Baseado no livro homônimo de J.K. Rowling. O excêntrico magizoologista Newt Scamander (Eddie Redmayne) chega à cidade de Nova York com sua maleta, um objeto mágico onde ele carrega uma coleção de fantásticos animais do mundo da magia que coletou durante as suas viagens. Em meio a comunidade bruxa norte-america que teme muito mais a exposição aos trouxas do que os ingleses, Newt precisará usar suas habilidades e conhecimentos para capturar uma variedade de criaturas que acabam saindo da sua maleta.
Foi divulgado mais um teaser trailer do aguardado filme "Os Animais Fantásticos e Onde Habitam", do universo de Harry Potter, de J.K. Rowling.
O filme conta com a atuação de Eddie Redmayne (A Teoria de Tudo) no papel principal e tem data de estreia para o dia 17 de Novembro.
Livro: Um Passo Atrás
Título original: One Step Behind
Autor: Henning Mankell
Editora: Companhia das Letras
Páginas: 504
ISBN: 978-85-359-2604-0
Sinopse: Suécia, solstício de verão. Três amigos se encontram numa reserva natural fantasiados com trajes do século XVIII para celebrar a noite mais longa do ano. O que não sabem é que estão sendo observados. Cada um deles acaba assassinado com um único tiro. Quando um dos mais confiáveis colegas de Kurt Wallander – alguém com quem ele contava para resolver o caso – também aparece morto, o inspetor logo desconfia de uma relação entre os dois crimes. Recuperando-se da morte de seu pai e obrigado a encarar o declínio da própria saúde, Wallander tenta desvendar os planos do assassino. Desesperado para encontrá-lo antes que ele ataque outra vez, o inspetor, no entanto, sempre parece estar um passo atrás.
O escritor Henning Mankell, um dos grandes escritores de investigação policial da contemporaneidade (intitulado “o rei do crime” pela revista The Economist), é natural de Estocolmo (Suécia). Tendo falecido no ano passado (2015), em Gotemburgo, aos 67 anos, deixou um legado com suas histórias repletas de suspense e mistério, além de ter tido participação efetiva no universo teatral, atuando como diretor de diversas peças. Grande parte de sua produção publicada no Brasil, levou o nome da editora Companhia das Letras e agora, a editora lança nova edição de uma de suas obras protagonizadas pelo inspetor Kurt Wallander.
Tudo começa com um crime. Quatro jovens amigos são assassinados a sangue frio durante a comemoração tradicional do solstício de verão, em que trajavam fantasias antiquadas, como uma brincadeira pessoal, quando fingiam que viviam em outra época. Muito tempo se passou sem que o caso dos jovens desaparecidos ganhasse alguma relevância para a polícia sueca. Mas a mãe de uma das jovens que participaram da festa, não estava convencida da história que parecia óbvia: que os amigos decidiram viajar sozinhos pelo mundo, sem avisarem a ninguém de seus planos. Cartões postais com a assinatura deles eram enviados de diversos países da Europa. Mesmo assim, aquela mãe tinha certeza que o cartão que sua filha supostamente enviara, era uma farsa.
A partir de então, a polícia sueca resolveu dar mais atenção ao caso, depois de tanto tempo. Quem assumiu o controle das investigações foi o inspetor Wallander, que, já beirando os 50 anos, divorciado e com uma filha já adulta, é um policial de renome na região que atua. Porém, o caso não pode receber todo seu zelo, já que sua saúde está bastante comprometida – Wallander descobre que tem diabetes, e que ela já está em um nível avançado. Diante de tal situação, o inspetor fica muito tentado a jogar sua carreira para o alto, inclusive o caso dos jovens, que vem lhe tomando tanto tempo. Mas o que corre em seu sangue não são apenas os “grãos de açúcar”, mas sim, o anseio de resolver mistérios.
Em meio a todas as investigações que mal haviam se iniciado, um novo crime ocorre: um dos colegas de trabalho de Wallander e que assumiria o caso com ele, Svedberg, aparece morto em seu apartamento. Ele fora assassinado, e Wallander tem o pressentimento que aquilo só pode ter sido obra da mesma pessoa que assassinou os quatro amigos. Então ele inicia uma busca alucinada, atrás de pistas que são pouco sólidas. Logo, o inspetor e sua equipe descobrem estarem lidando com um serial killer, bem ao estilo americano, e decidem que irão fazer de tudo para que ele não ataque outra vez.
Este foi o primeiro contato que tive com uma obra de Henning Mankell. O gênero investigativo e de suspense foi o que me instigou no início. Mais uma vez uma narrativa investigativa me surpreendeu de forma positiva. A originalidade e criatividade de ligar bem todos os pontos foi muito cativante em Um Passo Atrás. Uma narrativa realista e que toca também em um gênero mais dramático que ilustrou perfeitamente o cenário de mistério.
A narrativa se dá em terceira pessoa com um narrador onisciente que teve como foco o inspetor Wallander e o assassino – que não teve a identidade revelada logo de início, mas ainda assim, teve seus pensamentos e iniciativas expostas ao longo dos capítulos. A alternação ocorria de forma bem natural e em alguns momentos não dava para distinguir em qual dos dois personagens se concentrava o foco narrativo, sendo preciso que eu voltasse a leitura diversas vezes. Um aspecto interessante foram os períodos curtos, que facilitaram bastante na fluidez da leitura. Mankell tem uma escrita bem detalhada e descritiva, rica em seu vocabulário, de um jeito simples de ser compreendido, então as frases bem formuladas e sucintas, deixavam que o leitor absorvesse cada parte da história – dividida em duas: uma em que se iniciam as investigações, e outra em que o inspetor já avança em suas descobertas e novos crimes são previstos.
Procuro não criar expectativas em livros de mistério – pois, quando a história não é bem amarrada no final, nada mais faz sentido – e com esse não foi diferente. Quando se há um herói como Wallander, normalmente se torna inevitável não fazer comparações com livros que usam a mesma artimanha. Porém, diferentemente de grande parte de livros do mesmo gênero, Um Passo Atrás tem um realismo incrível. Além da investigação, também é abordado como tema secundário o trabalho policial. Ao longo do enredo, o autor mostra a realidade da polícia sueca através de seu próprio protagonista, que abusa de seu poder em alguns momentos e chega a violar a lei em nome da lei. A falta de esperança na humanidade e a forma como as autoridades lidam com a sociedade e com a mídia também são temas postos em discussão.
“Sempre concordava. Era a única maneira de driblar os obstáculos da vida, pensou, e escapar das dificuldades e armadilhas que pudessem cruzar seu caminho” (pág. 8).
A autora Carina Rissi tem muito o que comemorar. Antes mesmo do lançamento oficial de seu novo livro, Mentira Perfeita, o mesmo configurou-se na lista dos mais vendidos da Saraiva, do PublishNews e da Veja. O principal sucesso do livro deve-se principalmente por tratar-se de uma spin-off de um de seus maiores sucessos, Procura-se Um Marido, que vendeu milhares de exemplares até o momento.
Júlia não tem tempo para distrações. Ela é brilhante e sempre se esforça para ser a melhor naquilo que faz; por essa razão, sua vida pessoal acabou ficando de lado. Algo que sempre preocupou sua tia Berenice. Gravemente doente, a mulher teme que Júlia acabe completamente sozinha quando ela se for. Júlia faria qualquer coisa — qualquer coisa mesmo! — por tia Berê e, em seu desespero para agradar a única mãe que já conheceu, inventa um noivo enquanto torce por um milagre… E então o milagre acontece: Berenice se recupera — e, assim que deixa o hospital, gasta todas as suas economias com o casamento dos sonhos para a sobrinha. Como Júlia pode contar a ela que mentiu, com a saúde da tia ainda tão frágil? É quando Júlia conhece Marcus Cassani. Ele é irritantemente cínico, mulherengo e lindo de um jeito que a deixa desconfortável. Marcus também está enfrentando problemas, e um acordo entre eles parece ser a solução. Tudo o que Júlia sabe é que deveria se afastar de Marcus. Mas seu coração tem uma ideia muito diferente…
Eu, sem dúvida alguma, vou ler esse livro! Carina é minha autora preferida e nunca me decepcionou. Pelas resenhas que já saíram de Mentira Perfeita, tenho certeza que não será dessa vez que isso acontecerá. E você também deve lê-lo. Mentira Perfeita já se encontra disponível para venda nas maiores livrarias do país. Dê uma chance!
Autor (a): Icreasy Consultoria Literária
Editora: Verus Editora
Páginas: 200
ISBN: 978-85-7686-500-1
Sinopse: A ideia aqui é criar um registro de experiências cinematográficas e descontrair esse tema tão democrático e que desperta tantas paixões, sem a pretensão de ser um manual técnico. De Hollywood a Bollywood, passando pelas produções latinas, europeias e asiáticas, a ideia é curtir o maior número possível de longas, se desdobrar em maratonas e reconhecer a beleza de cada obra, mesmo das mais diferentes. O Livro de Marcar Filmes é um lugar para anotar os filmes a que assistiu em diversas categorias, aqueles que conquistaram o seu coração e os que ainda quer ver, enquanto descobre os premiados, que nenhum cinéfilo pode deixar passar.
SÉRIE "LIVRO DE MARCAR"
1. Livro de Marcar Livros
2. Livro de Marcar Filmes
Icreasy Consultoria Literária é uma empresa de consultoria literária formada por profissionais experientes e dedicados à qualidade, com foco na prestação de serviços para autores e grupos editoriais. Realizam serviços de Análise Crítica, Coaching, Revisão e Agenciamento de Autores. Conheça o trabalho da empresa acessando: http://icreasy.com.br
E chegou o livro perfeito para os amantes de filmes! O Livro de Marcar Filmes é para todos aqueles que tomaram os cinemas como segunda casa e/ou que trocaram uma vida social de festas, bebidas e farras por incontáveis horas na frente de uma TV ou computador — Netflix — acompanhando sempre todos os filmes — sejam eles lançamentos ou não. Se você é daqueles que sabe até os dias em que o filme foi gravado, editado, lançado, quem dirigiu, quem espirrou no set de gravação... sim, esse livro também é para você. É para todos, na verdade, mesmo aqueles que não são cinéfilos ávidos, mas que, a partir de agora, desejam se tornar e viverem basicamente de filmes — momento exagero.
Para quem não conhece, essa série de livros interativos — que já vendeu mais de 11 mil exemplares — começou a ser lançada no ano passado. Lembro-me como se fosse ontem, quando estava visitando alguns estandes do Salão do Livro que fui, no Tocantins, e dei de cara com um livro chamado Livro de Marcar Livros. Pirei! Nunca tinha ouvido falar nele — depois descobri que o motivo é que ele tinha acabado de sair do forno —, mas me interessei no momento em que coloquei os olhos na capa dura e azul. De todo modo, eu já estava com trezentos livros e com nada mais na carteira. Fiquei sem o livro, mas prometi que um dia o buscaria.
Não busquei ele, claro, mas tive a chance de receber do Grupo Editorial Record o segundo livro dessa série interativa, que é justamente esse que vou falar agora, o Livro de Marcar Filmes, uma versão ainda interativa como o primeiro, mas dessa vez focada em cinemas e filmes no geral. Felicidade suprema — hein? — em ter recebido esse livro. E, como eu já falei muito — no intuito de deixar a resenha maior, sabe como é, né? —, vou finalmente contar pra vocês um pouquinho da minha experiência com meu primeiro livro interativo — não me levem a mal, mas é, sim, meu primeiro livro interativo. Apesar de gostar do gênero, a grana nem sempre é favorável.
O livro vem acompanhado inicialmente por um sumário, seguido de instruções de preenchimento — o que vem a ser algo muito interessante, em virtude principalmente que pessoas como eu, atrapalhadas, podem correr o risco de preencher errado. Um ponto que merece destaque — pausa para destacar um ponto importante — é o fato de quem trabalhou na construção do livro, no caso a Icreasy, sabe realmente o que é necessário para tornar o livro interativo, de modo que ele "converse" com você e, sendo prático, lhe sirva de refúgio — principalmente em meio a tantas amizades falsas na contemporaneidade. Tipo, se você só tem amigos falsos, que não se importam, por exemplo, se Cidades de Papel é seu filme favorito, você pode contar com o Livro de Marcar Filmes para encobrir esse fato — visto que ele sempre quer saber tudo: seu diretor preferido, seu filme preferido, quais filmes que venceram o Oscar você já viu e por aí vai. Viu o tanto que é prático?
Particularmente, eu amei o livrinho. Meu best friend do momento — tá, parei! Mas é verdade, é impossível não se apegar a livros interativos, por mais que ainda existam pessoas que não curtam muito o estilo literário desses livros que vem, cada vez mais, ganhando notoriedade. Continuando, após as instruções de preenchimento, o livro segue com uma listagem de coisas a serem preenchidas, relacionadas, por exemplo, ao primeiro filme que você se lembra de ter visto, filmes que marcaram a infância, o primeiro filme que comprou, filmes que marcaram a adolescência, personagem preferido de todos os tempos e por aí vai.
O Livro de Marcar Filmes também é legal por nos influenciar a sermos críticos, a trabalhar nosso lado de Diretor de Cinema, a medida em que julgamos filmes quanto a Melhor Fotografia, Melhor Figurino, Melhor Ator e etc. É um diário completo de interatividade cinematográfica. Ah, e o livro tem também explicadinho algumas premiações importantíssimas, nos permitindo falar um pouco sobre os filmes vencedores em algumas etapas, a exemplo o Oscar, o Palma de Ouro, o Festival de Gramado e o Framboesa de Ouro — premiação que eu odeio, principalmente porque elegeram meu querido Cinquenta Tons de Cinza como Pior Filme, Pior Roteiro e ainda disse que a linda da Dakota Johnson era a Pior Atriz. Ossos do ofício!
A edição, obviamente, está espetacular e mantém o padrão do primeiro livro. A capa dura possui dois modelos de cores, se não me engano, e é bonita, apesar de simplista. A diagramação sem dúvidas é a melhor parte, principalmente por ser recheada de interatividade, com colorações leves e agradáveis e... tudo de bom! O design interno está absurdamente caprichado e não encontrei nenhum erro de revisão (a empresa é uma Consultoria Literária, cara!).
Por fim, vou deixar aqui uma citação do próprio livro: muito mais que uma simples lista de recordações, o Livro de Marcar Filmes traz sugestões incríveis para você! E também propostas que vão agitar os seus fins de semana. A ideia aqui é criar um registro de experiências cinematográficas e descontrair esse tema tão democrático e que desperta tantas paixões, sem a pretensão de ser um manual técnico. Saia da zona de conforto, descubra novos gêneros, estraçalhe os limites que você mesmo andou criando...
Eu nomearia 2016 como o ano das novidades, e das boas, hein? Após ser divulgado o tão esperado trailer de "O Orfanato da Srta. Peregrine para Crianças Peculiares" e o lançamento do segundo livro da trilogia, Cidade dos Etéreos, pela Intrínseca, o autor, Ransom Riggs divulgou recentemente a capa de "Tales of the Peculiar", em tradução livre, Contos dos Peculiares. Confira abaixo a capa e a sinopse traduzida pelo Palácio de Livros.
Um novo conjunto de histórias do universo de "O Orfanato da Srta. Peregrine para Crianças Peculiares". Nesta antologia de contos de fadas, Ransom Riggs convida você a compartilhar seus segredos e descobrir informações ocultas sobre o mundo dos peculiares. Uma princesa com língua de garfo e canibais opulentos que jantam membros descartados de peculiares, são apenas duas das histórias que você irá se viciar. Apresentando ilustrações impressionantes do artista de renome mundial Andrew Davidson, esta antologia convincente, rica e verdadeiramente peculiar é o presente perfeito para os fãs e para todos os amantes de grandes histórias.
O lançamento do livro nos Estados Unidos está marcado para o dia 3 de Setembro, vinte e sete dias antes do lançamento do primeiro filme da franquia aqui no Brasil. Eu, particularmente, achei super interessante a premissa desse livro e, como fã da trilogia, mal posso esperar pelo pronunciamento da Intrínseca quanto a publicação de Tales of the Peculiar aqui no Brasil.
Título original: Homecoming
Autor (a): Kass Morgan
Editora: Galera Record
Páginas: 304
ISBN: 9788501106155
Sinopse: Quando naves riscam o céu da Terra, os 100 sabem que mais pessoas estão deixando a colônia espacial. E esse pode ser o retorno definitivo da humanidade ao planeta. Glass sobreviveu à queda dos módulos de transporte. Ela experimenta as novas sensações de estar na Terra. Clarke, por sua vez, está comandando o resgate aos sobreviventes da colisão, mas não consegue parar de pensar em seus pais, que ainda podem estar vivos. Já Wells precisa encontrar uma forma de lidar com a nova ameaça à sua liderança. Os homens que detinham o poder na colônia estão decididos a manter a ordem na Terra segundo suas regras. Mas essa nova lei está longe de ser justa. Chegou a hora de os 100 lutarem por liberdade, em seu novo lar.
SÉRIE "THE 100"
1. The 100: Os Escolhidos
2. Dia 21
3. De Volta
Kass Morgan é formada pela Brown University e fez mestrado na Oxford University. Atualmente trabalha como editora e mora no Brooklyn, em Nova York. The 100 configurou-se na lista dos mais vendidos em diversos países e foi adaptado para uma série televisiva.
De Volta é o aguardado desfecho da trilogia distópica The 100 e mostra as adversidades enfrentadas pelos cem, grupo de jovens enviados ao Planeta Terra após anos de um apocalipse nuclear que, aparentemente, teria destruído o lugar. Desde então, os seres humanos passaram a viver no espaço — aqueles que sobreviveram ao apocalipse, claro. No espaço, fundaram o que nomearam de Colônia, e foi justamente esse governo que mandou cem jovens de volta a Terra para verificar a possibilidade de repovoamento.
Apesar das adversidades, semanas após chegarem à Terra, os cem finalmente conseguiram criar uma sensação de ordem no meio do caos ao redor. A paz com o grupo de terráqueos não foi alcançada sem perdas. Mas agora parece que os dias serão mais calmos... mas só parece! Inesperados módulos de transporte colidem com a Terra. Mais humanos estão descendo, vindos da Colônia. O oxigênio lá em cima está quase acabando, e eles podem ser os últimos a chegar. De certa ótica, a humanidade está voltando para casa.
Mas a presença de mais humanos no planeta ameaça quebrar o frágil equilíbrio antes estabelecido entre os cem e os terráqueos, e Glass, que é explorada logo no primeiro capítulo, teve a sorte de sobreviver à queda dos módulos de transporte. Ela experimenta as novas sensações de estar na Terra pela primeira vez, mas sua sorte parece escorrer por entre seus dedos. E isso é um ponto que merece bastante destaque: o modo como todos os personagens são, de certa forma, explorados pela autora.
Enquanto isso, Clarke está começando o resgate aos sobreviventes da colisão, ajudando a salvar a vida de muitos. Mas não consegue parar de pensar em seus pais, que ainda podem estar vivos. Conseguem perceber, através desse pequenos detalhes da obra, que o livro possuí uma ótima intercalação de pontos de vistas? Isso foi o que mais me atraiu a mesma e me fez literalmente devorar as páginas. Os personagens são trabalhos de forma a completar as lacunas falhas da obra, principalmente por demonstrarem com ímpeto a condição falha que todos — seres humanos — sempre temos.
Seguindo, temos também Wells, que precisa encontrar uma forma de lidar com a nova ameaça à sua liderança e o vice-chanceler Rhodes e seus planos para estabelecer o poder, junto aos seus guardas bem-armados — que não são muito amistosos, e fazem um contraste inteiramente significante entre a ação e a filosofia distópica, mostrando o momento em que os cem terão de se unir na luta pela liberdade que conquistaram na Terra. Ou correrem o risco de perder tudo o que amam.
Uma distopia. Mas não somente "mais uma", mas um livro que trabalha com essa filosofia tão tendenciosa de modo a mostrar coisas que muitos outros autores ainda não mostraram em suas obras. Conheci The 100 desde quando foi lançado o primeiro livro aqui no Brasil, junto com a série de TV (que ainda não assisti, infelizmente!). Por ser uma distopia, obviamente me chamou atenção, e mais uma vez não fui decepcionado por essa filosofia, principalmente a desenvolvida por Morgan.
De Volta é, assim como os anteriores, narrado em terceira pessoa. E, decididamente, eu não sei que opinião tomar quanto a isso. Sempre prefiro narrações em primeira pessoa, principalmente quando vamos trabalhar com a distopia, que em tese é um pensamento filosófico, que — penso eu — fica melhor trabalhado quando sabemos as coisas da mente de quem passa pela situação. Contudo, a narração de Morgan é muito boa, então meio que não foi um problema, entendem? A autora trabalha de modo a intercalar pontos de vistas — em terceira pessoa, olha que show! —, explorando cada um dos personagens... espere! Já sei como vou explicar. Resumindo: é igualzinho o George Martin faz em As Crônicas de Gelo e Fogo.
Particularmente, achei uma boa distopia. Essa não dá pra dizer que é clichê, indiscutivelmente. Mesmo tratando-se de uma desfecho, o que geralmente nos causa pânico e apreensão, em virtude principalmente de nossas expectativas, até que foi um bom livro. Acredito que, como sempre, o segredo é não esperar muita coisa. Até porque muitas vezes, por causa de nossas exageradas expectativas, tendemos a deixar que pequenos detalhes estraguem a obra. O que não podemos deixar acontecer em De Volta.
Clarke olhava fixamente para a cena da colisão, os olhos se esforçando no escuro, esperando pelo momento inevitável em que seu treinamento entraria em ação e seus instintos anestesiariam seu pânico. Mas ali, à beira da grande extensão de destroços, absorvendo a destruição, tudo o que ela sentia era terror.
A edição de De Volta segue os padrões das anteriores e eu acho elas muito lindas — principalmente em virtude de sua simplicidade notável, mas significativa. A capa segue os modelos brancos com destaque para os títulos mesclados a imagens da série de TV, o que eu achei incrivelmente bem elaborado, principalmente em De Volta, que ganhou cores vibrantes e que se destacaram em meio ao mar de branco. A diagramação, fazendo um contraste opulente com a capa, é bem simples, compacta, mas muito agradável, com um design interno nos padrões típicos da Galera Record, com ótimas fontes e espaçamentos favoráveis. Ah, e não encontrei erros de revisões — ponto positivo.
Por fim, deixo todos cientes de que é um bom desfecho. Muitos julgaram ser ruim por deixar pontas soltas, mas não achei que teve todas essas "pontas soltas" assim. Como dito, o problemas as vezes pode estar em suas expectativas. Achei interessante também, inerente a estrutura da obra, por ela ser além que um mero entretenimento, mas trabalhar com certa astúcia a insegurança humana, vivenciada pelos personagens e suas provações, que mostram que ninguém é perfeito. A filosofia distópica também é trabalhada com certo cuidado, principalmente ao reforçar o pensamento comum de que nós, seres humanos, podemos ser comparados a péssimos amantes, que preferem destruir no lugar de amar.
É, com certeza, uma trilogia que eu indico aos fãs de distopias — principalmente aqueles que estão sedentos por algo inovador e instigante. De Volta foi uma leitura rápida, com capítulos curtos — o que favorece muito bem a ótima construção da trama — e cenas práticas, o que promove ainda mais a boa formação de uma história. E, como dica, vamos manter o lema de que pequenos detalhes não estragam um livro! Agora deixa eu ir, tem uma série — chamada The 100 —, aqui na pasta Vídeos de meu computador, gritando para ser assistida. Vemos-nos em breve. Ah, e vão ler The 100, eu recomendo!
Primeiro parágrafo do livro: “As mãos de Glass estavam grudentas com o sangue de sua mãe. Essa percepção chegou a ela lentamente, como se através de uma névoa espessa — como se as mãos pertencessem a outra pessoa e o sangue fosse parte de um pesadelo. Mas eram as suas mãos e o sangue era real.”Melhor quote: “A conexão que sentimos com outras pessoas não está vinculada à geografia ou ao espaço.”
Todo mundo ama uma boa história, certo? Seja ela transmitida por meio de um livro ou por meio televisivo — algo que vem, cada vez mais, ganhando mais notoriedade. Os heróis (ou heroínas) deixam-nos elétricos, animados, empenhados com a trama e, na maioria das vezes, com a imensa vontade de adentrar cada vez mais na história. Os protagonistas são tudo de bom, mas diz aí quem não curte um antagonista, um bom vilão? Sim, eu sei, todos amamos um bom vilão, afinal a história não teria graça sem eles. Eles dão o toque de que nem mesmo na ficção coisas difíceis deixam de impedir a realização de algo. Em homenagem a eles — os vilões — esse TOP 5 lista meus vilões preferidos, só que de Séries de TV.
1- FIONA GOODE, AMERICAN HORROR STORY: COVEN.
Ah, eu amo essa mulher! Ela é, sem dúvidas, a melhor coisa tanto em todas as temporadas de AHS, quanto em Coven, terceira temporada, onde ganha um papel altamente notável, como Bruxa Suprema de um Clã descendente de Salém. Interpretada por Jessica Lange, vencedora de duas estatuetas do Emmy, Fiona Goode é o tipo de vilã que tira qualquer um de seu juízo perfeito. Ela literalmente me encantou, de uma forma que um vilão nunca tinha feito (e duvido muito que algum dia outro fará).
2- IRMÃ JUDE, AMERICAN HORROR STORY: ASYLUM.
Sim, Jessica Lange novamente! Ela é sem dúvidas uma das melhores atrizes de sua época, e as dezenas de premiações que já venceu de Melhor Atriz é só um misero detalhe. Asylum é uma das melhores temporadas de AHS, e Lange interpreta uma das freiras que comandam o lugar, um manicômio. E, gente, a interpretação dela, como heroína/vilã é incrível. Só deixo uma dica: assistam, qualquer temporada. Elas não seguem um ritmo narrativo comum, é mais antológico. Cada temporada uma história diferente.
3- RAINHA MÁ, ONCE UPON A TIME.
De um modo prático, o mundo inteiro me condena por não considerar a Rainha Má como a melhor vilã de séries de TV, mas sendo sincero, não acho grandes coisas nela, nem em sua atuação, tampouco em suas maldades. Contudo, é, sem dúvidas, uma vilã muito poderosa, chamativa e adorada por todos. Eu gosto dela, mas não é a minha preferida. Perdoem-me!
4- CERSEI, GAME OF THRONES.
Ah, Cersei. Amo ela também. E o mais engraçado é que essa lista já está cheia de mulheres, hein? Mas é que elas ganharam uma notoriedade incrível, de um tempo para cá. Isso é bem bacana e produtivo. A personagem Cersei, da série Game Of Thrones, também é um ótimo exemplo de boa antagonista. Está certo que, em termos vagos, ela usa veneno (considerada uma arma fraca), mas fazer o quê? Ela é a Rainha Regente (pelo menos até certa temporada), faz o que bem quiser, e da forma que quiser. O importante é que no jogo dela não há meio termo, ou você vence ou você morre.
5 - BIG JIM, UNDER THE DOME.
E para romper o paradigma feminino, um homem no meio dessa lista, hein? Não poderia faltar aqui o Big Jim, da minha série preferida, Under The Dome. Ele não é grande coisa, mas tem boa atuação, e é um excelente antagonista. Não pensaria nunca em alguém melhor para compor a série baseada no livro de sucesso de Stephen King.
E aí, pessoal? Quero saber os vilões preferidos de vocês? Andem, temos algum em comum?
Olá, pessoal! Olha só a novidade interessantíssima que trazemos para vocês. O publicitário e escritor Álvaro Bruno lançará em breve o livro "Meu Potinho de Amigos", um livro que tem uma história linda. Tanto pela forma como é contada, quanto por toda a trajetória que o Álvaro teve de percorrer para realizar seu sonho de publicar esse livro. Nós ainda não lemos o livro, mas passamos indicando para quem tiver curiosidade de conhecer. Abaixo estão a capa, uma biografia sucinta, a sinopse, Facebook do autor (para contato) e duas notícias que saíram na rede sobre a história de vida do rapaz de 19 anos e seu livro. Confiram!
Eduardo é um garoto aparentemente comum, agora que já tem 18 anos, ele e seus amigos vão em busca de uma aventura, a qual é um grande evento. Ao decorrer do tempo o evento vai se aproximando e Eduardo percebe que está atrasado em sua vida sexual e que não é tão másculo ao ponto de atrair mulheres. Varias descobertas e constrangimentos vão cruzar seu caminho. A aventura em seu decorrer é muito engraçada e emocionante, no fim Eduardo percebe que seu verdadeiro amor está mais próximo do que ele imaginava.
SOBRE O AUTOR
Álvaro Bruno da Silva, 20 anos, estudante universitário de Publicidade e Propaganda, reconhecido como diretor de arte, apaixonado por cinema e histórias criativas, ganhador do anima Barretos em 2012, Terceiro lugar no concurso cultural “Sua história pode virar filme” LG em 2011. Ama fazer curtas metragens e criar historias que emocionem, pois acredita que o jeito mais humano de lidar com as pessoas é com o sentimento.
E então, pessoal? Gostaram da novidade? A capa é linda e a história tem uma premissa atual, chamativa, e que só está esperando que pessoas com nós, leitores, peguemos para ler. Fica a dica!
Livro: Cidade dos Etéreos
Título original: Hollow City
Autor (a): Ransom Riggs
Editora: Intrínseca
Páginas: 384
ISBN: 9788580578904
Sinopse: Cidade dos etéreos dá sequência ao celebrado O orfanato da srta. Peregrine para crianças peculiares, em que o jovem Jacob Portman, para descobrir a verdade sobre a morte do avô, segue pistas que o levam a um antigo lar para crianças em uma ilha galesa. O orfanato abriga crianças com dons sobrenaturais, protegidas graças à poderosa magia da diretora, a srta. Peregrine. Neste segundo livro, o grupo de peculiares precisa deter um exército de monstros terríveis, e a srta. Peregrine, única pessoa que pode ajudá-los, está presa no corpo de uma ave. Jacob e seus novos amigos partem rumo a Londres, cidade onde os peculiares se concentram. Eles têm a esperança de, lá, encontrar uma cura para a amada srta. Peregrine, mas, na cidade devastada pela guerra, surpresas ameaçadoras estão à espreita em cada esquina. E, além de levar as crianças a um lugar seguro, Jacob terá que tomar uma decisão importante quanto a seu amor por Emma, uma das peculiares. Telecinesia e viagens no tempo, ciganos e atrações de circo, malignos seres invisíveis e um desfile de animais inusitados, além de uma inédita coleção de fotografias de época — tudo isso se combina para fazer de Cidade dos etéreos uma história de fantasia comovente, uma experiência de leitura única e impactante.
SÉRIE "O ORFANATO DA SRTA. PEREGRINE PARA CRIANÇAS PECULIARES"
1. O Orfanato da Srta. Peregrine para Crianças Peculiares
2. Cidade dos Etéreos
2. Biblioteca das Almas (sem previsão de lançamento)
Ransom Riggs cresceu na Flórida e hoje mora em Los Angeles. Sempre seguiu uma dieta à base se histórias de fantasmas e comédias britânicas, o que provavelmente explica o estilo de seus romances. Não são poucas as chances de ele ficar escondido debaixo da sua cama, pronto para dar um susto em você (vá conferir). Se não o achar lá, você certamente vai encontrá-lo no Twitter: @ransomriggs.
Cidade dos Etéreos começa exatamente onde seu antecessor termina, nos trazendo a realidade de Jacob e os peculiares que o acompanham em sua jornada, a exemplo: Emma, Bronwyn, Millard e Horace. Em O Orfanato da Srta. Peregrine para Crianças Peculiares, após a morte de seu avô, Jacob parte para uma misteriosa ilha no interior do Reino Unido, em busca de respostas, na esperança de descobrir a verdade por trás das histórias do avô, que jurava ter vivido num orfanato para crianças com dons peculiares, antes de ter se mudado para os Estados Unidos.
Na ilha, Jacob encontra o orfanato numa fenda temporal protegida pela ymbryne Alma LeFay Peregrine, que mantém as crianças da história do avô de Jacob congeladas no tempo, para que não sofram os efeitos da Guerra Mundial que destruíra o orfanato. Em sua aventura, Jacob acaba por descobrir que também é peculiar, e que seu dom é sentir a presença e enxergar etéreos, criaturas que caçam peculiares, para lhes roubar a alma. Além da Srta. Peregrine, existem outras ymbrynes, que constroem fendas temporais, para protegerem os peculiares tanto do mundo real quanto das criaturas que as perseguem.
Só que agora criaturas estão caçando também as ymbrynes, e quando uma captura a Srta. Peregrine, ela fica presa em sua forma de ave (Falcão-peregrino) e torna-se incapaz de manter a fenda temporal que protege os peculiares. Na tentativa de trazer Peregrine a sua forma humana, os peculiares partem em um barco ancorada na baía da ilha, em busca de ajuda. No caminho, criaturas ameaçam fervorosamente os peculiares, e quando eles chegam a costa, uma delas os atacam, fazendo com que sejam obrigados a se esconderem numa floresta, que acaba servindo de refúgio, visto que nela há um fenda mantida pela única ymbryne que ainda não fora capturada. Mas a Srta. Wren, ymbryne da fenda, está em Londres, e novamente os peculiares tem de percorrer um longo caminho. Um caminho desconhecido, árduo e recheado de coisas perigosas.
Desde o lançamento de O Orfanato da Srta. Peregrine para Crianças Peculiares, anos atrás pela editora Leya, ele era um livro que eu aguardava muito, principalmente por seu notável sucesso. E, como todas as pessoas que colocam os olhos nele, pensei tratar-se de uma história de terror, mas nada a ver. É algo incrivelmente melhor e tão bem desenvolvido quanto o gênero de mestres como Stephen King, por exemplo. Recentemente, dei uma chance ao livro e realmente gostei muito, algo totalmente novo, bem trabalhado e inesperado. Obviamente, não poderia deixar de ler sua sequência, lançada agora pela Intrínseca.
Apesar de não ter aquele receio que a maioria dos leitores possuem, ao iniciarem uma sequência, eu estava meio "nervoso", por assim dizer, com medo que ficasse frustrado. Um medo bobo, claro. Cidade dos Etéreos é tão surpreendente quanto seu antecessor, e um fã de fantasias como eu, não poderia estar mais feliz com o resultado dessa sequência eletrizante, animada e que mantém o excelente dinamismo que tornou-se marca registrada de Riggs.
Cidade dos Etéreos também é narrado em primeira pessoa, sob a peculiar e estrutural ótica de Jacob, protagonista principal da trama. A narração, em suma, segundo o que percebi desde o primeiro momento, parecer ser o ponto mais alto da estrutura que forma a história de Riggs, visto que o esmero que ele tem com ela, é maior que qualquer outra coisa. O autor dá um forte embasamento a seu protagonista, de modo que ele não consiga apenas ser um bom personagem, mas de forma que ele faça um contraste opulente entre o ritmo da obra ao detalhes ricos e a escrita descritiva e perspicaz.
“(…) eu optara por mergulhar em um mundo que jamais imaginara, onde vivia entre as pessoas mais vivas que eu já tinha conhecido, onde fazia coisas que nunca tinha imaginado ser capaz de fazer e sobrevivia a coisas às quais nunca tinha sonhado sobreviver”.
Livro: Depois de Você
Título original: After You
Autor (a): Jojo Moyes
Editora: Intrínseca
Páginas: 320
ISBN: 9788580578645
Sinopse: Com mais de 5 milhões de exemplares vendidos em todo o mundo, Como eu era antes de você conta a história do relacionamento entre Will Traynor e Louisa Clark, cujo fim trágico deixou de coração apertado os milhares de fãs da autora Jojo Moyes. Em Depois de você. Lou ainda não superou a perda de Will. Morando em um flat em Londres, ela trabalha como garçonete em um pub no aeroporto. Certo dia, após beber muito, Lou cai do terraço. O terrível acidente a obriga voltar para a casa de sua família, mas também a permite conhecer Sam Fielding, um paramédico cujo trabalho é lidar com a vida e a morte, a única pessoa que parece capaz de compreendê-la. Ao se recuperar, Lou sabe que precisa dar uma guinada na própria história e acaba entrando para um grupo de terapia de luto. Os membros compartilham sabedoria, risadas, frustrações e biscoitos horrorosos, além de a incentivarem a investir em Sam. Tudo parece começar a se encaixar, quando alguém do passado de Will surge e atrapalha os planos de Lou, levando-a a um futuro totalmente diferente.
Jojo Moyes nasceu em 1969 e cresceu em Londres. Estudou jornalismo e foi correspondente do jornal The Independent por 10 anos. Publicou seu primeiro livro em 2002, e desde então dedica-se integralmente à carreira de escritora. É autora de A Última carta de amor, Como eu era antes de você, A garota que você deixou para trás e Um mais um, todos aclamados pela crítica. Como eu era antes de você vendeu cinco milhões de exemplares em todo o mundo, ocupou o topo da lista de mais vendidos em nove países e foi adaptado para o cinema com Sam Claffin (Jogos Vorazes) e Emilia Clarke (Game of Thrones) nos papéis de Will e Lou.
Depois de Você é uma inesperada e surpreendente continuação de Como Eu Era Antes de Você, sucesso da britânica Jojo Moyes, que vendeu milhares de livros ao redor do mundo. Nessa nova história conhecemos uma nova Lou, ou, sendo mais claro, uma Lou que quer ser nova, que quer encontrar seu caminho após os seis aventurosos meses em que passou com Will, e que tem a certeza de que as coisas precisam mudar. Desde os acontecimentos descritos no último livro, Lou Clark passou a trabalhar no bar de um aeroporto, sempre observando outras pessoas voarem para novos lugares, imaginado se algum dia ela terá ânimo para fazer o mesmo.
Morando em um apartamento há um ano, ela não consegue chamá-lo de lar. Sua família ainda não a perdoou e ela ainda não superou ter perdido o amor de sua vida. Para sanar boa parte de seu sofrimento, Louisa busca ajuda num grupo de enlutados, na esperança de que unida a eles, e eles a ela, ambos possam resolver seus "problemas" e finalmente viver intensamente. Então, certo dia, inesperadamente, Lou sofre um acidente e tudo muda, e ela não vê alternativa a não ser voltar para a casa dos pais.
O acidente obrigada Lou a novamente reviver os momentos na casa de seus pais, e a indagação que permeia sua mente surge ainda mais forte: será que em algum momento as coisas vão mudar? Mas ela conhece Sam Fielding, o paramédico que a socorreu no dia de seu acidente, e pouco a pouco vai se reerguendo, de volta a Londres. Até que, certa noite, uma pessoa desconhecida bate à porta. Será que ela tem as respostas que Lou procura... ou mais perguntas? Se Lou fechar a porta, a vida vai continuar igual: simples, ordenada, segura. Mas se resolver abrir, estará arriscando tudo.
Ah, todo mundo que leu Como eu era antes de você sabe que é muito bom, hein? Um livro recheado de surpresas, principalmente no tocante ao enredo, e que emocionou milhares e milhares de pessoas, inclusive eu. Depois de Você, apesar de apresentar uma nova fase na vida da protagonista e diferir-se em alguns poucos aspectos do primeiro livro, não é muito diferente em termos de conteúdo (o que não significa que ele seja ruim). Como a maioria das pessoas, minhas expectativas eram frustradas, por assim dizer, já que, assim como todo mundo, eu não espera uma sequência.
Contudo, Jojo Moyes mostrou que sabe dar sequência a um livro, mesmo quando não necessário. E o conteúdo trabalhado no livro é tão... lindo, propriamente dizendo, que é capaz de mexer com nosso intelecto tanto quanto o que ela sempre desenvolve na maioria de seus livros. Tinha, sim, receio quanto a continuação, mas isso é um fato que vocês, leitores, não precisam se preocupar. Depois de Você conta uma história linda, sofrida, de perda, de superação e com a viva e poderosa mensagem de sempre: viva intensamente.
O livro é narrado em primeira pessoa (ponto super positivo), sob a ótica da Lou, que ainda é trabalhada pela autora de modo a dar mais espaço para as descrições, devaneios e observações, do que ao diálogo, o que incrivelmente não me incomodou e tampouco tornou a leitura lenta. Lou é uma excelente narradora/personagem e jamais trocaria sua narração por uma em terceira pessoa, por exemplo. Moyes sabe como aproximar o leitor em direção ao personagem de modo que seja impossível não criar um elo.
"Aprendemos a conviver com a perda, com as pessoas que nos deixam. Porque elas permanecem conosco, mesmo não estando vivas, mesmo não respirando mais (...) Aprendemos a nos adaptar. É como se acostumar com um buraco dentro de nós."
A Editora Arqueiro publicará a série The Dressmakers, traduzido como "As modistas" escrita por Loretta Chase, mesma autora de "O Príncipe dos Canalhas". Confira:
Sinopse: Talentosa e ambiciosa, a modista Marcelline Noirot é a mais velha das três irmãs proprietárias de um refinado ateliê londrino. E só mesmo seu requinte impecável pode salvar a dama mais malvestida da cidade: lady Clara Fairfax, futura noiva do duque de Clevedon.
Tornar-se a modista de lady Clara significa prestígio instantâneo. Mas, para alcançar esse objetivo, Marcelline primeiro deve convencer o próprio Clevedon, um homem cuja fama de imoralidade é quase tão grande quanto sua fortuna.
O duque se considera um especialista na arte da sedução, mas madame Noirot também tem suas cartas na manga e não hesitará em usá-las. Contudo, o que se inicia como um flerte por interesse pode se tornar uma paixão ardente. E Londres talvez seja pequena demais para conter essas chamas.
Primeiro livro da série As Modistas, Sedução da seda é como um vestido minuciosamente desenhado por Loretta Chase: de cores suaves e românticas em alguns trechos, mas adornado com os detalhes perfeitos para seduzir.
O Dia da Mulher foi no dia 8 de Março, mas a resenha de hoje irá abordar sobre elas — as mulheres —, que lutaram e continuam lutando por seus direitos. Em suma, passando do clássico ao moderno, de O Papel de Parede Amarelo a Vamos Juntas?, traremos uma reflexão de que da mesma forma que o Dia do Meio Ambiente, Consciência Negra ou outro, não é uma vez ao ano, o Dia da Mulher não é 8 de Março, mas, sim, todos os dias. Acompanhe a resenha abaixo, e fique atento que na semana que vem tem a Parte 2 dessa resenha especial, com o livro Vamos Juntas?, da Babi Souza.
O PAPEL DE PAREDE AMARELO, CHARLOTTE PERKINS GILMAN
Livro: O Papel de Parede Amarelo
Título original: The Yellow Wallpaper
Autor (a): Charlotte Perkins Gilman
Editora: José Olympio
Páginas: 112
ISBN: 9788503012720
Sinopse: Um clássico da literatura feminista. Uma mulher fragilizada emocionalmente é internada, pelo próprio marido, em uma espécie de retiro terapêutico em um quarto revestido por um obscuro e assustador papel de parede amarelo. Por anos, desde a sua publicação, o livro foi considerado um assustador conto de terror, com diversas adaptações para o cinema, a última em 2012. No entanto, devido a trajetória da autora e a novas releitura, é hoje considerado um relato pungente sobre o processo de enlouquecimento de uma mulher devido à maneira infantilizada e machista com que era tratada pela família e pela sociedade.
Charlotte Perkins Gilman nasceu
em Connecticut, Estados Unidos, no dia 3 de julho de 1860 e morreu, aos 75
anos, em 17 de agosto de 1935 na Califórnia. Ela foi diagnosticada com câncer
de mama e decidiu se suicidar com clorofórmio para evitar o sofrimento da
doença. Gilman iniciou no mundo do trabalho vendendo barras de sabonete de
porta em porta. Mais tarde se tornou uma proeminente reformista social,
reivindicando a igualdade de classes e os direitos das mulheres. Além de contos
e romances, Gilman também escreveu ensaios e deu palestras, principalmente sobre
as causas sociais pelas quais lutava.
O Papel de Parede Amarelo é um
conto inteiramente incrível, negligenciado por quase cinquenta anos, que conta
a história de um casal que muda-se para um casarão antigo, e isolado do mundo
social em que eles anteriormente viviam.
John, médico, acredita que a tranquilidade e a isolação do lugar possam ajudar sua mulher a se curar de uma doença inespecífica e desconhecida — que a
deixa triste e angustiada. O doutor não permite que sua mulher saia da casa,
que ela escreva ou que faça qualquer outra coisa que ele julgue capaz de
deixá-la mais doente.
Contudo, a mulher mantem em
segredo um diário, por meio do qual ficamos inteirados sobre toda a trama que
envolve o conto. Nos primeiros relatos, a mulher nos conta como foi parar no
casarão e como se tornou obcecada pelo papel de parede amarelo presente em seu
quarto — de onde ela raramente sai. Presa ali dentro, controlada pelo marido e,
aparentemente, definhando com seu visível colapso mental — que é
incompreensível até mesmo para ela —, a mulher não encontra nada para fazer,
exceto observar o papel de parede amarelo — que parece ser compostos de padrões
que ora lhe instigam a curiosidade, e ora lhe causam um desconforto.
A partir daí, somos levados por
meio de uma história narrada com suprema precisão psicológica e dramática, onde
a mulher tenta a todo custo desvendar os padrões do papel amarelo, onde,
segundo ela, há mulheres presas. Mulheres estas que ela precisa libertar —
fazê-las sair do papel. E, gente, que
conto! Uma das minhas dicas iniciais é: os fãs de Edgar Allan Poe vão adorar
essa história, é algo muito próximo do que o autor americano escrevia, tanto
pela ambientação de terror/horror, pela estrutura fortemente psicológica,
quanto pelo caráter autobiográfico — visto que muitos dos contos de Poe também
(assim como esse de Perkins) expressavam seu estado de espirito ou uma situação
pela qual passara. Perkins tinha depressão, e ao consultar um médico, ele
sugeriu apenas que ela descansasse em casa. Já deu pra entender de onde veio a
inspiração, certo?
Sem dúvida alguma, O Papel de
Parede Amarelo é um clássico da literatura feminista! A forma intrínseca e
indireta pela qual a autora abordou a questão feminista foi incrível, tanto no
sentido do marido, John, representar a ciência, o Estado, o mundo racional
contraposto — parafraseando Marcia Tiburi — à histeria presente na
protagonista, quanto pelo fato da casa corresponder à estreiteza do mundo das
mulheres, que eram (e são) oprimidas antes que conquistas jurídicas, politicas
e sociais viessem, mesmo que pouco a pouco, a mudar essa situação. O mais
engraçado é que um livro escrito em 1892, após todo esse tempo, consegue
trabalhar esse tema de maneira tão viva e eficiente. Até porque as mulheres
conseguiram muitas coisas, mas muito mais ainda tem de ser feito. E esse livro
é um belo exemplo do que deve ser feito, da forma como as mulheres devem se
libertar, se entregar a algo e lutarem com ímpeto por aquilo que desejam.
Achei muito bacana da parte da
Editora José Olympio ter lançado essa edição física do conto. Não somente por
isso, claro, mas por todo o esmero que tiveram com a edição — que tem uma capa
linda, um formato de bolso e ainda conta com Prefácio e Posfácio, que auxiliam
inteiramente na compreensão e aprofundamento do conteúdo trabalhado pelo conto.
Em minha opinião, este é o tipo
de livro que todos, independente de gênero, cor ou raça, deveriam ler — até
porque é uma leitura rápida, um livro feito para refletir. Perkins faz um
convite em seu conto. Ela convida as mulheres a saírem de suas casas, a deixarem
de serem isoladas do mundo. Sobretudo, a rasgarem o papel de parede que as
prendem. Sair dele continua não sendo fácil, como a prefaciadora Marcia Tiburi
diz, mas é o convite da autora em seu generoso gesto literário. Acredito que
não seja necessário dizer que eu recomendo, mas vamos lá: tem imploro pra dar
uma chance!
"Este papel olha para mim como se soubesse da terrível influência que exerce!"
Como assim, né? Já estamos na metade de Abril, propriamente dizendo, e ele está cheio de novidades, principalmente para os fãs da série fantástica Fallen. Ano passado Lauren Kate, autora da série de livros, anunciou que ainda não tinha "acabado" com o Cam, importante personagem da trama, e que estava escrevendo uma spin-off sobre ele. No caso, spin-off é um livro que foge da trama central, mas situa-se em um universo idêntico ao da série central (no caso Fallen), entenderam? Espero que sim. Agora vamos conferir a capa e a sinopse.
Cam sabe o que é tormento. Ele viveu mais no Inferno que qualquer anjo jamais deveria. Seu mais recente martírio se chama ensino médio. E o belo anjo está ciente da ironia nisso tudo. Mas após a escolha de Luce e Daniel, Cam não pode deixar de sentir que chegou a hora de também se render a única coisa que o leva mais alto que as próprias asas: o amor.Assim, Cam sela um pacto com o diabo... Para tentar libertar das garras de Lúcifer a única alma que já amou: a mortal Lilith. A garota habita um purgatório particular em sua existência nos círculos do Inferno. Cada um escolhido e arquitetado com esmero pelo demônio. Tudo por causa de Cam… e seus pecados. No mais recente, ela é a pária da Escola Preparatória Trumbull. Nenhum amigo, nenhuma esperança.Mas, se em quinze dias Cam reconquistar Lilith, ela será libertada. E ambos poderão viver o amor que um dia o anjo renegou. Caso ele fracasse, há um lugar de destaque o guardando além da Muralha das Trevas. O livrod e Cam é mais um emociontante capítulo na saga de Fallen, que em breve chega aos cinemas pelos estúdios Disney. Uma história envolvente repleta de mitologia, romance e suspense — em Fallen o amor nunca morre.
Essa capa, assim como as outras, está muito bonita, não acham? Sem contar que a história parece ser bem legal, instigante e capaz de matar a saudade dos fãs de Fallen. O único problema (com o livro) foi o nome. Em minha opinião teria ficado apenas Unforgiven, no original. Ah, e lembrando que parece que finalmente o primeiro filme da série Fallen, produzido pela Disney, será lançado em Setembro deste ano. Nada melhor!
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