Insurgente   Divergente 2

Livro: Insurgente
Título Original: Insurgent 
Autor (a): Veronica Roth 
Editora: Rocco 
Páginas: 512 
ISBN: 9788579801556 

Sinopse: Na Chicago futurista criada por Veronica Roth em Divergente, as facções estão desmoronando. E Beatrice Prior tem que arcar com as consequências de suas escolhas. Em Insurgente, a jovem Tris tenta salvar aqueles que ama - e a própria vida – enquanto lida com questões como mágoa e perdão, identidade e lealdade, política e amor.





 TRILOGIA "DIVERGENTE"
    1.  Divergente
    2.  Insurgente
    3.  Allegiant



      Insurgente inicia-se exatamente onde o primeiro volume da trilogia parou. A sociedade dividida em cinco facções na qual o povo de Chicago vivia já não é a mesma — depois da simulação em que a Erudição tomou controle da mente dos membros da Audácia a fim de exterminar a Abnegação, a sociedade está desestruturada, e muitos de seus membros, perdidos para sempre. 
     Em meio ao caos deixado pela simulação, Tris — juntamente com Tobias, Caleb, Marcus, Peter e Susan — está em fuga constante, não apenas por ser uma Divergente, mas também pelas ações que tomou contra o governo abusivo de Janine Matthews. Eles buscam refúgio temporário na sede da Amizade, mas a incerteza sobre quem o grupo pode ou não contar é uma aflição constante. Além disso, Tris precisa lidar com os recentes eventos trágicos que a abateram, além de questões políticas, românticas, sobre lealdade e sobre perdão. 

ESSA RESENHA POSSUI ALGUNS SPOILERS DO PRIMEIRO LIVRO. CASO NÃO TENHA LIDO DIVERGENTE, SUGIRO QUE PULE OS PARÁGRAFOS A SEGUIR. 
     Posso dizer, em suma, que Veronica Roth é uma autora genial. Com a mesma narrativa em primeira pessoa de Divergente, temos o ritmo frenético, extremamente bem descrito e realista que já é conhecido. A autora consegue te colocar no ritmo do livro de maneira magistral, apressando as cenas de ação, mas conseguindo passar profundidade e realismo nas cenas de romance e drama. Se no primeiro volume temos muita ação e perigo, Insurgente é focado mais no lado psicológico, mais sentimental da história. É claro que ainda temos perigos e aventuras, mas é notável que a política, os conflitos e a facções ganharam um destaque muito maior. 
    Contudo, resenhar Insurgente é um feito difícil, já que foi um dos raros livros que consegui amar e odiar ao mesmo tempo. Eu explico: A Tris foi uma personagem que adorei da primeira à última página em Divergente. O problema no segundo volume da série, contudo, pode ser resumido em apenas uma frase: Tris está quebrada. Ela viu ambos os pais morrerem, matou seu amigo, foi traída por pessoas que nunca esperava, apanhou, fugiu, quase foi sufocada até a morte por quem ela ama e se feriu de incontáveis maneiras. Ela é uma adolescente de 16 anos que está traumatizada de uma maneira profunda, e o único pensamento em sua mente é o de que quer morrer. Eu entendo, é claro, mas isso não quer dizer que as atitudes dela não me irritaram profundamente. 
FIM DOS SPOILERS
     A sua maneira teimosa e independente é a causa da maioria dos conflitos que acontecem nesse livro, e é claro que ela acaba afastando as pessoas que mais ama devido ao seu estado de dor. Somos apresentados a um lado da relação de Beatrice com Tobias que nunca havíamos conhecido, e, apesar de o relacionamento dos protagonistas sempre estar presente, senti falta da interação entre eles, já que, devido às atitudes da Tris e aos segredos que ambos escondem, tudo está diferente. 
     Algo interessante é que conseguimos conhecer muito mais sobre as cinco facções, seus funcionamentos e até mesmo um pouco de suas histórias. O livro é repleto de reviravoltas, e há momentos em que o leitor precisa para um pouco para digerir o que aconteceu, ou até mesmo voltar algumas páginas e ler tudo novamente. Apesar de explicar um pouco mais sobre o mundo no qual o livro se passa, Veronica ainda deixa muitas pontas soltas, muitas dúvidas e questionamentos que com certeza serão explorados — e, esperançosamente, esclarecidos — em Allegiant
     Mesmo com toda a pegada psicológica, o humor ainda é uma característica marcante da série. Leve e um tanto sarcástico, consegue quebrar os tão presentes momentos de tensão da história, e arrancam boas gargalhadas do leitor. Adorei o modo, além disso, que a autora construiu suas metáforas, deixando pequenas informações aparentemente insignificantes ao longo da leitura, que, quando você menos espera, explodem na sua cara e te chocam com os fatos. 
     E, ao citar fatos que chocam o leitor, não posso deixar de mencionar o modo como a autora tem facilidade em se desapegar de seus personagens. Se você é um dos leitores (eu!) que sofreram lendo As Crônicas de Gelo e Fogo ou até mesmo Harry Potter, prepare-se, pois Veronica Roth mata personagens sem dó nem piedade. 
     A diagramação do livro é extremamente bem feita pela Editora Rocco, sem significativos erros de revisão e com uma estrutura visual muito agradável para a leitura. Apesar do livro ter mais de 500 páginas, a letra é grande e clara, e as páginas são amareladas e de bom material. A capa do livro é o maior destaque na parte gráfica: trazendo o símbolo da Amizade, consegue transmitir o clima do livro de uma maneira simplória e condizente com a história. 
     O final do livro é inovador, surpreendente e quase inacreditável. Encerrado com um cliffhanger monumental, não há como não ficar curioso para o desenvolvimento do próximo livro. O segredo que ronda o segundo livro inteiro é deixado para as últimas páginas, e, quando revelado, fiquei extremamente ansiosa para a continuação e para ver como tudo irá se desenrolar em Allegiant — toda a série é levada para um nível completamente diferente. 
      Se você adora livros de distopia (ou tem vontade de começar a lê-los!), a série Divergente é uma ótima pedida. Cheio de ação, mas ainda tendo uma dose fatal de romance, Insurgente trata também de questões mais profundas — que não foram tão presentes em Divergente —, como a coragem de seguir em frente, a vontade de viver, o perdão e o dia a dia das pessoas em meio a uma guerra. 
     O livro está, por fim, extremamente recomendado. Apesar de não possuir todo o frenesi e encanto do volume inicial, ainda trata-se de uma das séries mais intensamente elaboradas e condizentes do gênero distópico, e vai te deixar encantado — além de louco pela continuação
Primeiro parágrafo:
"Eu acordo com o nome dele na minha boca."
Melhor quote:
"Descobri que as pessoas são formadas de camadas e mais camadas de segredos. Você pode achar que as conhece, que as entende, mas seus motivos estão sempre ocultos, enterrados em seus próprios corações. Você nunca as conhecerá de verdade, mas às vezes decide confiar nelas. "


No Today Show, finalmente foi divulgado o trailer de ”A Culpa é das Estrelas”, filme baseado no livro homônimo escrito por John Green. O filme será dirigido pelo jovem cineasta Josh Boone, tem previsão de estreia para 6 de junho nos Estados Unidos e meses após no Brasil, provavelmente em 15 de agosto. A atriz Shailene Woodley e Ansel Elgort viverão os protagonistas do filme, Hazel e Gus. No Brasil, a Intrínseca publicou o livro.
O romance narra a história dois adolescentes que se conhecem (e se apaixonam) em um Grupo de Apoio para Crianças com Câncer: Hazel, uma jovem de dezesseis anos que sobrevive graças a uma droga revolucionária que detém a metástase em seus pulmões, e Augustus Waters, de dezessete, ex-jogador de basquete que perdeu a perna para o osteosarcoma. Como Hazel, Gus é inteligente, tem ótimo senso de humor e gosta de brincar com os clichês do mundo do câncer – a principal arma dos dois para enfrentar a doença que lentamente drena a vida das pessoas.


O que acharam do trailer? Quem aí já leu o livro? Não li o livro por falta de tempo, mas pretendo lê-lo antes da estreia do filme. Espero, assim como outros leitores, que essa adaptação seja um sucesso!


    Oi, gente! Hoje trago uma super promoção para vocês, e dessa vez é para comemorar o aniversário de 18 anos da Bruna, do blog Cultura Literária - parabéns, Bruna! 
Além do Palácio de Livros, mais quatro blogs vão estar se juntando à comemoração: Amamos a Leitura, Clicando Livros, Geek & Pop e Livros com Bolinhos.

SERÃO SORTEADOS 6 LIVROS PARA 6 GANHADORES!

Para participar:
Siga os blogs publicamente no GFC: Palácio de Livros - este blog! - (Indomável), Cultura Literária (Big Bang, A Teoria, Guia Não Autorizado), Amamos a Leitura (Paperboy), Clicando Livros (Uma Alemã Chamada Ana), Geek & Pop (Água para Elefantes) e Livros com Bolinhos (Bela Maldade). Basta ter uma conta no Google – Gmail ou Orkut, Yahoo, ou Twitter e clicar em "Participar deste site" na lateral do blog.


Regras:
- É plenamente obrigatório que se siga TODOS os blogs.
- Ser residente do Brasil.
- O preenchimento do formulário pode ser feito novamente apenas 1 vez por dia.
- Quem não obedecer todas as regras será desclassificado.
- O período de inscrição irá até às 14:00hs do dia 03/03/2014 e os ganhadores terão 48 horas para responder ao e-mail que será enviado.
- O sorteio será realizado através do site http://www.random.org e os ganhadores terão seus nomes publicados no blog.


FORMULÁRIO


Queremos ver todos participando!
"E que a sorte esteja sempre a seu favor!"



Oi, gente! Depois de alguns problemas com a entrega dos livros de Novembro da Editora Novo Conceito, eis que, finalmente, aqui estão eles! Alguns dos títulos já foram resenhados aqui no blog, mas vocês podem conferir as fotos aqui na Caixa de Correio. Vamos lá?

 
O tão esperado O Presente, da Cecelia Ahern, que tem uma capa maravilhosa, e veio com uma embalagem de presente super charmosa. Também chegou Quero Ser Seu, da Bella Andre - os dois livros já foram resenhados, e você pode ver minha opinião sobre eles aqui e aqui.

Quando Uma Garota Entra em um Bar, que possui uma capa linda! Ainda não li o livro, mas dizem que é super inovador e divertido, então, mal posso esperar! 


   
A Casa do Céu e Anjos À Mesa, que veio com a embalagem de Natal, assim como O Presente, e já foi resenhado aqui no blog. 


 
Príncipe da Noite e Dente por Dente. 


LOMBADAS! 




Livro: Anjos à Mesa
Título original: Angels At The Table
Autor (a): Debbie Macomber
Editora: Novo Conceito
Páginas: 224
ISBN: 9788581633411

Sinopse: Quando um anjo decidir entrar em sua vida, diga adeus aos sonhos impossíveis... Shirley, Goodness e Mercy sabem que o trabalho de um anjo é interminável — especialmente na véspera do Ano-novo. Ao lado de seu novo aprendiz, o anjo Will, elas se preparam para entrar em ação na festa de fim de ano da Times Square. Quando Will identifica dois solitários no meio da multidão, ele decide que a meia-noite será o momento perfeito para dar aquele empurrãozinho divino de que eles precisam para acabar com a solidão. Então, por “acidente”, Lucie Ferrara e Aren Fairchild esbarram-se no meio da alegria da festa, mas, assim como se aproximam, acabam se perdendo: um encontro marcado que não acontece os afasta pelo resto da vida. Ou será que não? Um ano depois, Lucie é a chef de um novo e aclamado restaurante, e Aren é um colunista de sucesso em um grande jornal de Nova York. Durante todo o ano que passou, os dois não se esqueceram daquela noite. Shirley, Goodness, Mercy e Will também não se esqueceram do casal... Para uni-los novamente, os anjos vão usar uma receita antiga e certeira: amor verdadeiro mais uma segunda chance (e uma boa dose de confusão), para criar um inesquecível milagre de Natal.


       Em Anjos À Mesa, somos apresentados a um capítulo da história de Shirley, Mercy e Godness, três anjos que vivem se metendo em confusões. Elas são Embaixadoras da Oração, tendo como "trabalho" atender os pedidos feitos por humanos crentes, que são repassados para elas através de seu superior, o anjo Gabriel. As três são ótimas no que fazem, contudo, muitas vezes acabam empolgando-se e indo além do que deveriam — os anjos têm uma política de não interferência na vida humana, regra que é notoriamente ignorada pelas amigas. 
     Quando o aprendiz de Mercy, Godness e Shirley, Will, desce à Terra com elas escondido, ele acaba interferindo nos planos de Deus e juntando um casal mais cedo do que o programado. Lucie e Aren deveriam ficar juntos, mas somente em alguns meses. Quando o romance é adiantado por Will, e, devido a contratempos, não consegue evoluir, os mocinhos separam-se. Onze meses depois, cabe aos quatro anjos consertarem a bagunça que causaram, já que Wendy, a mãe de Lucie, orou fervorosamente por isso. 

    Nunca fui o tipo de pessoa que fica fascinada com o Natal, e, honestamente, ele passa longe de uma das minhas épocas preferidas do ano. Devido a isso, antes mesmo de iniciar a leitura de Anjos À Mesa já tinha alguns receios quanto ao enredo: fiquei com medo de a história ser meio chatinha e clichê, uma das narrações típicas que estamos cansados de ler no final do ano. Posso dizer alegremente, entretanto, que me surpreendi de um modo excelente — a autora escreveu um romance doce, quase um chick-lit, que abusa do humor e deixa o leitor vulnerável a ataques de risos. 
     O enredo, por si só, já é muito original e promete uma aventura ao leitor. Até onde eu lembre, nunca li nada que possuía anjos como foco principal, e preciso comentar que adorei essa primeira experiência. Outro ponto forte da leitura foi a mensagem que a autora desejou passar muito nitidamente — que milagres acontecem e que, mesmo que caiba somente a nos selarmos nosso futuro, existe, em algum lugar, uma força superior torcendo pelo nosso sucesso. 
     A narrativa de Debbie Macomber é deliciosa, e passa-se em terceira pessoa. Leve e fluída, consegue cativar o leitor de modo simples e eficaz, já que conta com uma linguagem simples, direta e espirituosa. Devorei o livro em questão de horas, e mais de uma vez encontrei-me dando gargalhadas com as tiradas hilárias de seus personagens. 
     O foco é alternado entre os anjos encrenqueiros, mas que possuem um coração de ouro, e o casal apaixonado que eles estão tentando ajudar. Essa foi uma das poucas vezes que terminei a leitura sem um personagem favorito: os anjos são engraçados, meigos e distraídos, e tanto Aren quanto Lucie são determinados e persistentes, e ambos não hesitam em fazer o que acreditam ser correto. Até mesmo o relacionamento entre os personagens é fácil e verdadeiro, pois eles mesclaram-se excepcionalmente bem.
    Algo que achei muito interessante em relação ao enredo foi o modo que o "segredo" adicionado é, simultaneamente, o que une e o que separa os personagens. Foi uma tirada simples e inteligente da autora, já que o leitor (e eu posso dizer por mim mesma!) fica curioso para ver quando o segredo virá a tona, e quais complicações irá causar. 
    Adorei o trabalho gráfico da Editora Novo Conceito! A diagramação do livro é delicada, simples e ao mesmo tempo muito bonita. Dei uma pesquisada e fiquei encantada com a outra capa do livro (existem duas versões), que, na minha opinião, é deveras mais bela do que a adotada aqui no Brasil — a intenção, acredito, tenha sido retratar o restaurante de Lucie, Encantos Divinos, e apesar de a ideia ter sido boa, faltou um pouco mais de elaboração na imagem.
   Por fim, é uma história sobre esperança, amor e superação, com uma pequena ajuda divina. Mesmo que o romance seja um pouquinho clichê, é uma história fofa, despretensiosa e divertida, e o livro será seu companheiro por algumas boas horas. Super recomendado para quem procura um romance recheado de entretenimento.
    Vale comentar que Anjos À Mesa, é, na verdade, o último volume lançado da série "Angelic Intervention", que ainda não foi publicada no Brasil. Apesar da Editora Novo Conceito de ter começado a história pelo fim, não há qualquer ressalva em ler esse volume sem ter lido os anteriores da série, já que cada um é independente, e nenhum possui um final definitivo. 
Melhor quote:
"Como disse, não há um calendário exato para encontrar a pessoa certa. [...] Acontece quando tem que acontecer." 


                     


     Olá, gente! No comecinho de dezembro colocamos no ar a primeira Pesquisa de Opinião do Palácio de Livros. Primeiramente, eu e a Letícia queremos agradecer a todos os leitores que doaram um pouquinho do seu tempo para preencher o formulário e nos passar esse feedback tão importante. Todas as sugestões foram anotadas, e o blog, que estará passando por algumas mudanças nos próximos meses, vai ser reformulado levando em conta as respostas de todos vocês.
     Agora, nada mais justo do que premiar quem nos ajudou, certo? Como, infelizmente, não podemos enviar prêmios a todos, sorteamos três leitores que participaram da pesquisa de opinião. Como já havia sido estabelecido, o primeiro sorteado levará o livro "A Breve Segunda Vida de Bree Tanner", e os dois outros irão receber um kit contendo vários marcadores e mimos. Confiram o resultado do sorteio!

      Tivemos 42 comentários válidos, e abaixo você confere - na ordem sorteada - o número sorteado e o comentário correspondente.

   
Parabéns, Jaque Ribeiro! Você ganhou um exemplar de "A Breve Segunda Vida de Bree Tanner". Um e-mail foi enviado para você, e você deve respondê-lo com seus dados em até sete dias úteis, ou o sorteio será refeito. 

  
Parabéns, Gabrielly Lins! Você ganhou um kit de marcadores e mimos diversos. Um e-mail foi enviado para você, e você deve respondê-lo com seus dados em até sete dias úteis, ou o sorteio será refeito.  


Parabéns, Tamiris Ferreira! Você ganhou um kit de marcadores e mimos diversos.  Um e-mail foi enviado para você, e você deve respondê-lo com seus dados em até sete dias úteis, ou o sorteio será refeito. 

Novamente, agradecemos a todos vocês, e avisamos para que fiquem ligados pois, em alguns dias, teremos outra promoção no ar. 




Livro: O Presente
Titulo Original: The Gift
Autor (a): Cecelia Ahern
Editora: Novo Conceito
Páginas: 320
ISBN: 978-85-8163-314-5

Sinopse: Todos os dias, Lou Suffern luta contra o tempo. Ele tem sempre dois lugares para ir, tem sempre duas coisas a fazer. Quando dorme, sonha com os planos do dia seguinte, e, quando está em casa, com a esposa e os filhos, sua mente está, invariavelmente, em outro lugar. Numa manhã de inverno, Lou encontra Gabe, um morador de rua, sentado no chão, sob o frio e a neve, do lado de fora do imenso edifício onde Suffern trabalha. Os dois começam a conversar, e Lou fica muito intrigado com as informações que recebe de Gabe; informações de alguém que tem observado uniões improváveis entre os colegas de trabalho de Lou, como os encontros da moça de sapatos Loubotin com o rapaz de sapatos pretos… Ansioso por saber de tudo e por manter o controle sobre tudo, Lou entende que seria bom ter Gabe por perto — para ajudá-lo a desmascarar associações que se formam fora de suas vistas — e lhe oferece um emprego. Mas logo o executivo arrepende-se de ajudar Gabe: sua presença o perturba. O ex-mendigo parece estar em dois lugares ao mesmo tempo, e, além disso, Gabe lhe fala umas coisas muito incomuns, como se soubesse do que não deveria saber… Quando começa a entender quem é realmente Gabe, e o que ele faz em sua vida, o executivo percebe que passará pela mais dura das provações. Esta história é sobre uma pessoa que descobre quem é. Sobre uma pessoa cujo interior é revelado a todos que a estimam. E todos são revelados a ela. No momento certo.



    Lou Suffern é um homem de negócios. Ambicioso e preocupado em fazer seu trabalho de forma notável aos olhos de seu chefe, ele está constantemente ocupado, possuindo o costume de fazer várias coisas ao mesmo tempo, nunca completando perfeitamente os vários compromissos que possui. Apesar de possuir uma esposa linda e atenciosa, uma filha de cinco anos e um bebê de poucos meses o aguardando todas as noites em sua mansão em uma região nobre de Dublin, ele não consegue se conectar com a família, vivendo para o trabalho.
     Em uma manhã fria, sem saber exatamente o motivo, Lou – que sempre está apressado e nunca parou para olhar o que está a sua volta – dá um copo de café para um pedinte sentado do lado de fora do prédio no qual trabalha. Gabe, o mendigo, é bem humorado e parece ser extremamente inteligente, e, em um momento súbito de bondade, Lou resolve dar-lhe um emprego. Após adicionar o antigo pedinte a sua vida, entretanto, tudo parece estar cada vez mais confuso, e, quando algo que soa estranhamente como mágica acontece, o empresário fica desconfiado de quem é verdadeiramente o homem que conheceu – será que Lou conseguirá aproveitar o presente que lhe foi dado de forma tão misteriosa?

    O Presente é, sim, uma história natalina, mas trata-se de um pouco mais do que isso: é sobre descobertas, esperanças e segundas chances. Com uma pegada mais dramática e profunda do que seu usual, Ahern consegue levar o leitor a refletir acerca de assuntos da vida cotidiana, sobre o valor que damos às pessoas que nos cercam, e sobre nosso o tempo.
     Já no princípio do livro, deparamo-nos com a escrita extremamente detalhada, quiça poética, que é quase característica de Cecelia Ahern. Tudo é descrito em terceira pessoa nos mínimos detalhes, o que, evidentemente, ajuda o leitor a capturar as cenas que são narradas – toda essa minuciosidade, entretanto, em alguns momentos chega a ser um tanto maçante. Apesar de gostar de narrativas detalhadas, em certas partes do livro tive vontade de apenas pular o parágrafo, já que a autora se estende demais em assuntos razoavelmente fora do contexto da história.
     Apesar do supracitado, esse foi um livro que me surpreendeu; não de uma vez, mas aos poucos. Eu explico: não gosto do modo como Cecelia Ahern conta suas histórias – acho que ela procrastina demais o desenrolar dos problemas, e acaba deixando toda a ação para o final. Depois de ter passado da primeira centena de páginas, a leitura estava arrastada, e eu estava crente de que O Presente seria um livro que eu detestaria. Lembro-me, contudo, de ter sentido o mesmo quando comecei a leitura de O Livro do Amanhã, e, ao considerar que o final do outro livro foi estupendo, persisti na leitura – e fico feliz que o tenha feito.
     Talvez o que não contribuiu para minha simpatia inicial foi o personagem principal: Lou é um canalha. Ele é arrogante, mesquinho e a única preocupação de sua vida é ganhar mais dinheiro. Sem dar valor para a família amorosa que tem, (e traindo a esposa várias vezes sem a menor culpa!) ele não é, inicialmente, um personagem carismático. Ao longo do livro e muito gradualmente, contudo, Lou vai percebendo as atitudes erradas que toma, e – mesmo que não completamente – vai redimindo-se, tanto consigo quanto com as pessoas que ama.
    Particularmente, não sou alguém que acredita que algumas boas ações podem expiar todos os atos ruins de uma pessoa (quem se lembra de Severus Snape?). As atitudes do personagem, entretanto, foram tão reais e condizentes com a mensagem do livro, que, mesmo que sem querer, acabei afeiçoando-me a ele. Gabe, o misterioso mendigo, é também um personagem excelentemente desenvolvido, engraçado e carismático, que, descobrimos depois, é essencial para a história de várias maneiras.
    O interessante em relação à obra é a lição que é passada nas entrelinhas. De uma maneira tão sutil e reservada, mas muito marcante, aprendemos a pensar sobre nossas atitudes e tirar um aprendizado do enredo. Mesmo que a trama seja irreal e até mesmo um pouco clichê, você é levado a refletir sobre as escolhas que toma, a maneira como administra seu tempo e a atenção que dá àqueles que te amam.
     Não posso dizer que, depois de ler o final tão tocante e captar a mensagem em sua totalidade, eu não tenha gostado do livro. Pelo contrário, de fato: apesar de minhas primeiras impressões, lembrarei-me do livro com um sorriso, pois o amor e as lições que vieram junto com ele ficarão guardadas em minha memória.
    Com um toque sagaz, é um livro milimetricamente planejado, em que fatos que você leu no começo só farão sentido no final da história. A autora conseguiu segurar o grande ápice para as páginas finais, deixando sempre certo suspense, e foram exatamente as últimas trinta páginas que me conquistaram. Além disso, depois que a história termina, é passada ao leitor a habilidade de tirar suas próprias conclusões, deixando alguns fatos em aberto, de modo que a reflexão possa ser possível.
     A diagramação realizada pela Editora Novo Conceito é encantadora. Conseguindo transmitir o clima natalino com os pequenos enfeites a cada começo de um capítulo, além de adicionar um charme a mais com os flocos de neve e brilhos na parte inferior das páginas, o design é extremamente belo. A capa não fica atrás, e gostei dela tanto quanto gostei da capa original irlandesa. Sem erros de revisão, com páginas amareladas e uma fonte ideal para leitura, o resultado final é encantador.
    Mesmo que possua o tema de “lição de Natal”, o livro consegue ir além disso, trazendo uma carga de drama, amor e magia. Apesar de possuir seus pontos altos e baixos, acabei me afeiçoando à obra, que, por demonstrar um enredo inteligente e tocante, me conquistou no final. Aos que pretender realizar a leitura, recomendo que persistam no livro, pois o ápice no fim acaba compensando toda a falta de ação do começo.
Primeiro parágrafo:
"Se você caminhasse pelas calçadas de um condomínio suburbano no início da manhã de Natal, não conseguiria deixar de observar as fachadas decoradas com enfeites brilhantes e coloridos, iguais às caixas dos presentes que estão embaixo da árvore de Natal em todas as casas. Cada casa guarda seus segredos (...)"
Melhor quote:
“Os caminhos ficam muito mais claros quando as pessoas param de dar atenção ao que os outros estão fazendo e concentram-se em si mesmas.”
                       


A Companhia das Letras revelou a capa de Tabuleiro dos Deuses, primeiro volume de Age of X, nova saga de Richelle Mead. A previsão de lançamento é para fevereiro através do selo Paralela.
"A nova saga promete ter todos os elementos que tornaram os livros de Academia de Vampiros e Bloodlines tão bem sucedidas: personagens atraentes e irresistíveis; conflitos românticos e mitológicos; ação e suspense implacáveis. A autora, ao falar um pouco sobre a saga, disse que a ideia surgiu antes mesmo de publicar Succubus Blue, entretanto levou um bom tempo para colocar no papel por ser um enredo mais detalhado e complexo."


Sinopse: Em um cenário futurístico onde o mundo quase foi destruído por extremistas religiosos, Justin March vive em exílio depois de falhar em uma missão como investigador de grupos religiosos e fenômenos sobrenaturais. Ele recebe uma segunda chance quando Mae Koskinen o leva para a República Unida da América do Norte (RUAN). Proveniente de uma casta aristocrática, Mae agora faz parte da facção de elite mais aterrorizante do exército, possuindo habilidades e reflexos aprimorados.
Quando Justin e Mae são designados para trabalhar juntos na solução de uma série de assassinatos ritualísticos, logo percebem que suas descobertas os expuseram a perigos terríveis. Conforme a investigação avança, inimigos desconhecidos e poderes maiores do que podem imaginar estão se reunindo nas sombras, prontos para reclamar o direito sobre um mundo em que os humanos são meras peças em seu tabuleiro.

Fiquei super feliz com a noticia! E vocês? Da autora, só li a série Academia de Vampiros, mas foi o suficiente para classificá-la como uma das minhas autoras favoritas. Vou ler, sem dúvidas.



Livro: Beautiful Creatures: Dezesseis Luas
Título Original: Beautiful Creatures, 1
Autor (a): Margaret Stohl e Kami Garcia
Editora: Galera Record
Páginas: 490
ISBN: 9788501086914 
Ethan é um garoto normal de uma pequena cidade do sul dos Estados Unidos e totalmente atormentado por sonhos, ou melhor, pesadelos com uma garota que ele nunca conheceu. Até que ela aparece... Lena Duchannes é uma adolescente que luta para esconder seus poderes e uma maldição que assombra sua família há gerações. Mais que um romance entre eles, há um segredo decisivo que pode vir à tona. Eleito pelo Amazon um dos melhores livros de ficção de 2009. Direitos de tradução vendidos para 24 países. Um filme da série está sendo produzido. "Pacote completo: um cenário assustador, uma maldição fatal, reencarnação, feitiços, bruxaria, vudu e personagens que simplesmente prenderão o leitor até o fim...




   Ethan Wate é um adolescente preso na rotina da cidade na qual vive. Gatlin, uma pequena cidade perdida na vastidão da Carolina do Sul, é um exemplo perfeito de cidade interiorana sulista, onde todos conhecem a vida de cada um, e seu destino foi determinado quando se estava na pré-escola. Ethan, entretanto, almeja mais para si: ele deseja ser diferente, sair do padrão “mesmista” que todos que conhece seguiram. Levando tudo isso em conta, é uma surpresa para todos os habitantes de Gatlin quando, na cidade em que nada acontece, uma nova moradora chega e faz-se ser notada por sua singularidade.
    Lena Duchannes é sobrinha do misterioso Macon Ravenwood, o recluso local — o que, por si só, já a faria destacar-se na única escola da cidade, a Jackson High. Mas, quando Ethan percebe que ela é a garota misteriosa dos sonhos que ele vem tendo há meses, desconfia haver algo a mais sobre a garota. Ela, assim como ele, não parece pertencer ao lugar aonde está. Além disso, a atração entre os dois é inevitável, e o destino parece querer manter os jovens próximos.
    O que Ethan não percebe inicialmente, entretanto, é que eles são de mundos completamente diferentes. O mundo de Lena vem acompanhado de coisas impossíveis, sobrenaturais, onde uma guerra entre o bem e o mal é constante, e um ato impensado pode dar fim à vida de alguém. Será o amor dos dois forte o bastante para resistir à forças que estão fora do controle de qualquer um?

     Dezesseis Luas foi uma leitura, acima de tudo, bastante controversa. Essa foi uma das poucas vezes que vi o filme antes de ler o livro, portanto, já havia formado algum tipo de opinião e até mesmo sabia informações sobre o enredo. Pessoalmente, não gostei muito da adaptação, apesar de não tê-la achado ruim — senti que muita informação estava faltando. Presumi que tudo seria explicado mais profundamente no livro, e assim que pude adquiri o exemplar.
    O livro é narrado por Ethan — o que adorei, já que nunca havia lido um livro narrado somente pelo protagonista masculino! — fato que torna a história mais objetiva, com uma visão um pouco mais clara do que a maioria dos romances adolescentes. Ethan é realista, inteligente, e bem maduro para um garoto de dezesseis anos. Gostei do modo como ele vê tudo, como procura sempre ajudar a garota que ama, apesar de todas as consequências.
   Sem contar spoilers, a premissa do livro foi o que mais agradou-me. A ideia de um romance entre um mortal e um ser sobrenatural já é bastante usada, mas isso nunca impede o interesse pela história. Fiquei chateada, entretanto, com o ritmo que tudo tomou. A história promete ser boa, mas, na maior parte do livro, nada muito importante acontece.
   Há alguns mistérios, é claro, fatos que vão sendo descobertos aos poucos, mas a maneira como as autoras foram compartilhando as informações não me agradou. Tudo foi muito mal explicado no começo, e, mais ao fim do livro, quando temos uma visão mais ou menos clara de tudo o que aconteceu, outra coisa acontece novamente e deixa o leitor mais confuso ainda. É ótimo quando precisamos quebrar a cabeça para resolver um mistério que só é revelado no fim, porém, o que aconteceu na obra não foi isso, mas sim um relapso das autoras ao desenvolver o mundo que elas criaram.
   Apesar do citado, é certo que há pontos positivos na obra. O modo como cada personagem é desenvolvido é impressionante, não só pelos costumes tão originais de todos, mas por ser possível sentir cada um como se fossem pessoas conhecidas. Criar seres únicos e verdadeiros é, sem dúvidas, um dos melhores talentos das autoras. O meu personagem preferido da trama foi, sem qualquer dúvida, o tio de Lena, Macon Ravenwood, que consegue conquistar o leitor com sua singularidade. Apesar de fazer um papel muito importante na história, desejaria que ele tivesse mais aparições.
    O design do livro é muito bonito, e gosto muito da capa por conseguir transmitir o clima um tanto sombrio, ao mesmo tempo que romântico da obra. As folhas são amareladas e de boa qualidade, e a Galera, como sempre, caprichou nos acabamentos. A diagramação do livro é bonita, porém, deixa muito a desejar no quesito da revisão. Na edição que tenho do livro, há vários erros no texto, não só ortográficos, mas também na falta de pontuação correta (principalmente travessões!), o que torna a leitura um tanto confusa e obriga o leitor a voltar e ler o parágrafo novamente.
    Gostei do livro, apesar de alguns furos, e pretendo continuar a série. Espero, entretanto, que nas sequências os personagens amadureçam mais, assim como a história, que, depois do fim do primeiro volume, promete crescer imensamente, já que muita coisa ficou precisando ser explicada.
     Por fim, Dezesseis Luas é um romance adolescente, mas que usa o sobrenatural para proporcionar um toque a mais. Recomendo sim o livro, mas aviso para quem for lê-lo para manter em mente que trata-se de algo mais juvenil, sem tanta profundidade. Ótimo para passar o tempo e começar uma nova série, o livro vai te intrigar e entreter, cumprindo o objetivo inicial da leitura. 
Melhores quotes:
"Mortais. Acham que podem mudar as coisas. Parar o universo. Desfazer o que foi feito muito antes de vocês surgirem. Vocês são criaturas tão lindas."
"A história é uma merda às vezes. A gente não pode mudar de onde é, mas ainda assim não precisa ficar lá."


Olá, pessoal! Hoje, vou apresentar para vocês a mais nova parceira do blog: a Editora LaFonte, que promete vir com tudo em 2014. Vamos conferir um pouco sobre a editora, e alguns de seus títulos? 

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     A Lafonte é o principal selo editorial focado em trade market. Nasceu em 2007 dentro do grupo Escala para dar seguimento ao processo de expansão de publicações da holding, já fortes nas áreas Educacional e de periódicos.
      É a editora-mãe da área de trade e publica, em geral, não ficção, principalmente as duas linhas mestras da casa: gastronomia e música. Este selo também é forte pela publicação de livros-brinquedo e infantojuvenis.
       Este ano novos selos passaram a integrar o grupo: o selo Hamelin (obras de ficção em geral, romances, juvenis, fantasy, chick lit e muito mais) e o Princípio (livros de desenvolvimento pessoal e negócios).

CLIQUE NAS IMAGENS PARA SABER MAIS SOBRE OS LIVROS!
    
      

Fiquei muito feliz com o convite do pessoal da Editora, e espero que a parceria traga bons resultados para ambos os lados, e, é claro, para vocês, leitores. Aguardem que em breve teremos novidades!




Título: Predestinados
Título original:  Starcrossed
Autor (a): Josephine Angelini
Editora: Instrínseca
Páginas:  316
ISBN:  9788580572209

Sinopse: Helen Hamilton passou a vida inteira tentando disfarçar o fato de que é uma garota diferente, mas agora, aos dezesseis anos, isso está cada vez mais difícil. Não apenas por causa de sua força sobre-humana ou porque às vezes, sem motivo aparente, pessoas estranhas simplesmente a atacam, mas também porque ela teme que seu juízo esteja seriamente comprometido. Pesadelos recorrentes com uma estranha viagem pelo deserto e a visão de três mulheres derramando lágrimas de sangue a tem atormentado noite e dia. Ao mesmo tempo, um impulso inexplicável, incontrolável, passa a dominar seus pensamentos: Helen quer matar Lucas, um dos rapazes da glamorosa e misteriosa família Delos. À medida que descobre mais sobre sua verdadeira origem, ela percebe que a relação dos dois está submetida não só à sua vontade, mas a forças e tradições ancestrais.
Predestinados é inspirado na Ilíada, de Homero. A feliz combinação de mitologia grega e romance faz com que o livro seja imediatamente comparado a Crepúsculo e Percy Jackson e os olimpianos.

    Esqueça suas certezas absolutas sobre a mitologia grega. Pouco do que realmente aconteceu está escrito no livro A Ilíada. E, quando embarcar nessa história, lembre-se que semideuses ainda existem e estão a cada dia mais fortes.
    Helen é uma garota superior às outras. É extremamente rápida, extremamente forte e muito inteligente. Nunca soube de onde vieram esses poderes que tentava tanto reprimir, nem onde sua mãe – que desaparecera quando ainda era pequena – podia estar. Seu passado tinha um mistério grande. Assim Jerry, seu pai, a criara sozinho sem saber das capacidades sobrenaturais de Helen, e sem falar muito da sua esposa que partira seu coração abandonado ambos e deixando somente um colar dedicado à sua filha.
    Mas tudo mudou quando a família Delos se mudou para a ilha em que viviam. Os boatos se espalhavam sobre os novos garotos da ilha: o quanto eram bonitos e atléticos. E as meninas Delos também eram muito elogiadas. Helen parecia ficar cada vez mais amarga quando o assunto era essa família... Até que ela viu Lucas Delos pela primeira vez na escola e saiu correndo para atacá-lo. Mesmo com sua extrema força, Lucas conseguiu impedi-la.
    No instante em que Helen teve contato direto com a família Delos, três assombrações começaram a persegui-la fazendo seu ódio ser letal. Com mais pesquisas, ela descobriu que na mitologia grega, elas se chamavam Fúrias e garantiam que as promessas de sangue se cumprissem. E o que tudo indicava era que os Delos também as viam e também queriam o fim de Helen.
    Depois de uma fuga, Helen se vê voando e caindo de uma altura incrível. Quando acorda, vê que está toda machucada e que caíra em cima de Lucas, igualmente ferido. Imediatamente o ódio que ambos nutriam havia desaparecido, assim como As Fúrias. É nesse episódio que descobre então que era uma semideusa, coisa que jamais imaginara.
    Mas os problemas não acabavam por aí. De acordo com uma profecia, todas as famílias – ou Casas – de semideuses deveriam ser extinguidas para que somente uma delas, pudesse ser imortal. Todos os restantes dos semideuses acreditavam que somente a Casa de Tebas havia sobrevivido. Estavam enganados, e, agora, Helen estava sendo caçada para morrer.
    Toda essa guerra entre as famílias havia começado na Grécia Antiga, quando a batalha entre povos começaram por apenas um rosto... O rosto de Helena de Tróia, e o rosto que Helen herdara.

    Esse foi outro livro que me deixou totalmente divida. Em um sentido ele foi ótimo, em outro, deixou muito a desejar.
    A mitologia Grega é um desafio para qualquer autor, desde que a história que este crie seja inovadora e não uma cópia dos livros antigos – A Ilíada, A Odisséia e etc. – já existentes, como foi o caso da série Percy Jackson. Em Predestinados, foi possível perceber que a autora teve muito cuidado em construir a história, abrir brechas e fechá-las, e arquitetar um enredo arrebatador.
    Apesar da confusão inicial, desde o começo essa obra pareceu prometer muito. Os personagens pareciam bem desenvolvidos, a narração estava em sintonia com a história e a trama estava conquistando minha total atenção. Foram as dúvidas que me mantiveram mergulhada nessa história até o fim.
Helen foi uma protagonista interessante, mas que se igualou às típicas personagens de livros sobrenaturais e juvenis. Portanto, fiquei um pouco decepcionada com suas atitudes e escolhas. Mas os demais personagens foram inteiramente incríveis e diferentes.
    Um dos pontos negativos nesse enredo foi que tudo acabou sendo trabalhado com muita rapidez. As informações foram sendo jogadas, assim como os acontecimentos. Talvez se houvesse mais lentidão nesse desenvolver, ambos teria amadurecido mais, e, conseqüentemente, o livro teria tido mais sucesso.
Também fiquei um tanto incomodada com similaridade com Crepúsculo e outros livros juvenis: uma família rica, um menino mais bonito que os demais, uma irmã mais grosseira, uma prima mais querida, e a protagonista sendo criada somente por seu pai. O ódio entre Lucas e Helen e o amor deles mais tarde ficou bem próximo da relação de Edward e Bella, apesar de histórias completamente diferentes.  Já li inúmeros livros desse gênero, e assim que bati o olho nesses detalhes, fui lembrar justamente de Crepúsculo. Talvez não seja algo somente da minha imaginação...
    Fiquei bem animada com a história até seu fim. O final deixou a desejar por ter terminado rápido, e pouco dos sentimentos terem me golpeado. Mas o desfecho agridoce me satisfez bastante, deixando-me animada para a seqüência da obra.
    Com uma história complicada assim, a autora, sem dúvidas, poderá fazer um bom trabalho nas próximas publicações, ou fazer da série um desastre como Os Imortais. Vamos torcer para que Josephine ganhe mais experiência e nos proporcione leituras melhores ainda.

    Apesar dos defeitos, Predestinados cumpriu o seu dever. Fez-me lê-lo até o fim, e me fez gostar do que lia. Acho que uma narrativa envolvente é um ponto altíssimo. Indico a leitura à todos que apreciam um bom livro sobrenatural e juvenil, com romance mesclado à complicações. Sem dúvidas, a história foi o melhor nessa obra, e para quem aprecia essas características, vai gostar de Predestinados.

Primeiro Parágrafo: 
 “ – Mas se você me der um carro agora, ele será seu quando eu for para a universidade daqui a dois anos. E estaria quase novo.”
Melhor Quote: 
“Desde que pudesse manter seu pai a salvo de toda essa tragédia grega sem sentido, ela enfrentaria tudo o que poderia acontecer.”





Livro: Adeus À Inocência
Título Original: Little Girl Gone
Autor (a): Drusilla Campbell
Editora: Novo Conceito
Páginas: 272
ISBN: 9788581632766

Sinopse: Madora tinha 17 anos quando Willis a “resgatou”. Distante da família e dos amigos, eles fugiram juntos e, por cinco anos, viveram sozinhos, em quase total isolamento, no meio do deserto da Califórnia. Até que ele sequestrou e aprisionou uma adolescente, não muito diferente do que Madora mesmo era, há alguns anos... Então, quando todas as crenças e esperanças de Madora pareciam sem sentido — e o pavor de estar vivendo ao lado de um maníaco começava a fazê-la acordar , Django, um garoto solitário, que não tinha mais nada a perder depois da morte trágica de seus pais, entrou em sua vida para trazê-la de volta à realidade. Quem sabe, juntos, Django, Madora e seu cachorro Foo consigam vislumbrar alguma cor por trás do vasto deserto que ajudou a apagar suas vidas?

     Adeus à Inocência foi um livro que me chamou a atenção devido à sinopse. A premissa da história é ótima, forte, do tipo de livro que promete abalar emoções. Infelizmente, quando comecei a leitura da obra, percebi que estava bastante enganada: eu esperava uma coisa, acabei encontrando outra completamente diferente, e me decepcionei com a leitura.

    Madora era uma jovem de dezessete anos quando Willis supostamente a resgatou. Ela estava passando por uma fase turbulenta: nunca havia se dado muito bem com a mãe, o pai havia se suicidado recentemente, e, quando Willis apareceu em sua vida, ela não pensou duas vezes antes de deixar tudo para trás e ir embora com ele.
     Anos depois, ainda perdida em seu amor pelo rapaz, sua vida é, em suma, servir ao Willis. Eles moram em uma pequena casa no meio do deserto, e Madora é extremamente submissa a ele, acreditando em tudo e tomando cada palavra do rapaz como lei. Um de seus deveres é cuidar de uma jovem que Willis recentemente trouxe para casa — acorrentada e amordaçada, e que desde então fica presa em um trailer no quintal. O marido alega ter salvado a menina, mas aos poucos Madora vai enxergando a verdade: assim como fez com ela há alguns anos, Willis sequestrou a garota. O afeto que sentia por ele vai aos poucos se esvaindo, dando lugar a um sentimento muito mais assustador — o pavor de viver ao lado de um sociopata.

    Trata-se de um livro denso, que retrata a realidade dura e crua de um relacionamento abusivo, onde formam-se laços entre um sequestrador e sua vítima. O amor e a admiração que Madora sente por seu algoz pode parecer estranho à primeira vista, mas trata-se de algo que está (e muito!) presente em nossa sociedade: Síndrome de Estocolmo (Stockholmssyndromet em sueco) é um estado psicológico particular desenvolvido por algumas pessoas que são vítimas de sequestro. A síndrome se desenvolve a partir de tentativas da vítima de se identificar com seu raptor ou de conquistar a simpatia do sequestrador.
     A narrativa é feita em terceira pessoa, rica em descrições e detalhes. A autora utiliza uma linguagem diversificada, inteligente, e testa a atenção do leitor ao deixar pequenos detalhes aqui e ali, estimulando a dedução. Gostei bastante da forma como os fatos eram narrados no decorrer da história, mas tive alguns problemas em continuar com a leitura, especialmente no começo.
     Apesar de Madora ser a personagem central da trama, há outras histórias sendo contadas simultaneamente: a do próprio Willis, e a de Django, um garoto de doze anos que ficou recentemente órfão e precisou ir morar no meio do nada com sua tia. Django possui, inclusive, um papel imprescindível na história, já que, com toda sua inocência e franqueza, faz Madora criar uma nova perspectiva em relação à situação na qual está vivendo.
     O meu grande problema com o livro foi o ritmo. Eu sabia que o plot que estava lendo era interessante e ia ficando mais complexo a cada página, mas, na maioria das vezes, a leitura foi apenas... chata. Eu não consegui pegar o compasso e me prender à leitura, mesmo que tenha gostado do desenvolvimento. Talvez foi o ritmo lento ou devido às atitudes de Madora, mas senti que algo ficou faltando.
     A pegada psicológica de Adeus à Inocência é clara, e gosto muito da espécie de livro que revela o âmago dos personagens — tanto dos mocinhos, quando do vilão —, mas sinto que faltou certa profundidade, aquele “tchãn” que serve para tocar e comover o leitor, faze-lo sentir que está vivendo a história juntamente com quem a narra.            
     Os personagens são bem construídos, com muitas nuances, que permitem o crescimento e amadurecimento deles durante a narrativa. Todos eles são frágeis e tão reais, e é notável o esforço que Campbell aplicou em demonstrar que ninguém é feito apenas de defeitos ou qualidades, que todos possuem tanto um lado bom quanto um mau. Minha única ressalva com a criação dos protagonistas foram as tolices de Madora — ela é o tipo de personagem que te faz querer entrar no livro e fazê-la acordar para a vida.
     A diagramação é limpa, excelente para a leitura, e não encontrei nenhum erro de revisão. Gostei bastante da capa que a Editora Novo Conceito investiu: apesar da original americana ser muito mais bela em questão de estética, essa capa combina muito mais com a história em si. Além disso, tanto o título original quando o brasileiro conseguiram captar perfeitamente a essência do que é contado no livro.
     Por fim, é uma história que poderia ter sido excelente, mas acabou sendo apenas boa. Um tipo diferente de thriller, com uma visão um pouco mais crua: não espere grandes cenas de ação, ou revelações surpreendentes, mas saiba que o livro vai te fazer refletir sobre os caminhos que a vida toma, e como a dor pode mudar o interior de alguém. 
Melhor quote:
"(...) Ela imaginou como seria falar com ele num tom audacioso. Então se deteve. Imaginar já era perigoso, pois ela podia ficar tão à vontade em suas próprias opiniões que um dia se esqueceria e as falaria em voz alta."
                        


Olá, pessoal! O Entre Páginas e Telas desse sábado vai falar um pouco sobre a adaptação do bestseller de Stephen Chbosky, As Vantagens de Ser Invisível. O filme foi sucesso de bilheterias e teve como protagonistas Logan Lerman, Ezra Miller e Emma Watson, nossa eterna Hermione, e aqui dou dinha opinião sobre ele. Vamos lá?

   
Capa nacional original do livro, e o pôster americano do filme. 

    Ambientado no começo dos anos 90, em As Vantagens de Ser Invisível conhecemos Charlie, um adolescente de 15 anos, que está começando amadurecer e explorar a vida. Ele tem muitos desafios para enfrentar: o recente suicídio de seu único e melhor amigo, as dificuldades escolares, seu primeiro amor e suas próprias questões existenciais. Entre tudo isso, ele precisa descobrir quem ele é e a que lugar pertence, e, acima de tudo, Charlie quer deixar de ser apenas um expectador e começar a atuar em sua própria vida. 
Quando ele conhece Sam e Patrick, dois irmãos que, como típicos adolescentes, acreditam em aproveitar a vida, a rotina de Charlie passa por muitas mudanças. Ele aprende sobre amizade, sobre como enfrentar situações totalmente novas, e como conviver com pessoas que são completamente diferentes dele. Charlie embarca em um processo de mudança e aprendizado incrível, nos levando juntamente com ele – e, sem mais, nos fazendo sentir infinitos.

     Apesar de todo o sucesso que o filme fez quando foi lançado, decidi que iria ler o livro primeiro. Me surpreendi demais com a obra dramática, tocante e extremamente real que Stephen Chbosky escreveu, e, após ter devorado o livro em menos de um dia, é claro que não podia esperar para conferir se a adaptação fazia jus à versão original.
     Minha primeira ressalva com o filme foi o elenco — não por não gostar do trabalho deles, muito pelo contrário —, por acompanhar a carreira dos atores: achei que iria acabar “confundindo” personagens. Felizmente, não poderia estar mais enganada. Os representantes de Charlie (Logan Lerman), Patrick (Ezra Miller) e Sam (Emma Watson) têm atuações brilhantes, do tipo que conseguem transmitir ao leitor exatamente a profundidade que é sentida no livro. Com o uso de muita sutileza, uma trilha sonora magnífica e um drama dosado e bem construído, o filme transporta-nos a uma viagem marcante. 


     A direção do filme ficou por conta do próprio autor, Stephen Chbosky, e isso garantiu que a essência singular da obra fosse mantida. Há várias cenas semelhantes às do livro, com apenas algumas pequenas alterações, e acredito que os fatos foram adaptados na medida correta, muitas vezes mesclando cenas menos importantes e criando, assim, uma “mistura” que consegue ser manter-se fiel à obra, ao mesmo tempo que transmite um caráter mais jovem e inovador. 
    Tratando-se de adaptações, é sempre difícil para um fã compreender e aceitar completamente o conteúdo delas. Sentimos falta de cenas, situações e personagens, apesar de sabermos claramente que mudanças que podem (e vão!) ocorrer. Em As Vantagens de Ser Invisível, o que mais me incomodou, em relação à esse aspecto, foi a falta de desenvolvimento do relacionamento de Charlie com sua irmã, Candace (Nina Dobrev). Alguns fatos — que são extremamente importantes para o crescimento pessoal tanto de Charlie, quanto de sua irmã — foram suprimidos, e senti falta do companheirismo que é notável no livro, mesmo com todos os problemas pelos quais os irmãos passam. 
     Por outro lado, o filme supera o livro no quesito de humor. Há várias falas muito engraçadas adicionadas, e a maioria fica por conta do personagem de Ezra Miller (que atuou incrivelmente!), Patrick. Ele é simplesmente hilário na adaptação, e mais de uma vez me peguei dando gargalhadas com as tiradas do personagem. O drama pessoal pelo qual ele passa também ganhou destaque, e consegue comover o espectador, que aprende a gostar ainda mais de Patrick nessa versão. 


     Assim como na obra, temas polêmicos são retratados no decorrer do filme. Suicídio, relacionamentos, o uso de drogas e homossexualismo, entre outros temas, são apresentados na tela de maneira sutil, mas ainda sim concisa, o que estimula quem assiste ao filme a não encarar essas situações como algo distinto, mas parte de quem os personagens são. 
    É difícil expressar em palavras como esse livro me tocou, e o filme conseguiu, também, comover-me de modo parecido. A abordagem singular do livro o difere de todos os outros, e talvez, por isso, não seja uma obra que todos consigam gostar ou compreender, já que conta com pontos profundos e até um tanto poéticos. A adaptação conseguiu captar essa essência, mesmo que de modo um pouco diferente, e está extremamente recomendada. Ela, definitivamente, vai te fazer parar para refletir sobre a vida e as situações que a compõem — e tudo isso ao som de músicas incríveis.

E você, já assistiu ao filme/ leu o livro?



Livro: Quero Ser Seu
Titulo Original: Let Me Be The One
Autor (a): Bella Andre
Editora: Novo Conceito
Páginas: 287
ISBN: 978-85-8163-282-7
PÁGINA NO ORELHA DE LIVRO

Sinopse: Ryan Sullivan sempre gostou muito de Vicki, a quem conheceu na adolescência, quando ela lhe salvou a vida: no estacionamento da escola, um carro desgovernado só não o atropelou porque Vicki o empurrou para longe. Desde então, eles se tornaram melhores amigos — pelo menos, melhores amigos até onde um homem e uma mulher lindos e sedutores conseguem ser… O tempo passou, Vicki casou-se e se separou, e Ryan seguiu sua vida de solteiro. Até o dia em que Vicki pediu-lhe um favor: será que Ryan poderia fazer as vezes de seu namorado para afastá-la de um homem mal-intencionado e pegajoso? Ryan não negaria esse favor a sua amiga, de forma alguma… Não só pelo carinho que nutre por ela, mas também por uma característica de sua personalidade: Ryan faz o tipo protetor (o tipo de homem com que toda mulher sonha em algum momento da vida). Agora, depois de brincarem de namorados, será que os dois conseguirão manter a amizade de sempre?
 SÉRIE "OS SULLIVANS"
    1.  Um Olhar de Amor
    2.  Por um Momento Apenas
    3.  Não Posso Me Apaixonar
    4.  Só Tenho Olhos Para Você
    5.  Se Você Fosse Minha
    6.  Quero Ser Seu

    Em Quero Ser Seu, conhecemos a história de Ryan Sullivan, o famoso lançador de um time de beisebol, os Hawks. Ryan, assim como todos os homens Sullivans, é muito protetor e carinhoso, e quando sua melhor amiga de infância, Victoria Bennet, o pede ajuda, ele não pensa duas vezes antes de ir ao socorro da moça. Vicky passou muitos anos fora do país, e teve sua conta de situações complicadas. Recém divorciada, ela voltou para São Francisco para retomar sua carreira como escultora, mas, quando um dos jurados de um programa de bolsas que ela está participando resolve ameaçar sua carreira, ela pede a ajuda de Ryan, que finge ser seu namorado.
     O que era para ser apenas uma atuação breve, entretanto, vai transformando-se em algo muito mais complicado. Nenhum dos dois está preparado para a intensidade que parece envolve-los quando se tocam, e a química que existe entre os melhores amigos. Será que vale a pena arriscar uma amizade tão longa em detrimento de um sentimento desconhecido?

      O sexto volume da série dos Sullivans foi, sem qualquer dúvida, o mais cativante de todos. Com muito romance, poucas cenas sensuais e especialmente focado no desenvolvimento do relacionamento dos protagonistas, é o tipo de livro que você simplesmente devora: terminei a leitura em questão de horas, e ela me deixou com um sorrindo pelo resto do dia.
     A obra segue o padrão de Bella Andre: narrado em terceira pessoa, focando ora em Vicky, ora em Ryan, permite-nos uma visão ampla sobre os acontecimentos e os sentimentos dos personagens. Algo único nesse volume, contudo, é que vemos uma grande amizade transformando-se em amor verdadeiro. Desde o começo do livro Ryan e Vicky já possuem uma intimidade, uma familiaridade existente entre aqueles que já se conhecem há tempos. A maneira como todo esse afeto vai evoluindo para um amor de tirar o fôlego é o que encanta o leitor, e garante uma leitura romântica e muito graciosa.
     É impossível resistir ao charme e carisma de Ryan. Todos os irmãos Sullivan tem as mesmas boas maneiras, o fascínio e o ar de “homem perfeito”, mas Ryan conseguiu desbancar todos os seus irmãos — muito no charme, mas principalmente em suas atitudes. Ele é protetor e cuidadoso, mas não é excessivamente possessivo, sempre levando em conta o que Vicky quer e escutando seus conselhos.
     Vicky, por sua vez, é uma mulher muito... normal. Ela é apenas uma mulher comum, que está buscando a felicidade, uma artista que ama o que faz. Outro fato muito aprofundado no decorrer da leitura é a intimidade e profundidade da personagem com suas esculturas, a felicidade simples em fazer o que ela nasceu para fazer. Decidida e dedicada, ela é o par perfeito para Ryan.
     O relacionamento dos dois me comoveu e encantou de um modo que nenhum dos anteriores havia feito. Talvez seja por eles já se conhecerem, se entenderem — não houve nenhum conflito de personalidade, nenhum impedimento que tenha vindo de fora: apenas a vontade de serem mais próximos, e o medo que esse desejo causou em ambos, já que eles valorizavam demais a amizade que tinham e não queriam arrisca-la.
    Como sempre, podemos dar aquela espiadinha no restante da família, e os personagens dos livros anteriores. Há uma união e companheirismo entre todos eles que é realmente encantadora, e que deixa o leitor desejando — pelo menos por alguns momentos — ter uma família grande assim. Além disso, como já é costume na série, no final temos uma pequena prévia do próximo livro, que dessa vez se focará no super astro dos cinemas, Smith.
     A diagramação segue o padrão da Novo Conceito, muito bem organizada e limpa, proporcionando uma leitura agradável e sem erros de revisão. As páginas são amareladas, de um bom material, e, apesar de não ter apreciado inicialmente da capa, quando tive o livro em mãos acabei gostando do acabamento no geral.
      Com uma maneira emocionante de narrar os fatos e impor a eles muita realidade, Quero Ser Seu nos dá uma lição de moral de maneira extremamente sutil. Mostrando que precisamos lutar por aquilo que queremos, que nunca devemos deixar-nos intimidar e que o amor verdadeiro nos torna pessoas melhores e nos fortalece, é uma leitura doce, fluída, que — mesmo que não possua o enredo mais original e bem pensado — vai te deixar com um sorriso no rosto. 
    Vale lembrar que "Quero Ser Seu" faz parte da série Os Sullivans, e que cada livro – que conta a história dos oito irmãos – pode ser lido separadamente, ou seja, é uma série independente. De qualquer jeito, os livros são ótimos para passar o tempo, e a leitura está recomendada.

Primeiro parágrafo do livro:
"Quinze anos antes, na Escola de Palo Alto. Ao cruzar o estacionamento da escola até a loja de arte na Avenida University, Victoria Bennet não conseguia tirar os olhos de Ryan Sullivan, que estava às gargalhadas com alguns rapazes do time de beisebol."
Melhor quote:
"Porque conheço você, querida. Tudo sobre você, por dentro e por fora."

                              


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