Livro: Drácula, O morto-vivo
Título Original: Dracula: the Un-dead
Autores: Dacre Stoker e Ian Holt

Editora: Ediouro
Edição: 1
ISBN: 978850002489-4
Páginas: 441
Acabamento: Brochura


Sinopse:
Finalmente a sequencia de Drácula, o clássico romance de Bram Stoker, escrito por um historiador de Drácula e seu descendente direto, Drace Stocker. Nesta retomada da mais clássica trama vampiresca, Drácula, o morto-vivo é ambientado em 1912, uma escolha deliberada, mas que permite uma aparição do próprio Bram Stoker, que morreu em 20 de abril de 1912. Ainda mais fundamental para história é que os autores podem encaixar sua conclusão com a partida do Titanic, que também ocorreu em abril. O drama do casamento de Mina e Jonathan, a luta incansável de Seward contra vampiros e os detalhes mais sanguinários e perversos da vida de Elizabeth Bathory são alguns exemplos das histórias deste romance; histórias que se entrelaçam pelo envolvimento de um personagem: conde Drácula.

Observação: A obra é uma seqüência do clássico de Bram Stocker e se passa 25 anos depois do final do livro Drácula. O livro é narrado em terceira pessoa, sem protagonista fixo; inúmeros personagens são a base para o desenrolar do livro. No ano de 1912, tem como principal sede dos acontecimentos Londres – Inglaterra.

Anos duros se passaram. Dr. Seward é dependente de morfina, Jonathan Harker é um bêbado que prossegue exausto com o casamento fracassado com Mina, Arthur Holmwood tornou-se um lorde amargurado, e Van Helsing está muito próximo da sua sepultura. Contudo, a trama gira em torno de um novo personagem, Quincey Harker, filho de Mina e Jonathan, que anseia em se tornar um ator. É através desse anseio que conhece Basarab, o maior ator Shakesperiano, e um homem muito misterioso.
Mortes súbitas e cruéis atormentam a cidade, mas muitos de nossos antigos heróis negam completamente a participação de Drácula, já morto pelo grupo. Mas quem poderia ser, se não ele? É aí que muitos foram desagradados (não eu), pois nos é apresentado um ponto de vista totalmente inverso do clássico feito por Bram Stoker. Drácula pode não ser o vilão, mas o mais puro mocinho de todos, enquanto Elizabeth Bothory (personagem inspirada na real Condessa), mais conhecida como Condessa de Sangue, é a vilã que se escondeu por todo o clássico e continua a se esgueirar no Drácula, o morto-vivo.
Mas quem deteria a forte, calculista e perigosa condessa? Quem terá força o suficiente para acabar com todo mal que se espalha pela cidade e conseqüentemente, toma a vida dos mais bravos heróis? Afinal, o único dotado dos poderes de vampiro era o próprio Drácula, morto há muito tempo. Incêndios, acidentes, viagens e mortes, muitas mortes nos aguarda.
    Foi por ironia do destino que me deparei com tal obra. Precisava de vários livros para as férias que chegavam, e o preço no Submarino de “Drácula, O Morto-Vivo”, era uma promoção de 9,90. Como perder uma chance dessas? Comprei-o e levei-o comigo. Não havia muito que fazer nas minhas férias, portanto, sentava na frente da casa da minha avó para ouvir os pássaros enquanto eu apreciava mais uma história vampiresca.
     Porém, essa era diferente, notei. Nada dos malditos clichês. Nada de cem vidas para o protagonista ou o mocinho. Identifiquei-me desde os primeiros capítulos com o livro. Tudo me agradava: o tamanho da letra, a cor da página e seu cheiro. Só a capa que não é muito bonita, mas de um material satisfatório. E o melhor de tudo: não consegui encontrar algum vacilo dos autores, afinal, livros que trabalham muito com histórias, principalmente do passado, às vezes (muito freqüente) acabam cometendo alguns erros.
    É um livro que surpreende a cada instante. E ele reforça algo que aprecio muito: nem tudo parece ser o que é, ainda mais quando os personagens, nossos queridos mocinhos, têm um conhecimento limitado sobre o mundo sobrenatural. Nada surge abruptamente e acaba tão simples, como a morte de Drácula, no clássico. Sempre há uma história por trás, a história que não agradou pessoas inflexíveis e de mente fechada, mas que foi muito bem empregada. Não importa se a trama não segue nossos desejos, da nossa mente tradicional e viciada em clichês, o importante é a forma com que ela nos faz acreditar nas afirmações que nos presenteia. Eis uma história que gostarão.


6 Comentários

  1. uau voce escreve tao bem!
    vou recomendar o blog pras minha amgs
    bujx

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  2. Uma resenha muito inteligente
    eu ja pensei em comprar esse livro, mas tinha medo de que mudasse meio conceito sobre Dracula de Bram sabe?
    mas acho que vou compar se é tao bom assim

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  3. Assim que vi o título na página de resenhas associei ao conto original, que sempre tive vontade de ler, mas 'Drácula, O Morto-Vivo' parece bem melhor do que eu julgaria se encontrasse em uma livraria, lendo somente a sinopse. Ótimo texto!

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  4. Li esse livro e não vale a pena! Muito chato esse livro. Na verdade torturando de tão previsível, entediante... Não prende o leito na historia! Com muita força de vontade mesmo terminei de ler. E putz.. decepção! Um conto que poderia ser tão fascinante e interessante... Resumindo: odiei, arrependi de ter comprando esse livro!

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  5. Não creio que se trate de "inflexibilidade e mente fechada". O Livro é muito bom até seus meados quando a coisa se inverte completamente. Tanto em questões da essência do Drácula como a questão do gênero do livro. De terror a coisa se torna uma aventura fantastica e perde todo o clima que os autores haviam conquistado até ali. Sinceramente me decepcionei muito, justamente por ter criado expectativas lendo a história. O final peca feio e mata a obra do Bram. Mas citando a Divissima Tatiana: "Choices.".

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  6. Eu amei o livro do Bram Stoker e agora estou lendo esse! Estou amando <3

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