Livro: Cilada
Título Original: Caught
Autor (a): Harlan Coben
Editora: Arqueiro
Páginas: 272
Autor (a): Harlan Coben
Editora: Arqueiro
Páginas: 272
ISBN: 9788599296936
Sinopse: Haley McWaid tem 17 anos. É aluna exemplar, disciplinada, ama esportes e sonha entrar para uma boa faculdade. Por isso, quando certa noite ela não volta para casa e três meses transcorrem sem que se tenha nenhuma notícia dela, todos na cidade começam a imaginar o pior.. Na junção dessas duas histórias está Wendy Tynes, a repórter que armou a cilada para Dan e que se torna a única testemunha de seu assassinato. Wendy sempre confiou apenas nos fatos, mas seu instinto lhe diz que Mercer talvez não fosse culpado. Agora ela precisa descobrir se desmascarou um criminoso ou causou a morte de um inocente. Nas investigações da morte de Dan e do desaparecimento de Haley, verdades inimagináveis são reveladas e a fragilidade de vidas aparentemente normais é posta à prova. Todos têm algo a esconder e os segredos se interligam e se completam em um elaborado mosaico de mistérios. O assistente social Dan Mercer recebe um estranho telefonema de uma adolescente e vai a seu encontro. Ao chegar ao local, ele é surpreendido pela equipe de um programa de televisão, que o exibe em rede nacional como pedófilo. Inocentado por falta de provas, Dan é morto logo em seguida.
Wendy Tynes, uma repórter, acaba fazendo uma cilada para um
suposto pedófilo, Dan Mercer. Por falta de provas, este acaba sendo inocentado
pela justiça, mas precisa se manter discreto pelas perseguições que continua
sofrendo.
Dan Mercer entra em contato com a repórter para poder se
explicar. É nessa visita que um criminoso encapuzado atira repentinamente em
Dan, e Wendy escolhe fugir e comunicar a policia.
Com o inocentado pedófilo morto, a repórter embarca em uma
busca incansável por seu assassino e pelas provas que confirmariam a culpa de
Dan Mercer . Mas para isso, Wendy precisa mergulhar no passado de Dan e
descobrir fatos que foram “esquecidos” por todos envolvidos.
Será realmente que Dan Mercer foi vitima de uma armação? Mas
então o que ele teria feito para que isso viesse a acontecer? Wendy estava
confusa diante o que pensar de Dan...
Enquanto isso, um casal desesperado procurava por sua filha,
de apenas 17 anos, desaparecida. A única pista de seu paradeiro estava no
esconderijo de Dan Mercer. Um IPhone intocável fora encontrado abaixo da cama
do suposto pedófilo.
Agora dois casos, aparentemente, distintos, cruzavam-se e se
completavam. Só restava saber o que acontecera à menor de idade e sua ligação
com Dan Mercer... E mesmo com tantas evidências, Wendy Tynes continuava com a
impressão de que acabara com a vida de um inocente ao arquitetar aquela Cilada.
Cilada é o primeiro livro que tive oportunidade de ler
dentre os inúmeros sucessos do renomado e venerado autor Harla Coben. Comecei a leitura com uma expectativa
altíssima e acabei tendo um choque ao ver que o jeito que o autor narrava sua
obra não me agradava.
Para mim, é essencial que a obra seja, além de bem
desenvolvida, bem narrada, e, por alguns instantes tive a impressão que a
narrativa de Harlan era muito informal e quebrada. No entanto, conforme a
leitura se seguia, pareci me acostumar com o excesso de pontuação e o excesso
de diálogos. Afinal, é normal autores policiais tenham o costume de serem mais
objetivos.
Realmente senti falta de uma descrição mais completa para os
personagens, que são muitos. Talvez essa
descrição pudesse deixar o leitor menos confuso e mais ciente do próprio
desenvolvimento da história. Mas o modo como Harlan Coben apresenta sua
história é inteiramente comovente. Tomei para mim o sofrimento de vários
personagens – que são muito concretos – durante toda a obra. Inclusive, achei
que o autor teve muito sucesso ao desenvolver mais esse lado “tocante” da
história, porque isso, por si só, já soube me prender na trama com exatidão.
Wendy, a protagonista, conquistou-me, mesmo sendo alguém tão
errônea. Seu senso de justiça e sua falta de acomodação foram admiráveis.
Também gostei do fato de ela não ser um detetive, nem uma policial; somente uma
simples jornalista.
Por praticamente toda a obra fiquei no escuro. A obra era
tão bem arquitetada que me tirou até a chance de formular teorias realmente possíveis
em minha mente. Nada batia com o que e eu previa, nada era o que parecia ser...
Até mesmo em questões que eu tinha certeza absoluta serem fatos, se mostraram o
inverso. Sem dúvidas, Cilada é um livro extremamente surpreendente.
O final não foi simples, pelo contrário, quando já
acreditava tudo ter sido resolvido, mais lacunas foram abertas. Sendo um final
composto por várias soluções, foi impossível não me surpreender.
Não houve final feliz para todos. Livros policiais bem constituídos
sempre mostram a realidade, e a realidade nem sempre concede a paz interior
para todos, não é? O modo como o livro acabou foi extremamente correto.
Fiquei feliz com o desfecho, até porque este também foi
surpreendente. Essa história tinha muitas lacunas a serem preenchidas e
desvendadas. Quando terminei a leitura percebi o quanto Cilada foi especial!
Indico a leitura a todos que gostam de se surpreender e gostam de histórias
muito complexas! O livro trabalha muito a reflexão e traz muitas lições também.
Embarquem nesse Cilada e não deixem de se emocionar!
Primeiro Parágrafo:
“Eu sabia que minha vida seria destruída se abrisse aquela porta vermelha.”
Melhor Quote 1:
“Já haviam se passado quase três meses quando enfim eles receberam a noticia - e a pedra que havia se formado no peito de Marcia, a pedra que não a deixava respirar ou dormir durante a noite, parou de crescer.”
Melhor Quote 2:
“Muitas vezes na vida somos obrigados a fazer julgamentos que não gostaríamos de fazer. E queremos que eles sejam fáceis. Queremos confinar as pessoas em categorias bem definidas, anjos ou monstros, mas quase sempre o buraco é mais embaixo: a verdade está em algum lugar dos dois extremos. E esse é o problema. Os extremos são bem mais fáceis.”
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ResponderExcluirNão gostou da narrativa dele porque você gosta de autores que enchem linguiça?
ResponderExcluirOlá, Anônimo, obrigada pelo seu comentário.
ExcluirNão, não gosto de autores que "enchem a linguiça" pois, como eu já havia já justificado na resenha a cima, eu procuro por tramas bem desenvolvidas, em termos de enredo e narração. Narração desenvolvida não quer dizer, literalmente, "encher linguiça", e, sim, um amplo avanço, um pleno desdobramento de uma história nos seus vários aspectos. Uma apuração completa e meticulosa de uma história, nada limitada e reprimida.
Quando falta algo na narração, a história acaba não alcançando sua plenitude, sua real potencialidade. Isso, portanto, não quer dizer nada sobre o que eu gosto ou não, mas, sim, sobre o que eu - e vários blogueiros - levo em conta na análise de um livro dentro da postura de resenhista.
Beijo,
Letícia Lançanova
Equipe Palácio de Livros