Olá, leitores! Quem aqui quando criança (e, talvez, mesmo depois que tenha crescido!) era fascinado por contos de fada? São essas histórias, cheias de magia, aventura e amor verdadeiro, que introduziram grande parte de nós, leitores, ao mundo fantástico dos livros. Hoje, resenhamos aqui no Entre Páginas e Telas um desses clássicos, que está em cartaz nos cinemas brasileiros em uma recente super-produção: A Bela e a Fera. Continue lendo para saber o porquê de tal filme ter me conquistado e, especialmente, encantado.
As duas versões do poster oficial, no original em francês. O poster do Brasil seguiu o padrão do primeiro.
Ao longo dos anos, várias versões do clássico conto de fadas A Bela e a Fera foram produzidas, e cada uma delas das mais variadas maneiras. A versão mais conhecida é a prestigiada animação da Disney – que também é, a propósito, meu conto de fadas favorito! –, ou talvez o filme de 1946, dirigido por Jean Cocteau. É incontável o número de filmes, séries, animações e peças de teatro que foram embasadas nesse conto antigo, que continua a encantar, todos os dias, as mais diversas idades. Eis que a mais nova versão, que estreou mundialmente em 2014, conta com o diretor Christophe Gans, quem teve a missão de adaptar a história à era tecnológica atual – e, entre efeitos de computação gráfica e uma bela estética, cumpriu sua tarefa com perfeição.
La Belle et la Bête, na língua original, é um filme de produção francesa e alemã, que rejuvenesce o clássico com sutis mudanças. É uma versão mais dramática, na língua francesa, que foi baseada, na realidade, em um conto de fadas desse mesmo país – escrito em 1740, da autora de Gabrielle-Suzanne Barbot –, e não segue o padrão da famosa versão infantil. Nem por isso, é claro, que o filme perde a essência que todos conhecemos e amamos.
Posso não ser a pessoa mais indicada para discorrer sobre a história, pois ela é, como já afirmei, a minha preferida entre os contos. Afirmo com completa convicção, contudo, que poucas vezes fiquei tão emocionada em assistir a uma história como fiquei ao ver A Bela e a Fera. Não é que o filme seja tão diferente do conhecido – na realidade, o principal acaba no mesmo, com poucos detalhes que se diferem –, mas, o modo a nova produção foi feita me chocou – e me impressionou.
Com um roteiro riquíssimo em detalhes, uma direção espetacular e efeitos visuais de deixar qualquer um abismado, é um filme digno das melhores produções de hollywoodianas. É visível que o público-alvo, dessa vez, são os jovens e adultos, já que há cenas mais maduras, de brigas, nudez e até mesmo ação. Detalhes mais infantis, como as mobilhas falantes e o aspecto do castelo em si foram amadurecidos, adaptados de uma maneira muito inteligente para que, ao mesmo tempo que o telespectador não sentisse a falta deles, entrasse no clima adulto do filme.
É claro que o filme também possui o famoso romance, contudo, dessa vez é claro como a ação, o suspense e a aventura são partes essenciais para a obra como um todo. Não é apenas sobre um aspecto, mas como tudo se encaixa, no fim, com até mesmo um toque de realismo – excluindo, obviamente, a magia dos contos de fada. Trata-se de um longa que traz em pauta uma reflexão sobre a coragem, a simplicidade e o altruísmo. Certamente, assuntos que já eram presentes em versões anteriores, mas que, agora, tomam mais espaço e importância – ao mesmo tempo que não deixam de serem partes de uma grande história de magia, mas, principalmente, de amor.
As atuações principais ficaram por conta de Vincent Cassel (Cisne Negro), Léa Seydoux (Bastardos Inglórios, Meia-Noite Em Paris) e André Dussollier, que não são atores extremamente conhecidos, mas que possuem certo reconhecimento. Particularmente, o fato de ter visto pouco da atuação de ambos os protagonistas me agradou, pois, assim, pude verdadeiramente apreciá-los nos papéis dos personagens. Ressalto que as duas atuações são ótimas, tanto a de Vicent, quando a de Léa – e que, a título de curiosidade, são ambos franceses.
Creio que o único defeito que posso apontar no filme foi o desenvolvimento do romance do casal. O romantismo, até os últimos trinta minutos do longa, é parco. Somos apresentados a uma Fera comovente, de coração aberto – mesmo que, sim, possua em sua personalidade certas características animalescas –, ao mesmo tempo que a uma Bela um tanto estática. Não é que a relação dos dois não se desenvolva, todavia, não pude deixar de sentir falta do romance e de uma aproximação maior entre eles. Isso não deixou, esclareço eu, o final do filme menos digno (na realidade, ainda é muito bonito e comovente), mas acredito que o desenvolvimento da relação poderia ter sido mais explorado.
O figurino e a fotografia, por sua vez, são detalhes que merecem destaque. Além dos vestidos lindos, ora singelos, ora luxuosos e de muito bom gosto, de Bela, toda caracterização é divina – em especial a da Fera. Não é o tipo de caracterização que assusta aos espectadores, mas que os deixa encantados com tanto esmero e perfeição em sua criação. Os cenários, que são majoritariamente criados em animação computadorizada, são de tirar o fôlego. Fiquei especialmente encantada pela criação do castelo em si e seus arredores, mas há tantos detalhes, belos e muito bem-feitos, que é fácil perder a conta.
É uma história essencialmente visual, com detalhes dignos das ilustrações de contos de fadas. A arte cinematográfica é impressionante, competindo com adaptações como As Crônicas de Nárnia e Harry Potter, e o grande momento de destaque da arte está em seu desfecho – apesar marcar forte presença durante o filme. Trata-se de uma estética requintada, que alterna entre momentos em cores vivas e coloridas, a cenas mais sombrias e escuras, tendo uma pitada de suspense.
Por fim, afirmo que não é um filme inovador, mas que consegue conquistar – e com honras! – aqueles que já são fãs do conto de fadas (e, quem sabe, leve alguns a começarem a gostar, também!). Se você gosta de contos de fadas, efeitos visuais incríveis e uma boa história de magia, A Bela e a Fera te satisfará plenamente. É um filme muito bem produzido, pensado e com um resultado incrível; tornando-se, assim, extremamente encantador.
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Olá meninas,
ResponderExcluirDevo confessar que estou com um pouco de medo de assistir a esse filme, não por causa da estória em si, mas por causa da estética dele. Começando pelos atores. Nossa, pelo trailer e posteres achei tudo muito nhaca', perdoem-me pela expressão. Também a questão do cenário envolvendo a pequena aldeia da Belle e o grande castelo da temida Beast. Estão um tanto... deturpados. Eu acho. Vocês tiverem esse choque visual com os personagens?! Com tudo, adorei a desconstrução do filme. Fiquei um pouco mais animado para assistir agora. Mas... né'?!
Att,
V. I. Neves
Excelente resenha! Tenho muita vontade de assistir essa versão de A Bela e a Fera, apesar de ainda não ter tido a oportunidade :/ Mas, muito em breve, pretendo assisti-lo.
ResponderExcluirDe fato, o filme é um deleite para os olhos. Essas imagens são lindas!
2surrealistas.blogspot.com.br/
Olá Gabi, tudo bem????
ResponderExcluirAmei saber sobre a adaptação.....eu gosto muito dos contos de fadas adaptados e quero muito assistir esse porque sempre gostei muito de A bela e a fera... um dos contos que acho mais lindo.... pelas imagens que vi aqui no blog acho que vou amar o filme... se ele é bem visual valerá a pena cada segundo que eu levar para assisti-lo... gostei muito Xero!!
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Para uma apaixonada pelo amor da Bela e a Fera esse filme tem cara de clássico e perfeito,fiquei doida para assistir.
ResponderExcluirhttp://pormarinasantana.blogspot.com.br/
Olá!
ResponderExcluirMeu deus eu to louquinha pra ver o filme da Bela e a Fera TT.TT
Aqui na minha cidade tem filme que num chega i.i
Adorei o post! Muito legal!
O blog é ótimo!
Um beijo!
http://meubaudeestrelas.blogspot.com.br/
Estou doida para ver esse filme,ainda mais depois dessa resenha. Também é o meu conto preferido!
ResponderExcluirParabéns pelo post
Beijo
http://www.jornalizando.com