Livro: Alerta de Risco: Contos e Perturbações
Título Original: Trigger Warning: Short Fictions and Disturbances
Autor: Neil Gaiman
Editora: Intrínseca
Páginas: 303
ISBN: 978-85-510-0030-4

Sinopse: Alerta de Risco é um rica coletânea de histórias de terror e fantasmas, de ficção científica e contos de fadas, de fábula e poesia — produzidas em diversas épocas e para diversos fins —, que exploram o poder da imaginação. Em "História de aventura",  Gaiman pondera sobre a morte e sobre como, ao falecer, as pessoas levam consigo suas histórias. No suspense "Caso de Morte e Mel", ele nos presenteia com sua visão genial do mundo de Sherlock Holmes. "Hora nenhuma" é um conto muito especial sobre Doctor Who, escrito para o quinquagésimo aniversário da série de TV, em 2013. E há também um texto escrito exclusivamente para esta coletânea: "Cão Negro", que revisita o mundo de Deuses Americanos ao narrar um episódio que envolve Shadow Moon em um Bar durante seu retorno aos Estados Unidos. 

Neil Gaiman é considerado um dos dez maiores escritores pós-modernos vivos. Tem mais de vinte livros publicados e já foi agraciado com inúmeros prêmios, incluindo o Hugo, o Bram Stoker e a Newbery Medal. Iniciou a carreira literária com a aclamada série em quadrinhos Sandman e, depois, seguiu para a ficção, publicando obras memoráveis como Deuses Americanos. Nasceu em Hamsphire, Inglaterra, e hoje mora nos Estados Unidos. Pela Intrínseca publicou também O Oceano no Fim do Caminho, Faça Boa Arte, A verdade é uma caverna nas Montanhas Negras, João e Maria, Os filhos de Anansi e Lugar Nenhum. Pode ser encontrado no site www.neilgaiman.com.
    
   Contos são mais que pequenas histórias acerca de um relato dos fatos (fictícios ou não). Já se foi o tempo em que o conto era apenas uma forma de expressão banalizada aos recantos menos interessantes dos jornais e revistas. Hoje eles estão presentes em livros como os de Gaiman. Em sua terceira coletânea de contos, o escritor mostra que essas curtas histórias têm um âmago muito mais profundo do que aparenta. São 24 contos reunidos de forma aleatória, contendo diversas temáticas e com variados formatos.
   Logo em sua introdução, Gaiman faz um resumo sobre cada conto – o por quê de tê-los escrito, qual a idealização que teve aos escrevê-los, quais os objetivos alcançados com cada um, etc. Um dos contos inéditos é como uma espécie de spin-off de seu livro O Oceano no Fim do Caminho — chama-se Cão Negro, e foi escrito especialmente para esta coletânea. Nela ele também incluiu contos de grande reconhecimento, que já esteve presente em outras coletâneas coordenadas por terceiros, assim como trouxe contos nunca antes publicados.
   Além de Cão Negro, há outros de merecido destaque, como Detalhes de Cassandra, onde o autor relembra a namoradinha imaginária da adolescência e acaba criando uma espetacular ficção em torno dela. A verdade é uma caverna nas Montanhas Negras traz uma perspectiva interessante a respeito da vida, da ganância e dos objetivos que nos dispomos a cumprir. Com Xique-Xique Chocalhos, Gaiman transforma um simples conto de terror infantil em algo muito profundo e de grande intelectualidade. Com Terminações Femininas, ele descreve a paixão avassaladora que uma estátua viva de rua nutre por uma mulher.  E ainda tem os consagrados Caso de Morte e Mel e Hora Nenhuma, inspirados em Sherlock Holmes e Doctor Who, respectivamente.

   Essa foi a minha primeira experiência com uma obra de Gaiman. Ouvia muitas pessoas alegarem que sentiam certo temor de lerem algo do autor porque já sabiam da profundidade que ele dá aos seus escritos. Comigo não era muito diferente. Eu não sentia realmente temor, mas havia a sensação de que ainda não estava pronta para ler algo do autor. Acredito que fiz bem em esperar meu nível de leitura amadurecer um pouco mais — caso contrário, talvez não tivesse compreendido metade das estórias de Alerta de Risco, que exigem, por sua vez, algumas reflexões.
   Em sua introdução, o autor pede desculpas ao leitor. Sua justificativa é porque reuniu os contos de forma muito aleatória e isso poderia vir a causar algum incômodo em quem lesse. Há, realmente, pessoas que se contentam mais com leituras monocromáticas e que proporcionem os mesmos sentimentos do início ao fim. Mas não é este o meu caso, e, como primeira leitura de um livro de Gaiman, senti que não poderia ter iniciado com um livro melhor, já que pude conhecer toda a versatilidade que o escritor possui e qual das suas facetas mais me agradaram — isso serve até como referência para as próximas obras que pretendo ler do autor.
   As narrativas variam de conto para conto. Cada um tem uma escrita própria que se adequam a temática. Em algumas das histórias, como Obra de Bruxa, a escrita de Gaiman é prosaica e até mesmo o formato difere dos demais, com rimas que mudam em cada verso. Em outras, os contos são divididos por capítulos, como Cão Negro e Um calendário de contos — esta escrita com a ajuda de ideias dos seguidores de Gaiman no Twitter, algo genial e que deixa os fãs ainda mais animados com a obra, pois sabem que foi um trabalho conjunto.

"– Você sempre foi assim?
– Assim como?
– Um louco. Com uma máquina do tempo.
– Ah, não. Demorou um tempão até conseguir a máquina do tempo" (p. 196).


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Oi, gente!!! Tudo bem com vocês? Hoje nós estamos aqui para divulgar DOIS LIVROS incríveis para aqueles que adoram histórias intrigantes, inteligentes e fantásticas. De Maciel Brognoli, apresentamos: O Homem que Fotografou Deus e O Acolhedor de Almas.

O homem que fotografou Deus
Sinopse: Para José, de nada servia ser considerado um dos seres humanos mais inteligentes do planeta, se não fosse capaz de um ato extraordinário que marcasse a história da humanidade. Um dia, após sua pequena filha, Ana, perguntar “onde Deus mora?”, José ficou sem palavras diante da indagação, aparentemente simples. A pergunta que não pôde ser respondida com certeza absoluta mexeu com seu ego, e despertou nele o desejo juvenil, adormecido, de viajar pelo Universo. Decidiu então que construiria uma Nave Espacial e partiria em viagem, somente para tentar encontrar Deus e tirar uma fotografia Dele para dar de presente à filha.


Livro: O Martelo de Thor
Título Original: The Hammer of Thor
Autor: Rick Riordan
Editora: Intrínseca
Páginas: 398
ISBN: 978-85-510-0070-0
Sinopse: Magnus Chase achava que casamentos arranjados tinham saído de moda há tempos, mas, aparentemente, nem todos pensam assim: para recuperar o martelo de Thor, que está nas mãos dos inimigos dos deuses, Loki, o deus da trapaça, propõe uma aliança. Na verdade, um casamento. Sem o martelo, Thor não consegue proteger Midgard - o mundo humano -, e os gigantes estão ficando cada vez mais ousados. O Ragnarök vai começar. Os nove mundos vão queimar. Agora, Magnus, Sam, Hearth e Blitz têm apenas cinco dias para encontrar a arma perdida do deus do trovão, evitar uma invasão e impedir um casamento.

TRILOGIA "MAGNUS CHASE E OS DEUSES DE ASGARD"
    1.  A Espada do Verão
    2.  O Martelo de Thor
    3.  O Navio dos Mortos (Lançamento previsto para 3 de Outubro de 2017)

    Rick Riordan nasceu em 1964 nos Estados Unidos, em San Antonio, Texas, e hoje mora em Boston com a esposa e os dois filhos. Autor best-seller do The New York Times, premiado pela YALSA e pela American Library Association, por quinze anos ensinou inglês e história em escolas de São Francisco, e é a essa experiência que atribui sua habilidade para escrever para o público jovem. Além da série Magnus Chase e os deuses de Asgard, sobre mitologia nórdica, Riordan assina a série Percy Jackson e os Olimpianos, Os heróis do Olimpo e As provações de Apolo, inspiradas na mitologia greco-romana, e As crônicas dos Kane, que visita deuses e mitos do Egito Antigo.

   No primeiro livro da série, A Espada do Verão, Magnus Chase se apresenta para os leitores como um herói que é a cara do Kurt Cobain e que, após a morte de sua mãe, passou a viver na rua com seus amigos Hearth e Blitz. O tempo passa e ele não percebe que este mundo — chamado de Midgard pelos nórdicos — se tornou perigoso demais para alguém como ele viver. Quando enfim é morto por um gigante do fogo, Magnus vai parar no paraíso dos heróis comandado por Odin, Valhala. Lá, descobre o grande mistério que envolvia sua vida: ele é filho do deus da cura, Frey. Depois de muitas aventuras e perigos, Magnus finalmente consegue se adaptar à sua nova vida em Valhala. Porém, as coisas voltam a ficar difíceis quando o martelo do deus do trovão, Thor, desaparece.
    Magnus e seus amigos têm que encarar Loki, o deus da trapaça, novamente, e se veem encurralados: precisam achar o martelo a tempo de evitar uma invasão dos gigantes a Midgard. Porém, o acordo de Loki deixa a todos desconfiados. O deus parece estar querendo ajudá-los, mas porque Loki se preocuparia com Midgard quando seu único objetivo até o momento é sair da prisão na qual foi metido? Para completar essa confusão, surge alguém que parece disposto a guiar Magnus nessa nova aventura, mas o herói ainda tem sérias dificuldades de confiar em alguém que não seja seus amigos. Mesmo assim, eles precisam partir em mais uma missão cheia de perigos, através dos nove mundos.

    Sou apaixonada pelos livros de Rick Riordan. Sua forma de contar uma boa história é fascinante. Parece ser um encaixe perfeito: um tema tão rico como o da mitologia, o gênero infanto-juvenil e um autor que sabe lidar perfeitamente com as duas coisas. Tanto o tema quanto o gênero me agradam. Sou fã do trabalho do Rick desde que comecei a ler Percy Jackson e os Olimpianos, sobre mitologia grega, e desde então não parei mais. Quando soube que ele lançaria uma nova série sobre mitologia nórdica, já consegui prever mais um sucesso, especialmente quando os livros têm uma ligação muito clara com os do mocinho Percy.
    A narrativa é em primeira pessoa tendo como narrador o protagonista, Magnus. O que é instigante é o fato de Magnus ser quase como um livro aberto. Me arrisco a dizer que ele é um protagonista melhor que Percy Jackson. Sei que muitos vão discordar, já que o filho de Poseidon conquista muito facilmente, mas Magnus tem uma honestidade cativante e seu nível de sarcasmo por toda a narrativa faz com que a leitura seja mais prazerosa e fluida – claro que esta é a marca registrada do Rick, afinal, como ele poderia tornar a mitologia algo interessante para um público jovem? O fato de Magnus ser um rapaz que viveu nas ruas por tanto tempo, sendo obrigado a roubar, a perder sua dignidade, a abrir mão de tantas coisas e ainda ser rejeitado pela família que lhe restou, fez com que ele se endurecesse um pouco e se tornasse alguém capaz de enfrentar todos os desafios que lhe são postos ao longo do enredo.

"Dica de etiqueta: para saber a hora certa de ir embora de uma festa, o momento é quando o anfitrião gritar 'Ninguém sai daqui vivo'" (p. 202).

    O que mais me cativa nos livros infanto-juvenis de Rick Riordan é a forma como ele "amarra" bem os fatos da mitologia. Nesse caso, a mitologia nórdica é tratada – ele dedica o livro à Tolkien por tê-lo introduzido nesse universo – e toma proporções diferentes das vistas na cultura pop, que conquista tantos jovens, mesmo sendo cheia de referências atuais (como as músicas da Selena Gomez que a espada de Magnus, Jacques, ama cantar). Ele resgata a mitologia antiga e bruta, com a história dos deuses grandes em contraste com os deuses menores – cada um com seu próprio espaço. Relatar a personalidade dos deuses de forma divertida dá o toque de originalidade que uma série desse tipo necessita.
    Todos os personagens são tratados de forma igualmente cativante e original – tanto quanto Magnus. Em O Martelo de Thor, temos a volta de personagens que se fizeram presentes no primeiro livro: Samirah, a muçulmana valquíria filha de Loki; Hearthstone, o elfo surdo-mudo; Blitzen, o anão filho de Freya apaixonado por moda; além dos amigos einherjar (heróis que morreram com bravura na Terra) que se hospedam no mesmo andar que Magnus em Valhala. Nessa nova aventura mais uma personagem entra na jogada: Alex, filha(o) de Loki que tem gênero fluido, ou seja, algumas vezes é garota e outras, garoto. Parece um pouco confuso no início, mas é impossível não se apegar ao gênio forte e cheio de atitude desta personagem. A grande questão que paira por todo o enredo é: será que ela(e) é mesmo confiável ou está trabalhando o tempo todo para o pai infiltrada(o) em Valhala?
    Falar sobre os personagens me lembra também outra questão que é muito relevante nas histórias de Riordan: a criação de personagens que inspiram representatividade. Para quem leu Heróis do Olimpo pôde ver a homossexualidade retratada em um dos personagens, bem como uma filha de Afrodite (deusa grega da beleza) que não se preocupava com beleza e um filho de Júpiter (deus romano equivalente à Zeus, o deus grego dos ventos e trovões) que não era tão resistente como se esperaria. Com a série do Magnus não foi diferente. Além de mostrar uma muçulmana aceitando a existência de deuses nórdicos e ainda mantendo sua fé, também trabalha o fato de um anão (tendo em mente que a tradição dos anões é que sejam ferreiros) ter talento para moda e um elfo que se comunica em linguagem de sinais por não poder ouvir em falar - e isso deu uma ótima perspectiva para os diálogos. E ainda, nesse novo livro, pôde mostrar uma personagem que representa a transgenia.
 
"Meu cérebro se recusou a sair da minha cabeça. Que falta de consideração!" (p. 264).


Oi, gente! Olha só quem, depois de dois anos de estagnação, voltou. Quem pensou na coluna "Quotes de Quarta", acertou em cheio. Para quem não lembra, a intenção é total e puramente de compartilhar com vocês trechos incríveis de nossos livros preferidos, certo? Então vamos lá!

"Honestamente, não entendo como os humanos acabam assim. Eles são as únicas criaturas no planeta que pensam que deveriam ser felizes. Eles se preocupam com dinheiro e com seu futuro e com sua herança. Eles se preocupam com a guerra e a doença e a morte. Eles se preocupam com sexo e amor e relacionamento. Mas se preocupam principalmente com o fato de não estarem felizes."
Desastre, S.G Browne.


"Meu amor, meu precioso amor. Você é minha bênção suprema, capaz de destruir todos os mes vícios, de reafirmar todas as minhas virtudes... você é a minha salvação. Só você se deitou ao meu lado sem nenhum véu e, sem se dar conta, me ajudou a cruzar o abismo, dando-me forças para fazer o que agora fiz."
Inferno, Dan Brown.


"Não era um tanto esquisito ela não saber quem era? E também não era uma injustiça o fato de ela mesma não poder determinar a própria aparência? Isto simplesmente lhe tinha sido imposto ao nascer. Seus amigos, estes sim ela talvez pudesse escolher, mas não tinha tido a chance de escolher-se a si própria. Não tinha sequer decidido ser uma pessoa."
— O Mundo de Sophia, Jostein Gaarder.


Livro: Cujo
Autor: Stephen King
Editora: Suma de letras
Páginas: 373
ISBN: 978-85-5651-025-9
Sinopse: Frank Dodd está morto e a cidade de Castle Rock pode ficar em paz novamente. O serial killer que aterrorizou o local por anos agora é apenas uma lenda urbana, usada para assustar criancinhas. Exceto para Tad Trenton, para quem Dodd é tudo, menos uma lenda. O espírito do assassino o observa da porta entreaberta do closet, todas as noites. Nos limites da cidade, Cujo - um são-bernardo de noventa quilos, que pertence à família Camber - se distrai perseguindo um coelho para dentro de um buraco, onde acaba sendo mordido por um morcego raivoso. A transformação de Cujo, como ele incorpora o pior pesado de Tad Trenton e de sua mãe, e como destrói a vida de todos à sua volta, é o que faz deste um dos livros mais assustadores e emocionante de Stephen King.

Stephen King é um escritor americano reconhecido como um dos mais notáveis escritores de horror fantástico e ficção da atualidade. Recentemente publicou a trilogia Bill Hodges, além de ter autoria sobre os clássicos 'Salem, Carrie, a estranha, Misery: Louca obsessão, Eclipse total, O iluminado, It — a coisa, entre muitos outros. Sua obras já venderam quase 400 milhões de cópias, com publicação em mais de 40 países. É o nono autor mais traduzido do mundo e grande parte de suas obras foram adaptadas para o cinema.

    Cujo foi escrito em 1981 e tem como cenário uma pequena cidade da zona rural do Maine, Castle Rock. Nesse lugar, na década de 1970, aconteceu uma história de horror que marcou o lugar e todos os habitantes da região. Um serial killer entrou em ação e matou mulheres e crianças até que enfim, se matou. Todos achavam que podiam descansar em paz, mas não Tad Trenton, um garotinho de apenas 4 anos que tem um monstro em seu closet. Todas as noites, antes de dormir, o monstro abre a porta do closet e o observa com seus olhos vermelhos. Para Tad, o monstro é horrendo e está a poucos passos de pegá-lo. Para seus pais, Donna e Vic, o monstro se trata de um ursinho sobre uma pilha de cobertores.
    Os Trenton parecem ter uma vida perfeita e feliz: Donna e Vic são um jovem casal que nunca teve uma crise no casamento e são apaixonados um pelo outro, têm um filho lindo, uma boa casa e uma vida tranquila. Mas nem tudo permanece tão bem assim. Donna passa a se sentir muito triste e com medo quando está sozinha em casa. Em pouco tempo, ela está construindo uma perigosa relação extraconjugal com Steve Kemp, um homem violento e egocêntrico. Enquanto isso se desenrola e Donna passa a ser dominada pela culpa, Joe Camber conserta carros e mantém sua fama de bom mecânico — apesar da sua brutalidade constante — além de sustentar sua família: Charity, sua esposa, e Brett, o filho deles, além do agregado cachorro de estimação, Cujo, um são-bernardo enorme e muito manso.
    Vic já viu como Joe trabalha bem quando, certa vez, precisou de seus serviços. Quando o Corcel de Donna passa a apresentar problemas, seu marido logo pensa em mandar o carro para a oficina de Joe. Porém, sua cabeça vira um turbilhão e não há tempo de pensar em ligar para o mecânico quando recebe um bilhete de Steve assumindo ser o amante de Donna e, ainda por cima, a empresa de publicidade que Vic mantém com seu amigo, Roger, está enfrentando sérias dificuldades. Com tantas coisas o atormentando, Vic viaja para Boston. No tempo em que está fora, Donna percebe que seu carro precisa seriamente de um conserto. Ligando para a casa dos Camber, que, estranhamente, não atendem as ligações, Donna resolve ir até lá junto com Tad. Qual não é sua surpresa quando, chegando na casa deserta de Joe, seu carro morre ao mesmo tempo em que o monstro do closet de Tad surge para atormentá-los na forma de um cão.

    Qualquer livro de Stephen King é um atrativo e tanto para mim. Quanto mais obras leio do autor, mais me interesso por outras. São diversas facetas que ele mantém com uma fórmula perfeita em sua escrita contundente — e ela quase sempre funciona. Apesar de comumente ser classificado como Mestre do Terror, Mestre do Thriller Psicológico, entre outros títulos, não vejo King dessa forma — apesar de seus grandes sucessos serem classificados nesse gênero —, pois o autor tem muitos ângulos e é capaz de surpreender em muitos deles. Porém, é via de regra o quanto seus livros mexem com o psicológico do leitor, portanto, sempre que pego uma obra de King para ler, espero algo eletrizante, que me tire da zona de conforto e talvez me deixe ter um sono conturbado à noite. Com Cujo não foi diferente.
    O narrador é em terceira pessoa e onisciente. Tem como foco narrativo todos os personagens importantes para a trama — não sendo necessariamente os protagonistas — e adentra em seus pensamentos mais profundos e loucos, revelando seus medos e desejos. Talvez por isso as obras de King sejam classificadas como assustadoras: ele mostra alguns lados do ser humano, que nós, pertencentes à esta espécie, preferimos ignorar. Em suma, ele mostra o lado selvagem. E não apenas dos humanos, mas também dos cachorros. Neste caso em especial, de um são-bernardo chamado Cujo.
"O medo era um monstro de dentes amarelados, criado por um Deus enfurecido para devorar os incautos e os ineptos" (p. 59).


Olá, queridos leitores! Este é o último post da Semana Especial Rick Riordan que a Editora Intrínseca promoveu (confira aqui o primeiro post e o anterior!). 

Hoje a publicação é livre e podemos trazer para vocês qualquer conteúdo relacionado ao autor Rick Riordan e seus livros. Então, para continuar no mesmo ritmo de perguntas e respostas que ocorreu ao longo da Semana, escolhi a TAG Percy Jackson para que conheçam um pouco mais da série Percy Jackson e os Olimpianos (PJO). Ela foi criada pelo Leandro de Palavras de um Leitor e se divide em duas partes. Confiram:

PARTE 1: SOBRE A SÉRIE

1- Qual seu livro preferido da série?
O Último Olimpiano. Foi o livro mais marcante porque, além de ser o desfecho, também foi o que mais me arrancou lágrimas e gargalhadas (tudo ao mesmo tempo), e, claro, me deixou com os nervos à flor da pele.
2- Qual sua capa favorita?
A batalha do labirinto.
3- De qual deus grego você é filha?
Atena (veja a resposta completa a essa pergunta no terceiro post da semana).
4- Um ser fantástico da série que você gosta?
O centauro. Bem, escolho mais especificamente Quíron, o responsável por treinar os heróis no Acampamento Meio-Sangue e um ser histórico por ter participado do treinamento de famosos heróis, como Hércules. Além do mais, ele é símbolo do meu querido signo, sagitário, justamente pela garra e valentia que possuem.
5- Qual sua cena preferida do filme O ladrão de raios?
É durante a primeira prova de Percy no Acampamento, caça a bandeira. Ele enfrenta a durona Annabeth e depois de apanhar muito dela na luta de espada, recebe os poderes de seu pai através da água. Então ele se ergue e dá o troco merecido a filha de Atena.
6- Qual seu personagem preferido da série?
Grover Underwood. Ele é quem alivia o clima quando tudo está tenso e é sempre muito fiel aos seus amigos.
7- Qual personagem mais chato da série?
Annabeth Chase chegou perto de ser a resposta desta pergunta, se não tivesse me conquistado em Heróis do Olimpo. Então a vez ficou para a líder do Chalé de Ares e metida a valentona, Clarisse La Rue.
8- Qual sua cena preferida do filme O mar de monstros?
Essa é uma pergunta difícil de ser respondida, já que o filme foi catastrófico para quem leu o livro, e foi o que pôs fim à franquia. Mas gosto da parte em que Grover aparece de noiva em total desespero. Pobrezinho.
9- Personagem que traria para o mundo real?
Grover, para me trazer uma dose de diversão por dia. Não seria ruim ter um amigo como ele (e quem sabe poderia me mostrar o caminho para o Acampamento).
10- Personagem que traria de volta à vida?
SPOILER!
Bianca Di Angelo, minha xará. Isso deixaria seu irmão, Nico, muito mais feliz.
11- Qual o melhor intérprete dos filmes?
Logan Lerman e Alex Daddario foram ótimos em manter um bom foco nos filmes, mas essa bola fica com Brandon T. Jackson, que interpretou o Grover. Realmente soube incorporar muito bem o personagem.
12- Qual seu filme preferido?
Sem dúvidas, o primeiro.
13- Parte mais emocionante dos livros e/ou filmes?
Dos livros, a luta final de Percy contra Luke (onde Annabeth tem uma participação emocionante e a coisa toda termina de forma a arrepiar todos os pelos do corpo). Dos filmes, quando Thalia é transformada em pinheiro na Colina Meio-Sangue para salvar seus amigos.


Olá, leitores! Este é o quarto dia da Semana Especial Rick Riordan (veja aqui o post anterior!) e hoje responderei a pergunta:

Mitologia Nórdica ou Grega?

Percy Jackson e os Deuses GregosA sorte do agoraAlém dessas duas, Riordan também trabalhou com a mitologia romana e egípcia (Heróis do Olimpo e As Crônicas dos Kane). Entretanto, mesmo as incluindo nessa resposta, irei escolher a mitologia grega. Foi a primeira que tive contato dentre esses mitos antigos e que hoje fazem parte de todo o arcabouço cultural europeu. Li sobre mitos gregos desde muito jovem e me acostumei com a presença de cada um deles. Bom, fiz a minha escolha, mas reconheço que a mitologia nórdica também é muito incrível - como se pode perceber na mais recente série de Riordan: Magnus Chase e os deuses de Asgard.


E quanto a você: qual sua mitologia preferida? Deixem nos comentários e não esqueçam de conferir o post de amanhã!


Olá, leitores! Neste terceiro dia da Semana Especial Rick Riordan (veja aqui o post de ontem!) temos em pauta as seguintes perguntas:

Quem é seu deus favorito? Você é filho de quem? Quais são os seus personagens queridos?

    Bem, meu deus favorito, em primeiro lugar, faz parte da mitologia grega. Em segundo lugar, também é o deus de quem sou filha. E em terceiro lugar, não é deus – é deusa. Senhoras e senhores, estou falando da deusa da justiça, sabedoria, habilidade, civilização, inspiração, artes, força, matemática e estratégias de batalha. Rufem os tambores para Atena, filha de Métis e Zeus e uma das componentes dos Doze Olimpianos.
    Atena (na imagem ao lado, retirada de um dos filme da franquia Percy Jackson e os Olimpianos) é uma deusa conhecida por ter ajudado muitos heróis dos mitos com seu senso de justiça e outras habilidades. Mas nem sempre foi tão justa assim (é só recordar o mito de Aracne...), então confesso que foi depois de realizar o teste no livro Os Arquivos do Semideus que passei a ver Atena de forma positiva. Além disso seu mito é encantador, como pude constatar através da incrível narração em Percy Jackson e os Deuses Gregos, também de Riordan.


Olá, leitores! Este é o segundo post da Semana Especial dedicada ao escritor Rick Riordan e suas obras (confira o aqui o post anterior!).
Hoje responderemos a seguinte pergunta:

Qual é a sua série preferida? Por quê?

  Todas as séries de Riordan são encantadoras para mim, e cada uma tem sua originalidade que sempre me conquista. Mas a primogênita, Percy Jackson e os Olimpianos, tem um lugarzinho especial no meu coração. Justamente por ter sido a primeira, ela se tornou tão especial. Foi através daqueles livros que pude conhecer o mundo da mitologia, que me surpreendi ao descobrir a peculiaridade dos deuses gregos e li as melhores descrições do incrível Acampamento Meio-Sangue (assim como sua evolução) – no qual sonho ir até hoje! Também foi nessa série que todos vimos o amadurecimento de Percy, o semideus que se tornou tão marcante quanto Perseu na literatura atual, e pudemos amadurecer com ele. Li, reli, e leria mais mil vezes com muito prazer!

Ilustração de "Percy Jackson e os Olimpianos".
E quanto a vocês, leitores, qual a série que mais gostam de Rick Riordan? Nos contem nos comentários e não esqueçam de conferir o post de amanhã!


Olá, leitores! Hoje iremos dar início a Semana Especial Rick Riordan que a Intrínseca, responsável pela publicação dos livros do autor no Brasil, está possibilitando conhecer um pouco mais sobre ele e suas obras!
Para esta segunda-feira, temos as seguintes perguntas:

O que você falaria para alguém que ainda não leu nenhum livro de Rick Riordan?
Por que deveriam conhecer as obras do autor?
O que você sentiu quando leu Rick Riordan pela primeira vez?

    A primeira coisa que falaria para alguém que ainda não leu os livros de Riordan seria um "leia" muito imperativo e imponente! Mas há que se considerar todos os elementos que envolvem os enredos dos livros dele. Fantasia mesclada com a mitologia e ainda por cima a famosa jornada do herói, que ocorre em todas as séries do gênero.
   Percy Jackson e os Olimpianos, a primeira série infanto-juvenil sobre mitologia de Riordan, recebeu algumas críticas que a comparavam com a aclamada série Harry Potter, de J.K Rowling. Bem, não é de todo errado. Percy segue o mesmo padrão de jornada que Harry – um mocinho que descobre os seus poderes e os treina em um lugar apropriado, onde não só vive muitas aventuras, como também faz vários amigos –, mas não é exclusividade de nenhuma das duas séries utilizar essa fórmula, que é a mais convencional para livros do tipo. Podem ser encontradas em séries muito mais antigas e tem dado certo desde então. Porém, essa comparação serve como uma boa referência: quem gosta de histórias ao gênero Harry Potter, provavelmente também se interessaria pelas séries de Riordan. Além disso, é uma ótima forma de conhecer mitologia, já que esse é o grande diferencial das histórias dos livros escritos por ele.

Série "Percy Jackson e os Olimpianos"
    O primeiro livro que li de Riordan foi A Maldição do Titã, o terceiro livro da série Percy Jackson e os Olimpianos. Sim, sei que não é muito interessante começar uma série de cinco livros pelo terceiro. Mas foi o que encontrei na hora. Peguei emprestado com um amigo. Já tinha conhecimento da série, mas confesso que não a via com muito interesse por soar como algo infantil demais (essa visão só se fortaleceu porque li resenhas que não favoreciam as obras). Como a recomendação do amigo que me emprestou o livro foi muito forte, resolvi dar uma chance e não me arrependi. Foi um livro que quebrou alguns paradigmas que eu havia construído. Eu via a mitologia com grande respeito e admiração, como algo que se inseria na cultura e deveria permanecer intacto. Ao ler a série, pude ter uma visão divertida de todos os mitos, algo que eu não imaginava que fosse possível e achei isso maravilhoso, principalmente a forma como os deuses foram humanizados, tendo todos os seus erros e acertos expostos, mostrando que eram tão falhos quanto os próprios humanos que os veneravam. A partir daí, cada livro de cada série me proporcionou um novo encanto e me fez viajar por esse mundo fantástico das mitologias antigas.

E quanto a você, leitor(a)? Gostou da proposta de uma semana inteira dedicada a este escritor tão querido? Deixe nos comentários o que acharam e sintam-se à vontade para responder as perguntas também! E não esqueçam: amanhã terá mais!


Livro: Serial Killers — Sombrio
Autor: Fernando Drummond
Editora: Biblioteca 24 horas
Páginas: 729
ISBN: 9788541610827
Sinopse: "(...) Seu destino cruzou com os de Liana e Felipe naquele sábado, no fim da manhã. Durante a tarde, Paulo Marques e Roberto, mais conhecido como Champinha, aproveitaram o sábado de sol para caçar tatus na mata, como de costume. Ao cruzar novamente com o casal, Paulo perguntou a Champinha 'quem era a gostosa?' (...)". Esta e outras muitas histórias verídicas estão neste primeiro volume da Trilogia do Mal. Todas elas foram dissecadas através de muitas horas de entrevistas, filmes, pesquisas de campo em hospitais psiquiátricos, religiões e seitas, pesquisas na internet e em documentos, jornais e documentários e inúmeros livros. Este intenso trabalho foi realizado para que o mais leigo leitor possa compreender este fenômeno mundial e que os amedrontará a cada página que virarmos desta obra.

Fernando Drummond é formado em Direito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Sua grande paixão avassaladora sempre foi escrever. Prova disso foi um prêmio recebido aos dezessete anos de idade, no ano de 2001, tendo seu texto editado como livro pelo Ministério da Cultura, pela Fundação Biblioteca Nacional e pelo Jornal Folha Dirigida. Ele ainda administra o próprio blog: http://blogdodrummond.com.br/

   O primeiro volume desta trilogia, Sombrio, faz uma análise profunda da mente e das ações de Serial Killers de forma geral e individual, usando como exemplo fatos marcantes que ocorreram na vida real. Se trata de uma obra que busca tocar em todos os pontos que um assunto dessa dimensão envolve, passeando pelas áreas da psicologia e psiquiatria, jurídicas, sociais e filosóficas.
   Inicialmente, Drummond se debruça sobre a mente humana para depois fazer o paralelo com a mente dos assassinos em série. Além disso, também busca uma compreensão da sociedade com o velho dilema que provoca divergências entre profissionais da área da saúde e da sociologia: o homem nasce mau ou se torna mau? O livro não tem respostas exatas para tais perguntas, nem se atreve a isto. O único objetivo é abordar todas as visões possíveis e ampliá-las ao nível da obra.
   Em contraste com as análises apresentadas, Drummond embasa todas em fatos reais, criando a própria narrativa dos casos. Neste primeiro livro ele trata de casos polêmicos como do Zodíaco, do Vampiro de Düsseldorf, da Condessa de Sangue, do Estrangulador de Viena, e, do tão famoso Jack, o estripador. Como se não bastasse, Drummond ainda complementa com o retrato de serial killers nos produtos audiovisuais, analisando filmes e séries renomados.

"A eterna luta do bem contra o mal pode ser definida como uma briga desesperada do ser humano em encontrar seu lugar no universo que busca compreender". (p. 292.)


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Oi, gente!!! Tudo bem com vocês? Hoje nós estamos aqui para divulgar um livro que tem uma premissa incrível e que é fortemente indicado para aqueles que adoram diários, relatos de memórias e projetos literários bastante idiossincráticos.  Da autora Juliana, conheçam: Castelo da Lara.

Bem-vindo!
Sinopse:Você provavelmente não me conhece. E talvez nem esteja tão interessado. Mas se chegou até aqui merece saber um pouquinho, concorda? Este blog servirá para eu mostrar tudo o que se passa na minha vida e no lugar onde moro. Se você leu o título dele sabe do que estou falando. Sim…eu moro num castelo. Agora você deve estar se perguntando: quem mora num castelo além da realeza? Calma! Eu não sou da realeza, apenas vivo num castelo. Já dá para você perceber que não sou uma garota normal, correto? Na verdade não sou mesmo. Ninguém que nasça num castelo pode ser normal. A minha diferença para da família real é que eu posso sair sem ver multidões atrás de mim e flash a todo tempo. Mas, eu ainda moro num castelo. Nem sei o que é não viver nele. É tão normal pra mim, o espaço, as pessoas que nele trabalham, as flores, os animais. Enfim, vivo igual a outra pessoa. Só que…isso mesmo! Você já sabe. Eu não vou falar logo tudo de mim para ter mais emoção. Aí você vai ler tudo e nunca mais voltará. A minha ideia não é essa. Quero você aqui comigo compartilhando dos meus momentos bons e ruins. Tenho muita coisa para contar. E você com isso, não é? Deve ser isso que você está pensando. Bem, na verdade eu não sei. Mas se você leu até aqui é porque está interessado ou porque não tem coisa melhor para fazer. Prefiro ficar com a primeira opção. Afinal, o que deve ter de tão interessante em uma garota com mais de 20 anos que vive num castelo? Para mim não tem nada demais, por enquanto… Te digo que estarei aqui todos os dias, tentando vir mais de uma vez por dia. Caso queira voltar, os portões estarão abertos. Caso contrário, um dia você ainda saberá de toda a minha história. Até lá, beba um bom café e leia um bom livro. Então, você já sabe que eu sou a Lara…que vive num castelo. Bom saber.

Acesse o site para conhecer a obra literária: www.castelodalara.com 

S O B R E  A  A U T O R A
Juliana é professora e amante de livros desde pequena. É fanática por Harry Potter e não larga o seu kindle. Mas sempre tem um livro em mãos porque acha que é a melhor sensação do mundo poder virar cada página além de sentir o cheiro de livro novo. Sempre sonhou em um dia poder escrever algo que as pessoas se interessassem e as prendesse querendo saber mais e mais. Escrever um livro não é algo fácil no Brasil. Autores independentes não tem muita ajuda para iniciarem a sua carreira, por isso a ideia de criar um blog contando a história por meio de um diário da personagem. Assim a interação com o leitor é muito mais interessante e fácil. As trocas de informações podem acontecer a qualquer momento, com até mesmo a colaboração com o blog-livro-diário.

Muito linda a ideia e o trabalho da Juliana, não acham? Nós recomendamos muitíssimo o Castelo da Lara e temos a total certeza de que essa obra irá agradar a grande maioria de vocês. Deem uma chance e conheçam esse universo!


Livro: As Cores da Vida
Autor (a): Kristin Hannah
Editora: Arqueiro
Páginas: 352
ISBN: 978-85-8041-595-7
Sinopse: As irmãs Winona, Aurora e Vivi Ann perderam a mãe cedo e foram criadas por um pai frio e distante. Por isso, o amor que elas conhecem vem do laço que criaram entre si. Embora tenham personalidades bastante diferentes, na verdade são inseparáveis. Winona, a mais velha e porto seguro das irmãs, nunca se sentiu em casa no rancho da família e sabe que não tem as qualidades que o pai valoriza. Mas, sendo a melhor advogada da cidade, ela está determinada a lhe provar seu valor. Aurora, a irmã do meio, é a pacificadora. Ela acalma as tensões familiares e se desdobra pela felicidade de todos – ainda que esconda os próprios problemas. E Vivi Ann é a estrela entre as três. Linda e sonhadora, tem o coração grande e indomável e é adorada por todos. Parece que em sua vida tudo dá certo. Até que um forasteiro chega à cidade... Então tudo muda. De uma hora para a outra, a lealdade que as irmãs sempre deram por certa é posta à prova. E quando segredos dolorosos são revelados e um crime abala a cidade, elas se veem em lados opostos da mesma verdade.

👩 Kristin Hannah é autora de mais de 20 livros, que já ultrapassaram 12 milhões de exemplares vendidos no mundo. Ela largou a advocacia para se dedicar à sua grande paixão: escrever. No Brasil, já publicou Jardim de Inverno, Por Toda a Eternidade e O Lago Místico (Novo Conceito) e pela Editora Arqueiro, Quando você voltar, Amigas para sempre e O Rouxinol, que está sendo adaptado para o cinema pela TriStar Pictures. Ela tem um filho e mora como o marido em Bainbridge Island, noroeste dos Estados Unidos.    

   Em As Cores da Vida, temos três personagens principais: Winona, Aurora e Vivi Ann. As três irmãs Grey perderam a mãe muito cedo e por isso foram criadas pelo pai. Por causa da perda, elas se tornaram melhores amigas, encontrando uma nas outras forças para enfrentar os problemas da vida. São, na mais básica definição, mulheres totalmente diferentes unidas por laço sanguíneo. Família, contudo, é o laço mais importante para elas. Colocar a família em primeiro lugar é prioridade para as Grey.
   Cada uma tem uma vida totalmente diferente. Winona é o porto seguro das irmãs. Formada em Direito, vive sozinha e é atormentada por estar acima do peso e solteira. Aurora é a pacificadora, quecasada e com filhos, vive um casamento infeliz e caído a rotina. Vivi Ann é a aventureira, amada pelo pai e apaixonada por cavalos — como a mãe. A jovem também é uma verdadeira estrela, e uma noiva que tem tudo o que quer — menos uma amor verdadeiro. A vida das Grey, apesar de tudo, não ia nada bem, e os problemas só estavam começando. A fazenda que viveram a vida toda está cheia de dívidas, e não é só isso, as terras que seu pai tanto amava estão falindo. 
  É então que Vivi Ann tem uma grande ideia,  vista com desvalor e sem fé por Aurora, num ataque de inveja por não ter pensado no mesmo antes e por achar absurda a ideia. O pai delas, como já sabemos, tem Vivi como a favorita, e por isso logo concorda com ideia da filha. Contudo, para colocar o plano em prática, as irmãs precisam de ajuda. Precisam de alguém para ajudar na parte pesada do serviço. É então que conhecemos Dallas, um índio misterioso que vai trabalhar na fazenda dos Grey, contra a vontade de todos — menos de Vivi Ann. A jovem está noiva de Luke — mas nem sabe que sua irmã, Aurora, é perdidamente apaixonada pelo rapaz —, mas acaba se interessando por Dallas. Estão esperando por intrigas, invejas e ciúmes? Pois preparem-se. Agora as coisas vão se esquentar ainda mais. 

"Algumas coisas não podiam ser esquecidas, mesmo com muito esforço. Humilhação. Perda. Inveja. Eram emoções que ficavam surgindo na superfície. No Final, é muito cansativo mantê-las escondidas."


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Oi, gente!!! Tudo bem com vocês? Hoje nós estamos aqui para divulgar um livro que tem uma premissa incrível e que é fortemente indicado para aqueles que adoram uma boa ficção com pegada distópica, alternativa e cheia de aventuras.  Da autora Bianca Gulim, conheçam: Sobreviventes do Caos.

Gênero: Distopia
Editora: Epifania Livros
Data de lançamento: 23/12/2016
Sinopse: Em um mundo distópico, no ano 2323, após ser quase dizimada por um vírus mortal e pela guerra, a raça humana tenta se reestruturar. Com poucos recursos disponíveis, a humanidade encontra-se dividida em grupos que vivem de acordo com regras impostas por seus líderes. Celine cresceu nesse ambiente hostil e se tornou líder dos guerreiros de seu povo após a morte de seus pais. Seu grupo se envolve em diversos conflitos e a jovem precisa tomar as decisões que julga corretas para garantir a sobrevivência de seu povo, enquanto se envolve num forte romance, do qual tenta se manter afastada. Aos poucos, ela descobre mais sobre as pessoas que a cercam e percebe que, quando se trata de lutar pela própria vida, poucos são previsíveis. Só os mais fortes sobrevivem, e os mais fortes normalmente são os mais crueis. Nesse ambiente, o mais difícil é saber quem realmente está ao seu lado e quem é um traidor. Será Celine capaz de manter sua benevolência frente à tanta violência que a rodeia? Seu coração terá espaço para a paixão, cercado de tanto ódio?

S O B R E  A  A U T O R A

Bianca Gulim tem 26 anos, nasceu e mora em São Paulo. Formada em Administração, com especialização em Recursos Humanos, hoje se dedica totalmente à escrita e ao empreendedorismo. É cofundadora da Epifania Livros, que busca democratizar o acesso e a produção de literatura e oferecer remuneração justa aos escritores. Sempre foi leitora voraz de ficção e fantasia, com uma forte tendência a sagas distópicas e vampirescas. Começou a escrever seu primeiro livro – 2323: Sobreviventes do Caos – em 2015, quando descobriu sua vocação para escritora. Já está produzindo o segundo livro da série 2323 e não pretende parar tão cedo.

Gostaram da novidade? Preparem-se para muita adrenalina e romance nesse primeiro livro da trilogia 2323. Você vai perder o fôlego! 👌


Livro: Novembro, 9
Autor (a): Colleen Hoover
Editora: Galera Record
Páginas: 352
ISBN: 9788501076250
Sinopse: Autora número 1 da lista do New York Times retorna com uma história de amor inesquecível entre um aspirante a escritor e sua musa improvável. Fallon conhece Ben, um aspirante a escritor, bem no dia da sua mudança de Los Angeles para Nova York. A química instantânea entre os dois faz com que passem o dia inteiro juntos – a vida atribulada de Fallon se torna uma grande inspiração para o romance que Ben pretende escrever. A mudança de Fallon é inevitável, mas eles prometem se encontrar todo ano, sempre no mesmo dia. Até que Fallon começa a suspeitar que o conto de fadas do qual faz parte pode ser uma fabricação de Ben em nome do enredo perfeito. Será que o relacionamento de Ben com Fallon, e o livro que nasce dele, pode ser considerado uma história de amor mesmo se terminar em corações partidos? 

Colleen Hoover vive no Texas com o marido e os três filhos. Autora das séries Slammed, Hopeless e dos livros O Lado Feio do Amor, Talvez Um Dia e Nunca Jamais, todos na lista dos mais vendidos do New York Times, pode ser encontrada em www.colleenhoover.com

   Em Novembro 9, conhecemos Fallon, que apesar de ter apenas 18 anos, já passou por muitas coisas. Quando tinha sete anos, seu pai a levou para ver Cats na Broadway. Foi a primeira vez da garota em Nova York e uma das melhores viagens de sua vida. Até aquele momento, seu pai sempre a tinha empurrado para a carreira de atriz. Mas depois do incêndio que a deixou com parte do corpo desfigurado, seu estímulo acabou de vez. Ele acha que ela não tem o necessário para ser atriz, e parte de Fallon sabe que ele tem razão. Agora, no aniversário de dois anos do fatídico acidente, ela finalmente se sente pronta para sair de Los Angeles e recomeçar a vida em Nova York.
   No almoço de despedida com o pai, bem na véspera da mudança, Fallon conhece Ben, um aspirante a escritor. A atração entre os dois faz com que passem o dia inteiro juntos, mas a partida iminente de Fallon os impede de tentar viver esse amor. Decididos a vencer o destino, fazem uma promessa: se encontrar todo ano nessa mesma data, 9 de novembro. Ao longo do tempo, muitas coisas mudam na vida dos dois, mas o ritual dos encontros e sua história de amor viram enredo do livro de Ben. E, quando parece que o destino finalmente conspira para que fiquem juntos, Fallon descobre algo — destruidor, eu garanto! — que a faz questionar as motivações do homem por quem está apaixonada. Será que ela não passa de mais uma personagem na trama de Ben ou ele realmente a ama?

   Para ser sincero, me faltam as palavras para resenhar esse livro — que é extremamente incrível e cheio de emoções. Realmente o New Adult tem um poder incrível enquanto Literatura, e me sinto cada vez mais apaixonado por esse gênero idiossincrático. Li meu primeiro New Adult há pouco mais de um ano, e, desde então, não tinha lido quase nada do gênero. Confesso que me arrependo de não ter feito isso antes. Sem sobra de dúvidas, é um gênero extraordinário — ou é a autora que é maravilhosa? — e Hoover sabe lidar com ele com extrema maestria. Conheci a autora esse ano, quando li seu thriller Nunca Jamais — que adorei! —, e agora ter a oportunidade de ver como ela é tão versátil é realmente apaixonante.
   Já tinha ouvido falar, há muito tempo, sobre os new adults de Hoover, principalmente devido a série Slammed e O Lado Feio do Amor, porém nunca tinha lido nenhum da autora. Quando surgiu a oportunidade de resenhar Novembro 9, não hesitei em lê-lo, pois a história foi muito bem criticada nos Estados Unidos e traduzida livremente no Brasil, onde também foi bem comentado. O gênero new adult — que representa aqueles livros na faixa entre o Young Adult e o Adult — é novidade para mim, e ler algo tão bem feito e que reforça bastante seu gênero, foi realmente maravilhoso. 
   Narrado em primeira pessoa, Novembro 9 tem uma trama focada, extremamente inteligente e, como de costume, com capítulos intercalados entre Fallon e Ben — de modo que nada fica vago. Esse tipo de estruturação nos permite ter uma visão mais ampla das escolhas, sentimentos, decisões e pensamentos dos personagens, o que contribui ainda mais para que nos afeiçoemos ao livro. A escrita de Hoover, contudo, se mostrou, pelo que vi de outras pessoas que tiveram contato com outras de suas obras, ainda mais elaborada e com um enfoque no que está ao redor dos personagens, sem fugas ao enredo, com cenários bem descritos e um contraste entre formalidade e informalidade.

Os objetivos são alcançados com desconforto e trabalho árduo. Não são alcançados quando você se esconde em um lugar onde se sente à vontade e confortável.


Oi, gente! Olha só quem, depois de dois anos de estagnação, voltou. Quem pensou na coluna "Quotes de Quarta", acertou em cheio. Para quem não lembra, a intenção é total e puramente de compartilhar com vocês trechos incríveis de nossos livros preferidos, certo? Então vamos lá!


"Aquele que abre mão do próprio poder, algumas vezes, se enche de um poder maior ainda".
— Ursula Kroeber Le Guin

"Você viu tudo. Sabia de tudo. E sabe também das coisas pelas quais foi responsável. As mortes que carrega na consciência. Você ainda é jovem, tem só dezesseis anos. Tem muitos anos pela frente para ficar em paz com sua cumplicidade no que foi feito. mas jamais convença a si mesmo de que não sabia."
— John Boyne

"A liberdade é algo pelo qual você precisa lutar para conquistar, não uma vez, mas todo dia. A natureza da liberdade é ser fluida; como a água em um balde furado, a tendência é se esvaziar. Deixados de lado, os buracos por onde a liberdade escapa se alargam. Quando políticos restringem nosso direitos para 'nos proteger', a liberdade é perdida. (...) Pior de tudo, quando o medo se torna parte de nossas vidas, nós abrimos mão da liberdade de boa vontade por uma promessa de segurança, como se a liberdade não fosse o próprio fundamento da segurança."
— Marcus Sakey


Olha mais um sorteio aí, gente! Já estavam com saudade, né? Temos uma notícia ótima para os amantes de sorteios. A Editora Intrínseca cedeu gentilmente um exemplar de "O Adulto", novo livro da Gillian Flynn, para sortearmos entre nossos leitores. O livro é um suspense psicológico e horripilante que não fica devendo para nenhum outro. Conhecemos no conto uma ex-prostituta que agora finge ser vidente e pratica outras pequenas fraudes, mas os resultados desse "fingimento" jamais poderiam ter sido previstos por ela. São tantas as reviravoltas do conto, que quando finalizei estava tonto, mas contente e surpreso. Pelo número de páginas e pelo intenso suspense, é um livro que você lê em poucas e boas horas. Gillian Flynn me surpreendeu mais uma vez, e imagino se algum dia ela conseguirá o contrário. Confira a resenha aqui e não fique de fora do sorteio.

Sinopse: Vencedor de um Edgar Award, O adulto, de Gillian Flynn é uma homenagem às clássicas histórias de terror. Uma jovem ganha a vida praticando pequenas fraudes. Seu principal talento é a capacidade de dizer às pessoas exatamente o que elas querem ouvir, e sua mais recente ocupação consiste em se passar por vidente, oferecendo o serviço de leitura de aura para donas de casa ricas e tristes. Certo dia, ela atende Susan Burkes, que se mudou há pouco tempo para a cidade com o marido, o filho pequeno e o enteado adolescente. Experiente observadora do comportamento humano, a falsa sensitiva logo enxerga em Susan uma mulher desesperada por injetar um pouco de emoção em sua vida monótona e planeja tirar vantagem da situação. No entanto, quando visita a impressionante mansão dos Burke, que Susan acredita ser a causa de seus problemas, e se depara com acontecimentos aterrorizantes, a jovem se convence de que há algo tenebroso à espreita. Agora, ela precisa descobrir onde o mal se esconde, e como escapar dele. Se é que há alguma chance.Em seu estilo inconfundível que arrebatou milhares de fãs, Gillian Flynn traça surpreendentes e intrigantes perfis psicológicos dos personagens e tece uma narrativa repleta de suspense ao mesmo tempo em que brinca com elementos clássicos do sobrenatural.


REGRAS E ESCLARECIMENTOS
1 - Para participar é necessário ter endereço de entrega no Brasil.
2 - Se inscrever utilizando o formulário Rafflecopter acima. (Dúvida? Leia esse tutorial no UMO Blog)
3 - O ganhador receberá um e-mail, e deverá responder enviando seus dados em até 72 horas. Caso não haja resposta do ganhador, um novo sorteio será feito.
4 - A entrada "Compartilhar a imagem no Facebook" pode ser feita mais de uma vez. Para compartilhar a imagem mais de uma vez, contudo, você precisa preencher a entrada  "Compartilhar a imagem da promoção no Facebook" novamente: essa opção é válida uma vez por dia, e é necessário compartilhar a imagem no mesmo dia em que preencher o formulário. Ou seja, o compartilhamento precisa ser feito no mesmo dia em que você fizer a entrada no Rafflecopter; se você voltar a dar entrada no sorteio em outro dia, precisa de outro compartilhamento.
5 - O sorteio começa dia 06/12 e termina dia 08/01. O resultado sai dias depois nesse mesmo post. 
6 - A Editora Intrínseca é responsável pelo envio do livro. O blog não se responsabiliza pelo envio, e nem pelo possível extravio dos correios.
7 - Se o ganhador não cumprir devidamente as regras (que serão, sim, conferidas), será desclassificado sem aviso prévio. 
8 - As entradas correspondentes a comentários em postagens só serão validadas se os comentários forem pertinentes ao conteúdo do post. Comentários como "gostei da capa" e "muito interessante" não serão validados. 

"E que a sorte esteja sempre com você!"


Livro: Suzy e as Águas-Vivas
Autor (a): Ali Benjamin
Editora: Verus Editora
Páginas: 224
ISBN: 9788576865377
Sinopse: Um dos romances mais autênticos e comoventes dos últimos tempos. Finalista do National Book Award de 2015. Suzy Swanson está quase certa do real motivo da morte de Franny Jackson. Todos dizem que não há como ter certeza, que algumas coisas simplesmente acontecem. Mas Suzy sabe que deve haver uma explicação — uma explicação científica — para que Franny tenha se afogado. Assombrada pela perda de sua ex-melhor amiga — e pelo momento final e terrível entre elas —, Suzy se refugia no mundo silencioso de sua imaginação. Convencida de que a morte de Franny foi causada pela ferroada de uma água-viva, ela cria um plano para provar a verdade, mesmo que isso signifique viajar ao outro lado do mundo... sozinha. Enquanto se prepara, Suzy descobre coisas surpreendentes sobre o universo — e encontra amor e esperança bem mais perto do que ela imaginava. Este romance dolorosamente sensível explora o momento crucial na vida de cada um de nós, quando percebemos pela primeira vez que nem todas as histórias têm final feliz... mas que novas aventuras estão esperando para florescer, às vezes bem à nossa frente.

Ali Benjamin cresceu nos arredores de Nova York, em uma casa velha e caindo aos pedaços que os vizinhos achavam que era mal-assombrada. Quando criança, passava horas incontáveis coletando insetos e sapos; Suzy e as Águas-Vivas nasceu de seu fascínio pelo mundo natural. Ela é coautora de Positive, livro de memórias da adolescente HIV positivo Paige Rawl, e de The Keeper, de Tim Howard, jogador de futebol norte-americano. É membro da New England Science Writers. Mora na zona rural de Massachusetts com o marido, duas filhas e um pastor-australiano chamado Mollie. 

   Durante as três primeiras semanas do sétimo ano, Suzy Swanson aprendeu principalmente uma coisa: uma pessoa pode se tornar invisível simplesmente ficando em silêncio. Quando sua amiga morreu, passaram-se dois dias inteiros antes que ela ao menos soubesse do ocorrido, e desde então ela preferiu se calar. Era de tarde, fim de agosto, fim do longo e solitário verão depois do sexto ano. Sua mãe quem lhe deu a notícia, e quando ela perguntou o porquê e como aquilo poderia fazer sentido, sua mãe respondeu apenas que nem tudo fazia sentido, que às vezes as coisas simplesmente aconteciam. 
   Suzy sempre soube coisas que outras pessoas não sabem. Sabia, por exemplo, que alguns corações batem apenas uns 412 milhões de vezes. Isso pode parecer muito, mas ela sabia que a verdade é que isso mal chega a doze anos. Sabe também que ocorrem 150 milhões de picadas de águas-vivas no planeta a cada ano. Sabe que o corpo de um aluno do ensino fundamental tem em média 20 bilhões de átomos de Shakespeare. Mas ela não consegue entender como a vida de Franny Jackson pôde ser interrompida tão rápido... antes que Suzy pudesse corrigir a pior coisa que fez para sua amiga. 
   Quando Suzy, silenciosa e triste, recolhe à sua imaginação, descobre que o universo não permitirá que ela fuja para dentro de seu luto. Maravilhas inesperadas estão em toda parte... assim como o amor e a esperança de que ela precisa desesperadamente para perdoar a si mesma. Muito mais que um simples romance de estreia, como bem declara o Publishers Weekly, Suzy e as Águas-Vivas é um retrato comovente sobre perda e cura. O romance de Benjamin é um exemplo brilhante dos altos e baixos da pré-adolescência.

"Mais que tudo, não entendo por que falar à toa é considerado mais educado que não-falar. É como quando pessoas aplaudem depois de uma apresentação. Você já viu alguém não aplaudir depois de uma apresentação? As pessoas aplaudem sempre, tenha sido o espetáculo bom ou ruim. Elas aplaudem até depois que a banda da Eugene Field toca seu concerto anual, e isso é muito significativo. Não seria mais fácil e tomaria menos tempo e esforço simplesmente não aplaudir? Porque significaria a mesma coisa, ou seja, absolutamente nada. No fim, não-falar significa a mesma coisa, mais ou menos, que falar à toa. Ou seja, nada. Além disso, eu aposto que essa história de falar à toa já acabou com mais amizades do que o silêncio."

   Esse livro é O LIVRO! Quando bati o olho nele e li a sinopse pela primeira vez eu senti que precisava ler. E então eu li, e o achei incrível. Todos no planeta deveriam dar uma chance — os ensinamentos são múltiplos. Quando eu li a sinopse, deduzi por ela que o livro seria “poderoso”, mas não criei expectativas elevadas, já que ela pode ou não dizer muito sobre um livro. Contudo, tão boa quanto a sinopse é a história de Suzy e as Águas-Vivas — e minhas expectativas mantiveram-se satisfatórias até a última página. Nunca li nada da autora — já que este é seu primeiro livro —, mas, sem dúvidas, caso ela escreva outros, certamente lerei. Não sou muito afeiçoado por literatura infanto-juvenil, mas Suzy e as Águas-Vivas cumpre um propósito muito vivo e importante, e traz uma lição que todas as crianças deveriam ter contato, a de que, às vezes, quando nos sentimos mais solitários, o mundo decide se abrir de formas incríveis. 
   Narrado em primeira pessoa, com extrema emoção e precisão psicológica, Suzy e as Águas-Vivas tem uma trama bem focada e inteligente. A narração além de ter um fluxo contínuo e aprazível, é despretensiosa, solta e de fácil compreensão. A autora tem uma escrita muito descontraída, porém detalhista e formal — os fãs de John Green, como eu, certamente vão adorar! O livro tem uma estrutura muito peculiar, que torna tudo ainda mais agradável: é dividido em partes, que representam os métodos e as técnicas de pesquisa científica (objetivos, referencial, variáveis, procedimento, resultados e conclusão), que são subdivididos em curtos capítulos que mostram os andamentos da pequisa de Suzy e trás, alternadamente, flashbacks de como era sua amizade com Franny. 
   Outra coisa que também chama atenção no livro, e que provavelmente despertará o interesse em todos que o lerem é a determinação da personagem e o produto final de toda essa firmeza. Com o livro, construímos uma dimensão sobre quem sofre com a perda na adolescência, com a falta de amizades e a solidão, e ficamos com interesse em saber mais e buscar também entender o lado da pessoa que sofre em razão disso tudo. Percebemos, através da história, o quanto a autora pesquisou para discorrer sobre inúmeros sentimentos e fatos do cotidiano, e de modo geral fez com que o livro fosse, além de puro entretenimento, um manual sobre perda e cura, onde, como bem ressalta o New York Times, "muitas crianças podem não só se beneficiar (...), mas também ser profundamente tocadas".

"Às vezes a gente quer com tanta força que as coisas mudem que não suporta nem sequer estar na mesma sala com as coisas do jeito que realmente são."


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