Livro: Convergente
Título original: Allegiant
Autor (a): Veronica Roth
Editora: Rocco
Páginas: 526
ISBN: 9788579801860
Sinopse: "Uma escolha irá te definir. E se todo o seu mundo fosse uma mentira? E se uma única revelação - assim como uma única escolha - mudasse tudo? E se o amor e a lealdade fizessem você fazer coisas que jamais esperaria? A conclusão explosiva para a trilogia Divergente, bestseller mais vendidos do New York Times, revela os segredos de um mundo distópico que cativou milhões de leitores em "Divergente" e "Insurgente"!"

 TRILOGIA "DIVERGENTE"
    1.  Divergente
    2.  Insurgente
    3.  Convergente

   Depois de encabeçar a lista dos mais vendidos por semanas consecutivas com seu primeiro livro, Divergente, Veronica Roth continuou a fazer a alegria daqueles que se apegaram à série com o segundo volume, Insurgente. Eis que depois de muita polêmica quanto ao segundo livro, finalmente chega ao Brasil o terceiro e último volume da série. Convergente, traduzido (erroneamente, devo frisar!) do original "Allegiant", é o livro mais polêmico da carreira de Roth  e o mais chocante também.
    Se eu gostei? Sim. Não. Até agora não tenho certeza.

     O vídeo de Edith Prior a respeito dos Divergentes e do mundo fora da cerca foi revelado a toda Chicago, e Tris é a pessoa que podem culpar por isso. Mantida prisioneira sobre o regime da mãe de Tobias, Evelyn, Tris não sabe em quem confiar  os sem-facção liderados por Evelyn não são nada mais do que outro regime opressor, parcamente diferentes do que o comandado por Jeanine.
    Com as facções recém diluídas, em uma nova era onde os líderes, supostamente, pregam pela igualdade, há uma guerra acontecendo dentro de Chicago. De um lado, os que desejam a volta das facções e estão insatisfeitos em ter a antiga tirania substituída por outra, e, de outro, aqueles anteriormente excluídos  os sem facções  que, finalmente, reivindicaram seus lugares na sociedade. Além desses dois grupos, entretanto, forma-se uma união não prevista: auto-denominados os Leais (The Allegiant, no original), esses membros vão contra o atual governo e desejam saber o que há além da cerca.
   Embarcando nessa jornada desconhecida, Tris encontra uma maneira de descobrir mais sobre sua própria história, e os mistérios que ainda rondam sua família. Ela e Tobias juntam-se ao grupo em uma excursão para fora dos limites de Chicago, e é a partir desse ponto que começamos a entender de forma mais plena o universo criado por Veronica Roth.

     Quem sabe ao menos um pouquinho sobre meu gosto literário, sabe que sou apaixonada por distopias. Preciso ser sincera ao dizer que Divergente foi, desde a primeira obra, minha série distópica preferida, mesmo que eu possuísse uma relação de amor/ódio com a história. Talvez, minhas expectativas para um volume final fossem muito altas. Eu estava esperando um desfecho genial, com todas as respostas para as perguntas levantadas durante os dois primeiros livros. Se encontrei tudo isso? Sim. Mas não da forma como eu esperava.
     Convergente já surpreende pela narração inédita. Dessa vez, a história é contada tanto por Tris quanto por Tobias, alternados, mais ou menos, em um capítulo cada. O modo da narração deu uma dinâmica ótima para a história, já que deixa o leitor a par de todos os acontecimentos, além de mostrar uma visão mais ampla sobre as situações. Dessa vez, não estamos apenas limitados à visão da Tris, uma "novata" naquele mundo. Estava muito ansiosa para saber mais sobre o modo como Tobias pensa, para conhecer um pouco mais o personagem, e não tive nenhuma decepção quanto a isso.
   É notável a mudança na personalidade, tanto de Tobias quanto na da Tris. Eles não são mais apenas jovens, irracionais e um pouco irresponsáveis. Ambos estão amadurecidos, já viram mais do mundo do que tantos outros, e, certamente, isso os afetou. É claro, eles ainda valorizam muito as emoções, suas vontades  porém, é perceptível o crescimento dos dois ao notá-los fazer isso de modo mais racional. Outro fator que sempre adorei sobre o relacionamento dos dois é a quantidade de realidade imposta sobre o tal. Eles brigam, discutem e discordam, mas se perdoam também. Tudo isso é altamente mostrado em Convergente, e até há um pouquinho mais de romance do que houve em Insurgente.


     Veronica Roth sempre soube combinar esse clima romântico com muita ação e adrenalina. Nesse volume entretanto, as coisas estão um pouco diferentes. Não há mais o ritmo alucinante, cheio de reviravoltas que tornou-se tão característico com Divergente: o livro é mais concentrado em prestar as devidas explicações sobre como as facções foram formadas, o que levou a cidade a tornar-se o que é hoje, e resolver o grande problema com a ditadura de Evelyn. E é nesse ponto em que, pessoalmente, acredito residir o maior problema da história.
    Sempre gostei da escrita extremamente realista da autora. Ela nunca suavizou fatos nem pessoas, nunca idealizou as coisas  os personagens de Roth brigam, traem, zangam-se e ficam felizes. O incômodo, contudo, foi que, por mais que a autora tenha explicado tudo detalhadamente, senti uma falta de nexo enorme na história. Há tantas coisas que ficaram mal explicadas ou parcamente críveis — porém, ao mesmo tempo, existem fatos que fazem total sentido, e condizem com o que foi explicado da estória desde Divergente.
    Possivelmente, creio que o que aconteceu foi que Veronica Roth não conseguiu trabalhar muito bem com o desenrolar dos fatos que ela mesma criou. A atitude dos personagens ao ver um mundo completamente novo, por exemplo, é um dos fatos que meramente não fez sentido — sem acharem nada muito estranho, sem uma curiosidade enorme. Eles apenas entraram em uma esfera inédita, e a aceitaram sem fazer muitas perguntas. Sem contar que a justificativa para o clímax final foi muito mal formulada, algo que não é característico da autora. Será que não passou pela cabeça de ninguém que eles poderiam, simplesmente, fazer mais soro?!
    Apesar de todo o supracitado, quero deixar bem claro que Convergente não é um livro ruim, ou completamente decepcionante. Eu fiquei totalmente presa à leitura, como sempre aconteceu com a série, mesmo que não estivesse gostando do decorrer da história. O meu impasse é que, para uma das minhas séries preferidas, eu esperava um final magistral. Não é um livro ruim, mas está muito longe de ser um volume de desfecho ótimo.
    O humor presente no livro é notável, como já é de costume. Acho incrível o fato de que, em um livro com tanto drama e uma carga emocional extremamente pesada, ainda seja possível, em alguns momentos, o leitor dar gargalhadas, ou encontrar-se suspirando com o romance de certas partes. Sobre tudo isso, alguns personagens secundários, como Uriah e Caleb, por exemplo, tem certo destaque na trama, e trazem alguns conflitos que estão esperando para serem resolvidos desde o primeiro volume.

E, POR FIM, A ESCOLHA QUE TE DEFINE...
     Finalmente, como fã e como leitora, não há como terminar essa resenha sem citar o final do livro. Vou tentar não dar nenhum spoiler nem estragar o enredo para quem ainda lerá o livro, mas preciso deixar aqui minha opinião como alguém que acompanhou a trilogia desde o início.
"Suponho que um fogo que queima tão brilhante não é feito para durar."
     Trata-se de um assunto espinhoso para mim, pois, em suma, é simples, mas tão complicado: eu queria um final épico. Queria uma grande cena final, um acerto de contas, romance e tudo que acho que a série merecia. Mas nada disso aconteceu. Repito o que já disse ao afirmar que Convergente não é um livro essencialmente ruim. Entretanto, acredito que o livro ficou tão aquém ao que a série merecia, ao que os personagens mereciam, e ao que a própria autora já mostrou-se capaz de escrever.
     O final acabou comigo. Chorei, solucei e tive que parar para me recompor depois do epílogo, porque tudo era simplesmente demais para mim. Acredito que, como fã, nunca vou aceitar completamente o desfecho que Roth deu para a série, mas, ao mesmo tempo, como uma leitora, senti um pouco de orgulho da estória. Não foi um final utópico. Tudo não terminou bem. Contudo, simultaneamente, o significado dos acontecimentos finais é tão palpável, tão bonito, que torna-se difícil odiar completamente o fim (mesmo que eu não concorde com ele). É o relato sobre um grupo de jovens que fez a diferença, mas que não salvou todo o mundo.
     Se Convergente me decepcionou? Sim, e muito. Mas, apesar disso, o final não foi o suficiente para tirar todo o mérito que a série vinha acumulando, e não consegue tornar os livros anteriores, nem a estória, menos merecedora de admiração.

E, para aqueles ainda vão terminar a série, vou dizer uma última vez.
Be brave.

Melhor quote:
"... Todo mundo tem algum mal dentro deles, e o primeiro passo para amar alguém é reconhecer o mesmo mal em nós mesmos, assim seremos capazes de perdoá-lo."


 


19 Comentários

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  2. Olá Gabi ...
    Adorei sua resenha e assim como você também fiquei decepcionada com o final.
    Eu sempre sou a favor dos finais feliz, onde o romance termina de preferencia com uma cena bem melosa ...rsrs
    Mesmo assim tiro o chapéu para Verônica Roth, por ter criado uma trilogia tão brilhante e envolvente, uma pena o final não ter agradado tanto.
    Parabéns pelo blog.
    Bjs

    Amanda
    http://blog-emcomum.blogspot.com.br/

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    1. Oi, Amanda!
      Não é verdade? haha. Acho que eu nem precisava de um final feliz, romântico e lindo. Eu apenas queria algo que fosse mais justo ao casal, e a história da Tris como ser humano. Não gostei, não, mas também entendi a mensagem a admiro a autora pela série.

      Beijos!

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    2. Estou decepcionada pelo final tbm !!espero q pelo menos nos filmes passem mas os dois juntos poxa eles nem chegaram a viver um romance direito se pelo menos no filme eles tiverem mas romance e menos briga ta boom ! Apesar de q bem q no filme eles podiam mudar o final deixando eles finalmente viverem um romance todos estão decepcionados com o livro mesmo

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    3. Decepcionada demais da conta com o final ...logo qnd eles finalmente ia viver o romance acontece oq aconteceu pelo Oque ando lendo todos q leram estão decepcionados talvez se eles pelo menos tivessem vivido mas um pouco de romance pois eles quase nem aproveitaram um tempo juntos se pelo menos no filme mostrar mas romance ou melhor mudar o final e deixar os dois ficarem juntos

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    4. Estou decepcionada pelo final tbm !!espero q pelo menos nos filmes passem mas os dois juntos poxa eles nem chegaram a viver um romance direito se pelo menos no filme eles tiverem mas romance e menos briga ta boom ! Apesar de q bem q no filme eles podiam mudar o final deixando eles finalmente viverem um romance todos estão decepcionados com o livro mesmo

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  3. Eu gostei muito da resenha e concordo com você em partes. Realmente parece que alguns personagens tiveram um comportamento e desfecho meio sem sentido como Veronica precisasse terminar de o livro e simplificou mais as coisas. Com respeito ao final eu não concordo porem foi um final surpreendente! Estamos todos acostumados a finais felizes com os personagens principais se beijando e sendo felizes para sempre... Na minha opinião Veronica fez algo totalmente novo e tocou todos os fãs da trilogia com as palavras de Tobias. Apesar de alguns pontos falhos na história eu creio que o final fez jus ao talento da Autora.

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  4. Eu gostei muito da resenha e concordo com você em partes. Realmente parece que alguns personagens tiveram um comportamento e desfecho meio sem sentido como Veronica precisasse terminar de o livro e simplificou mais as coisas. Com respeito ao final eu não concordo porem foi um final surpreendente! Estamos todos acostumados a finais felizes com os personagens principais se beijando e sendo felizes para sempre... Na minha opinião Veronica fez algo totalmente novo e tocou todos os fãs da trilogia com as palavras de Tobias. Apesar de alguns pontos falhos na história eu creio que o final fez jus ao talento da Autora.

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    1. Oi, Henrique!
      Consigo entender seu ponto de vista e aceito sua opinião, mesmo que discorde com algumas coisas. O final de Convergente é um assunto espinhoso, e, como disse na resenha, entendi ele, mesmo que não o tenha apreciado.
      A Veronica inovou, sim, com o encerramento que resolveu dar para a trilogia. Só acredito que isso poderia ter sido mais bem trabalhado, e, como uma fã da série e do casal em si, eu acredito que os dois mereciam um final mais feliz. Não perfeito, não ideal: apenas algo mais justo (mas, sim, eu sei - a vida não é justa!). E como eu disse na resenha, acho que tudo se resume a isso: você não pode salvar todo o mundo. É o relato sobre um grupo de jovens que fez a diferença ali, entre eles. Não no mundo inteiro.

      Muito obrigada pelo comentário!
      Beijos, Gabi Prates
      Equipe Palácio de Livros

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  5. Me desculpe comentar isso, mas li o livro e acho sim q o final pode acabar com toda a série. Quando o final se torna extremamente decepcionante, toda série perde seu brilho. O caminho é extremamente importante, mas um final excelente é q vai fazer a diferença entre uma série espetacular e uma série medíocre. Ainda mais qdo são poucos livros, como numa trilogia.

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    1. Oi, Dea!
      Sem problema nenhum, acho que é sempre ótimo trocar ideias sobre um livro.
      Acredito que o final seja, sim, algo perigoso em uma série, e especialmente em uma trilogia. Concordo com você em partes: acho que ele pode, sim, tirar o brilho de uma série. Mas (ainda mais com Divergente, uma das minhas distopias favoritas) eu procurei levar em conta toda a história dos livros, e não apenas a história das últimas páginas.
      Se eu gostei? Não. Se fiquei satisfeita? Nem um pouco. E concordo com você nisso: acredito um fim pode sim, arruinar uma série. Pode deixá-la "menos espetacular". E, afirmo, que Divergente NÃO foi uma série espetacular para mim, não com esse encerramento. Mas, o que procurei levar em conta foi a mensagem que a autora procurou passar com esse final. Em minha opinião, e como disse na resenha, foi muito abaixo do que a série merecia e do que Roth já havia se mostrado capaz; mas, ao mesmo tempo, eu entendi a mensagem de que, não, nada é perfeito. Algumas vezes, você pode mudar a si mesmo, pode mudar algumas pessoas. Mas, na maioria das vezes, você não pode mudar o mundo.

      Muito obrigada pelo comentário!
      Beijos, Gabi Prates
      Equipe Palácio de Livros

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  6. Adorei a resenha e amei a trilogia. Amei tanto que acabei de ler os livros e já quero ler novamente ;)
    Mas eu também achei que a Tris merecia um final diferente. Ela evoluiu tanto nos livros, sobreviveu a tanta coisa. Achava que ela poderia ter se despedido melhor do Tobias, pelo menos. Gostaria que eles terminassem juntos.
    Também chorei muito no final do livro. Chorei pela Tris, pelo Tobias e pelo Uriah, que foi um personagem muito cativante (espero que ele também seja assim no próximo filme).
    Mas apesar de tudo eu amei a trilogia e sem dúvida essa se tornou a minha preferida. E não acho que deva ser comparada a Jogos Vorazes. A trilogia da Veronica Roth consegue ter muita ação e emoção ao mesmo tempo. É impossível parar de ler até saber como a história termina. Sem contar que a escrita não é cansativa. Li os três livros em 5 dias e se pudesse teria lido em apenas 1 ... rsrs

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  7. Cheguei aqui porque simplesmente parei o livro no capítulo decepcionante antes de vir trabalhar. Estava tão desesperada e corroída que fiquei folheando as páginas acreditando que haveria um outro capítulo (sei que entendes).
    Cheguei ao trabalho e precisei de um spoiler, precisava desesperadamente do google para me dar alento. Só que ele não me deu. Sei que preciso terminar de ler, mas não consigo acreditar.

    Alguns finais merecem ser realísticos, merecem ser palpáveis. Outros são inconcebíveis de serem assim. Isso me lembra a frase do John Green sobre o compromisso do autor.
    Eu leio As crônicas do gelo e fogo e fico absurdamente raivosa se alguém morre ou se o mal se dá bem. Mas eu leio o livro de uma perspectiva grande, ampla e absurdamente realística.

    Não consigo ler um livro que apesar de discutir algo tão importante socialmente, se propõe a falar tanto de amor, de tratar sob uma relação e esbofetear o leitor (e o personagem).
    Eu até penso que quero que Hollywood mude esse fim. Porque ele é indigno. Para mim é como se fizessem um Titanic fictício, nele conseguissem por milagre botes salva-vidas para todos, e aí, no meio do caminho para o continente todos os botes furam e as pessoas morrem.

    Eu só quero chorar e rasgar aquelas páginas e escrever tudo de novo. Eu estava tão mal, comecei insurgente, emendei no mesmo dia convergente porque estava me dando ânimo e agora tenho que trabalhar e me sinto absurdamente frustrada.

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    1. hahaha amei a comparação com o titanic, é exatamente isso o que eu sinto. só que na minha opinião, os botes não furariam, seriam as pessoas que iam começar a fazer merda com os botes ou pior, iriam pular dos botes achando que nadar era mais rapido

      Eu não desejo escrever denovo, e olha que eu sinto isso com TODOS os IAN, e com vários livros da Vanessa Bosso, mas eu desconsidero. Pra mim, a serie parou com eles olhando pro infinito, como se fosse série cancelada. Não sinto a mesma segurança, mesma paixão do Tobias, nem acho que a Tris seja essa santidade GP.

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  8. Terminei de ler o livro agora, e no momento me sinto extremamente decepicionada com o desfecho, AFF!! E o epilogo so piorou a situação. Preciso refletir mais para me sentir um pouco melhor a respeito do fim, mas agora que terminei de ler, só posso dizer que foi decepcionante...

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  9. O que acontece com os finais? de uma forma geral, os autores sofrem com uma dificuldade muito grande de fazer um final justo e/ou feliz e bem feito, bem contado ao mesmo tempo, isso é difícil, pq se pecar em um ou outro corre o risco de ficar piegas, cliché. É mais fácil fazer um final trágico, não tem pieguisse nem cliché com final trágico. Ódio dos leitores? Há eles superam, vão comentar durante muito tempo, e falem mal, mas falem de mim, é mais fácil pro autor. Sabendo disso, por isso não gosto de sagas, vejo no cinema e se me interessar, como foi o caso de Divergente procuro spoilers pra saber o desenrolar, se continuar achando interessante, aí eu leio, pq sei que muita coisa legal fica de fora do livro. Fico muito frustada de dedicar o pouco tempo que tenho num prazer que é a leitura, numa estória que se desenrola em 3, 4 livros pra ter um final injusto. Eu sei que o final até pode não comportar desfecho plenamente feliz, com casa, filhos, flores na janela, pode ser realístico dentro do que foi criado, mas ser justo com o que foi contado e com quem leu. Mas parece que os autores tem sofrido com essa falta de criatividade, matando desnecessariamente personagens bons e importantes, pra que o final num fique infantil, e/ou dando um fim injusto pelo mesmo motivo.

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  10. Li Convergente e digo que não foi como eu esperava. Amo finais trágicos onde o autor sabe o que esta fazendo, amo como eles mudam-se completamente e nos deixam de boca aberta. Mas com esse livro não foi assim, acho que também esperava de mais.

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  11. Sua resenha é bem o que penso, realmente ela não soube explicar nada e acho que ai tem um erro de muitos autores, eles simplesmente controlam demais a propria trama, os personagens parecem não falar por si mesmo, da pra ver editores, autores controlando tudo e não deixando ocorrer. Okay, Tris morreu, ela se sacrificou...denovo... por todos, mas realmente, Caleb não poderia ter ido atras dela e ter se sacrificado por ela? Não a deixaria feliz, não seria um final feliz, mas ao menos ele não seria o babaca de sempre, Peter amadureceu, mas depois nem tanto. O que voce citou, sobre uma chama, eu achei errado, Tris era essa chama mesmo? Ou apenas deixaram ela ser? Sempre questionei porque Tris não falou com Tobias sobre o pai e a tal informação secreta,porque ela não confiou nele e ampliaram a informação que possuiam? A confiança? Eu a imaginava fazendo isso, assim como se entregando para a tortura. Ela era humana, falha e egoista, ela se tornou so essa chama no terceiro livro e isso ajudou a tirar essa humanidade dela e a colocar num patamar afastado, sei que a ideia poderia ser coloca-la numa visao de que como unica GP de todos, agora estava afastada demais de tudo, era especial demais. Ou seja, Tobias não a via realmente como era, como a Careta, como uma pessoa forte e especial para ele, ela era algo...etereo demais, e isso e tão...bobo.
    E ai vem o final, onde a autora separa os dois.E Tobias, simplesmente deixa de lado seu julgamento sobre o carater de Caleb, sobre seu conhecimento sobre as tendencias da Tris e acredita que só ele fara a diferença, enquanto poderiam ter tomado outra atitude, ate mesmo cogitei a audacia roubando o aviao e chegando la de todo o jeito e impressionando a todos, mostrando forçadamente uma das coisas que tem do outro lado e mostrando as opçoes, forçando um dialogo.
    Enquanto ele ficava com ela e o Caleb. Poxa, poderia ate ter sido um predio em chamas, um beijo que antecedia um tiro que matava os dois, quem nao ama suicidio duplo nao e? Ate mesmo presos numa camara que os apertaria e faria carne moida dos dois, eu aceitava o gore.
    Mas ela morreu como se fosse uma casualidade da guerra, seu nome sumira na historia, seus amigos não falarão dela porque doi demais.Alias, isso é o pior, o Tobias ia na passagem do medo duas vezes por semana, ela via o pai que jamais perdoou duas vezes por semana, mas não suporta a memoria da Tris, ele da a entender que quer esquece-la, e isso torna tão mais... em vão tudo. Tão, oh, perdi minha namorada, mas essa memoria eu não preciso porque não a aguento, posso ser o homem que ela me tornou, mas não estar na memoria que tenho dela.Posso ser espancado duas vezes por semana, mas não ver minha namorada.
    Ficou algo muito...como direi? Classico? Oh, a garota eterea que muda a vida de todos e some, deixando uma marca, um grupo que fez algo,mas que é importante que eles saibam e não o mundo todo, e especialmente o terrivel, Tris matou Will e agora temos Christina como melhor amiga de Tobias, junto com as odiosas duas frases do final. Que eu vou parafrasear aqui...
    "Depois, ela sorri, e eu sorrio de volta. E subimos a escada até a plataforma de trem, lado a lado."
    'Mas agora também estou aprendendo isto: podemos ser consertados.Consertamos uns aos outros."
    Que desgosto disso, e o dialogo então? Só faltou ela dizer, '' ei, quando você vai se tocar que eu sou um momento feliz que você ter agora?''
    Como se alem dessa coisa toda da morte de casais e compensações, não deixasse ainda esse gosto de que como ela escolheu Caleb, Tobias estava mais livre...porque ela não queria deixa-lo, mas deixou, enquanto que ela AMAVA Caleb e não podia sacrifica-lo.
    Ugh, sei que falar de HEA é besteira quando se trata de uma utopia, mas eu li Proibido e amei o final trágico, teve sentido, teve força, esse teve conformismo.

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  12. Eu sou apaixonada pela triologia de Divergente, o amor da Tris e de Tobias, como eles se desenvolveram, se apaixonaram e também fique decepcionada com o final, apesar de ser épico .. queria algo mais feliz ?!! Porem a história me cativou bastante, uma coisa que também decepcionou foi o filme, mas amei sua resenha e seus pontos de vista.

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