Livro: Novembro, 9
Autor (a): Colleen Hoover
Editora: Galera Record
Páginas: 352
ISBN: 9788501076250
Sinopse: Autora número 1 da lista do New York Times retorna com uma história de amor inesquecível entre um aspirante a escritor e sua musa improvável. Fallon conhece Ben, um aspirante a escritor, bem no dia da sua mudança de Los Angeles para Nova York. A química instantânea entre os dois faz com que passem o dia inteiro juntos – a vida atribulada de Fallon se torna uma grande inspiração para o romance que Ben pretende escrever. A mudança de Fallon é inevitável, mas eles prometem se encontrar todo ano, sempre no mesmo dia. Até que Fallon começa a suspeitar que o conto de fadas do qual faz parte pode ser uma fabricação de Ben em nome do enredo perfeito. Será que o relacionamento de Ben com Fallon, e o livro que nasce dele, pode ser considerado uma história de amor mesmo se terminar em corações partidos?
Colleen Hoover vive no Texas com o marido e os três filhos. Autora das séries
Slammed, Hopeless e dos livros
O Lado Feio do Amor, Talvez Um Dia e Nunca Jamais, todos na lista dos mais vendidos do New York Times, pode ser encontrada em
www.colleenhoover.com
Em Novembro 9, conhecemos Fallon, que apesar de ter apenas 18 anos, já passou por muitas coisas. Quando tinha sete anos, seu pai a levou para ver Cats na Broadway. Foi a primeira vez da garota em Nova York e uma das melhores viagens de sua vida. Até aquele momento, seu pai sempre a tinha empurrado para a carreira de atriz. Mas depois do incêndio que a deixou com parte do corpo desfigurado, seu estímulo acabou de vez. Ele acha que ela não tem o necessário para ser atriz, e parte de Fallon sabe que ele tem razão. Agora, no aniversário de dois anos do fatídico acidente, ela finalmente se sente pronta para sair de Los Angeles e recomeçar a vida em Nova York.
No almoço de despedida com o pai, bem na véspera da mudança, Fallon conhece Ben, um aspirante a escritor. A atração entre os dois faz com que passem o dia inteiro juntos, mas a partida iminente de Fallon os impede de tentar viver esse amor. Decididos a vencer o destino, fazem uma promessa: se encontrar todo ano nessa mesma data, 9 de novembro. Ao longo do tempo, muitas coisas mudam na vida dos dois, mas o ritual dos encontros e sua história de amor viram enredo do livro de Ben. E, quando parece que o destino finalmente conspira para que fiquem juntos, Fallon descobre algo — destruidor, eu garanto! — que a faz questionar as motivações do homem por quem está apaixonada. Será que ela não passa de mais uma personagem na trama de Ben ou ele realmente a ama?
Para ser sincero,
me faltam as palavras para resenhar esse livro — que é extremamente incrível e cheio de emoções. Realmente o
New Adult tem um poder incrível enquanto Literatura, e me sinto cada vez mais apaixonado por esse gênero idiossincrático. Li meu primeiro
New Adult há pouco mais de um ano, e, desde então, não tinha lido quase nada do gênero. Confesso que me arrependo de não ter feito isso antes.
Sem sobra de dúvidas, é um gênero extraordinário — ou é a autora que é maravilhosa? — e Hoover sabe lidar com ele com extrema maestria. Conheci a autora esse ano, quando li seu
thriller Nunca Jamais — que adorei! —, e agora ter a oportunidade de ver como ela é tão versátil é realmente apaixonante.
Já tinha ouvido falar, há muito tempo, sobre os new adults de Hoover, principalmente devido a série Slammed e O Lado Feio do Amor, porém nunca tinha lido nenhum da autora. Quando surgiu a oportunidade de resenhar Novembro 9, não hesitei em lê-lo, pois a história foi muito bem criticada nos Estados Unidos e traduzida livremente no Brasil, onde também foi bem comentado. O gênero new adult — que representa aqueles livros na faixa entre o Young Adult e o Adult — é novidade para mim, e ler algo tão bem feito e que reforça bastante seu gênero, foi realmente maravilhoso.
Narrado em primeira pessoa, Novembro 9 tem uma trama focada, extremamente inteligente e, como de costume, com capítulos intercalados entre Fallon e Ben — de modo que nada fica vago. Esse tipo de estruturação nos permite ter uma visão mais ampla das escolhas, sentimentos, decisões e pensamentos dos personagens, o que contribui ainda mais para que nos afeiçoemos ao livro. A escrita de Hoover, contudo, se mostrou, pelo que vi de outras pessoas que tiveram contato com outras de suas obras, ainda mais elaborada e com um enfoque no que está ao redor dos personagens, sem fugas ao enredo, com cenários bem descritos e um contraste entre formalidade e informalidade.
Os objetivos são alcançados com desconforto e trabalho árduo. Não são alcançados quando você se esconde em um lugar onde se sente à vontade e confortável.
O que mais me chamou atenção na obra foi justamente o que mais é visto como interessante por todos os leitores de Co-Ho: a maestria com que estrutura suas narrativas. Visto como característica negativa, a dramaticidade em
Novembro 9 é bastante elevada, ainda que não chegue a ser redundante. Vendo com bons olhos, todo esse drama presente no livro é o que nos prepara para o grande e inesperado
plot twist (mudança radical na direção esperada ou prevista da narrativa) que deixa qualquer leitor literalmente no chão.
É, na mais básica definição, um turbilhão de sensações. Isso é, como bem ressaltou Gabi na resenha de
Sem Esperança, algo que merece congratulações, pois
Hoover conseguiu administrar tais aspectos de uma maneira tão natural que é difícil notá-los até parar para refletir sobre o livro.
A trama de Novembro 9 é muito focada nos dois personagens principais e os secundários são quase inexistentes. Fallon, uma personagem incrível, mostra duramente a realidade de quem teve os sonhos fortemente marginalizados na vida e vive em busca de paz consigo mesma e com seu pai. A personagem tem uma construção muito nítida e bem impactante — o de sempre, quando falamos das mocinhas de Co-Ho —, e isso, aliado a sua personalidade, é muito inspirador e muito mexe com quem lê. O mesmo acontece com o misterioso e carismático Ben, que é o encarregado pelas fortes emoções presentes no livro. O interessante sobre esse dois personagens é que eles vão sendo construídos aos poucos, no decorrer das páginas, em cada vírgula, em cada ponto final e em cada emoção. Desse modo, as coisas são reveladas ao leitor com o tempo, deixando uma considerável parte dos detalhes para ele mesmo resolver.
“Eu vi comentários a respeito de como os leitores fariam qualquer coisa para tornar os namorados dos livros reais. E aqui estou eu, convencida de estar nos braços de um deles, e prestes a me afastar dele.”
Outro ponto que me fez amar a história foi que, assim como Talvez Um Dia, o livro tem uma pequena relação com a música — bem pequena mesmo. A proposta inovadora de Colleen me deixou ainda mais fascinado por sua obra. Junto com o cantor Griffin Peterson, Hoover criou letra, melodia e som para uma faixa que recebe o mesmo nome do livro e conta, de forma poética, as desventuras do casal Ben e Fallon. A letra da canção diz tudo sobre os personagens e é extremamente linda — viciei, confesso. Vocês poderão conferir a canção ao final da resenha, certo?
A edição da Galera ficou tão perfeita quanto a trama em si. A capa é inteiramente coerente com a história do livro, principalmente ao retratar calendários e texturas com a cidade de Nova York, além de trazer uma coloração incrível. A diagramação ficou muito boa e cada capítulo se inicia em uma nova página, com um design interno bem caprichado. Não encontrei erros de revisão e, no todo, acredito que a edição merece todo tipo de parabenização.
Por fim, não posso deixar de ressaltar que esse foi um livro que entrou para a lista dos melhores do ano e superou tudo que eu esperava. Por mais dramático e irreal que seja, eu aprendi muito com esse livro e acredito que todos ao lerem, cumprindo o propósito da literatura, aprenderão algo sobre suicídio, câncer e pais ausentes, temas recorrentes na narrativa. Antes de ler, eu já sabia que o livro havia sido lido por milhares de pessoas que amaram a história e eu, após ler, entendi o motivo disso: sua excelente trama e sua peculiar construção. Não foi só a ideia que foi atípica, mas todo o desenvolvimento em si. Um romance lindo, sofrido, inspirador e totalmente indicado. Todos deveriam ler, imediatamente. É um prato mais que cheio para os fãs de Colleen Hoover!
Primeiro Parágrafo: "Que barulho será que faria se eu quebrasse esse copo na lateral da cabeça dele?"
Melhor Quote: "Você nunca vai conseguir se encontrar se estiver perdida em outra pessoa."
M Ú S I C A D O L I V R O
Oi Pedro, eu nunca li nada dessa autora, mas já adquiri o livro dela, Talvez Um Dia, pra conhecer mais da escrita dela. Vejo muitas pessoas elogiando as obras dela, então acho que valem a pena né.
ResponderExcluirEsse livro, tem uma proposta legal, um encontro na mesma data, me faz querer saber mais sobre os personagens e como a protagonista lida com a nova situação dela.
Beijos
Quanto Mais Livros Melhor
Já várias resenhas e muitos comentários sobre esse livro e cada vez que leio mais uma vez, fico mais curiosa ainda. As resenhistas falam muito bem do livro e os comentaristas então, nem se fala. Todos elogiam o livro. Acho que até a presente data, não li ninguém achando que o livro é fraco ou ruim. Também Colleen é sensacional.
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