Olá, leitores! Hoje viemos com uma promoção IMPERDÍVEL! O Palácio de Livros, em parceria com a Pandora Design de Capas estará sorteando um Box do Edgar Allan Poe + Poster dentre os leitores que seguirem as regras dispostas abaixo. Não dá para perder, não é?
REGRAS E ESCLARECIMENTOS
1 - Para participar é necessário ter endereço de entrega no Brasil.
2 - Se inscrever utilizando o formulário Rafflecopter acima. (Dúvida? Leia esse tutorial no UMO Blog)
3 - O ganhador receberá um e-mail, e deverá responder enviando seus dados em até 72 horas. Caso não haja resposta do ganhador, um novo sorteio será feito.
4 - A entrada "Compartilhar a imagem no Facebook" pode ser feita mais de uma vez. Para compartilhar a imagem mais de uma vez, contudo, você precisa preencher a entrada "Compartilhar a imagem da promoção no Facebook" novamente: essa opção é válida uma vez por dia, e é necessário compartilhar a imagem no mesmo dia em que preencher o formulário. Ou seja, o compartilhamento precisa ser feito no mesmo dia em que você fizer a entrada no Rafflecopter; se você voltar a dar entrada no sorteio em outro dia, precisa de outro compartilhamento.
5 - O sorteio começa dia 23/07 e termina dia 25/08. O resultado sai dias depois nesse mesmo post.
6 - A Pandora Design de Capas tem o prazo de 45 dias para o envio do prêmio (esse prazo pode ser estendido em caso fortuito ou de força maior). Palácio de Livros e a Pandora Design de Capas não se responsabilizam pelo possível extravio dos correios no envio dos box.
7 - Se o ganhador não cumprir devidamente as regras (que serão, sim, conferidas), será desclassificado sem aviso prévio.
8 - As entradas correspondentes a comentários em postagens só serão validadas se os comentários forem pertinentes ao conteúdo do post. Comentários como "gostei da capa" e "muito interessante" não serão validados.
"E que a sorte esteja sempre com você!"
Autor (a): Aliel Paione
Editora: Pandorga
Páginas: 381
ISBN: 978-85-8442-221-0
Sinopse: Jean-Jacques Chermont Vernier, jovem diplomata francês, chega ao Rio de Janeiro durante o governo Campos Sales, em 1900. Vem ao Brasil para trabalhar na embaixada da França como consultor econômico. Descendente de tradicional família de diplomatas, pertencentes à nobreza francesa, Jean-Jacques é induzido à carreira diplomática pela insistência de sua mãe, a condessa De Chermont. Jovem, idealista e romântico, Jean-Jacques sente-se decepcionado ao deparar-se com a aridez de seu trabalho, que confronta sua personalidade sensível e boêmia, ou sua maneira de encarar a vida. Jean-Jacques conhece, no cabaré Mère Louise, em Copacabana, uma mulher lindíssima, Verônica, e é dominado por uma paixão avassaladora. Verônica é uma tirana de corações, capaz de levar um homem do céu ao inferno com a mesma facilidade com que as folhas secas são sopradas pelo vento. Ele é correspondido, então iniciam um romance que, para Jean-Jacques, significa a plenitude de sua sensibilidade amorosa e estética. Porém, ela é amante de um respeitável senador da república, o senador José Fernandes Alves de Mendonça, que trabalha com o ministro da fazenda de Campos Sales, Joaquim Murtinho, nas negociações do Funding Loan. Tem-se, então, um triângulo amoroso de consequências e desdobramentos surpreendentes. Durante a narrativa, são efetuadas análises críticas históricas sobre a vida política e econômica do Brasil pertinentes à república velha, conexões que se estendem à época contemporânea. O cabaré Mère Louise realmente existiu na época e local descrito.
José Roberto é natural de Varginha (MG), engenheiro, Mestre em Ciências e Técnicas Nucleares pela UFMG, onde trabalhou no departamento. Atualmente, é Professor de Física na PUC. Porém, são atividades secundárias perante o seu amor e vocação literários. Aliel Paione é o pseudônimo que adotou em homenagem à sua esposa, que se chama Leila. Sol e sonhos em Copacabana é seu primeiro livro, publicado pela Editora Pandorga.
Desde a infância, o francês Jean-Jacques Chermont Vernier sonha com o Brasil através das histórias de seu avô, que afirma já ter conhecido a terra brasileira e suas belezas. Quando enfim cresce, Jean-Jacques mergulha em estudos voltados para o Direito, a burocracia, a diplomacia – exatamente o oposto do que queria para si, sendo ele um amante das artes e tendo a pintura como um hobby quase sagrado. Porém, acaba sendo transferido para trabalhar no Brasil, como consultor econômico da Embaixada Francesa. As obrigações burocráticas seriam as mesmas para o jovem sonhador, mas o ambiente, não: finalmente ele poderia se deparar com o cenário deslumbrante descrito por seu avô.
O pano de fundo é o Brasil de 1900, durante o governo de Campos Sales onde a política café com leite ainda predominava na chamada República Velha. Jean-Jacques passa quase um ano inteiro residindo no Brasil e para ele é tempo suficiente pra observar o quanto a política brasileira estava infestada de aproveitadores que compunham a elite oligárquica da época e tinham como objetivo enriquecer às custas da impotência e ingenuidade da população. Em meio a tantas decepções nos mundos político e econômico, uma coisa ainda afaga o coração de Jean-Jacques: a beleza do Rio de Janeiro da época – em especial de Copacabana – e sua paixão por pintura. Nada agradava mais a Jean-Jacques que contemplar as belezas naturais da cidade.
"Chegara ao Brasil no início do Governo Campos Sales, e logo se entranhou na vida econômica e política do país. Nação propícia a investimentos e bons negócios, opinião unânime entre os especialistas, o Brasil iniciava-se no regime republicano, instaurado em 1889. Na época em que chegou, o presidente Campos Sales acabara de implantar a estrutura de poder da República Velha, baseada nas influências dos Estados de São Paulo e Minas Gerais. Ele instituíra a Comissão de Verificação de Poderes, com Seu objetivo era dar posse aqueles políticos indicados pelas oligarquias estaduais, mancomunadas com os interesses do governo federal, mero representante da elite agrária".
Em um desses passeios pelos pontos turísticos do lugar, onde sempre era acompanhado pelo fiel motorista Euzébio, Jean-Jacques se deparou com o cabaré Mère Louise, muito famoso na região por receber membros da alta sociedade, especialmente políticos importantes, como o imponente e respeitado senador José Fernandes Alves de Mendonça. Nessa curta passagem, Jean-Jacques pôde ver, em uma das janelas, uma bela morena de olhos verdes, que lhe sorriu de volta. Embasbacado por tamanha beleza, Jean-Jacques decide retornar ao cabaré à noite, e quando o faz, se depara com uma aura quase mágica: música, bebida e risadas permeavam o salão, e, para abrilhantar a festa, surge Verônica, a mulher que vira na janela. É nesse momento que Jean-Jacques descobre que tê-la para si será uma tarefa difícil, já que ela presta serviços exclusivos ao senador Mendonça.
Com ajuda de Louise, a dona do cabaré, Jean-Jacques passa a compreender no que se baseia a relação de Verônica e Mendonça: ele, por ser rico e influente, é o principal provedor do cabaré, exigindo apenas Verônica em troca de seu auxílio para manter a casa funcionando. Verônica tem grande apreço por Louise, que é grande amiga de sua mãe, Jacinta. Por isso, a jovem mulher se submete às fantasias do senador e finge amá-lo. Mas quando conhece Jean-Jacques, Verônica quebra o gelo que há em seu coração e descobre que nem todos os homens são iguais, apaixonando-se pelo sonhador que a observa como nenhum homem a observara antes. Quando percebe que seus sentimentos são correspondidos, Jean-Jacques faz de tudo para lutar por um amor que parece tão impossível, formando, assim, um triângulo amoroso que traz muitas consequências para a vida do casal.
O livro de estreia de Aliel Paione me despertou o desejo de conhecer a Copacabana de 1900. Porém, a curiosidade maior era como um livro publicado em 2017 poderia retratar um tempo tão remoto. Confesso que não sabia o que esperar (uma leitura com ar contemporâneo ou antiquado?), mas acabei me deparando com uma obra atual em sua publicação e clássica em sua escrita. Quando se lê Sol e sonhos em Copacabana, mergulha-se em outro universo, onde aquilo que é antigo de repente torna-se parte da realidade, e Paione pareceu não medir esforços para que essa sensação nos fosse passada.
A narrativa transcorre em terceira pessoa, tendo como foco principal Jean-Jacques. Ao longo da história, também há focos em Verônica, Mendonça, entre outros personagens secundários, penetrando profundamente no âmago de cada um. Como mencionei, a escrita nos remete à obras clássicas – extremamente descritiva e floreada. Esses e outros elementos me fizeram recordar os livros romancistas e realistas, o que também me fez dividir o livro em duas partes (tendo em vista a diferença entre os dois movimentos literários), que ficam claras ao leitor à medida que se aprofunda na história. Nos momentos em que o autor descreve a beleza de Verônica, foi como se visse Machado de Assis descrevendo Capitu ou José de Alencar à Aurélia – se prendendo a detalhes e criando metáforas em torno da beleza e atitudes delas. Outra semelhança com os movimentos é a narrativa urbana. Tanto o realismo quanto o romantismo tinham a característica marcante de descrever a sociedade da época, passando pelo processo de urbanização e retratando momentos políticos, servindo até como registro histórico informal.
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