Livro: Cinquenta Tons de Liberdade
Título Original: Fifty Shades Freed
Editora: Intrínseca
Páginas: 544
ISBN: 978-85-510-0276-6
Sinopse: Quando Anastásia Steele conheceu o jovem empresário Christian Grey, teve início um sensual caso de amor que mudou a vida dos dois irrevogavelmente. Chocada, intrigada e, por fim, repelida pelas estranhas práticas sexuais de Christian, Ana exige um compromisso mais sério. Determinado a não perdê-la, ele concorda. Agora Ana e Christian têm tudo: amor, paixão, intimidade, riqueza e um mundo de possibilidades à sua frente. Mas Ana sabe que o relacionamento não será fácil, e a vida dos dois reserva desafios que nenhum deles será capaz de imaginar. Ana precisa se ajustar ao mundo de opulência de Grey sem sacrificar sua identidade. E ele deve aprender a dominar seu impulso controlador e se livrar dos fantasmas do passado. Se finalmente parece que a força dessa união vai vencer qualquer obstáculo, o destino muda mais uma vez, e os piores medos de Ana podem se tornar realidade.

TRILOGIA “CINQUENTA TONS DE CINZA”.
    1.  Cinquenta Tons de Cinza
    2.  Cinquenta Tons Mais Escuros
    3.  Cinquenta Tons de Liberdade

TRILOGIA “GREY”.
    1.  Grey
    2.  Mais Escuro

E L James é ex-executiva de TV e mora em Londres. Casada e com dois filhos, sempre sonhou em escrever histórias pelas quais os leitores se apaixonassem. Sua estreia na literatura, a trilogia Cinquenta Tons de Cinza, se tornou o maior fenômeno editorial dos últimos anos.

   Em Cinquenta Tons de Cinza, primeiro livro da série best-seller que já vendeu mais de 150 milhões de exemplares e ganhou adaptação para as telonas, conhecemos a inocente estudante de literatura Anastasia Steele, que acaba conhecendo o atraente, brilhante e profundamente dominador Christian Grey em uma entrevista para o jornal da universidade. Após se conhecerem melhor, ambos admitem desejar um ao outro, ainda que Christian tenha seus próprios termos — ele curte alguns tons mais escuros de prazer, sadomasoquismo e não está puramente interessado em amor. Chocada, mas ao mesmo tempo apaixonada e interessada, Ana aceita ser submissa de Grey por um período, até perceber que o homem por quem se apaixonou é mais atormentado do que imaginava e que ela jamais conseguirá ser o que ele tanto deseja.
   Em Cinquenta Tons Mais Escuros temos a continuação do drama erótico que, mesmo sem motivos, chocou o mundo e arrebatou milhares de leitores. Na sequência de tirar o fôlego, Christian, a todo custo, deseja se reaproximar de Ana, dando-a o “mais” que ela tanto quer. Num restaurante pequeno e intimista, Grey revela que sente a falta de Ana e ela, por sua vez, ressalta que não pode ser o que ele quer que a mesma seja, mas que, de certa forma, está inclinada a tentar mais uma vez — dessa vez nos termos dela. E é a partir desse momento que a história começa a ganhar contornos diferentes e conteúdos diversos, onde o sexo, tema central da trilogia, é marginalizado para que o amor e o drama possam ganhar espaço. Para que Grey lide com os demônios do passado que o atormentam e a necessidade de controle, e para que Ana descubra mais sobre seus próprios desejos e enfrente as ameaças que rodeiam seu relacionamento com Christian. 
   E, por fim, temos Cinquenta Tons de Liberdade, o grande capítulo final e terceiro livro da série. No clímax, o que para Anastasia Steele e Christian Grey começou como uma paixão avassaladora e carregada de erotismo, evoluiu, em um curto espaço de tempo, para um sentimento ainda mais profundo que transformou a vida do casal. No entanto, Ana sempre soube que amar um homem com tantas nuances, com tantos tons seria complicado, mas nem ela nem Christian tinham noção das dificuldades que enfrentariam para ficar juntos. Mesmo assim, os dois estão se acertando: Ana torna-se mais segura a cada dia, e Christian lentamente permite-se relaxar e confiar nela. Em um crescendo de paixão, desejo e sentimento, tudo leva a crer que eles estejam caminhando para um desfecho digno de um conto de fadas contemporâneo — ainda que restem contas a acertar com o passado. 

“Tanta coisa aconteceu nas últimas três semanas – a quem eu estou
enganando, nos últimos três meses – que sinto como se minha ficha ainda não
tivesse caído. E agora aqui estou eu, Sra. Anastasia Grey, casada com o mais
gostoso, sexy, filantrópico e absurdamente rico magnata que uma mulher
poderia encontrar. Como tudo isso aconteceu tão rápido?”

   Eu conheci a trilogia Cinquenta Tons de Cinza em 2014, logo que ela começou a fazer um imenso sucesso, e decidi dar uma chance — livre de expectativas e pré-conceitos. O resultado foi que a série se tornou uma de minhas preferidas. Então, quando surgiu a oportunidade de resenhar Cinquenta Tons de Liberdade (não somente resenhar, mas também reler!), não hesitei em abraçar a situação, já que a história tem uma premissa muito boa e ganhou uma adaptação pela Universal Pictures neste mês, que estreou em primeiro lugar nos cinemas mundiais, nos primeiros cinco dias arrecadou mais de 150 milhões de dólares e 2 milhões de espectadores no Brasil, além de trazer uma trama que deixou o público alvo ainda mais satisfeito. 
   O gênero erótico — que representa aqueles romances que ganham contornos mais sensuais e que utiliza o erotismo em forma escrita, para despertar ou instruir o leitor sobre as práticas sexuais — nunca foi um tipo de literatura presente em minha vida, muito pelo contrário. Inicialmente, eu tinha muito preconceito com esse tipo de literatura, mas hoje percebo que não há necessidade de ferir-me por tão pouco. A literatura, assim como tudo na vida, é extremamente vasta e precisa ser respeitada. Cinquenta Tons de Cinza é uma trilogia caracterizada pelo teor erótico, mas, em minha opinião, o drama e o relacionamento vivido pelos personagens sobressaem muito mais do que as cenas sexuais extremamente explícitas. Tudo depende de como você escolher observar as coisas, certo? 
   Uma das coisas que eu mais gostei em Cinquenta Tons de Liberdade foi a situação em que Christian e Ana estavam. Não eram apenas flores, claro, mas boa parte dos demônios do passado e do presente que atormentavam o casal já não existem mais, e é o momento de casamento, de lua-de-mel e de ter uma vida normal — ou tão normal quanto uma vida repleta de amor e sexo se permite ser. Ainda narrado por Ana, o desfecho tem uma trama repleta de diálogos que nos arrancam risadas e situações que nos levam a questionar a credibilidade de críticas que acusam E. L. James de não saber escrever nada que não seja sexo e mais sexo. 
   A escrita de E. L. James continua bem descontraída, mais formal e cuidadosa (sem perder o caráter divertido), com cenários bem descritos e muito bem trabalhada — e está certo que ela pode não inserir muito conteúdo em suas narrativas, mas isso não quer dizer que ela não saiba escrever. Um ponto forte no livro, que acrescentou muito, sem dúvidas, foi a escrita da autora — principalmente neste livro. Acredito que tenha sido um final épico, que marcará para sempre nossa forma de amar e ser amado e, principalmente, de julgar as pessoas antes mesmo de conhecermos seu presente ou seu passado.

“- Sra. Grey, você é insaciável, e tão atrevida! Que tipo de monstro eu criei?
- Um monstro sob medida para você. Você iria me querer de outra maneira?
- Eu iria querer você de qualquer maneira, você sabe.”

   O que mais chama atenção nesta sequência é como ela ganhou contornos diferentes de todos os demais livros, que além de trazerem pouco conteúdo dramático, eram focados quase que inteiramente nas descobertas sexuais de Ana enquanto Christian a convencia a assinar o termo para se tornar submissa. Foi como uma espécie de gradiente. Em Cinquenta Tons Mais Escuros nós tivemos muito mais conteúdo dramático — suficiente para arrancar lágrimas — e em Cinquenta Tons de Liberdade, o superficial foi elevado ainda mais ao profundo — talvez, por essa razão, o desfecho seja o preferido de muitos leitores.
   Para ser extremamente sincero, eu nunca encontrei — em nenhum dos cinco livros — algo que verdadeiramente me incomodasse. Está certo que não são os melhores livros do mundo, os mais cheios de conteúdo, de dramas e de personagens bem construídos, mas é certo dizer, tão maldosamente, que são os piores? Não, acredito que não! Cinquenta Tons foi feito para um público, se algumas pessoas não gostaram, paciência, não foi uma série feita para elas, só isso. O que vale, acima de tudo, é o respeito. Se você leu — e principalmente se não leu —, e não gostou, não precisa demonizar os livros e a autora. Nenhum escritor escreve esperando agradar cada ser vivo desse planeta, mas o trabalho de cada um, independentemente de qualquer coisa, merece respeito. Jamais se esqueçam disso. Muito mais que uma história recheada a sexo e sadomasoquismo, eu vi uma trama de superação, de amor, paixão, dor e desejo. Um drama tão bom quanto outros milhares que são lançados todos os dias. 
   A edição da Intrínseca, com a capa do filme, ficou tão boa quanto o livro em si — embora não acompanhe nenhum conteúdo extra, como a anterior. A capa é inteiramente coerente com a história do livro — sensual, misteriosa e monocromática — e retrata Christian e Ana durante o tão esperado casamento. A diagramação ficou muito bem-feita, com capítulos que se iniciam em uma nova página, um design interno bem caprichado — em especial na parte dos e-mails (que eu já sinto saudade) que Ana troca com Christian!
   Sobre o filme, lançado no dia 09 de fevereiro, me faltam palavras para descrever, sério! Eu sei que é pequeno, que tudo acontece rápido, que resumiram muita coisa e mudaram outras, mas ficou lindo! Eu esperei demais por esse filme e não acho que ele tenha me decepcionado. O Niall Leonard — marido da E. L. James — fez um roteiro que abrange muito das quase 600 páginas do livro e o diretor Foley foi incrível ao dar mais lugar ao drama e ao amor, no lugar do erotismo — já que são pouquíssimas e nada reveladoras as cenas de sexo. Ainda assim, o filme tem uma atmosfera muito bacana, que eu acredito que agradou tanto os fãs quanto aqueles que estavam de gaiato no cinema. Vou sentir saudade dos Audis, do Quarto Vermelho da Dor, da fotografia impecável, dos figurinos chiquérrimos e, claro, da Ana e do Christian — caiu um cisco no olho nas cenas finais, hein? Já aguardando a versão estendida em DVD!
   Com humor, perseguições, casamentos, lua-de-mel e muito sexo, Cinquenta Tons de Liberdade é bem de perto o melhor de todos os cinco livros lançados, onde em um crescendo de desejo e sentimento, Ana e Christian seguem caminhando para um desfecho digno de um conto de fadas contemporâneo, deixando um aperto no peito de quem há anos acompanha esse drama erótico que marcará para sempre o mercado editorial e o cinematográfico. Eu recomendo (para quem gosta do gênero!). 


Primeiro Parágrafo: “Mamãe! Mamãe! Mamãe está dormindo no chão. Ela já está dormindo há muito tempo”.
Melhor Quote: “É muito mais fácil lidar com a dor do lado de fora”.



Um Comentário

  1. Uma trilogia hot, super popular e dizem que é bem escrita, mesmo assim não vejo assunto para ter 3 volumes para contar uma historia quente entre um casal, tudo bem não é qualquer casal, ele tem um helicóptero, fora isso, é um casal ahahahahah. Assisti ao primeiro filme e parei por ai, mas de tanto falarem da narrativa envolvente me deu uma baita curiosidade em ler antes de assistir a todos so filmes. Quando li teus comentário fiz meio que vista grossa com medo que me entregasse algum detalhe que eu ainda não saiba, pelo menos que eu tenha um pouco de surpresa no que vou ler. mas já admito que vou bem com pe atras, além de não ser fã desse genero não vejo assunto para tantos volumes ahahahahah, desculpa a sinceridade.

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