Nacho é, então, convidado a fazer parte de um encontro entre poetas que está sendo sediado na mansão da viúva Agustina Pons, e, ao chegar ao local, se depara com uma tragédia digna de um livro: Fábio Arjona – um dos poetas que participava do encontro – foi assassinado com punhaladas no coração no jardim da mansão, e o culpado deve ser algum dos hospedes restantes.
Como era o único que não se encontrava na mansão na hora do assassinato, Nacho ajuda a viúva e decide usar sua experiência em investigações para achar o culpado. Porém, nada corre como esperado quando, ao investigar os hóspedes que estavam presentes no dia do assassinato, descobre que cada um tinha seus motivos para querer Fábio morto.
Este é, sem qualquer dúvida, um livro intenso. Ele nos mostra como o ser humano pode ser cruel, mesquinho e egoísta. Durante a leitura, é quase impossível fixar um assassino em mente, já que todos sofreram pelos atos de Fábio, seja por plágios ou por humilhações. O poeta morto definitivamente não é o tipo de personagem que você cria afeto: ambicioso, porém sempre usou dos piores métodos para conseguir o que queria. Era um plagiador, chantagista, que usava de golpes e conquistava mulheres frágeis sem qualquer tipo de escrúpulo.
Sabiamente escrito, o livro poetiza a narração, e, por isso, o leitor deve estar sempre atento ao que acontece: detalhes são deixados aqui e ali, e o final é impactante. Os personagens são bastante humanos, e demonstram os defeitos e falhas que todos sofrem a esconder: guardam ressentimentos profundos, demonstram-se rancorosos e até satisfeitos com a morte de Fábio.
Uma trama recheada de segredos, tem um ritmo de leitura envolvente e deixa o leitor ávido para descobrir o que realmente aconteceu. Com um design limpo e uma fonte agradável aos olhos, é uma leitura que exige atenção, mas no final, não há algum arrependimento quanto ao livro.
Recomendo Morte Entre Poetas a todos que desejam uma leitura mais elaborada, algo em que se possa refletir. Não é uma leitura leve, com certeza, e traz a tona sentimentos que são geralmente deixados de lado em obras literárias. Tudo isso, afinal, faz da obra de Ángela Vallvey um daqueles livros memoráveis.
Já falaram desse livro pra mim no curso de espanhol, dizem q é bem formal, mas bom
ResponderExcluirsua resenha ficou ótima gabi, parabens!
beijos
Não é aquele livro que chamou bem minha atenção mas se eu tivesse oportunidade leria. Parece ser bem legal.
ResponderExcluirNossa, que livro surpreendente! Adorei a resenha e a sinopse. Vou colocar na minha lista de próximas leituras.
ResponderExcluirBjs
Joyce
Só de fazer uma homenagem a Agatha Christie isso já faz dele um bom livro, adorei a resenha.
ResponderExcluirBeijos, Yasmin
Eu acho que não gostei muito ;/ Achei a capa legal ! Mas o livro não me interessou muito.
ResponderExcluirbeijos
Este livro me parece legal! A capa é simples e ao mesmo tempo bela.
ResponderExcluirSua resenha está linda. Uma das melhores que já fez no blog.
Adorei como descreveste o ser humano, e pior que tens razão =(.
Beijos