Livro: O Despertar do Príncipe
Autor (a): Colleen Houck
Editora: Arqueiro
Páginas: 384
ISBN: 9788580414363

Sinopse: Aos 17 anos, Lilliana Young tem uma vida aparentemente invejável. Ela mora em um luxuoso hotel de Nova York com os pais ricos e bem-sucedidos, só usa roupas de grife, recebe uma generosa mesada e tem liberdade para explorar a cidade. Mas para isso ela precisa seguir algumas regras: só tirar notas altas no colégio, apresentar-se adequadamente nas festas com os pais e fazer amizade apenas com quem eles aprovarem. Um dia, na seção egípcia do Metropolitan Museum of Art, Lily está pensando numa maneira de convencer os pais a deixá-la escolher a própria carreira, quando uma figura espantosa cruza o seu caminho: uma múmia — na verdade, um príncipe egípcio com poderes divinos que acaba de despertar de um sono de mil anos. A partir daí, a vida solitária e super-regrada de Lily sofre uma reviravolta. Uma força irresistível a leva a seguir o príncipe Amon até o lendário Vale dos Reis, no Egito, em busca dos outros dois irmãos adormecidos, numa luta contra o tempo para realizar a cerimônia que é a última esperança para salvar a humanidade do maligno deus Seth. Em O despertar do príncipe, Colleen Houck apresenta uma narrativa inteligente, cheia de humor e ironia.

SERIE "DEUSES DI EGITO"
   1.  O Despertar do Príncipe 
  2.  O Coração da Esfinge (sem previsão de lançamento)

     O Despertar do Príncipe é o primeiro livro da série “Deuses do Egito” publicado pela editora Arqueiro no segundo semestre de 2015. Escrito pela renomada autora “Colleen Houck”, famosa pela série “ A Maldição do Tigre”, O Despertar do Príncipe tem como alvo o público Young-Adult.
     Lily Young está acostumada a ser mimada por seus pais abastados e bem-sucedidos, que só exigem dela boas notas nos estudos, amizades saudáveis, e um cuidado especial com a sua aparência e imagem “pública”. Como recompensa pelo cumprimento dos requisitos, Lily recebe roupas de grife, uma mesada alta, e o mais importante: a liberdade para explorar Nova York. 
     Ela estava no Metropolitan Museum of Art quando algo muito inesperado aconteceu: Lily encontrou um rapaz vestido com roupas egípcias, falando uma língua que nossa protagonista desconhecia. Ele, na realidade, é um príncipe Egípcio chamado Amon, que acabara de acordar de um sono de mais de mil anos. 
     Agora Lily seguirá esse estranho, mas sedutor jovem, na sua jornada no Vale dos Reis, no Egito, em busca de seus irmãos para concluir um ritual e impedir que o deus Seth retorne para implantar seu caos na Terra. 


     Simplesmente não sabia o que esperar dessa história. Nunca havia lido nada da autora e havia escutado muitas opiniões divergentes sobre a série famosa dela, "A Maldição do Tigre". Também tinha muito receio de lidar com esse livro pela má fama que a protagonista antiga de Houck carregava; sempre tive a impressão que a autora tinha problemas em construir seus personagens. Resolvi, portanto, embarcar em "O Despertar do Príncipe" sem muitas expectativas, sem conferir outras opiniões sobre essa obra, tão pouco.
     E é já no prólogo lidamos com a fluidez e a envolvência do livro. A história, na maior parte, é escrita em primeira pessoa através da protagonista Lily, o que a aprofundou inteiramente. É nele, também, que somos apresentados a temática principal do livro: o mundo egípcio antigo, cheio de deuses e costumes diferentes dos nossos. 
     Tenho que admitir que tenho alguns problemas com o "gênero" YA, pois eles seguem o mesmo modelo de enredo, e apresentam poucas surpresas, além de terem, com grande frequência, protagonistas mais irritantes que os de outros tipos literários. E esse primeiro volume dos Deuses do Egito acabou trazendo algumas características que me incomodaram durante a leitura. A protagonista, por exemplo, apesar de se inteiramente diferente — engraçada, bem humorada, inteligente —, ela apresentava algumas reações irreais, que não condizem com a realidade, e isso deixou a veracidade do livro fragilizada, além de não ter me convencido. Fora isso, Lily teve algumas atitudes e pensamentos que me irritaram durante a leitura. 
     Já Amon é um perfeito mocinho cavalheiro. Senti, contudo, que Colleen Houck poderia ter desenvolvido mais esse personagem em potencial, tornando-o diferente dos demais mocinhos das sagas conhecidas, tornando-o peculiar e único. No início, ele se apresentou confuso — não tanto quanto alguém ficaria se estivesse na mesma situação, se acordasse em um mundo assustadoramente diferente. Gostei igualmente dos outros irmãos de Amon, que contribuíram para a trama. Asten, por exemplo, foi um ponto positivo pois faz o leitor se divertir com sua personalidade forte. 


     A narrativa de O Despertar do Príncipe é fácil, informal, e transcorre rapidamente, enquanto a história é curiosa e interessante. Houck foi criativa em se utilizar da mitologia egípcia, porém, tive que me lembrar em vários momentos durante a leitura que muitos dos personagens criados — os deuses, por exemplo — e das situações descritas não havia sido ela a autora, mas, sim, o povo egípcio.

     Gosto muitíssimo de mitologias, contudo, conheço melhor a mitologia grega, e foi um prazer enorme aprender mais sobre a cultura egípcia a partir desse livro. Houck se utilizou de flashbacks que concretizaram os personagens e a própria trama, além de facilitar a compreensão por parte do leitor.
     Achei que esse volume poderia ter trazido um pouco mais de romance, para acalmar o coração dos leitores! Achei o final de O Despertar do Príncipe surpreendente, e fiquei muito ansiosa para ler "O Coração da Esfinge" o segundo livro.
     O designe desse livro é de arrasar, começando com a capa cheia de detalhes egípcios e com um material cintilante que chama a atenção de longe! Por dentro há uma diagramação belíssima. A Editora Arqueiro está de parabéns pela publicação; não encontrei erros.
     Apesar de alguns fatores terem me incomodado nesse primeiro volume, ainda quero prosseguir com a série e ver o amadurecimento da autora. Indico a leitura para todos que gostam de livros fantásticos, mitologia, uma pitada de romance e muita ação. 


Primeiro Parágrafo: "Na grandiosa cidade de Itjtawy, o ar denso e pesado refletia a disposição dos homens presentes no templo, sobretudo a expressão do rei e o terrível fardo que lhe oprimia o coração."
Melhor Quote: "Em vez disso, s rainhas incentivaram o povo a buscar a ajuda dos deuses que haviam abandonado tempos antes. E ao raiar o dia seguinte suas preces foram atendidas."






3 Comentários

  1. Estou contando meu processo para ser Au Pair, vem conferir! www.luckforus.wordpress.com

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  2. Já li toda a série do Tigre da Colleen Houck, e oscilei entre gostar e não gostar. A mitologia indiana não me atrai muito, porque se envolve muito com a religião hindu - que, por sua vez, possui princípios com os quais eu não concordo nada, como a reencarnação. A mitologia grega, no entanto, se afasta mais disso, e eu consigo levar mais como uma "ficção". Quanto a mitologia egípcia, eu realmente não me interesso muito. Tanto que, apesar de amar o Rick Riordan, não li A Pirâmide Vermelha nem os livros sequentes; só Percy Jackson mesmo. Ah, a Arqueiro realmente arrasada nas suas diagramações! E a cor da capa é lindíssima.

    Clara
    @clarabsantos
    clarabeatrizsantos.blogspot.com.br

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  3. Em "A Maldição do Tigre" a protagonista amadurece tipo, MUITO. Qualquer um consegue notar a diferença entre a Kelsey do primeiro livro e a Kelsey do segundo. Acho que a intenção da Colleen é exatamente essa com suas protagonistas, fazê-las serem chatas e sem sal no começo para torná-las grandes mulheres. Aposto que ela vai fazer isso com a Lily também (:

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