Livro: Cinquenta Tons Mais Escuros
Título Original: Fifty Shades Darker
Editora: Intrínseca
Páginas: 512
ISBN: 978-85-510-0108-0
Sinopse: Edição especial com fotos e comentários de E L James sobre os bastidores da aguardada sequência cinematográfica de Cinquenta Tons de Cinza e um trecho antecipado de Cinquenta tons mais escuros pelos olhos de Christian, próximo romance da autora. Assustada com o lado obscuro do belo e atormentado Christian Grey, Anastasia Steele põe um ponto final em seu relacionamento com o jovem empresário e decide se concentrar em sua carreira: ela acaba de conseguir um emprego em uma editora de livros de Seattle. Mas o desejo que sente por Christian ainda domina seus pensamentos e, quando ele propõe reatarem o namoro, ela não consegue resistir. Por amor a Ana, Christian está disposto a enfrentar seus demônios interiores. Em pouco tempo, porém, ela descobre segredos do passado de seu amargurado e dominador parceiro que jamais imaginou serem possíveis, e se vê obrigada a tomar uma importante decisão.

TRILOGIA “CINQUENTA TONS DE CINZA”.
    1.  Cinquenta Tons de Cinza
    2.  Cinquenta Tons Mais Escuros
    3.  Cinquenta Tons de Liberdade

TRILOGIA “GREY”.
    1.  Grey

E L James é ex-executiva de TV e mora em Londres. Casada e com dois filhos, sempre sonhou em escrever histórias pelas quais os leitores se apaixonassem. Sua estreia na literatura, a trilogia Cinquenta Tons de Cinza, se tornou o maior fenômeno editorial dos últimos anos.


   Em Cinquenta Tons de Cinza, primeiro livro da série best-seller que já vendeu mais de 150 milhões de exemplares e ganhou adaptação para as telonas, conhecemos a inocente estudante de literatura Anastasia Steele, que acaba conhecendo o atraente, brilhante e profundamente dominador Christian Grey em uma entrevista para o jornal da universidade. Após se conhecerem melhor, ambos admitem desejar um ao outro, ainda que Christian tenha seus próprios termos — ele curte alguns tons mais escuros de prazer, sadomasoquismo e não está puramente interessado em amor. Chocada, mas ao mesmo tempo apaixonada e interessada, Ana aceita ser submissa de Grey por um período, até perceber que o homem por quem se apaixonou é mais atormentado do que imaginava e que ela jamais conseguirá ser o que ele tanto deseja.
   Em Cinquenta Tons Mais Escuros temos a continuação do drama erótico que, mesmo sem motivos, chocou o mundo e arrebatou milhares de leitores. Na sequência de tirar o fôlego, Christian, a todo custo, deseja se reaproximar de Ana, dando-a o “mais” que ela tanto quer. Num restaurante pequeno e intimista, Grey revela que sente a falta de Ana e ela, por sua vez, ressalta que não pode ser o que ele quer que a mesma seja, mas que, de certa forma, está inclinada a tentar mais uma vez — dessa vez nos termos dela. E é a partir desse momento que a história começa a ganhar contornos diferentes e conteúdos diversos, onde o sexo, tema central da trilogia, é marginalizado para que o amor e o drama possam ganhar espaço. Para que Grey lide com os demônios do passado que o atormentam e a necessidade de controle, e para que Ana descubra mais sobre seus próprios desejos e enfrente as ameaças que rodeiam seu relacionamento com Christian.

“As aparências enganam – diz ele, baixinho. – Não estou nem um pouco bem. Eu sinto como se o Sol tivesse se posto e não tivesse nascido por cinco dias, Ana. Estou vivendo uma noite infinita.”

   Eu conheci a trilogia Cinquenta Tons de Cinza em 2014, logo que ela começou a fazer um imenso sucesso, e decidi dar uma chance — livre de expectativas e pré-conceitos. O resultado foi que a série se tornou uma de minhas preferidas. Então, quando surgiu a oportunidade de resenhar Cinquenta Tons Mais Escuros (não somente resenhar, mas também reler!), não hesitei em abraçar a situação, já que a história tem uma premissa muito boa e ganhou uma adaptação pela Universal Pictures no mês passado, que estreou em primeiro lugar nos cinemas mundiais, nos primeiros cinco dias arrecadou mais de 200 milhões de dólares e 1,5 milhões de espectadores no Brasil, além de trazer uma trama que deixou o público alvo ainda mais satisfeito. 
   O gênero erótico — que representa aqueles romances que ganham contornos mais sensuais e que utiliza o erotismo em forma escrita, para despertar ou instruir o leitor sobre as práticas sexuais — nunca foi um tipo de literatura presente em minha vida, muito pelo contrário. Inicialmente, eu tinha muito preconceito com esse tipo de literatura, mas hoje percebo que não há necessidade de ferir-me por tão pouco. A literatura, assim como tudo na vida, é extremamente vasta e precisa ser respeitada. Cinquenta Tons de Cinza é uma trilogia caracterizada pelo teor erótico, mas, em minha opinião, o drama e o relacionamento vivido pelos personagens sobressaem muito mais do que as cenas sexuais extremamente explícitas. Tudo depende de como você escolher observar as coisas, certo? 
   Uma das coisas que eu mais gostei em Cinquenta Tons Mais Escuros foi o quanto é visível que a escrita da autora vai evoluindo de um livro para o outro — quem leu o último livro dela, Grey, percebe isso com bastante facilidade. Narrado pela visão de Ana, em primeira pessoa, Cinquenta Tons Mais Escuros tem uma trama muito bem focada, inteligente, divertida e, claro, bem quente. Muitas pessoas não gostaram de forma alguma da narração, mas, no meu caso, foi o que fez a leitura fluir. É interessante ver como tudo acontece pelos olhos da protagonista principal, que sabe como divertir e incitar o leitor na medida certa. Não é tudo o que importa?

“- Não posso ouvir isso. Não sou nada, Anastasia. Sou a casca de um homem. Não tenho coração”.

   A escrita de E. L. James é bem descontraída, de certa forma formal (sem perder o caráter divertido), com cenários bem descritos e muito bem trabalhada. Está certo que ela pode não inserir muito conteúdo em suas narrativas, mas isso não quer dizer que ela não saiba escrever. Um ponto forte no livro, que acrescentou muito, sem dúvidas, foi a escrita da autora. E. L. James tinha uma intenção ao dar continuidade a sua trilogia, e ela soube desenvolver muito bem sua ideia.
   O que mais chama atenção nesta sequência é como ela ganhou contornos diferentes do primeiro livro, que além de trazer pouco conteúdo dramático, era focado quase que inteiramente nas descobertas sexuais de Ana enquanto Christian a convencia a assinar o termo para se tornar submissa. Já em Cinquenta Tons Mais Escuros, nós temos muito mais conteúdo dramático — o suficiente para arrancar algumas lágrimas, inclusive —, com uma trama que dá quase que literalmente assas aos dois protagonistas, elevando o superficial ao profundo. Ana compartilha, de início, seu sofrimento por ter se afastado de Christian, que se dá conta de que não conseguirá mais viver longe da mulher com quem ele teve tantas “primeiras vezes”. 
   Conforme todos os mistérios de Grey caem por terra, o leitor vai se sensibilizando com o drama, vai compreendendo os porquês da narrativa, e essa é a parte mais interessante de se ler a trilogia Cinquenta Tons de Cinza. Além disso, no segundo livro, temos vários elementos inéditos que tornam a trama não somente mais sensual, mas também mais fluida e instigante, como por exemplo o fato de Ana começar a ser assediada por Jack, seu chefe, numa renomada editora; a aparição de Elena (sra. Robinson), que apresentou Grey ao mundo do BDSM e um fantasma do passado que retorna para acertar as coisas com Christian — e talvez com Ana!

"Acha que é a primeira mulher que tentou salvá-lo?"

   Para ser extremamente sincero, eu nunca encontrei — em nenhum dos três livros — algo que verdadeiramente me incomodasse. Está certo que não é o melhor livro do mundo, o mais cheio de conteúdo, de drama e de personagens bem construídos, mas é certo dizer que é o pior? Claro que não! Cinquenta Tons foi feito para um público, se algumas pessoas não gostaram, paciência, não foi uma série feita para elas, só isso. O que vale, acima de tudo, é o respeito. Se você leu — e principalmente se não leu —, e não gostou, não precisa demonizar os livros e a autora. Nenhum escritor escreve esperando agradar cada ser vivo desse planeta, mas o trabalho de cada um, independentemente de qualquer coisa, merece respeito. Jamais se esqueçam disso. Muito mais que uma história recheada a sexo e sadomasoquismo, eu vi uma trama de superação, de amor, paixão, dor e desejo. Um drama tão bom quanto outros milhares que são lançados todos os dias. 
   A edição da Intrínseca, com a capa do filme, ficou tão boa quanto o livro em si. A capa é inteiramente coerente com a história do livro — sensual, misteriosa e monocromática — e retrata Christian e Ana em uma cena no Baile de Caridade promovido por Carrick e Grace Grey, pais do protagonista. A diagramação ficou muito bem-feita, com capítulos que se iniciam em uma nova página, um design interno bem caprichado — em especial na parte dos e-mails que Ana troca com Christian!
   Por fim, vale ressaltar que esta edição merece destaque pelo conteúdo extra, que vai deixar qualquer fã da série desejar avidamente possui-la. Com fotos e comentários de E. L. James sobre os bastidores da aguardada sequência cinematográfica de Cinquenta Tons de Cinza, o livro também conta com um trecho antecipado de Cinquenta Tons Mais Escuros pelos olhos de Christian, próximo romance da autora, continuação do livro Grey, que deve ser anunciado muito em breve. No mais, só posso desejar uma boa leitura para quem deseja ler o livro e avisar que o filme ficou extremamente lindo — eu gostei, pelo menos. Mais que um romance erótico, Cinquenta Tons Mais Escuros é um lindo, sofrido, inspirador e totalmente indicado.


Primeiro Parágrafo: “Ele voltou. Mamãe está dormindo ou então está doente de novo.”
Melhor Quote: ”A gente precisa aprender a caminhar, antes de correr.”



4 Comentários

  1. Oi, Pedro!
    Eu gostei bastante desse livro. Muito mais que do anterior.
    Realmente o livro é voltado para um público específico, então nem sei porque a galera que não gosta lê --'
    Beijos
    Balaio de Babados
    Sorteio Literário de Carnaval
    Resenha premiada Paixão e Crime
    Sorteio Três Anos de Historiar

    ResponderExcluir
  2. Olá pessoal, achei um site que compara preços e lista todas as promoções de livros, filmes e hqs, vale a pena dar uma conferida: http://promogeek.com.br

    ResponderExcluir
  3. Olá!! Gostei do enredo do livro, eu não li ainda nenhum livro , tenho mta vontade já q vi os filmes, espero conseguir em breve.
    Bjs!

    ResponderExcluir
  4. No filme aparece Bella Heathcote! tem vários filmes que são dos meus favoritos!! E fiquei espantada quando descobri que o diretora era Angela Robinson, uma vez mais me surpreendi com a sua nova produção. Professor Marston e as mulheres maravilha tem uma forma especifica de dirigir dos fimes de super herois e levar o espectador passo a passo com a história. É um diretor que é reconhecido por causa da qualidade dos seus trabalhos. É uma produção que vale a pena do principio ao fim.

    ResponderExcluir

.