Livro: O Alquimista
Autor (a): Paulo Coelho
Editora: Sextante
Páginas: 176
ISBN: 9788575427583

Sinopse: Quando você quer alguma coisa, todo o Universo conspira para que você realize seu desejo.De tempos em tempos, surge um livro capaz de mudar para sempre a vida de seus leitores. "O Alquimista" é um deles.
Com mais de 65 milhões de exemplares vendidos em todo o mundo, o mais famoso título de Paulo Coelho já se estabeleceu como um clássico moderno, atemporal e universal, que segue fascinando públicos cada vez maiores, de diferentes gerações.
Simples, sábia e inspiradora, esta história refaz os passos de um pastor da Andaluzia que viaja para o deserto egípcio em busca de um tesouro enterrado nas Pirâmides.
O que começa como uma jornada para encontrar bens materiais torna-se uma descoberta das riquezas que escondemos dentro de nós mesmos.
As belas lições que Santiago aprende ao longo do caminho nos falam da sabedoria de ouvir o que diz o coração, de ler os sinais com que deparamos ao longo da vida e, acima de tudo, da importância de seguir os nossos sonhos.


      O Alquimista foi escrito por Paulo Coelho, renomado escritor brasileiro famoso no mundo inteiro pelos seus romances. Trata-se de uma obra escrita em 1988, com inúmeras publicações e edições diferentes. Recentemente, a editora Sextante fez uma publicação comemorativa no início de 2016.
      Paulo Coelho, apesar de ser muito aclamado no exterior, também sofre com muitas críticas. Ele foi autor de mais de 13 obras, entre elas "Veronika Decide Morrer", "O Aleph" e " O Diário de um Mago" (sendo que alguns deles foram adaptados para o cinema). 
      “O Alquimista” traz a história de Santiago, um pastor de ovelha que se considerava “livre”. A partir de vários sonhos repetidos, Santiago decide investigar o significado destes, encontrando uma “cigana” e um rei sábio que o convencem a vender praticamente o que tinha para viajar até onde os sonhos indicavam ser a localização de um tesouro; ele, portanto, compra uma passagem para a África. 
      Santigo sai da Espanha e embarca para uma viagem até o Egito, encarando uma caravana pelo deserto, passando por inúmeras situações críticas, encontrando um Inglês, um Alquimista, o amor da sua vida, Fátima. Mas o que ele irá perceber durante essa incrível jornada é que o há tesouros muito mais valiosos que ouro. 


- Qual é a maior mentira do mundo? - indagou, surpreso, o rapaz.- É esta: em determinado momento de nossa existência, perdemos o controle de nossa vida, e ela passa a ser governada pelo destino. Essa é a maior mentira do mundo. 

      O Alquimista é um livro muito peculiar. Ao mesmo tempo que parece uma obra de autoajuda por apresentar inúmeros valores morais e incentivos, ainda é um livro com forte característica narrativa. 
      Tenho que admitir, primeiramente, que eu nunca havia tido contato com nenhum livro de Paulo Coelho – que sempre me inspirou muita curiosidade. Algumas professoras de literatura que tive criticavam ferrenhamente o autor, enquanto outras, era verdadeiras fãs dele. Foi a partir da Editora Sextante, que fez uma nova edição brilhante dessa obra, que tive a oportunidade de criar uma experiência de leitura em cima dele e tirar minhas próprias conclusões. 
      Não sabia, entretanto, o que esperar de “O Alquimista”; não sabia se era uma literatura fantástica ou um romance, uma autoajuda ou um conto. E fiquei muito surpresa ao descobrir que se tratava de um gênero distinto de qualquer outro: O Alquimista era uma mistura entre “lenda” e “conto”, com elementos de magia, sonhos divinos, espiritualidade, e, é claro, alquimia. 
      Trata-se de um livro simples, com uma narrativa em terceira pessoa, descontraída e de fácil assimilação. Paulo Coelho não se mostrou muito diferente dos autores medianos nesse quesito, apesar da narrativa não ter me decepcionado ou não ter falhado e apresentar a história com exatidão. Mas eu esperava algo mais, justamente por causa de sua fama.
      Contudo, o autor realmente me conquistou pelas suas frases encorajadoras e cheias de sabedora. É incrível ver que “O Alquimista” está repleto delas, cada uma mais impactante e iluminada que a outra. Assim como o livro “Extraordinário” da R. J Palacio, que teve um outro livro só com frases, também percebi que “O Alquimista” tinha o potencial para o mesmo. 
      Paulo Coelho focou muito mais na história que em seus personagens. Levou a frente a ideia de “conto”, atribuindo, portanto, a importância maior ao enredo. Senti falta de um desenvolvimento maior dos pensamentos e sentimentos dos personagens, que eram marcantes e muito reais. Apresenta, também, muitas extensões das passagens cristãs e bíblicas – e isso fica claro desde o início da leitura. É como se Paulo Coelho quisesse ter criado seu próprio “Abraão” e sua jornada. 
      A nova edição da Sextante é realmente linda! A capa é bem mais compatível com o “clima” da história, contrapondo muitas outras edições, que passavam uma ideia diferente do conteúdo – só acredito, no entanto, que o livro poderia ter capa dura, por ser uma edição comemorativa. O designe interior também me chamou a atenção. A fonte da letra e a cor amarelada das páginas contribuíram para uma leitura rápida e agradável. A Editora está de parabéns pela tradução e revisão e, enfim, a publicação no geral.
      O livro tem um público amplo, e, parece se encaixar mais para quem está pronto para recepcionar a mensagem. É possível perceber o quanto “O Alquimista” não vai prender quem não está no “clima” do tema, quem não está procurando a “lenda pessoal”; para estes, será somente mais um livro de ficção. É preciso estar livre de preconceito para embarcar nessa leitura e tirar todo o proveito dela, sem levar muito em conta a experiência de leitura das demais pessoas. 
      Indico a leitura a todos que apreciam livros sábios, mágicos e envolventes. Paulo Coelho apresentou um livro diferenciado, semelhante às passagens bíblicas, cheio de jornadas de aprimoramentos e com teor “divino”. É um livro que não é genial, hiper criativo, mas é um livro que cumpre seu dever em nos fazer refletir. Afinal, onde está seu verdadeiro tesouro?

Primeiro Parágrafo: "O Alquimista pegou um livro que alguém na caravana havia trazido. O volume estava sem capa, mas conseguiu identificar seu autor: Oscar Wilde. Enquanto folheava suas páginas, encontrou uma história sobre Narciso."
Melhor Quote:  "Quando alguém tomava uma decisão, na verdade estava mergulhado numa correnteza poderosa, que levava a pessoa para um lugar que jamais havia pensado na hora de decidir".




                 


3 Comentários

  1. oi flor, essa nova edição esta linda!
    li, mas faz muito tempo o alquimista e creio que na época não estava atenta aos detalhes da trama como um todo, creio que hoje em dia eu aproveitaria bem mais!
    aliás espero aproveitar relendo-o em breve]
    http://felicidadeemlivros.blogspot.com.br/

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  2. Gostei..

    http://vestigiodelivros.blogspot.com.br/

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  3. Muito boa a resenha, se puder dar uma olhada na minha também eu seria grato! Vlw. https://reviewdecoisas.blogspot.com.br/2017/02/review-o-alquimista.html#more

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