Livro: O Alquimista
Autor (a): Paulo Coelho
Editora: Sextante
Páginas: 176
ISBN: 9788575427583

Sinopse: Quando você quer alguma coisa, todo o Universo conspira para que você realize seu desejo.De tempos em tempos, surge um livro capaz de mudar para sempre a vida de seus leitores. "O Alquimista" é um deles.
Com mais de 65 milhões de exemplares vendidos em todo o mundo, o mais famoso título de Paulo Coelho já se estabeleceu como um clássico moderno, atemporal e universal, que segue fascinando públicos cada vez maiores, de diferentes gerações.
Simples, sábia e inspiradora, esta história refaz os passos de um pastor da Andaluzia que viaja para o deserto egípcio em busca de um tesouro enterrado nas Pirâmides.
O que começa como uma jornada para encontrar bens materiais torna-se uma descoberta das riquezas que escondemos dentro de nós mesmos.
As belas lições que Santiago aprende ao longo do caminho nos falam da sabedoria de ouvir o que diz o coração, de ler os sinais com que deparamos ao longo da vida e, acima de tudo, da importância de seguir os nossos sonhos.


      O Alquimista foi escrito por Paulo Coelho, renomado escritor brasileiro famoso no mundo inteiro pelos seus romances. Trata-se de uma obra escrita em 1988, com inúmeras publicações e edições diferentes. Recentemente, a editora Sextante fez uma publicação comemorativa no início de 2016.
      Paulo Coelho, apesar de ser muito aclamado no exterior, também sofre com muitas críticas. Ele foi autor de mais de 13 obras, entre elas "Veronika Decide Morrer", "O Aleph" e " O Diário de um Mago" (sendo que alguns deles foram adaptados para o cinema). 
      “O Alquimista” traz a história de Santiago, um pastor de ovelha que se considerava “livre”. A partir de vários sonhos repetidos, Santiago decide investigar o significado destes, encontrando uma “cigana” e um rei sábio que o convencem a vender praticamente o que tinha para viajar até onde os sonhos indicavam ser a localização de um tesouro; ele, portanto, compra uma passagem para a África. 
      Santigo sai da Espanha e embarca para uma viagem até o Egito, encarando uma caravana pelo deserto, passando por inúmeras situações críticas, encontrando um Inglês, um Alquimista, o amor da sua vida, Fátima. Mas o que ele irá perceber durante essa incrível jornada é que o há tesouros muito mais valiosos que ouro. 


- Qual é a maior mentira do mundo? - indagou, surpreso, o rapaz.- É esta: em determinado momento de nossa existência, perdemos o controle de nossa vida, e ela passa a ser governada pelo destino. Essa é a maior mentira do mundo. 

      O Alquimista é um livro muito peculiar. Ao mesmo tempo que parece uma obra de autoajuda por apresentar inúmeros valores morais e incentivos, ainda é um livro com forte característica narrativa. 
      Tenho que admitir, primeiramente, que eu nunca havia tido contato com nenhum livro de Paulo Coelho – que sempre me inspirou muita curiosidade. Algumas professoras de literatura que tive criticavam ferrenhamente o autor, enquanto outras, era verdadeiras fãs dele. Foi a partir da Editora Sextante, que fez uma nova edição brilhante dessa obra, que tive a oportunidade de criar uma experiência de leitura em cima dele e tirar minhas próprias conclusões. 
      Não sabia, entretanto, o que esperar de “O Alquimista”; não sabia se era uma literatura fantástica ou um romance, uma autoajuda ou um conto. E fiquei muito surpresa ao descobrir que se tratava de um gênero distinto de qualquer outro: O Alquimista era uma mistura entre “lenda” e “conto”, com elementos de magia, sonhos divinos, espiritualidade, e, é claro, alquimia. 
      Trata-se de um livro simples, com uma narrativa em terceira pessoa, descontraída e de fácil assimilação. Paulo Coelho não se mostrou muito diferente dos autores medianos nesse quesito, apesar da narrativa não ter me decepcionado ou não ter falhado e apresentar a história com exatidão. Mas eu esperava algo mais, justamente por causa de sua fama.


Leitores, a coluna Memória Musical de hoje trará um dos livros de uma das minhas autoras preferidas para servir como inspiração musical: O livro do amanhã, de Cecelia Ahern, que trata das descobertas da jovem Tamara, frente às dificuldades de ter que encarar seu mundo desabando aos poucos e se reconstruindo de forma totalmente diferente (Confira aqui a resenha!).



Iniciarei com uma música que denota uma amargura sublime — exatamente a sensação que a narradora, Tamara, passa, ao perceber que sua vida não é um mar de rosas, principalmente quando é atingida por todas as verdades ao final da obra —, Dead Memories, de Slipknot. Também descreve a forma como ela deixa seu outro "eu" para trás.




Landslide, da Fleetwood Mac, descreve bem as descobertas da protagonista a respeito do amor e do sofrimento. E o trecho mais semelhante à obra é este: "Even children get older/ And I'm getting older too" (Até mesmo as crianças envelhecem/ E eu estou envelhecendo também), que mostra perfeitamente o amadurecimento de Tamara




E então leitores, acham que as músicas se encaixam com a obra? Têm sugestões para acrescentar à lista? Deixem-nos suas opiniões! 



Cada história tem seu protagonista, seu personagem principal, por meio do qual a trama ganha contornos e graça, em suma. Inicialmente a literatura meio que cultuava a presença de protagonistas masculinos. Hoje em dia a realidade é outra. Basta pegar dez livros de sua estante, que verá que boa parte deles tem uma heroína, e não um herói. A literatura atual deu novos contornos às mulheres, e elas aparecem agora mais lindas, fortes e vibrantes. Do jeito que sempre mereceram aparecer. 
O TOP 5 de hoje apresenta minhas cinco protagonistas preferidas, acompanhe.


1- SOFIA ALONZO, PERDIDA.

Ah, Sofia. Podem existir milhares, bilhares, de heroínas (protagonistas), mas ela sempre será minha preferida. Ela é aquela “atrapalhadinha” presente na série Perdida, da autora Carina Rissi, responsável por boas doses de humor, aventura e inteligência. Nunca encontrei alguém que não tenha gostado dela. Uma personagem incrível, bem construída e que faz todo o resto valer a pena.

2- ANASTÁSIA STELLE, CINQUENTA TONS DE CINZA.

Sim, eu sei, todo mundo vai dizer: “Meu Deus, aquela chatinha?”. Bem, tem que ser um fato bem pesado pra fazer eu não gostar de um personagem, e Ana não me desagradou o suficiente. Assim como toda a série Cinquenta Tons de Cinza, Ana é uma personagem simples, e é isso que me chamou atenção e que me fez gostar muito dela. Tinha momentos em que tudo que valia a pena, no livro, era ela e sua deusa interior. Desculpa, gente, mas achei difícil não morrer de rir com a Ana. Ela é hilária. Só continuei a ler por ela, somente!

3- TRIS PRIOR, DIVERGENTE.

Minha heroína distópica preferida! Ah, desculpa Katniss, mas você nem chega aos pés da Tris. A protagonista foi muito bem desenvolvida — ela foi amadurecendo aos poucos, como um fruto. Era uma pessoa frágil, porém determinada. E eu, por exemplo, super curto gente assim. Tris me envolveu do início ao fim, e foi uma das melhores coisas na série Divergente. 

4- ALICIA, PROCURA-SE UM MARIDO.
Dizer que eu morri de rir milhares de vezes com a Alicia e o quanto gostei do seu jeito, nem chega perto de dizer o que realmente aconteceu quando li Procura-se Um Marido, da autora Carina Rissi. Como típico em todo chick-lit, a protagonista é alguém forte, determinada, vibrante, ao mesmo tempo em que também é humana, está destinada a sofrer, ser fraca e aprender a mudar com seus erros. Toda a história vale a pena, só por ela!

5- CLARY FRAY, OS INSTRUMENTOS MORTAIS. 

A shadowhunter (caçadora de sombras)! Gostei de Clary desde nosso primeiro contato, na adaptação de Cidade dos Ossos. No nosso segundo contanto, ao ler Cidade dos Ossos, gostei ainda mais dela. No nosso terceiro, e atual contato, pela série de TV Shadowhunters, passei a amá-la totalmente. Novamente uma menina simples, frágil, inocente, mas que mostra depois do que são capazes as mulheres. Que elas são sempre capazes de se reinventar e seguir em frente.

Esse foi meu TOP 5. E aí, concordam ou discordam em algum ponto? Deixe seu comentário!



Livro: Noites de Tormenta
Título Original: Nights in Rodanthe
Autor (a): Nicholas Sparks
Editora: Arqueiro
Páginas: 176
ISBN: 9788580414653

Sinopse: Aos 45 anos, Adrienne Willis repensa toda a sua vida quando o marido a abandona por uma mulher mais jovem. Com o coração partido e em busca de descanso ela segue para a pequena cidade de Rodanthe, na Carolina do Norte, para cuida da pousada de uma amiga, Quando uma tempestade terrível se aproxima, Adrienne começa a achar que sua fuga perfeita está arruinada - isso atá a chegada do novo hóspede, o Dr. Paul Flanner. Aos 54 anos, o médico chega a Rodanthe para repensar sua profissão e relação com a família. Agora, em meio à tempestade que os cerca, os dois seres feridos procurarão conforto um nos braços do outro - e esse único fim de semana despertará sentimentos que irão acompanhá-los pelo resto de suas vidas. O título desse livro foi mudado de O Sorriso das Estrelas para Noites de Tormenta depois do sucesso do filme, que agora compõe também a capa do livro.


Noites de Tormenta foi escrito por Nicholas Sparks, inicialmente publicado nos Estados Unidos em 2002, e, no Brasil, em 2008, pela Editora Novo Conceito. Anos depois, Editora Arqueiro comprou os direitos sobre a versão brasileira, e relançou o livro em 2015, com uma capa inovadora e um designe surpreendente. Não o bastante, a obra do romancista aclamado acabou sendo adaptada para o cinema, o que conquistou ainda mais a atenção dos leitores em potencial. 

     Amanda estava mergulhada em uma depressão profunda depois do falecimento de seu marido. Em um dado momento, sua mãe, Adrienne Willis, começa a lhe contar um segredo de seu passado que não havia compartilhado com ninguém anteriormente.
     Adrienne, anos atrás, havia sido traída por Jack, seu marido, e, apesar de separada, ainda não havia superado toda essa situação. Fora justamente nessa época que Jean, sua amiga, pediu que Adrienne fosse cuidar de sua pousada em Rodanthe. Paul Flanner — que havia reservado um quarto nessa mesma pousada — estava passando por momentos muitos dificeis também. A separação lhe era recente, e os problemas com seu filho Mark só pioravam.
     Contudo, ele decidira fazer essa viagem para conversar com o marido de uma paciente sua, que não resistira a uma cirurgia. O que Paul e Adrienne não esperavam, era que nesse final de semana uma tempestade forte tomaria conta de Rodanthe, unido-os de uma forma que nunca imaginariam.
     Depois desse  evento, entretanto, Paul tinha decidido viajar para o Equador para reatar a relação com seu filho e Adrienne precisava voltar para casa para cuidar de seus filhos. Um ano era era o prazo limite para que voltassem a se encontrar. Mas o que pode mudar em um ano?

   
      Tenho que admitir que apostei nesse livro com certo receio. Havia tempo que ele tinha despertado minha curiosidade, contudo, toda minha experiência ruim com os demais livros do Nicholas Sparks acabou me desanimando e me fazendo buscar outras obras do mesmo gênero para mergulhar. Entretanto, quando a Editora Arqueiro ofereceu a oportunidade de leitura, anos depois da primeira publicação no Brasil, resolvi me arriscar, e, sinceramente gostei do que li. 
     Primeiramente, preciso explicar minha relação de amor e ódio com esse autor. Quando li "Diário de uma Paixão" achei o enredo um tanto confuso e fraco, mas gostei do final. Mas quando li "Um amor para Recordar" e "Querido John" perdi qualquer gosto pela escrita e pela construção das tramas de Nicholas. O primeiro foi mal planejado, mal escrito, e me decepcionou muito porque eu tinha amado sua adaptação. Já o segundo, tinha uma escrita boa, um pouco maçante, porém, desenvolvida — o problema foi o enredo mesmo, que não despertou nada em mim. 
     Talvez meu preconceito também esteja atrelado a sua marca "dramática" e triste, que podemos encontrar em quase todos os livros, e que eu achei por muito tempo ser uma artimanha forçada para fazer seus leitores se apegarem e chorarem por suas histórias, que, até então, não tinham o poder de despertar muitos sentimentos. 
     No entanto, Noites de Tormenta acabou me surpreendendo por vários motivos. Provavelmente porque era um livro antigo, mas que, diferente dos demais, estava muito bem escrito. A linguagem estava mais formal que "Um Amor para Recordar" e acessível, ao mesmo tempo. Já a narração era terceira pessoa e o foco se alternou entre Adrianne e Paul, de modo que aprofundou seus personagens e seu próprio enredo. E esse foi um ponto fortíssimo em "Noites de Tormenta", pois, apesar de seu final previsível e característico do autor, a narração me envolveu a ponto de me manter firme na leitura até seu desfecho.
     Nicholas Sparks foi genial ao escolher começar com o relato de Adrienne, para mergulhar numa história do passado. Aprofundou, em seguida, seus personagens como nunca presenciei antes, contando detalhes de suas vidas e deixando-os concretos e peculiares, com virtudes e defeitos. Entretanto, senti que a filha de Adrienne, Amanda, poderia ter sido mais aprofundada. A introdução passou por por Amada de forma rasa  —  era uma personagem poderia render muito para a história.

 
"Quando durmo, sonho com você, e quando acordo, sonho em tê-la nos meus braços. O tempo em que ficamos separados ao menos serviu para que eu tivesse certeza de que quero passar minhas noites ao seu lado e meus dias com seu coração."
   
     O livro é pequeno e isso pareceu influenciar na velocidade da história. Nicholas poderia muito bem ter tido mais calma e paciência diante seu enredo e personagens. Não digo que Noites de Tormenta foi uma leitura ruim por esse ponto negativo, mas é possível perceber o quanto a obra seria melhor enraizada se o autor tivesse trabalhado mais com ela antes do desfecho. Já as cartas que tinham espalhadas pela obra, uma mais tocante e sincera que a outra, conquistaram-me. Foi um artifício muito cabível para sensibilizar o leitor.


Livro: A Sereia
Autor (a): Kiera Cass
Editora: Seguinte
Páginas: 320
ISBN: 9780130427014
Sinopse: Anos atrás, Kahlen foi salva de um naufrágio pela própria Água. Para pagar sua dívida, a garota se tornou uma sereia e, durante cem anos, precisa usar sua voz para atrair as pessoas para se afogarem no mar. Kahlen está decidida a cumprir sua sentença à risca, até que ela conhece Akinli. Lindo, carinhoso e gentil, o garoto é tudo o que Kahlen sempre sonhou. Apesar de não poderem conversar — pois a voz da sereia é fatal —, logo surge uma conexão intensa entre os dois. É contra as regras se apaixonar por um humano, e se a Água descobrir, Kahlen será obrigada a abandonar Akinli para sempre. Mas pela primeira vez em muitos anos de obediência, ela está determinada a seguir seu coração.

   Kiera Cass nasceu em 1981, na Carolina do Sul, Estados Unidos. Formou-se em História na Universidade de Radford, na Virginia, e atualmente mora em Christiansburg. É autora da série A Seleção, que já vendeu mais de 1 milhão de exemplares no Brasil. A Sereia foi seu primeiro livro, lançado independentemente a seis anos atrás, e agora revisto, reescrito e relançado.

   Se tornar uma sereia significa ganhar uma segunda chance de viver, uma outra oportunidade de existir — e quem sabe ser feliz novamente. Sem essa segunda chance, Kahlen certamente teria morrido afogada, e jamais teria se unido a uma irmandade de garotas aparentemente comuns, mas que não envelhecem, não se machucam e têm uma beleza radiante. Por outro lado, o custo é alto: de tempos, em tempos, as jovens precisam usar seu canto mortal para causar naufrágios que a alimentam a Água. Só depois de 100 anos de servidão e de obediência contínua as sereias recebem uma nova vida humana.
   Kahlen talvez seja a sereia mais dedicada que já serviu a Água. Vítima de um naufrágio em 1933, a jovem pouco se lembra de sua vida antes de se tornar sereia. Tudo que sabe é que quando estava prestes a se afogar, gritando por ajuda, a Água lhe deu uma segunda chance. A jovem já cumpriu 80 anos de sua servidão, e enxerga a Água como uma mãe, e as outras sereias como suas mais fiéis irmãs — que a consideram um exemplo a ser seguido, sempre. Kahlen, além de garantir que suas irmãs "andem na linha" e não coloque em risco a identidade das sereias, sente uma culpa enorme por todas as vidas que teve de tirar.
   Para suportar todo esse fardo, Kahlen busca refúgio nos livros, em revistas e em especial no campus de uma universidade. Lá, ela pode observar os estudantes, frequentar a biblioteca e fingir que é humana, enquanto anseia pelo dia em que poderá rir, conversar e viver livremente no mundo. Também é na universidade que Kahlen acaba por conhecer Akinli, que ao contrário da maioria das pessoas, o garoto parece conhecer Kahlen de verdade, saber suas opiniões e até encontrar maneiras para os dois se comunicarem, sem que ela necessite usar sua fatal voz.
   Não é incomum que as sereias tenham relacionamentos breves com humanos, mas sentimentos mais profundos são desencorajados pela Água. Kahlen acaba ficando dividida entre o impulso de passar mais tempo com Akinli ou obedecer às regras e ir para longe, pelo bem de todos. Agora Kahlen terá de decidir se vale a pena cumprir sua sentença até o fim e finalmente alcançar a liberdade, ou se é melhor sacrificar seu futuro para viver um grande e proibido amor.

   Acredito que boa parte dos leitores brasileiros conhecem Kiera Cass, certo? Ela é a autora da série distópica A Seleção, que já vendeu milhares de exemplares em nossa terrinha, e que deu muito o que falar. Como eu já havia lido a série A Seleção, e já tinha a certeza de que a autora é mega competente em seu ofício, minhas expectativas para A Sereia, que foi o primeiro livro que a autora escreveu, eram bem grandes — levando em conta que gostei muito de A Seleção. E bem, as expectativas mantiveram-se saciadas do começo ao fim.
   O gênero não é um de meus preferidos, mas sem dúvidas chama muito a atenção. Diria que A Sereia é um misto de releitura contemporânea da mitologia (em especial a das sereias), com um toque suave de contos de fadas, onde a autora provou a capacidade que a humanidade tem de inovar — mesmo com os pés nas origens. O modo como ela estruturou toda a história da narrativa foi bem diferente do que estamos acostumados. Sem contar as referências mitológicas que foram, em suma, modificadas e contemporizadas. 
   A narração é bem o estilo que encontramos em A Seleção, o que justifica ainda mais os padrões de estilo da Kiera. Ela deixa de lado o excesso de diálogos e coloca no lugar uma estrutura narrativa em primeira pessoa, abordando a protagonista no máximo de sua totalidade, de suas ações e pensamentos — dando contornos suficiente para uma narrativa fluida. Apesar de saber que os diálogos aceleram a narrativa, não deixo de deixar claro o quanto gosto de uma narração que aborda o máximo de quem conta tudo — já que isso aumenta a relação leitor-personagem. E Kiera sabe fazer isso muito bem. Através de Kahlen, nós sabemos tudo, da forma mais simples e detalhada possível, mantendo sempre um certo toque de formalidade — que caiu super bem na trama, visto a seriedade dos acontecimentos.

 
Vi a esperança nos olhos dela. Ela não queria que eu fosse. Talvez tivesse visto mortes demais num dia só. Fiz que sim com a cabeça. Eu ia ficar. Ela me puxou para si e cochichou no meu ouvido:  — Bem vinda à irmandade das sereias. Fui tragada pela água e alguma coisa fria penetrou minhas veias. E embora isso me assustasse, não chegou a doer. 

   Dentre todas as coisas que chamam atenção no livro, o que mais sobressai é o trato do sentimentalismo humano e o conteúdo mítico da obra. No livro, devido a situação em que estão inseridas as sereias, em especial Kahlen, temos um enfoque bem forte nos sentimentos, pensamentos e ações dos personagens, e isso muito nos faz pensar. A relação que elas tem com a Água — que na trama é algo como uma "deusa" — é bem interessante, visto que ela é como uma mãe para todos, que ama em todo momento, mas que briga, é severa, e pune nos momentos necessários
   É claro o quanto de pesquisa a Kiera deve ter feito para compor a obra, e talvez boa parte de tudo ela aprendeu em sua graduação em História. Contudo, apesar do conteúdo mitológico das sereias, a autora deu novos contornos aos mitos — o que demonstra tendência a originalidade de ideias e a intenção de aumentar a curiosidade de quem ler. Um exemplo está no fato das sereias do livro terem pernas, e não caudas. No todo, somos surpreendidos pela naturalidade do que é incomum e pelo cenário, universo da obra, que pelos olhos de Kahlen — que é forte e determinada, em momentos — parecem envolver totalmente o leitor
   Os personagens são o melhor ponto da história! Isso é indiscutível. São todos construídos com uma sutileza e leveza de detalhes que faz com que nos apeguemos a eles do inicio ao fim. Miaka, Elizabeth, Aisling e Padma, as irmãs-sereias de Kahlen, são todas amáveis e a relação que elas tem, umas com as outras, dá a trama momentos de levezas, descontração e, em outras situações, momentos mais profundos. Elas contam umas com as outras, como se encontrassem na irmandade o que faltava em si mesmas. Akinli (eita Kiera que gosta de nome doido) também é um ótimo personagem, e assim como acontece com Maxon (de A Seleção), nos apegamos a ele desde o início. Um verdadeiro príncipe contemporâneo.


Foram divulgados os posters oficiais e o trailer de "O Caçador e a Rainha de Gelo" spin-off de "Branca de Neve e o Caçador". Dessa vez o filme girará em torno da história do Caçador e seu envolvimento com a bruxa Ravenna antes de Branca de Neve.


A estreia ficou para 26 de abril de 2016.

Sinopse: O prequel da aventura Branca de Neve e o Caçador irá acompanhar a história do caçador Eric (Chris Hemsworth) e da bruxa má Ravenna (Charlize Theron) antes de conhecerem Branca de Neve. Ravenna é ressuscitada pela irmã, Freya, a Rainha do Gelo. Prestes a conquistar a terra, os únicos que podem deter as duas irmãs más são os guerreiros de elite de Freya.

OUTROS POSTERS 

O que acharam? Não gostei muito do primeiro filme, apesar de ter admirado toda a construção do cenário e efeitos especiais. O trailer desse spin-off, no entanto, parece prometer! E vocês, gostaram do trailer e dos posters? Estão ansiosos? 


Pra dar aquele "up", vou iniciar o post ao estilo Kéfera: oi, oi, gente! Tudo bem com vocês? Pois é, estava aqui pensando em qual livro usar na coluna Memória Musical e achei que seria bacana colocar o Muito Mais que 5inco Minutos,  da youtuber Kéfera Buchmann, que foi resenhado recentemente por mim aqui no blog. Quem perdeu a resenha, confira aqui. Lembrando que a coluna faz referência as músicas que podem nos lembrar o livro, escolhi algumas músicas bem legais, que vocês podem conferir abaixo.


1- PRA QUEM SABE SONHAR, PAULA FERNANDES. 
O livro da Kéfera fala muito sobre como ela passou por um período difícil na vida dela (como todo mundo sempre está destinado a passar por algo parecido) e como ela nunca abaixou a cabeça e desistiu do que realmente queria. A youtuber enfrentou bullyng e uma infinidades de desventuras, mas sonhou, renasceu e hoje é outra pessoa, uma jovem divertida e muito famosaKéfera é a prova viva de que a vida só é bela pra quem sabe sonhar, e nada melhor que Paula Fernandes para harmonizar com uma excelente canção tudo isso, já que a mineira também enfrentou difíceis períodos até ser hoje, junto a Kéfera, umas das personalidades mais seguidas do Brasil, nas redes sociais, e uma das maiores cantoras do país.

“Não importa o que aconteça, bom ou ruim, a vida continua. Por isso, lembre-se do que a Dory diz no filme Procurando Nemo: continue a nadar, continue a nadar, continue a nadar, nadar, nadar... Porque tem muita coisa boa nesse oceano para você viver ainda.”

2- BEAUTIFUL DAY, U2.
Essa canção, da banda U2, fala muito sobre superação também, e passa uma mensagem muito próxima da que Kéfera deseja passar com seu livro, de que o dia não deve ser desperdiçado com bobagens e que há muitas coisas belas a serem apreciadas. Uma excelente música para acompanhar a leitura de algumas passagens do livro. 

3- WE ARE NEVER EVER GETTING BACK TOGETHER, TAYLOR SWIFT.
Essa música, da Taylor Swift, também combina bastante com o estilo "foda-se" (desculpa a palavra) da Kéfera, principalmente nas partes em que ela trata de seus relacionamentos amorosos, que nem sempre deram tão certos assim. Então, We Are Never Ever Getting Back Together (Nós Nunca Vamos  Voltar a Namorar) retrata muito bem umas das várias cenas em que Kéfera fala de seus relacionamentos

E aí? Você já leu Muito Mais que 5inco Minutos? Concorda que essas três músicas fazem jus ao livro?
Comente!


Livro: Me Abrace Mais Forte
Título original: Hold me closer
Autor (a): David Levithan
Editora: Galera Record
Páginas: 225
ISBN: 9788501105820
Sinopse: Do universo de Will & Will: Um nome, um destino, conheça a história de Tiny Cooper em um fabuloso musical. Uma novela musical do universo de Will & Will – um nome, um destino, escrito em parceria com John Green e o primeiro livro juvenil com protagonista gay a figurar na lista do New York Times. Em Me Abrace Mais Forte, o personagem Tiny Cooper, um dos mais carismáticos da trama, disponibiliza o roteiro do musical que acompanha sua trajetória: do berçário até o ensino médio. Com participação especial do fantasma de Oscar Wilde, o roteiro revela os detalhes da vida amorosa de Tiny, seu relacionamento com seus vários ex-namorados, a amizade com a babá lésbica, a relação com os pais e o encontro com o amigo Will Grayson.


LIVRO "WILL & WILL"
   1.  Will & Will, um nome, um destino
  Spin-off  Me Abrace Mais Forte

   David Levithan é um dos mais aclamados escritores norte-americanos. Já escreveu em parceira com grandes nomes da literatura atual, como Rachel Cohn, Andrea Cremer e o ídolo dos amantes de livros jovens, John Green, com quem escreveu Will & Will, um nome, um destino. É também autor de vários livros aclamados pela crítica, entre eles Todo dia, Dois garotos se beijando, Garoto encontra garoto e outros.

   Tiny Cooper sempre sentiu que faltava algo, de que tinha que externalizar seus problemas e mostrar ao mundo como podemos usar da verdade de uma vida para inspirar e fazer as pessoas verem “coisas” que sempre se recusaram a enxergar. Após namorar com mais de 18 meninos e enfrentar todo tipo de desventura da vida (amorosa, principalmente), Tiny decide transformar sua vida num musical, que inicialmente tem a pura e total essência de mostrar sua vida. Mas que, conforme o amadurecimento do garoto, acaba se tornando algo melhor, mais barulhento e espetacular, passando não somente a falar de sua vida, mas do amor e da importância de aceitar uma queda ou um tropeço no meio do caminho.
   Iniciada com uma mensagem do Tiny, o musical é composto por dois atos — o primeiro em um subúrbio nos arredores de Chicago, começando no nascimento de Tiny, há 16 anos, e o segundo no mesmo local, só que agora Tiny está namorando e “grandinho” —, poucos personagens, inúmeras cenas e outros tantos números musicais, que contam, no todo, sua vida e os problemas que enfrentou — sendo o primeiro ato suas descobertas da vida, saída do armário, e o segundo, as desventuras amorosas.

   Antes de começar inteiramente essa resenha, gostaria de deixar algo bem claro: esse livro só terá alguma “graça” para quem leu Will & Will, Um Nome, Um Destino. Caso contrário, sendo sincero, você vai meio que odiar. Por sorte, eu já conhecia Will & Will, inclusive já tinha lido também, e foi mega agradável conhecer Me Abrace Mais Forte, que me chamou certa atenção desde seu lançamento. O livro não é uma continuação de Will & Will, mas um roteiro do musical do Tiny Cooper, importante personagem que aparece na obra central.
   Não posso dizer que tinha expectativas, já que nunca li um musical e não sabia o que esperar desse. Tipo, certamente, a grande maioria de vocês já assistiu Caminhos da Floresta ou High School Music, mas já pararam pra pensar como todo o roteiro é feito? Bem, eu não, mas fui agraciado com essa oportunidade ao ler Me Abrace Mais Forte. Confesso que foi diferente — pois não é a mesma coisa de ler outra história “normal”, sem roteiro —, mas não foi algo desagradável. É, nem todas as experiências da vida são desagradáveis, na maioria das vezes elas só tendem a ser “diferentes” daquilo que estamos acostumados. Quanto ao autor, eu nunca havia lido algo exclusivamente dele, somente as partes que ele escreveu em Will & Will, que foram incríveis!
   Como eu disse, é um musical, mais especificamente, um roteiro. E apesar do estilo roteiro, temos comentários, interlúdios, de Tiny sobre o que fazer na hora das cenas, como devem se expressar os personagens, como deve ser organizado o cenário e todo o resto — como se fosse um misto de caderno de anotações do diretor + o próprio musical. A escrita de Levithan é muito simples, apesar de marcar pelas frases de efeitos e pelo apelo jovem — algo que é meio que impossível perceber por Me Abrace Mais Forte, já que é um roteiro. Mas quem leu Will & Will, já sabe que o autor é muito competente em seu ofício.

E, mesmo quando as lições ficam claras para todo mundo ao seu redor, às vezes você tem dificuldades de enxergá-las. Quando as pessoas dizem que o amor é cego, agem como se isso fosse uma coisa boa. Mas algumas pessoas encontram o caminho através da escuridão melhor que outras.
A vida real não oferece tantas oportunidades. Não, na vida real você precisa se esforçar um pouco mais para encontrar o amor.

   Me Abrace Mais Forte é bem leve e simples, mas chama atenção por ainda assim conseguir ser bem estruturado, verdadeiro e fabuloso — do jeito que Tiny queria. Por meio das músicas, de referências à cultura pop, das cenas, dos personagens e através do próprio Tiny, somos levados a uma atmosfera de pensamentos, que vão bem além do que estamos acostumados, dissertando sobre amizade, amor, companheirismo, sexualidade e diversos outros assuntos da vida. Tudo isso sem necessitar recorrer ao mais rebuscado. É através da simplicidade que Tiny nos ganha. 
   Tiny Cooper é um ídolo literário pra muita gente — percebi isso há algum tempo, quando comentei em minha página do Instagram que estava lendo Will & Will —, e, apesar de não tê-lo entronizado e nem me identificado muito com ele, não deixo de reconhecer que ele mereça todos os “fãs” que conquistou. É um personagem bem forte, que chama muita atenção em ambos os livros em que está presente. Muitos chegam a relatar que é o melhor personagem da história — e talvez seja, né? Já que ganhou a sua própria! 
   Os personagens do musical são poucos, e devido à forma (roteiro), não são trabalhados em suas totalidades, então fica meio difícil de explicar a todos como é a estruturação dos mesmos. Daí a importância de ler Will & Will primeiro. É lá que você vai se introduzir em quem é Tiny, como surgiu Me Abrace Mais Forte, quem são seus pais, seus amigos, e todo o resto que acaba por aparecer lá com mais maestria do que no musical. 
   Quanto às críticas, em si, é outro ponto que dificulta o meu lado. É um livro diferente, entendem? Então é importante que o tratemos de tal forma, não como se fossemos acostumados a ler musicais todos os dias — coisa que acredito que a maioria de nós não faz. Nunca havia lido um musical, mas confesso que iniciei com o pé direito. Muitos reclamaram da forma como foi escrito, mas, gente, é um musical. Só há uma forma de se escrever um musical, e Me Abrace Mais Forte foi escrito dessa maneira. Ah, Pedro, mas e as músicas medonhas? Sim, algumas são medonhas, mas acredito que originalmente elas não sejam. Acontece que a métrica muda muito e é complicadíssimo traduzir com perfeição canções em inglês. Então, meio que é justificável isso. Acredito que mais importante que os efeitos, as rimas, são as mensagens que a música passa. E isso é indiscutível! 


Editora Galera Record lançará a obra "Dama da Meia-Noite", primeiro volume da série "Os Artifícios das Trevas", escrito pela autora Cassandra Clare.  que se desdobra no mesmo universo da série "Os Instrumentos Mortais" e "Peças Infernais". O lançamento está previsto para Maio, confira!


Sinopse: Los Angeles. Cinco anos já se passaram desde os acontecimentos finais de Os Instrumentos Mortais, quando os Nephilim ficaram à beira do esquecimento e a caçadora de sombras Emma Carstairs perdeu seus pais. Depois de todo o sangue e violência que testemunhou quando criança, Emma tem dedicado sua vida a descobrir o que exatamente matou seus pais e obter vingança.
Criada no Instituto de Los Angeles com a família Blackthorn, Emma é a parabatai de seu melhor amigo, Julian Blackthorn. Uma série de assassinatos na cidade chama sua atenção — eles parecem similares com a morte de seus pais. Poderia o assassino ser a mesma pessoa? E o caso não chamou somente sua atenção: alguém está assassinado também os Moradores do Submundo. E então eles chegam a um acordo: se os Blackthorns e Emma investigarem os assassinatos, eles vão liberar o retorno de Mark Blackthorn para casa. O problema: eles tem o prazo de duas semanas para encontrar os assassinos. Caso contrário, uma nova guerra começará.
Os Caçadores de Sombras devem correr contra o tempo para pegar os assassino, mesmo quando começam a suspeitar que ele esteja mais próximo do que imaginam. Enquanto isso, Emma está apaixonando-se pela única pessoa no mundo que está proibida de amar pela lei dos Caçadores de Sombras. Como pano de fundo a atual Los Angeles, Emma deve aprender a confiar em sua cabeça e coração enquanto investiga uma conspiração demoníaca que se estende das casas noturnas do mago na Sunset Strip às praias de Santa Mônica.


Gostaram da novidade? Estou ansiosa para ler esse livro desde que a notícia foi divulgada nos EUA. A capa ficou magnifica, concordam?


.