Livro: Agnus Dei - A Idade do Sangue (Livro 1)
Autor (a): Julianna Costa
Editora: Grimório Editorial
Páginas: 376
ISNB: 9788565968003
Edição: 2



Sinopse:
Sediada dentro de um hospício, oculta da sociedade, encontra-se a Ordem de Aset. Uma dentre as cinco Grandes Organizações com o dever de caçar e exterminar crias do escuro, seres sobrenaturais aos quais se enquadram demônios, vampiros, lobisomens, bruxas e toda a horda de entes abissais. A busca por uma garota, recém-descoberta como uma possível reencarnação de um dos fundadores da Ordem, incide num confronto épico envolvendo outra Organização, a Agnus Dei, iniciando a contagem de uma trama frenética que promete levar a História a mais densa das eras: a Idade do Sangue.


  Obrigada a autora, Ju Costa, por ceder o exemplar para a resenha.
     “Agnus Dei – A idade do sangue” é uma trama que retrata, brilhantemente, o sobrenatural mundo das criaturas místicas. Diferentemente dos livros que estão se tornando um entediante clichê, essa obra mostra vampiros como são originalmente: sedutores, perigosos e sedentos por sangue. Mas não é apenas de vampiros que o livro se trata.
    No mundo inteiro, existem cinco organizações responsáveis por proteger os humanos dos perigos sobrenaturais, e uma delas é A Ordem de Aset.  A líder dessa ordem se vê cada vez mais perdida, desrespeitada pelos seus inferiores e vista como desmerecedora do trabalho, pois está sucedendo seu pai, que lhe deixou a cadeira de Aset. Quando a suposta reencarnação de um dos fundadores originais  da Aset é localizada, Theresa Monte se vê sem saída; acontece que, só existem duas formas de escolher o próximo líder da organização: quando é passada pelo líder atual à outra pessoa e quando uma reencarnação de um fundador é encontrada. Tudo dá errado quando Theresa manda Maasi – um vampiro ligado a ela por um pacto de sangue, e que supostamente a odeia – seguir a garota, que, após quase ser morta, é salva e transformada em vampira por Maasi.
       Julie agora precisa se adaptar a nova vida, conhecer seus supostos amigos e inimigos, e lidar com a recusa inconsciente de levar uma vida vampiresca. Tudo isso em meio a uma batalha travada entre Aset e a Agnus Dei – organização do Vaticano que parece ter interesse em Julie – e a sensação de que, mesmo um tanto contra sua vontade, é à Aset que ela pertence.
     
     Agnus Dei é um livro difícil de resumir ou resenhar. Garanto que, entre tudo que já disse, muito ficou de fora. A autora conseguiu construir de maneira muito realista um mundo novo, aonde vampiros e humanos convivem entre intrigas e desconfiança. Esse é um ponto a ressaltar em Agnus Dei: o livro consegue englobar várias tramas em apenas uma, e quando você se da conta, há vários acontecimentos ocorrendo simultaneamente, e o leitor os acompanha facilmente, sem ficar confuso.
      Preciso ressaltar também, a maneira que os personagens foram construídos. Até mesmo os que não têm um papel de destaque ou participam ativamente da trama, são bem arquitetados e tem seu papel chave na história em si. Julie, a protagonista, é decidida e aventureira, do tipo que não hesita em fazer algo para ajudar quem precisa. Maasi é, de longe, meu personagem preferido. Impulsivo, debochado e sarcástico, mas demonstra um enorme carinho por Julie e certo interesse em Theresa. Apesar de ser vilão/mocinho, me vi torcendo para que ele e Monte se acertarem.
     O livro pecou em algumas vezes na revisão, apesar de não atrapalhar em nada na leitura, e conta com um design diferente: As páginas são acinzentadas, o que proporciona um clima sombrio a leitura. A capa é bem desenhada e retrata o ambiente em que o livro é situado, apesar de eu estar em dúvida do significado da ampulheta na mão de Maasi.
       Agnus Dei, A Idade do Sangue, tem tudo para ser um dos melhores contos sobrenaturais nacionais: uma história estruturada, personagens fortes e uma narrativa ótima. Mal posso esperar pela continuação, e recomendo aos apaixonados por vampiros – aos que querem se apaixonar também. Vocês, com certeza, não irão se decepcionar. 
Melhor quote:
– Eu acho – começou ele –  e sou muito velho, então minha opinião deve ser levada em consideração, que na vida você deve escolher uma pessoa em quem confiar. Uma única pessoa. E deve confiar nela cegamente. E pronto.
– E o que acontece se ela te trair?
– Você a mata e arranja outra pessoa para confiar.


6 Comentários

  1. Não gostei da capa, mas sua resenha fez a história do livro parecer bem interessante!

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  2. parece ser legal, pelo jeito q tu falou.. gostei da historia, mas vampiros é meio complicado né
    beijos gabi.. parabens pela resnha

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  3. Resenha muito boa, destacando os pontos importantes do livro despertando a curiosidade dos leitores para um tema tão cativante.

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  4. A resenha está ótima e eu gostei muito. A capa é diferente mas é legal.

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  5. Confesso que lendo a sinopse não me interessei pela história
    mas lendo sua resenha mudei de ideia.
    beijos, Yasmin

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  6. Gosto muito deste livro, sua capa é muito lindinha e sem contar nas folhas pretas *0*!! Também curti muito a forma que são descritos os vampiros... ultimamente as adaptações que fazem aos ''morceguinhos'' deixam a desejar.
    Ótima resenha. beijos

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