Livro: A Elite

Título Original: The Elite
Autor (a): Kiera Cass
Editora: Seguinte
Páginas: 360
ISBN: 9788565765121

Sinopse: A Seleção começou com 35 garotas. Agora restam apenas seis, e a competição para ganhar o coração do príncipe Maxon está acirrada como nunca. Quanto mais America se aproxima da coroa, mais se sente confusa. Os momentos que passa com Maxon parecem um conto de fadas. Mas sempre que vê seu ex- namorado Aspen no palácio, trabalhando como guarda, ela sente que é nele que está o seu conforto. Porém, enquanto ela está às voltas com o seu futuro, o resto da Elite sabe exatamente o que quer — e ela está prestes a perder sua chance de escolher.





 TRILOGIA "A SELEÇÃO"
    1.  A Seleção
    2.  A Elite
    3.  The One

 

     Sendo a continuação de um sucesso internacional, é com grande estima que trago à vocês a resenha de A Elite, segundo volume da série A Seleção, escrito pela renomada Kiera Cass. A trilogia chegou com sucesso ao Brasil através da Editora Companhia das Letras, responsável pelo Selo Seguinte – rótulo destinado a livros que atraem o público YA, ou seja, tanto os jovens quanto os adultos. As ilustrações contidas nas capas da série foram o principal motivo da conquista de leitores, mas foi seu conteúdo que conquistou fãs. Será que A Elite realmente faz jus à fama que tem? Será vale a pena prosseguir nessa série tão contemplada? Confira a resenha a seguir. 

    America enfim faz parte da Elite, a fase final da Seleção. Agora o príncipe Maxon teria que escolher uma, dentre as seis participantes que restaram, para ser sua mais nova esposa, e para carregar – no futuro – uma coroa pesada pelas responsabilidades. E todas pareciam ter algo à oferecer à esse futuro rei: uma era doce e educada, outra tinha contatos importantes enquanto as demais pareciam agradar tanto o publico quanto os conselheiros do príncipe. Menos America. Ninguém, além do próprio príncipe, queria que ela se mantivesse no concurso. Seus modos eram grosseiros, era incrivelmente teimosa e tinha outro problema: America fizera parte da quinta casta, uma das mais baixas. 
    Para piorar mais ainda, Aspen – seu antigo namorado – estava cada vez mais presente em seu cotidiano, confundindo a mente de America. Na condição de guarda, Aspen sempre arrumava um jeito de encontrá-la e cada vez que nossa protagonista se via sozinha com ele, sem a pressão que o Palácio projetava, ficava tentada em voltar para casa e dar inicio aos planos que meses atrás acreditava que dariam certo: casar-se com Aspen e ter uma vida simples ao seu lado. Naquela época, isso bastava. Mas naquela época não havia o irresistível Maxon. 
    Com a competição cada vez mais acirrada, America descobre amizade aonde duvidava existir e mais inimizades nascem entre as adversárias.E com o intuito de diminuir o número de participantes, provas foram arquitetadas, a fim de testar as qualidades das concorrentes. Será que America se daria bem? 
    Conforme o tempo passava, os ataques de rebeldes ao Palácio se tornava mais freqüente e brutal, e ninguém sabia o que procuravam. Foi numa dessas cenas que America fugiu para floresta, atordoada com a ofensiva, e viu um grupo de rebeldes fugir com inúmeros livros. O que pretendiam com isso? 
    Independente da vitória ou do fracasso, America tinha um ideal acima de qualquer outro – acima até mesmo de Aspen e Maxon – ela queria mudar o cenário de Ilea e deixá-la mais justa e mais igualitária. Contudo, para que sua vontade fosse feita, teria que se sacrificar e ousar quebrar as regras já impostas. Esse era o talento de America. Enquanto as outras poderiam ser boas esposas e terem uma ótima imagem como rainha, America realmente poderia comportar-se como uma e mudar o mundo. 

    A Elite foi inteiramente melhor que a Seleção. O primeiro volume dessa série conseguiu me decepcionar bastante pela falta de veracidade no cotidiano de America. Kiera Cass, a autora, pareceu ter uma visão muito limitada do mundo que criou em A Seleção. E, apesar de ter tido uma idéia absurdamente conquistadora, não soube desenvolvê-la muito bem, talvez pela falta de experiência como escritora.
    Mas o segundo volume trouxe outras qualidades. Logo nos primeiro capítulos, vemos que a autora abriu mais sua imaginação e retratou melhor seu mundo distópico, com altos e baixos. O livro não focou somente no maldito e cansativo triângulo amoroso, mas na sociedade em geral, abordando temáticas bem críticas e, conseqüentemente, um conteúdo mais admirável. 
    America é uma personagem com personalidade forte e explosiva, cabendo perfeitamente bem nessa história. Mas sua confusão aumentou em A Elite quando o assunto era Aspen e Maxon, tornando a nossa protagonista mais distante de ser compreendida pelo leitor. Em um instante America afirmava que a única causa que comprometia seu futuro relacionamento com Aspen era sua casta inferior e as dificuldades que esta geraria, porém, assim que Aspen aumentou de casta, a autora não soube criar mais nenhum obstáculo entre os dois, fazendo essa “indecisão” de America ser sem fundamento profundo. Mas realmente havia o Maxon como um possível – mas bem fraco – obstáculo. Além de ser demasiado perfeito, o príncipe pareceu-me errado para ela desde o inicio. Afinal, perfeição não mantém casamento nenhum. 
    Creio que outro fato que possa incomodar os leitores é a “amnésia” temporária que America tem quando passa tempo com um dos homens em questão. Parece que quando ela está com Maxon, nem se lembra de Aspen, e quando está com Aspen, além de se esquecer completamente de Maxon, parece estar decidida a largar tudo por esse amor. Definitivamente não é uma “amnésia” cabível, é algo fora do normal
    Apreciei bastante o melhor desenvolvimento de personagens, até mesmo os de menor importância, assim como as cenas novas e inesperadas, que pareciam ser improváveis de se concretizarem neste livro pela limitação da autora que citei anteriormente. Entretanto, Aspen, um personagem de incrivel importancia está cada vez mais se perdendo, ficando fraco, irreconhecível e forçado demais. Simplesmente não me lembra o Aspen que conheci em A Seleção.
    Uma qualidade inquestionável em A Elite é sua capacidade de prender o leitor até o fim. Definitivamente, trata-se de um livro fácil de se ler. Se não houver um questionamento profundo, é difícil de ser irritar com o livro – a não ser com o triangulo amoroso mal estabelecido. 
    A narração é em primeira pessoa, é uma narração leve, que flui bem, mas que me incomodou em alguns poucos momentos, pela falta do da linguagem culta. E talvez essa linguagem não caberia nesse tipo de livro. 
    Kiera Cass abriu mais lacunas e aguçou mais a atenção do leitor. Espero realmente que A Escolha, o próximo e último volume, seja extremamente surpreendente. Estou torcendo para a autora se dar conta que o triangulo amoroso não precisa ser, necessariamente,e o único ponto forte desse enredo. Academia de Vampiros é uma boa prova de que há como criar um romance dentro de uma história sem precisar focar muito mais em um. Às vezes, um equilíbrio vem a calhar, principalmente em uma distopia constituída por problemas sociais e rebeliões. Através delas, há, sem dúvidas, como desenvolver outros pontos. 
    A capa do livro é linda, e toda o designe construído pela Seguinte é fenomenal. Não houve um erro sequer de ortografia, e a fonte da letra e o papel utilizado contribuíram para uma leitura saudável. 
    Indico a leitura a todos que apreciam um livro “fofo”, que se divertem com triângulos amorosos e que preferem leituras que fluem com rapidez.
Primeiro parágrafo:
"A atmosfera de Angeles estava tranquila. Permaneci imóvel por alguns instantes, ouvindo o som da respiração de Maxon."
Melhor Quote 1:
"Já não estava lá para ganhar. Então como poderia sair sem grande estilo?"
Melhor Quote 2:
"Não havia explosões. Não havia fogos de artifício. Era uma chama lenta, queimando de dentro para fora."


Obs. Pessoal, estou com um livro A Elite novo repetido aqui em casa, se alguém estiver interessado em comprar por um preço bem acessível, é só mandar um email pedindo-o para palaciodelivros@gmail.com. Pretendo vendê-lo por R$ 16,50. O frete combinamos. Obrigada! 


Deixe um comentário

.