em manter a capa origina — e linda. O autor também é autor de "He Forgot to Say Goodbye" e "Last Night I Sang to the Monster".
Ari é um garoto fechado para o mundo. Solitário e frustrado com sua família, Ari se enxerga muito diferente dos meninos da sua idade. Apesar de ter um relação boa com sua mãe, seu irmão estava preso e seu pai havia voltado da guerra do Vietnã logo depois que Ari nascera. No fim das contas, ele nunca conhecera seu pai sem as cicatrizes da guerra.
Foi em uma aula de natação, quando nosso protagonista estava isolado na piscina, que Dante se propôs a ensiná-lo a nadar, mesmo sem conhecê-lo.
Dante era completamente diferente. era bem resolvido consigo mesmo e nutria muito amor pela sua família alem de não se importar com a opinião dos outros e manter valores muito consistentes. Mas ambos tinham algo em comum: eram descentes de mexicanos e viviam no Texas na década de 80. Nesse contexto, Ari e Dante se refugiam na amizade que construíram e enfrentam o mundo e os problemas juntos.
"Então eu era filho de um homem que tinha o Vietnã dentro de si."
Esse livro é simplesmente especial, e não sei explicar tão bem o motivo. Talvez seja seus personagens concretos e desenvolvidos, ou seu enredo aplicável a realidade. Ou talvez seja todos os sentimentos que o livro me fez nutrir durante a leitura..."Aristóteles e Dante descobrem os Segredos do Universo" deveria ser lido por todos pré-adolescentes e adultos.
O livro é narrado em primeira pessoa através do protagonista Angel Aristóteles, chamado geralmente por "Ari", e essa escolha do autor foi muito interessante. Ari tem muitos problemas e isso fez dele um elemento muito peculiar e até didático para o leitor. Em contrapartida, Dante é seu oposto, trazendo passagens tocantes e reflexivas para o livro, afinal, eles aprendem muito juntos, buscam seus sonhos, descobrem o valor da amizade e aprendem com seus medos, amadurecendo simultaneamente.
Tem uma narrativa fluída, quase poética e cheia de frases de efeito, tão cabível para a trama que é quase possível prestar atenção nela. A concentração do livro sempre está nos personagens tão reais e nos acontecimentos cativantes. Essa narração também contribuiu muito para acrescentar e reafirmar a personalidade de Ari, dando possibilidade do leitor compreender seus sentimentos, gostos e pensamentos.
Olá, leitores! Nessa edição da Caixa de Correio mostraremos os livros que recebemos na primeira quinzena de Maio. Todos os livros são, dessa vez, recebidos das editoras parceiras do blog. Prontos?
"Dias Infinitos" de Rebecca Maizel foi enviado pela Galera Record, assim como "Memória da Àgua" escrito por Emmi Itaranta, uma distopia que parece prometer muito e que está sendo lida atualmente pela Gabi!
"Um conto Sombrio dos Grimm" foi escrito por Adam Gidwitz e "The Originals: Ascensão" foi escrito pela roteirista Julie Plec, ambos cedidos pela Editora Galera.
Já "After: Depois da verdade" foi cedido pela Editora Palela enquanto "Contos da Seleção: O príncipe e o Guarda" foi nos enviado pela Editora Seguinte. Resenhas em breve!
"Toda Luz que não Podemos Ver" foi enviado pela Editora Intrínseca com alguns mimos! E "A Arte de ouvir o Coração" foi cedido pela Editora Paralela!
"A Vida em tons de Cinza" e "O Príncipe das Sombras" foram concedidos gentilmente pela Editora Arqueiro! As resenhas sairão em breve!
L O M B A D A S!
O que acharam das novidade? Quais vocês pretendem ler?
Quais vocês estão mais ansiosos para ver a resenha aqui no blog?
Título original: The Priority List
Autor (a): David Menasche
Editora: Paralela
Páginas: 224
ISBN: 9788565530712
Sinopse: Aos 34 anos, David Menasche foi diagnosticado com câncer no cérebro. Seis anos depois, sofreu uma grave convulsão que tirou parte de sua visão, memória, mobilidade e — talvez a mais trágica de todas as perdas — sua capacidade de ensinar. Impossibilitado de continuar dando aulas, o professor decidiu interromper com os tratamentos recomendados pelos médicos e montou um plano audacioso: atravessar os Estados Unidos para contemplar o oceano Pacífico antes de perder totalmente a visão, usando o tempo que lhe restava para encontrar antigos alunos e perguntar a eles do que se lembravam do tempo em que passaram juntos. Ele havia sido importante? Tinha feito alguma diferença? Minha lista de prioridades é uma história real, ainda em construção. Um livro sobre pequenas epifanias, que se debruça com coragem sobre os temas mais complexos de nossa existência, nos fazendo refletir a cada página sobre o que realmente importa nesta vida.
Minha Lista de Prioridades foi escrito por David Manesche e conta a sua própria história de vida a partir de um momento difícil: o diagnóstico de câncer. Foi publicado no Brasil a partir da Editora Paralela em 2014 tendo uma altíssima nota no site de entretenimento "skoob". Confira a resenha a seguir!
David Manasche amava o que fazia e não pensava e parar de ser professor do Ensino Médio. Ele tinha um dom para marcar a vida de seus alunos com ensinamentos e reflexões, contudo, em 2006 ele descobre que tem um câncer raro e terminal no cérebro e se questiona se conseguirá, de fato, a continuar dar aulas.
Mesmo com sintomas, David decide prosseguir com sua profissão e no ensino sobre a vida. Uma de suas características era a aula sobre a "Lista de Prioridades" onde seus alunos enumeravam suas prioridades e a partir disso, David trabalhava com os problemas particulares de seus alunos.
Contudo, por consequência de seus tratamentos para o câncer, nosso protagonista acaba perdendo 80% da visão e tem sua memória um pouco lesionada, obrigando-o a se afastar das salas de aulas. Mas David planeja então viajar por todo os Estados Unidos com a finalidade de reencontrar seus antigos alunos e descobrir se seus ensinamentos tiveram algum efeito na vida deles. Nessa aventura David aprenderá com seus alunos e refletirá sobre sua nova condição.
Achei o livro perfeito para disseminar mais ainda mais ainda os ensinamentos de David e alcançar a todos; além de poder ser exemplo para todos educadores. Fiquei pensando o poder desse livro no mundo e o poder de David em mobilizar todos que ele consegue atingir.
"Sei que você está sozinho David. Mas também sei que meu coração está com você em suas viagens e meus pensamentos te acompanham de um estado a outro [...]"
Assim que tive contato com o livro, notei que Minha Lista de Prioridades não era uma biografia, apesar de ser uma história real da vida do próprio escritor. Essa obra tem uma narrativa firme — seguindo o estilo de livros ficcionais - o que fez a leitura ser fluida e extremamente envolvente —características que normalmente não existem num típico livro biográfico informacional.
Em primeira pessoa, vemos com profundidade o pensamento e sentimentos de David, o que me fez ter vontade de conhecê-lo pessoalmente. Minha Lista de Prioridades deixa claro o quanto o protagonista é apaixonado pelo ensino e é um grande sábio lutador. Há, nessa leitura, muito bom humor o que nos afasta da melancolia e depressão que a doença tem a capacidade de trazer para algumas pessoas. Minha Lista de Prioridades não lhe faz querer chorar, apesar de lhe emocionar e marcar muito, e sim, de querer viver de verdade, aproveitar a vida como o protagonista fez e ser grata por tudo que tens.
Trata-se de um livro para reflexão e incentivo além de ser um exemplo de vida. Há muitas lições e ensinamentos num livro tão pequeno. A aula sobre a "Lista de Prioridades" me pareceu essencial e faz o leitor ter vontade de fazer a sua própria e criar rédeas em sua vida. Fechamo o livro e refletimos no modo como estamos "usando" nossa vida, se estamos dando realmente prioridade ao que interessa, se temos objetivos e como lidarmos com problemas que estavam tão claros e simples, mas que por ignorância, não tentamos ajeitá-los.Achei o livro perfeito para disseminar mais ainda mais ainda os ensinamentos de David e alcançar a todos; além de poder ser exemplo para todos educadores. Fiquei pensando o poder desse livro no mundo e o poder de David em mobilizar todos que ele consegue atingir.
Título original: The Boy in the Striped Pyjamas
Autor (a): John Boyne
Editora: Seguinte
Páginas: 192
ISBN: 9788535911121
Sinopse: "Bruno tem nove anos e não sabe nada sobre o Holocausto e a Solução Final contra os judeus. Também não faz idéia que seu país está em guerra com boa parte da Europa, e muito menos que sua família está envolvida no conflito. Na verdade, Bruno sabe apenas que foi obrigado a abandonar a espaçosa casa em que vivia em Berlim e a mudar-se para uma região desolada, onde ele não tem ninguém para brincar nem nada para fazer. Da janela do quarto, Bruno pode ver uma cerca, e para além dela centenas de pessoas de pijama, que sempre o deixam com frio na barriga. Em uma de suas andanças Bruno conhece Shmuel, um garoto do outro lado da cerca que curiosamente nasceu no mesmo dia que ele. Conforme a amizade dos dois se intensifica, Bruno vai aos poucos tentando elucidar o mistério que ronda as atividades de seu pai. O menino do pijama listrado é uma fábula sobre amizade em tempos de guerra, e sobre o que acontece quando a inocência é colocada diante de um monstro terrível e inimaginável."
Nunca me considerei uma pessoa facilmente impressionável. Como alguém que sempre amou escutar histórias — sejam elas verdadeiras ou ficção —, ao me deparar com "O Menino do Pijama Listrado" para ler, acreditei estar preparada para "mais um história sobre o nazismo". Eu estava errada. Nada, creio eu, poderia ter me preparado para a leitura de uma história tão profunda, tão complexa e escondida sob uma fachada simples, como a obra que John Boyne tão brilhantemente criou.
A história se passa na Berlim do século passado, na Alemanha nazista. Bruno é um garoto nove anos, filho de um importante militar nazista, que não pode deixar de ficar chateado por ter que deixar sua mansão e seus amigos em Berlim para se mudar para um lugar remoto e desolado. Como qualquer criança ativa e curiosa, não demora muito para Bruno ir explorar o território desconhecido de seu novo lar, e é em uma de suas excursões que ele encontra uma cerca, um tanto depois dos limites da sua propriedade.
Impedido de passar, o garoto vai criando suas próprias impressões sobre o lugar, já que se trata de um assunto que não é discutido em sua casa. Dentro da cerca, que ele pensa ser uma fazenda aonde as pessoas vivem bem e estão sempre usando seus pijamas, como uma espécie de jogo — apesar de elas sempre parecerem tão tristes! — aos olhos de Bruno, ele conhece um amigo. A cerca que delimita os lados de cada um não impede Schmuel e Bruno de formarem uma amizade, a amizade que tanto um, quanto o outro, necessitavam. Entre eles, não existem nazistas, judeus, ódio, sofrimento e intolerância: apenas dois meninos que, mesmo tão diferentes, são extremamente parecidos, e desenvolvem uma amizade pura, em meio à sujeira do ódio e da dor.
Não é a toa que O Menino do Pijama Listrado é a obra mais famosa de John Boyne. Não é a toa, na realidade, que ele seja um dos autores mais conhecidos e prestigiados da atualidade: entre uma razoável quantidade de livros que já li, posso contar nos dedos aqueles que me fizeram sentir, de uma maneira tão dolosamente real, como esse livro me fez.
Através de uma narrativa tão simples e delicada, que chega a ser poética, o autor monta um enredo que é quase palpável. A narrativa é em terceira pessoa, por um narrador onisciente, e a maneira com a qual todos os sentimentos dos personagens são transmitidos é exemplar — mesmo que, na maioria das vezes, se trata de algo muito maior do que isso, já que, apesar da inocente ignorância dos personagens, o leitor consegue perceber o que realmente está sendo narrado, o que, para mim, só doeu ainda mais.
O livro de John Boyne é baseado, do começo ao fim, na ingenuidade de duas crianças de nove anos; Bruno, em especial. É isso que move o livro, que faz o enredo acontecer e que descreve os fatos ao leitor: tudo o que sabemos é pelos olhos ingênuos de Bruno. Li e escutei diversas críticas ao modo que o autor escolheu retratar a história, afirmações de que um garoto de nove anos "deveria ter algum senso crítico e perceber a realidade". Pessoalmente, não poderia discordar mais plenamente. E vou além disso: essa falta de "visão da realidade" de Bruno foi apenas mais um dos motivos pelo qual, ao fim da obra, eu não conseguia parar de chorar.
"Qual era a diferença, exatamente?, ele se perguntou. E quem decidia quem usava os pijamas e quem usava os uniformes?"
O livro de John Boyne é baseado, do começo ao fim, na ingenuidade de duas crianças de nove anos; Bruno, em especial. É isso que move o livro, que faz o enredo acontecer e que descreve os fatos ao leitor: tudo o que sabemos é pelos olhos ingênuos de Bruno. Li e escutei diversas críticas ao modo que o autor escolheu retratar a história, afirmações de que um garoto de nove anos "deveria ter algum senso crítico e perceber a realidade". Pessoalmente, não poderia discordar mais plenamente. E vou além disso: essa falta de "visão da realidade" de Bruno foi apenas mais um dos motivos pelo qual, ao fim da obra, eu não conseguia parar de chorar.
Chorar pela retração, ainda que ficcional, tão condizente com a realidade, de Boyne. Chorar pelo sofrimento vivido por um povo que não o merecia, pelo ódio e ignorância de tão poucos ter atingido tantos, e cegado tantos também. Pelas pessoas cegas que morreram por uma causa pífia, egoísta e desprezível, mas também por aqueles que morreram e sofreram tentando defender o que acreditavam, tentando defender seu direito fundamental de viver e ser livre.
A visão inocente — e, para alguns, não condizente — de Bruno é apenas mais um motivo para a tristeza que abate o leitor após esse livro. E esse é, justamente, o ponto que eu defendo aqui: essa inocência é, sim, verdadeira, mas ela apenas não existe mais. No mundo de hoje, setenta anos depois daquele, é raro e quiçá impossível encontrar tamanha pureza nos olhos de uma criança, tamanho grau de fantasia e ingenuidade que o fazem pensar que um quarteirão cercado, com pessoa tristes e magricelas, vestindo a mesma roupa e trabalhando sejam "pessoas em seus pijamas, jogando um jogo em uma fazenda".
Esse é o diferencial do livro, e o que o torna tão interessante e atormentador: como somos apresentados a uma visão inocente e confusa, a visão de uma criança ingênua, que está no meio de uma guerra que não entende. E ele não entende, ele não sabe. Mas nós sabemos. E isso é o que faz doer tanto, o que toca o leitor e o marca de maneira inimaginável.
É complicado fazer uma crítica à construção dos personagens, já que, creio eu, eles não são a parte mais importante da história, como geralmente acontece em outros livros. Nos é transmitida, em O Menino do Pijama Listrado, uma visão mais superficial e básica de cada personagem que não seja Bruno, talvez pela visão infantil do menino, o que dificulta uma crítica apropriada a esses demais personagens. Bruno, por sua vez, é uma peça interessante: por mais que ele carregue tanto da ingenuidade infantil, também vemos que o egoísmo e mesquinharia também fazem parte da personalidade do menino.
Achei essa uma construção deveras interessante, pois mostra que, por mais que ele seja uma criança que, sim, deseja o bem e não entende o ódio que presencia, ele também não saiu completamente ileso do ambiente que o cerca. Ele é as vezes arrogante e muitas vezes egoísta, não se dando conta de que seus problemas são nada comparados aos de seu amigo, Schmuel; e isso é apenas mais uma das facetas geniais que o autor se deu ao trabalho de criar.
A edição por conta de Editora Seguinte é linda e simples, assim como a obra em questão. O trabalho da capa é perfeito para a história, e possui uma textura mais áspera, para dar um "charme" a mais à edição. A diagramação interna é extremamente simples, como deveria ser, e não encontrei nenhum erro de revisão e tradução durante toda a leitura, que é relativamente curta, com 192 páginas.
Creio ser impossível colocar em palavras o quanto esse livro me tocou, e como eu estou certa de que a história de Bruno e Schmuel irá permanecer comigo por toda a vida. É uma visão diferenciada sobre fatos recorrentes, e John Boyne foi magnífico em nos levar a refletir e lembrar de um episódio lamentável na história da raça humana. Acredito que deveria ser um livro lido por todos — uma história que irá fazer sua alma doer, mas que te ensinará compaixão e conhecimento da maldade humana como poucas.
É complicado fazer uma crítica à construção dos personagens, já que, creio eu, eles não são a parte mais importante da história, como geralmente acontece em outros livros. Nos é transmitida, em O Menino do Pijama Listrado, uma visão mais superficial e básica de cada personagem que não seja Bruno, talvez pela visão infantil do menino, o que dificulta uma crítica apropriada a esses demais personagens. Bruno, por sua vez, é uma peça interessante: por mais que ele carregue tanto da ingenuidade infantil, também vemos que o egoísmo e mesquinharia também fazem parte da personalidade do menino.
Achei essa uma construção deveras interessante, pois mostra que, por mais que ele seja uma criança que, sim, deseja o bem e não entende o ódio que presencia, ele também não saiu completamente ileso do ambiente que o cerca. Ele é as vezes arrogante e muitas vezes egoísta, não se dando conta de que seus problemas são nada comparados aos de seu amigo, Schmuel; e isso é apenas mais uma das facetas geniais que o autor se deu ao trabalho de criar.
A edição por conta de Editora Seguinte é linda e simples, assim como a obra em questão. O trabalho da capa é perfeito para a história, e possui uma textura mais áspera, para dar um "charme" a mais à edição. A diagramação interna é extremamente simples, como deveria ser, e não encontrei nenhum erro de revisão e tradução durante toda a leitura, que é relativamente curta, com 192 páginas.
Creio ser impossível colocar em palavras o quanto esse livro me tocou, e como eu estou certa de que a história de Bruno e Schmuel irá permanecer comigo por toda a vida. É uma visão diferenciada sobre fatos recorrentes, e John Boyne foi magnífico em nos levar a refletir e lembrar de um episódio lamentável na história da raça humana. Acredito que deveria ser um livro lido por todos — uma história que irá fazer sua alma doer, mas que te ensinará compaixão e conhecimento da maldade humana como poucas.
Primeiro parágrafo do livro:
"Certa tarde, quando Bruno chegou em casa vindo da escola, surpreendeu-se ao ver Maria, a governanta da família — que sempre mantinha a cabeça abaixada e jamais levantava os olhos do tapete, — de pé no seu quarto,tirando todos os seus pertences do guarda roupa e arrumando-os dentro de caixotes de madeira, até mesmo aquelas coisas que ele escondera no fundo e que pertenciam somente a ele e não eram da conta de mais ninguém."
Melhor quote:
"Não torne as coisas piores, pensando que dói mais do que você realmente está sentindo"
Olá, pessoal! A Editora Galera Record divulgou em suas redes sociais a capa de "A Fofa do Terceiro Andar", da autoria de Cléo Busatto. O lançamento está previsto para a segunda quinzena de junho desse ano.
O livro é o primeiro juvenil de Busatto, autora de mais de 20 livros infantis, e essa história retrata o bullying como tema principal. "A Fofa do Terceiro Andar" já está em pré-venda na Saraiva. Confira a capa e sinopse a seguir!
"Um livro que traz o tema do bullying através da história da fofa Ana. Ana sempre foi uma criança alegre, saudável e... fofa. Ela nunca se incomodou em receber adjetivos, até notar que eles nem sempre serviam para ser legal com alguém. Conforme vai ficando mais velha, por mais que tente manter o sorriso estampado no rosto, os apelidos e implicâncias começam a mexer com ela. O jeito é colocar para fora, nem que seja no caderno. E não é que ajuda? Agora Ana só precisa conseguir aplicar isso na realidade, o que não é tão fácil quanto parece. Primeiro ela tem que descobrir o que realmente a incomoda (e não o que incomoda os outros) e então encontrar maneiras de trazer à tona a Ana confiante que se escondeu dentro dela. E que processo! A adolescência tem um tempo todo próprio, e não é fácil acompanhar. Novos gostos, novas sensações, novo corpo... Ela segue redescobrindo a si e ao mundo. E não faz isso sozinha. Além da Julia, sua amiga de infância, há outra pessoa que chega de mansinho... Francisco não é como os outros garotos que ela já conheceu. Ele enxerga o mundo de forma diferente e começa a ensinar Ana a fazer o mesmo. A focar nos aspectos positivos, a ser gentil com si mesma e, principalmente, a não tentar se encaixar em um molde que não é o seu. Afinal, imagina como seria chato se o mundo fosse visto por todos da mesma forma?"
Olá, leitores! A Editora Intrínseca recentemente divulgou a capa da edição comemorativa nacional do livro "Quem É Você, Alasca?", do renomado autor John Green. O livro já havia sido lançado com diversas capas pela editora Martin Claret, e, depois, pela própria Intrínseca, sendo que as duas editoras detém os direitos de publicação. Confira a capa e sinopse!
Miles Halter estava em busca de um Grande Talvez. Alasca Young queria descobrir como sair do labirinto. Suas vidas colidiram na Escola Culver Creek, e nada nunca mais foi o mesmo.Miles Halter levava uma vidinha sem graça e sem muitas emoções (ou amizades) na Flórida. Ele tinha um gosto peculiar: memorizar as últimas palavras de grandes personalidades da história. Uma dessas personalidades, François Rabelais, um poeta do século XV, disse no leito de morte que ia “em busca de um Grande Talvez”. Para não ter que esperar a morte para encontrar seu Grande Talvez, Miles decide fazer as malas e partir. Ele vai para a Escola Culver Creek, um internato no ensolarado Alabama. Lá, ele conhece Alasca Young. Ela tem em seu livro preferido, O general em seu labirinto, de Gabriel García Márquez, a pergunta para a qual busca incessantemente uma resposta: “Como vou sair desse labirinto?” Inteligente, engraçada, louca e incrivelmente sexy, Alasca vai arrastar Miles para seu labirinto e catapultá-lo sem misericórdia na direção do Grande Talvez. Miles se apaixona por Alasca, mesmo sem entendê-la, mesmo tentando sem sucesso decifrar o enigma de seus olhos verde-esmeralda.
- Além disso, o autor do John Green estará no Brasil em breve para a divulgação do filme "Cidades de Papel" (livro também de sua autoria) que deve estrear, no Brasil, no dia 09 de julho, sendo que já foi confirmado que ele virá junto com o ator do filme, Natt Wolf, para a divulgação.
Título original: OCD Love Story
Autor (a): Corey Ann Haydu
Editora: Galera Record
Páginas: 319
ISBN: 9788501100580
Sinopse: "Bea foi diagnosticada com transtorno obsessivo-compulsivo. De uns tempos pra cá, desenvolveu algumas manias que podem se tornar bem graves quando se trata de... garotos! Ela jura estar melhorando, que está tudo sob controle. Até começa a se apaixonar por Beck, um menino que também tem TOC. Enquanto ele lava as mãos oito vezes depois de beijá-la, ela persegue outro cara nos intervalos dos encontros. Mas eles sabem que são a única esperança um do outro. Afinal, se existem tantos casais complicados por aí, por que as coisas não dariam certo para um casal obsessivo-compulsivo? No fundo, está é só mais uma história de amor... e TOC."
Corey Ann Haydu cresceu nas ruas de Boston, Massachusetts, onde desenvolveu um profundo amor por livros, queijo, ruas de paralelepípedos e Gilmore Girls. Atualmente mora em Nova York, onde arrumou novas paixões, como livrarias, os prédios do Brooklyn, escrever em cafés e queijos mais finos. Uma História de Amor e TOC é seu romance de estreia.
Bea, adolescente, 16 anos e com um problema nada legal: TOC, transtorno obsessivo-compulsivo. A história se inicia com Bea em uma festa lotada, no exato momento em que ocorre um blecaute. Ela reconhece, tanto por experiência própria quanto por suas frequentes pesquisas, que alguém ao seu lado está tendo um ataque de pânico. Na esperança de ajudá-lo a controlar sua crise, Bea o beija e ele foge, fazendo com que ela fique apenas com a lembrança de seu nome: Beck.
Bea tem a sensação frequente de que tudo está desmoronando lentamente, e sua terapia parece contribuir para essa ruína. Sua terapeuta desconfia de seu comportamento, a ansiedade parece estar próxima a entregá-la quando a Dra. Pat revela que Bea tem TOC. As manias inofensivas de observação e seu cuidado excessivo são uma doença e Bea se vê condenada a uma terapia em grupo. Na primeira sessão, em meio a adolescentes e compulsões, está ele: Beck, o rapaz do beijo no escuro.
A adolescente de apenas 16 anos sempre achou que seu par ideal seria alguém tão ferrado como ela, e as mãos de Beck, feridas por incontáveis lavagens, confirmam sua teoria: compulsão. Ainda assim, Bea se acha diferente, por ter manias diferentes. Como explicar que ela não para de pensar em outro cara? Que o persegue? Não de um jeito romântico, mas como se fosse uma questão de pura necessidade.
Logo chega o último estágio: a doença começa a se manifestar ainda mais, porém Bea tem a ajuda de sua melhor amiga Lisha. O TOC começa a ser sufocante, desconfortável, fora de controle, doloroso como os beliscões cada vez mais fortes que ela não consegue parar de dar em sua perna. No meio disso tudo, está Beck. E Bea esta preste a se apaixonar.
Já havia lido algumas resenhas de Uma História de Amor e TOC e isso meio que fez com que eu não esperasse grande coisa do livro, apenas o necessário para uma boa leitura. Em algumas das resenhas que li, chegaram até mesmo a comparar a temática com a de John Green, ainda que de fato tenha pouca coisa semelhante. Nunca havia lido algo da autora, mas o gênero não é novidade pra mim, e gosto muito desse tipo de livro Jovem/Adulto.
O livro é narrado da perspectiva de Bea, fato que dá a história um “tom” mais interessante, visto que a narração em primeira pessoa favorece a compreensão. A narração apesar de fluir pouco e ser despretensiosa é bem solta e de fácil entendimento. A autora tem uma escrita muito descontraída, porém detalhista e formal.
O que mais me chamou atenção no livro, e que provavelmente desperta o interesse em todos que o leem é o TOC. Com o livro construímos uma dimensão sobre o transtorno obsessivo-compulsivo e ficamos com interesse em saber mais e buscar também entender o lado da pessoa que possuí a doença. Percebemos, através da história, o quanto a autora pesquisou para discorrer sobre a doença, e de modo geral fez com que o livro fosse, além de puro entretenimento, um manual sobre o TOC, onde através da leitura as pessoas pudessem tomar conhecimento sobre a doença e maneiras de como tratá-la.
Os personagens da história são poucos e muito bem trabalhados. Bea é o tipo de personagem pelo qual você não se apega totalmente, porém é muito marcante e provavelmente irá se lembrar dela por um tempo. Ela é uma personagem muito comovente e por – poucas – vezes engraçada, com atitudes típicas de uma adolescente com TOC. Lisha, sua melhora amiga, é também muito importante na narrativa e faz um papel auxiliar na ajuda ao tratamento de Bea. Dra. Pat se mostra muito além de uma simples terapeuta e através disso vemos que, por vezes, os médicos não querem apenas ser “nossos médicos”, mas se importam o suficiente para serem nossos amigos.
Beck é outro personagem fundamental no livro. Após conhecer Bea, ele passa a perceber – assim como ela também percebe – que ambos são a única esperança um do outro e a partir disso iniciam uma caminhada, não muito amorosa, como deixa parecer ao ler a sinopse, que os levarão a um lugar onde encontraram muito mais que a simples paixão um pelo outro, mas a cura para o TOC.
Olá, leitores! A Editora Valentina recentemente divulgou a capa e anunciou o lançamento de Almanegra, o segundo volume da trilogia Incarnate, que se iniciou com Almanova (e eu, inclusive, dei minha opinião sobre ele nesse post!). Confira a capa e sinopse oficial abaixo:
"Ana sempre foi a única. Marginalizada. Apartada. E, para piorar, após o Escurecimento do Templo causado por seu pai, vários cidadãos de Heart a culpam pela perda definitiva de algumas almas, as almasnegras — e pelas almasnovas que nascerão em seu lugar. SOMBRAS. Muitos temem a presença de Ana, um lembrete constante das mudanças irreversíveis. E quando as sílfides começam a se comportar de maneira diferente em relação a ela, Ana terá que aprender não apenas a se defender como àqueles que não podem fazer isso por si mesmos. AMOR. Ana aprendeu desde cedo que os sem-alma não podem amar. Mas, e as almasnovas? Mais do que tudo, ela deseja ter a chance de viver e amar como qualquer outro cidadão de Heart, porém mesmo depois de Sam declarar seus mais profundos sentimentos, será que ela conseguirá superar uma vida inteira de rejeição e aceitar o amor? Almanegra explora a beleza e as profundezas sombrias da alma, numa história que é ao mesmo tempo um romance épico e uma fantasia cativante."
E as notícias não param por aí: a Editora Valentina também divulgou a capa do terceiro volume e encerramento da série, Infinita, além de prometer que a o livro final não deve demorar mais de um ano para ser lançado aqui no Brasil. Confira a capa ma-ra-vi-lho-sa a seguir!
Autor (a): Gerson Lodi-Ribeiro
Editora: Draco
Páginas: 300
ISBN: 9788582430514
Sinopse: "Aventuras do Vampiro de Palmares é um romance de vampirismo científico de Gerson Lodi-Ribeiro, autor veterano da literatura especulativa brasileira. Os filhos-da-noite são entidades naturais que evoluíram como uma espécie predadora de seres humanos. A ação começa na costa do Peru, dois séculos antes da chegada dos espanhóis, e termina na Londres vitoriana de 1888. Esse também é um romance de história alternativa, pois as aventuras de Dentes Compridos, o último filho-da-noite, não se desenrolam exatamente no mundo que conhecemos, mas noutro, em tudo idêntico ao nosso até 1647, ano em que Maurício de Nassau decide regressar ao nordeste brasileiro para reassumir o governo de Nova Holanda. Nassau estabelece então uma aliança com a Confederação de Palmares. Juntas, Nova Holanda e Palmares conseguem derrotar a Coroa Portuguesa e, como resultado, Palmares torna-se a primeira nação independente da América, cerca de um século antes dos Estados Unidos. Por considerar o sangue dos negros a mais fina das iguarias, Dentes Compridos acaba capturado pelos irmãos Zumbi e Andalaquituche durante o reinado de Ganga-Zumba. Em vez de matar o filho-da-noite, esses dois príncipes decidem treiná-lo, fazendo dele um misto de assassino e agente secreto a serviço do país. Daí em diante, do século XVII até os dias de hoje, o destino desse último filho-da-noite estará indelevelmente associado à própria construção da nacionalidade palmarina, em um “Brasil” completamente reimaginado."
Aventuras do Vampiro de Palmares narra a história de Dentes Compridos, um ser mitológico pertencente a uma espécie conhecida como "filhos-da-noite". Os filhos-da-noite são um tipo de entidade natural, que, com o passar dos séculos, foram evoluindo de uma espécie predadora dos seres humanos, até se tornarem o que são no presente. Dentes Compridos é o último ser de sua espécie, e, como alguém com uma experiência de vida vasta, tem muitas histórias ocultas para contar e aventuras que já foram vividas.
Mas a história desse livro altera, de maneira inteligentíssima, a nossa própria história nacional: quando, em 1647, Maurício Nassau estabelece uma aliança com a Confederação dos Palmares em nome da Nova Holanda, e, assim, derrotam o exército da Coroa Portuguesa e se tornam a primeira nação independente das Américas, a história toma um rumo diferente e drástico. É nessa atmosfera que — em uma tentativa frustada de adquirir sangue dos negros — Dentes Compridos é capturado durante o reinado de Ganga-Zumba, por dois príncipes poderosos, e é treinado para servir ao seu país de modo inescrupuloso.
Minha primeira impressão de Aventuras do Vampiro de Palmares foi marcante: me interessei em demasiado por esse livro que, já pela sinopse, é notavelmente tão exótico e inovador — um tanto como o próprio protagonista, Dentes Compridos, posso afirmar. Adorei, inicialmente, o fato de o livro envolver elementos tão nossos, da América Latina, elementos que são avistados tão raramente na literatura em geral, inclusive na nacional.
O livro é dividido em cinco partes, cada uma contendo de quatro a oito capítulos, sendo cada um deles é introduzido por uma citação que tenha certa relação com a história (citações, inclusive, que não pude deixar de amar!). As cinco partes ajudam a delimitar a trajetória do personagem principal, sendo elas muito diferenciadas e com títulos instigantes: "Crepúsculo Matutino", "O Vampiro de Nova Holanda", "Capitão Diabo das Geraes", "Morcego do Mar" e "Assessor para Assuntos Fúnebres".
Mas a história desse livro altera, de maneira inteligentíssima, a nossa própria história nacional: quando, em 1647, Maurício Nassau estabelece uma aliança com a Confederação dos Palmares em nome da Nova Holanda, e, assim, derrotam o exército da Coroa Portuguesa e se tornam a primeira nação independente das Américas, a história toma um rumo diferente e drástico. É nessa atmosfera que — em uma tentativa frustada de adquirir sangue dos negros — Dentes Compridos é capturado durante o reinado de Ganga-Zumba, por dois príncipes poderosos, e é treinado para servir ao seu país de modo inescrupuloso.
Minha primeira impressão de Aventuras do Vampiro de Palmares foi marcante: me interessei em demasiado por esse livro que, já pela sinopse, é notavelmente tão exótico e inovador — um tanto como o próprio protagonista, Dentes Compridos, posso afirmar. Adorei, inicialmente, o fato de o livro envolver elementos tão nossos, da América Latina, elementos que são avistados tão raramente na literatura em geral, inclusive na nacional.
O livro é dividido em cinco partes, cada uma contendo de quatro a oito capítulos, sendo cada um deles é introduzido por uma citação que tenha certa relação com a história (citações, inclusive, que não pude deixar de amar!). As cinco partes ajudam a delimitar a trajetória do personagem principal, sendo elas muito diferenciadas e com títulos instigantes: "Crepúsculo Matutino", "O Vampiro de Nova Holanda", "Capitão Diabo das Geraes", "Morcego do Mar" e "Assessor para Assuntos Fúnebres".
A narrativa foi, sem qualquer sombra de dúvidas, o ponto que merce mais aclamações do livro. Poucas vezes me deparei com um modo de escrever tão distinto, tão rico como o que Gerson Lodi-Ribeiro utiliza em sua obra. O livro, que é narrado em terceira pessoa, tem um vocabulário rico e extremamente rebuscado, que consegue deixar lindamente descrita a mais comum das cenas. Isso foi algo que adorei, pela riqueza de detalhes e descrições dos lugares históricos — apesar de, confesso, mais para o final do livro, ter se tornado um tanto cansativo, já que as trezentas páginas de história consistem mais em descrições do que em diálogos.
Ponto interessante sobre Aventura do Vampiro de Palmares é, também, a abordagem de temas polêmicos e até mesmo um tanto melancólicos, como a vida solitária, a imortalidade e acontecimentos trágicos. Creio que consegui adquirir perfeitamente os sentimentos sentidos pelos personagens devido à maestria com a qual tudo é transmitido ao leitor, fato que sempre é notável. Além disso, me chamou atenção de uma forma muito positiva a maneira crua e real ao extremo como os fatos são abordados, de uma forma tão realista, e até, em certas ocasiões, um tanto pessimista, fugindo dos clichês tão recorrentes.
Outra ramificação que merece destaque em Aventuras do Vampiro de Palmares é a pesada carga histórica que é notável e onipresente em cada página da obra. Como uma admiradora assídua da história mundial, não pude deixar de ficar impressionada com os fatos passados tão bem narrados, e fiquei extremamente satisfeita e empolgada, como já afirmei, em ter sido tão absolutamente transportada para esse passado incrível presenciado pelo ser imortal.
Sob essa acepção, também devo destacar, creio eu, a grande quantidade de pesquisa que creio ter sido realizada para a construção da história de Dentes Compridos. Gerson Lodi-Ribeiro é extremamente coerente e soube usar os fatos históricos reais — e, claro, depois modificá-los — de um modo inteligente e condizente, sendo que eu não encontrei nenhum "furo" no enredo, algo que é, tristemente, deveras comum em livros que se utilizam da história.
Ponto interessante sobre Aventura do Vampiro de Palmares é, também, a abordagem de temas polêmicos e até mesmo um tanto melancólicos, como a vida solitária, a imortalidade e acontecimentos trágicos. Creio que consegui adquirir perfeitamente os sentimentos sentidos pelos personagens devido à maestria com a qual tudo é transmitido ao leitor, fato que sempre é notável. Além disso, me chamou atenção de uma forma muito positiva a maneira crua e real ao extremo como os fatos são abordados, de uma forma tão realista, e até, em certas ocasiões, um tanto pessimista, fugindo dos clichês tão recorrentes.
"A voz da consciência alertou-o para o fato de que deveria beber com parcimônia. Novas mortes invulgares só serviriam para atrair a atenção dos poderosos às suas atividades noturnas. Atividades essas nas quais o segredo era virtualmente, como os caraíbas holandeses costumavam dizer, "a alma do negócio". Ansiava por delibar outra vez do néctar mais puro jamais criado pelo Inominado. Precisava beber de um negro."
Outra ramificação que merece destaque em Aventuras do Vampiro de Palmares é a pesada carga histórica que é notável e onipresente em cada página da obra. Como uma admiradora assídua da história mundial, não pude deixar de ficar impressionada com os fatos passados tão bem narrados, e fiquei extremamente satisfeita e empolgada, como já afirmei, em ter sido tão absolutamente transportada para esse passado incrível presenciado pelo ser imortal.
Sob essa acepção, também devo destacar, creio eu, a grande quantidade de pesquisa que creio ter sido realizada para a construção da história de Dentes Compridos. Gerson Lodi-Ribeiro é extremamente coerente e soube usar os fatos históricos reais — e, claro, depois modificá-los — de um modo inteligente e condizente, sendo que eu não encontrei nenhum "furo" no enredo, algo que é, tristemente, deveras comum em livros que se utilizam da história.
Autor (a): FML Pepper
Editora:Valentina
Páginas: 277
ISBN: 9781623094430
Sinopse: Uma vida normal e tranquila seria tudo o que uma adolescente adoraria ter, certo? Não para Nina! Por que tinha que viver como uma nômade (ou fugitiva!), mudando de cidade ou país a cada piscar de olhos? Por que não podia saber nada sobre o paradeiro de seu pai? Por que sua mãe era tão neurótica e supersticiosa? Milhares de perguntas. Nenhuma resposta. O que significavam aqueles estranhos calafrios, acidentes e mortes que aconteciam ao seu redor? Teriam ele alguma ligação com seu defeito de nascença? Ou seriam causados pelo selvagem bad boy de hipnotizantes olhos azuis-turquesa que costumava aparecer nos momentos mais assustadores? Nina jamais poderia imaginar que aquele garoto sombrio de corpo escultural e fisionomia atormentada lhe abriria os olhos para um universo paralelo. Só ele tinha as respostas para os seus mais íntimos questionamentos, mas cobraria um preço muito alto para fornecê-las: A vida dela!
TRILOGIA "NÃO PARE!"
1. Não pare!
2. Não olhe!
3. Não fuja!
O livro de estreia da trilogia de FML Pepper é um YA (Young-adult) que ela confessa ter
sido inspirado por uma vasta leitura de YAs durante sua gravidez, e já se
tornou um best-seller da Amazon.
Primeiramente, a Amazon disponibilizou em e-books, e agora saíram os livros
impressos pela Editora Valentina — com uma grande aclamação do público!
Nina é uma garota de dezesseis
anos muito comum em seu modo de pensar e agir. Mas nem tudo é tão normal assim.
Por trás dessa adolescente, que vive ansiosa para começar a sentir o furor da
juventude, há um turbilhão de dúvidas
completamente incomuns, começando pelas suas pupilas como as de um felino (detalhe que já pode ser visto na
modelo da capa). Ela vive com sua mãe, Stela, que muda de cidade, estado e país
o tempo todo — na verdade, sempre que algo
ruim acontece à Nina — sem nenhuma explicação concreta para a filha. Quando
é questionada por uma confusa Nina, Stela se limita a encerrar a conversa
alegando que na hora certa ela saberá.
O mesmo ocorre quando Nina se
sente curiosa com relação ao pai, que nunca conheceu. Stela sempre evita falar
dele, e quanto mais o tempo passa, mais essas dúvidas começam a afligir Nina.
Como se isso não bastasse, a garota parece ser uma espécie de sensitiva — não muito raro sente calafrios e tonturas
incontroláveis, perdendo todos os sentidos, e, logo em seguida, um acidente
quase fatal sempre lhe acontece, o que ela pensa ser fruto de uma “maré de azar” que sempre a acompanhou.
De repente, tudo parece que vai melhorar: Nina e sua mãe se fixam em Nova York,
ela começa a fazer amizades no novo colégio, arruma um emprego, e até conhece
Kevin, que ela imagina ser o garoto com quem viverá uma linda história de amor. Com todas essas felizes distrações, Nina
acaba perdendo o foco do perigo que
corre. Mas quando o garoto sombrio de olhos azuis-turquesa, Richard, cruza o
seu caminho, tudo parece perder o controle e Nina terá que ser mais forte que nunca, já que, pelo que
descobre, faz parte de um paralelo decisivo entre duas dimensões. Então, tudo o que lhe era estranho antes, passa
a fazer todo o sentido.
FML Pepper é mais uma promessa
para enriquecer o YA no Brasil. Foi
o primeiro nacional do gênero que li, mas não percebi muita diferença entre ele
e os YAs estrangeiros, tanto é que não se prende a nada que remeta ao Brasil. A
fantasia utilizada, bastante comum
para o gênero, foi original e envolvente. Por outro lado, a fórmula pareceu ser a mesma de sempre: uma garota que descobre um
mundo novo através de uma avassaladora paixão, e claro, há o triângulo amoroso.
A narração ocorre em primeira
pessoa, pela protagonista Nina. É a melhor forma para acompanhar o
desenrolo do enredo, pois ele gira em
torno da personagem e mostra o correr dos fatos através dela: de suas
atitudes, de sua percepção sobre tudo o que descobre — e é junto com ela que
nós acabamos descobrindo tudo e nos adaptando também. Acredito que essa
sacada será mais bem percebida no segundo livro da trilogia.
Foi simplesmente incrível o modo como o enredo foi formado, como a
autora conseguiu mudar de estado a todo o momento, e com tanta naturalidade. No início, a história
caminhava devagar, sem grandes surpresas, apenas deixava o mistério no ar. A
partir das primeiras 100 páginas, tudo mudou: a ação se tornou constante, intercalando de vez em quando com alguns
momentos de suspense e romance.
Os personagens, por sua vez, deixaram alguns pontos em aberto. É muito difícil criar um personagem de YA sem
parecer clichê. Achei que Nina fugiria das características comuns de uma
mocinha quando ela começou a descobrir a verdade sobre si mesma, pois tinha uma
determinação incrível — apesar de
hesitar um pouco para acreditar nas coisas que lhe contavam. Mas, conforme ia
passando por situações cada vez mais estranhas, sua confusão começou a
incomodar. Eram questões razoáveis, mas bobas, que a fizeram vacilar em vários
momentos e a perder a personalidade que tinha no início.
Olá, pessoal! A nossa autora parceira Adriana Igrejas irá publicar mais um livro para a nossa felicidade! Intitulado "A Babá Gótica" a nova obra será publicado pela Evolução Publicações! Confira aqui a resenha de A Fórmula da Vida, livro também escrito pela autora.
Sinopse: Analice contrata uma babá jovem, muito bem recomendada por suas amigas, para sua filha de cinco anos. No entanto, a babá tinha uma característica bem peculiar: ela era gótica. Há muito mistério em torno da figura estranha da babá, que se chama Lucinda. Ela seria uma bruxa? Uma louca? Ou apenas alguém excêntrica? Lourenço, jovem estudante de medicina, filho do primeiro casamento do esposo de Analice, fica irritado e intrigado com a babá. Implica com ela e investiga sua vida a pretexto da segurança de sua meia-irmã. Ele e Lucinda acabam se apaixonando, mas o mistério em que ela está envolvida não os deixa ficar juntos. Ao que tudo indica, algo de sobrenatural cerca a vida de Lucinda. Para resolver o mistério e poder tornar seu amor possível, Lourenço está disposto a tudo.
O que acharam da premissa? Acredito que essa história vai dar o que falar! Muito sucesso para a autora!
Livro: Até o fim da queda
Autor (a): Ivan Mizanzuk
Editora: Draco
Páginas: 243
ISBN: 9788582431177
Sinopse: 1993. Em pouco tempo sete jovens se suicidam, e rumores sobre um ritual ganham as páginas dos jornais. A polícia descarta a opção e dá o caso como encerrado. Anos se passam e Daniel Farias, um popular escritor de terror, decide reconstituir o caso em sua nova obra. Durante a pesquisa, descobre a história sobre uma ordem secreta operando em nome de um demônio, o Dragão Vermelho, cujas origens remontariam a um exorcismo ocorrido no século XVI, na Espanha. Sucesso imediato entre os fãs, o livro alcança a lista de Best-sellers e também as páginas policiais, ao se espalhar a notícia de que leitores estariam se matando após a sua leitura. Isso faz as vendas explodirem, e o mistério aumenta.
"Até o fim da queda" é o livro de estreia de Ivan Mizanzuk, e mesmo sendo seu pontapé inicial na literatura, já está sendo visto pelos críticos literários como uma promessa de thriller nacional. Formado em design gráfico, foi responsável por projetar o gráfico do próprio livro. Ainda foi elogiado por reascender uma temática que fez recordar autores renomados — como André Breton e Valêncio Xavier.
A história se desenrola através de uma entrevista, intercalada por misteriosas gravações, cartas, artigos de jornal, gravuras, sonhos sombrios, entre outras coisas que mostram que toda a conspiração do enredo está surtindo efeito nos personagens. A entrevista é feita com Daniel Farias, o escritor de um livro que está causando as maiores revoltas e afobações entre o público. E é nela que o personagem revela como se deu a construção de seu livro, ao mesmo tempo em que dá todos os motivos para que sua palavra seja duvidosa.
Daniel conta que quando começou a investigar o suicídio coletivo de sete jovens que ocorreu em 1993, suas pesquisas o levaram até Euclides, que, para todos os efeitos, participava da Irmandade do Dragão, uma espécie de seita satânica que envolvia um ritual de suicídio com a finalidade de invocar o Dragão Vermelho. Ele declarou durante as gravações em fita, que fora isso a causa das mortes de 93. Apesar de tudo em que se envolveu quando começou a ter contato com Euclides — como pesadelos, que significavam sua iniciação na tal Irmandade —, Daniel se posicionou cético na maior parte da entrevista, afirmando que não acreditava em um demônio como o Dragão Vermelho, e que os suicídios haviam sido em vão, realizados a partir de uma falsa crença.
As cartas que são mostradas paralelamente à entrevista, são de autoria de Frei Marcos, um espanhol que investigava casos de possessão no século XVI. E por tudo que era retratado, fora naquela época — e através dele — que surgiu o Dragão Vermelho, quando o Frei acabou se envolvendo com Isabel, uma garota suspeita de ser vítima de possessão ou de praticar bruxaria. Por causa dela, Frei Marcos acabou perdendo sua fidelidade para com a Igreja e com as crenças que seguia até então, para servir ao Dragão.
As experiências que tive com thrillers foram de autores internacionais, como Stephen King e Jo Nesbo, assim como os Policiais. Porém, o estilo de Mizanzuk não foi só inovador dentro do gênero, mas a forma como o enredo se desenrolou foi diferente de todos os outros: a intercalação de diferentes fatos, que se complementavam no final, envolvendo todo tipo de informação para completar a história. O suspense estava quase que totalmente entregue desde o início, nas primeiras respostas de Daniel na entrevista. Mesmo assim não deixou de ser um bom thriller — e o primeiro nacional do gênero que li.
A narrativa, assim como os fatos, é intercalada. Há o estilo de entrevista, que está presente em 90% do livro, e as manchetes de jornal, no estilo de um típico artigo de informação, que relatam os suicídios que ocorreram envolvendo o livro de Daniel Farias. Em determinado momento, há a simulação de um fórum virtual, em que leitores falam suas opiniões a respeito da obra polêmica, com a linguagem do "internetês". Além de uma postagem crítica e informal de um blogueiro, que toma uma parte significativa do livro. Já as cartas estão na voz de Frei Marcos, e logo em seguida há trechos da obra de um escritor que escrevera um livro destinado a analisar tais cartas.
Olá, pessoal! Viemos trazer uma novidade interessantíssima para vocês. O segundo volume de "Os Mistérios de Warthia", série escrita pela autora parceira Denise Flaibam, será lançado! Intitulado de A Fortaleza do Dragão, essa continuação do primeiro livro — A Profecia de Mídria — será lançada em Junho deste ano. Vamos conferir?
Sinopse: Abandonado o reino do norte, é hora de vagar pela imensidão inóspita e perigosa do grande deserto. Depois de descobrir que seu destino está ligado ao destino daquele mundo, Serafine Delay está para confrontar o Reino mais traiçoeiro de Warthia. A escolhida dos Deuses precisa se fortificar para enfrentar a tormenta que tem pela frente e, para isso, contará com a ajuda do jovem Rei, Jon Tytos. O senhor do Oeste lhe oferece treinamento com os melhores arqueiros de toda Warthia, enquanto a garota disciplina sua mente para o controle da segunda arte elemental.As Trevas irão ressurgir e, com elas, antigos segredos terão suas respostas colocadas à mesa. Em meio ao jogo das sombras, até onde Serafine irá para salvar aqueles em quem confia? Em quem ela pode confiar?O passado de Ývela e Jarek volta para assombrá-los enquanto Guillian luta para manter o equilíbrio em meio a um quarteto atormentado.Na Fortaleza do Dragão, destinos irão colidir.
O que acharam da capa? E da sinopse? Eu gostei muito da premissa e também gostei muito da leitura do primeiro livro. Estou ansiosa para poder saber o que acontecerá com Serafine!
Título original: Bloodlines
Autor (a): Richelle Mead
Editora: Seguinte
Páginas: 430
ISBN: 9788565765152
Sinopse: Sydney estava encrencada. Em sua última missão, ela tinha ajudado a dampira Rose Hathaway a escapar da prisão, e essa aliança foi considerada uma traição grave, já que vampiros e dampiros são criaturas terríveis e antinaturais, ameaças àqueles que os alquimistas devem proteger - os humanos. Com sua lealdade colocada em questão, Sydney se sente obrigada a voluntariar-se para uma tarefa nada agradável - ajudar a esconder Jill Dragomir, uma princesa vampira que está sendo perseguida por rebeldes que querem o poder. Caso ela seja capturada e assassinada, a rainha Lissa ficará sem nenhum parente vivo e, como manda a lei, terá de abdicar do trono - o que culminará numa guerra civil tão sangrenta no mundo dos vampiros que certamente afetará a humanidade. Assim, pelo bem dos humanos, Sydney aceita se disfarçar de estudante e passa a conviver diariamente com Jill e seu guardião Eddie, quando os três são matriculados como irmãos no último lugar em que qualquer um procuraria a realeza dos vampiros - a Escola Preparatória Amberwood, em Palm Springs, na Califórnia. Mas entre uma pizza e outra, entre um jogo de minigolfe e uma conversa sobre garotos, ela começa a ter a sensação de que talvez esses seres estranhos não sejam tão maus assim, principalmente Adrian, um vampiro muito próximo de Jill que desperta os sentimentos mais contraditórios - e proibidos - em Sydney... O problema é que além de refletir sobre suas convicções e se preocupar com o seu coração, que anda acelerando mais do que deveria, a garota terá de encarar outros inconvenientes um pouco mais graves, como as tatuagens que viraram febre entre os alunos da escola e que parecem conferir poderes sobrenaturais a quem as usa. De que ingredientes elas eram feitas? Quem estaria por trás disso? Será que havia algum alquimista traidor entre eles? Caberá a Sidney resolver todos esses mistérios e garantir a paz entre os humanos antes que seja tarde demais.
2. O Lírio Dourado
3. O Feitiço Azul
4. Coração Ardente
Laços de Sangue é o primeiro livro da série Bloodlines, um spin off, ou seja, uma derivação da obra base, já existente, a série Academia de Vampiros. Escrito por Richelle Mead, Bloodlines já têm seus quatros primeiros livros publicados no Brasil através da Editora Seguinte, sendo previsto a publicação futura de mais dois volumes. Diferente de Academia de Vampiros que é narrado através do ponto de vista de uma guardiã, Rose Hathaway, em Bloodlines vemos o mundo por outro ângulo, a partir de uma humana alquimista, Sydney Sage, que tem a responsabilidade de limpar a “sujeira” dos vampiros e dos híbridos para manter os humanos na ignorância de suas existências.
Assim que Lissa Dragomir toma o poder da coroa, atentados
ocorrem em resposta às suas tentativas de mudanças no sistema dos Moroi – nome atribuído
à vampiros puros. Sendo então a única Dragomir além de Lissa, sua meia-irmã Jill fica extremamente ameaçada por
grupos rebeldes contrários a nova rainha.
É nesse momento que Sydney – uma humana alquimista – recebe a missão de cuidar de Jill para reconquistar a confiança dos seus superiores,
já que, tecnicamente, ela fora traidora ao ajudar Rose – guardiã da rainha
Lissa – a fugir, anteriormente, de sua prisão injusta.
Nesse contexto, Sydney se refugia na companhia de Jill e de uma equipe guardiã na escola preparatória Amberwood, na cidade de Palm Springs, onde
se disfarçaram de humanos comuns. Nossa protagonista parece apreciar a experiência
de frequentar uma escola normal, a qual nunca pudera fazer já que havia
dedicado sua vida à alquimia. Contudo, é nesse momento que o Moroi Adrian
Ivashkov também simula ser um humano normal e acaba mexendo com os sentimentos
de Sydney, apesar da desconfiança e do medo que ela aprendeu a ter de vampiros. Mas Adrian estava, de fato, arruinado
depois da traição de Rose, e começara a beber a fumar com muito mais
frequência. Será que Sydney conseguiria ajuda-lo a sair desse profundo torpor?
Entretanto, algo muito mais urgente e estranho estava
acontecendo nessa escola. Humanos estavam aparecendo com tatuagens que davam
capacidades e poderes à eles. O que significava a tatuagem? Elas eram mágicas? Sydney precisará descobrir e resolver toda essa situação
sem deixar de proteger os humanos e cumprir sua missão, a de resguardar Jill.
Esse primeiro volume de Bloodlines trouxe muita nostalgia e me relembrou o quanto eu amava o mundo que Richelle Mead criou, assim como sua narrativa era envolvente. Relembrou o quanto a autora era perita em aprofundar personagens e construir uma trama cheia de mistérios, além de fazer o leitor mergulhar no romance.
Prosseguindo, então, as lacunas não preenchidas do ultimo
volume da série Academia de Vampiros – Ultimo Sacrifício – temos muito contato
com Sydney Sage, que é uma personagem basicamente reflexiva – bem diferente do
que o leitor estava acostumado. Rose, da série anterior, age mais do que
pondera, é demasiadamente precipitada e irritável enquanto essa nova
protagonista é muito mais calculista.
Foi extremamente interessante ter contato com essa visão
mais racional que instintiva, o que mudou drasticamente a compressão da
extensão da problemática do enredo. Entretanto, preciso admitir que senti muita
falta de Rose e suas situações cheias de rebeldia, aventuras e muita ação, afinal, antes lidávamos
com uma guardiã que estava exposta, na sua vida e no trabalho, à constantes ameaças e situações perigosas.
Academia de Vampiros, no entanto, não aprofundou Sydney,
somete instigou o leitor ao apresentar características superficiais dessa
personagem tão peculiar. Em Laços de Sangue, através da narrativa em primeira
pessoa, conhecemos o íntimo de Sydney, e, consequentemente mais sobre os
personagens que não apareciam ou não tinham tanto enfoque na série anterior.
A trama, no início, foi um tanto lenta, resultado da
tentativa da autora em buscar o passado da protagonista – que até então, era
desconhecido para o leitor. Contudo, assim que as complicações ganham o enredo, Laços de Sangue se torna muito mais misterioso e emocionante. A parte mais interessante da obra foi os esclarecimentos que não puderam ser apresentados na série-base, já que a protagonista antiga tinha sua visão limitada e pouco entendia dos alquimistas.
A relação de Sydney com seus superiores ou com seus familiares era muito mais complicada do que aparentava. Richelle Mead estruturou muito bem a história de Sydney, justificando com firmeza a sua formação de personalidade. É obvio, portanto, que nossa protagonista me irritou em alguns momentos por ter medo excessivo de tudo, entretanto, essa característica acaba sendo explicada por diversas razões. Nenhum personagem da autora é infundado.
“É necessário tentar muitas vezes para atingir a perfeição. – Ele fez uma pausa para reconsiderar. – Bom, exceto para os meus pais. Eles acertaram de primeira.”
Foi difícil, porém, aturar Jill que me parece ser mesquinha e ingrata. Em contrapartida, adorei ter Eddie e Adrian nessa série, tendo papeis bem mais marcantes. É incrível a habilidade de Richelle Mead em construir um romance! Ela consegue desenvolve-lo de um modo tão natural e involuntário, que nem o leitor consegue perceber com exatidão as etapas dele. Quando você enfim nota, já está torcendo com todas suas forças pelo casal principal.
Adrian foi exposto de um modo diferente em Laços de Sangue, algo que me envolveu muito e me manteve atenta, além de mexer comigo. Apesar de eu amar Dimitri, ainda gosto muito de Adrian e senti muita dó dele quando vi seu coração quebrar.
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