Livro: Ligeiramente Maliciosos
Título Original: Slightly Wicked
Autor (a): Mary Balogh
Editora: Arqueiro
Páginas: 288
ISBN: 9788580413939

Sinopse: Após sofrer um acidente com a diligência em que viajava, Judith Law fica presa à beira da estrada no que parece ser o pior dia de sua vida. No entanto, sua sorte muda quando é resgatada por Ralf Bedard, um atraente cavaleiro de sorriso zombeteiro que se prontifica a levá-la até a estalagem mais próxima. Filha de um rigoroso pastor, Judith vê no convite do Sr. Bedard a chance de experimentar uma aventura e se apresenta como Claire Campbell, uma atriz independente e confiante, a caminho de York para interpretar um novo papel. A atração entre o casal é instantânea e, num jogo de sedução e mentiras, a jovem dama se entrega a uma tórrida e inesquecível noite de amor. Judith só não desconfia de que não é a única a usar uma identidade falsa. Ralf Bedard é ninguém menos do que lorde Rannulf Bedwyn, irmão do duque de Bewcastle, que partia para Grandmaison Park a fim de cortejar sua futura noiva: a Srta. Julianne Effingham, prima de Judith. Quando os dois se reencontram e as máscaras caem, eles precisam tomar uma decisão: seguir com seus papéis de acordo com o que todos consideram socialmente aceitável ou se entregar a uma paixão avassaladora? Neste segundo livro da série Os Bedwyns, Mary Balogh nos conquista com mais um capítulo dessa família que, em meio ao deslumbramento da alta sociedade, busca sempre o amor verdadeiro.

SÉRIE "OS BEDWYN"
  2.  Ligeiramente Maliciosos
  3.  Ligeiramente Escandalosos

     Ligeiramente Maliciosos foi publicado pela Editora Arqueiro e escrito pela renomada escritora inglesa, Mary Balogh. Trata-se do segundo volume da série independente intitulada “Os Bedwyn”, sequencia de “Ligeiramente Casados”, que trabalha com o gênero “romance histórico”. 

      Judith Law tem apenas 22 anos e é filha de um reverendo rígido, que sempre minimizou a beleza estonteante da sua filha, reprimindo-a sempre que podia. Para piorar, seu irmão gastara todo o dinheiro que a família tinha em futilidades, tentando levar uma vida que não tinha condições arcar.
      Agora Judith tivera que se sacrificar para ajudar a família: estava indo morar na casa da tia rica,  para se tornar uma serva sem futuro. Mas, durante sua viagem, a diligencia que usava acabou capotando e um cavaleiro que passava na região, lorde Rannulf Bedwyn, presenciou a situação e se dispôs a ajudar, convidando-a a acompanhá-lo até a cidade mais próxima. 
     Sabendo de seu futuro como solteira, Judith se permitiu fingir que era uma atriz e deixar a entender que também era um cortesã, se identificando como Claire Campbell. Em contrapartida, lorde Rannulf também inventara um nome para si e se apresentara como Rannulf Berdad. 
     Foi dessa forma que, rapidamente, sentiram-se atraídos, e, por apenas duas noites, se entregaram aos desejos. Entretanto, Judith sabia que precisava fugir antes que sr. Berdad descobrisse sua verdadeira identidade e posição social. 
     Imensamente triste, Judith retorna a sua realidade e desembarca na mansão de sua tia. O que ela não esperava era que Rannulf Bedwyn fosse aparecer alguns dias depois, para conhecer a pretendente que sua avó sugerira: Julianne, a prima de Judith. 
     Esse reencontro promete reacender chamas — não tão antigas assim — e Rannulf terá que decidir entre se entregar a paixão que sente pela pobre serviçal ou seguir suas funções sociais e se comprometer com uma noiva de seu patamar. 


     Ligeiramente Casados, o primeiro volume da série “Os Bedwyn”, acabou me surpreendendo muito. Foi uma leitura envolvente, que me deixou ansiosa para encontrar seu final e prosseguir na série, contudo, não conseguiu ultrapassar as qualidades de sua sequencia; Ligeiramente Maliciosos foi de longe melhor. 
     Melhor na construção história – apesar de apresentar também alguns traços clichês – , melhor na conquista do leitor, melhor na profundidade da família Bedwyn, além de ter personagens ainda mais interessantes. 
     A obra tem uma narrativa em terceira pessoa, que alterna o foco entre Judith Law e Rannulf Bedwyn, o que permitiu explicar melhor o comportamento de cada protagonista, seus valores, sentimentos e pensamentos. Judith foi uma personagem que me identifiquei muito; visto que acredito que agiria igual ela em muitos momentos. Apreciei sua espontaneidade e compreendi a sua falta de auto estima – consequência de seus pais rigorosos e religiosos.
     Já Rannulf é um protagonista que me incomodou de começo, por ter algumas atitudes machistas e mesquinhas, mas, no geral, se mostrou com potencial para o amadurecimento. Ralf, apesar de tudo, foi muito mais carismático que seu irmão e isso influenciou muito na leitura. Ralf é um contraste de Aidan – que é mais quieto e frio – pois tem um sorriso fácil e irônico e é provocador, o que deixa seus diálogos e ações mais chamativas. Achei que ele e Judith formaram um casal que combinava de todos os modos.
     Mary Balogh desenvolveu melhor a família Bedwyn nesse volume, ou, talvez, me familiarizei e acostumei melhor com a famosa e rica família. Gostaria de ter lido mais cenas envolvendo todos os irmãos, principalmente, envolvendo o duque Wulfric, o irmão mais velho, que é um personagem muito peculiar e que desperta a curiosidade de qualquer leitor. 
     O próprio enredo de Balogh me deixou extasiada e fixada na história até o fim. O livro, infelizmente, tem poucas páginas e percebi que a autora escreveu tudo muito corrido, como se tivesse a mesma pressa que o leitor em chegar ao seu fim. Todos os acontecimentos ocorreram em poucos dias, e os dias que não tinham cenas importantes eram descritos com rapidez e sem detalhes. Senti que a autora poderia ter incrementado mais o cotidiano de Judith e Ralf, como fez com Eve e Aidan, no primeiro volume, e, talvez, acrescentado alguns flashback – artimanha que Balogh não utiliza – para aprofundar Judith diante sua criação e os irmãos Bedwyn, que são o foco da série. 
     A narrativa de Balogh não é tão detalhista nessa continuação, porém, é formal e muito satisfatória. Descreve bem seus personagens, seja na característica física ou em termos de caráter. Não gosto de narrativas muito pesadas, cheias de detalhes e muito arrastadas, entretanto, senti um pouco de falta da descrição dos cenários, já que se trata  de uma época que eu gosto tanto.
       Foi a partir de dessa série que me apaixonei por romances históricos. Agora mergulhei fundo e adquiri inúmeros livros do gênero, como Orgulho e Preconceito, Razão e Sensibilidade entre outros. Eu tinha um julgamento errado sobre romances históricos, porque eu os achava sem relação com a realidade; muito fantasiosos e clichês. As histórias de Balogh me convenceram de que livros históricos trazem muitas pesquisas sobre as tradições da europa e que podem nos ensinar muito sobre o passado.
      A capa é muito linda, compensando o título que não acho muito chamativo. A edição é simples, porém, muito satisfatória: as páginas são amareladas e ajudam na leitura, e a fonte da letra é padrão. A editora Arqueiro está de parabéns pela tradução, correção e publicação!
     Ligeiramente Maliciosos é um livro ótimo, mesmo apresentando potencial que não alcançou. Seus personagens secundários poderiam ter sido mais aprofundados e o enredo poderia ter sido um pouco mais lento e descritivo. Em compensação, a problemática e o clímax foram intensos e realmente desconcertantes. Fiquei nervosa junto aos protagonistas e achei uma trama bem arquitetada e cheia de emoção. O desfecho... Nem preciso comentar que foi clichê e como é possível prevê-lo desde o começo. A questão desses livros históricos não está no seu inicio ou no seu final, está exatamente em seu meio.
       Indico a leitura a todos que apreciam romances envolventes, com cenários antigos e costumes diferentes. Ligeiramente Maliciosos tem uma pegada mais picante, é viciante, e, apesar de alguns erros, concedo as 5 estrelas pelo quanto a leitura foi agradável e memorável. Descobri que a próxima história terá como protagonista a Freyja Bedwyn, o que me deixou um pouco decepcionada por achar a personagem excêntrica demais. Mesmo assim, fiquei ansiosa em prosseguir com "Os Bedwyn" e continuar me encantando com romances de época.


Primeiro Parágrafo: "Momentos antes diligencia virar, Judith Law estava imersa em uma divagação que a fez se esquecer da natureza desagradável de sua vida."
Melhor Quote: "Não, ela não se arrependia da decisão que tomara... Mas, quando se pôs a caminho de casa, os pés de Judith estavam tão pesados quanto seu coração."






3 Comentários

  1. Olá :)
    Só li "Ligeiramente casados" dessa série e gostei muito, mas confesso que a premissa desse parece ser muito mais interessante e a capa bem mais linda, ansiosa para a leitura deste livrinho!

    Beijos,
    http://livrosentretenimento.blogspot.com.br/

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  2. Adoro seu blog e por isso também decidi fazer um
    Se alguém puder dar uma passadinha eu agradeço
    http://loveinabook1.blogspot.com.br/

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  3. Adorei a sinopse. Vou encomenda ló.

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