“A gente ouve muito falar sobre as vantagens da insanidade — a própria dra. Singh citou para mim uma frase de Edgar Allan Poe que dizia: A ciência ainda não nos provou se a loucura é ou não o mais sublime da inteligência”.
Durante toda essa semana, falaremos sobre Tartarugas Até Lá Embaixo. Se você perdeu a resenha, confira clicando aqui. No dia de hoje, apresento para vocês um pouquinho acerca dos personagens desse livro que vem recebendo inúmeras críticas positivas tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil.
Como dito na resenha, John Green, no intuito de compor da melhor forma possível seu mais recente sucesso, criou personagens que parecem tão reais quanto nossos melhores amigos — talvez até mais. Como de costume, é uma composição que, ao estilo numerador de fatos do autor, chama atenção por (1) ser simples e (2) por trazer uma protagonista que comove e nos diverte ao mesmo tempo, deixando marcas boas e profundas em nossa mente.
De modo geral, Tartarugas Até Lá Embaixo foca na protagonista. É um livro narrado por Aza Holmes e, por isso, é um livro sobre Aza Holmes — mais especificamente um livro sobre como algumas pequenas situações possuem grandes “forças inidentificáveis” de mudar nosso destino, onde a adolescente ata duas pontas de sua vida. Partindo do momento em que o mistério do milionário desaparecido ganha espaço ao desfecho desse enigma que acaba mudando sua história.
Eu gosto de muitas características nas obras de Green, talvez por isso eu não seja uma fonte tão confiável de “opiniões sobre John Green”, mas, sem dúvidas, seus personagens são marcantes. Todos eles, até mesmo os secundários — e principalmente os secundários. Daisy, por exemplo, que é a melhor amiga de Aza, é indescritível. Como Ben de Cidades de Papel, ela é extremamente bem-humorada e torna o livro muito, mas muito interessante. Daisy é a personificação da aventura, do humor e daquela parcela de ego que existe dentro de todos nós.
A impressão que eu tenho é que John distribui valores e qualidades (boas e ruins) entre seus personagens, e cada um deles tem algo de bom a nos ensinar. Fora Daisy, também ganham espaço (um breve espaço, ressalto) a mãe de Aza e sua médica, a dra. Singh, que sempre tem uma excelente frase de Edgar Allan Poe, de Shakespeare, de Bronte e outros, para citar para seus pacientes.
Bem, para sintetizar: Tartarugas Até Lá Embaixo possui poucos personagens, mas cada um deles acaba nos ganhando a seu modo. Meu desejo, como já sabem, é que todos deem uma chance a essa obra — é única, viu? Espero vocês no post de amanhã!
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