Nessa continuação, a jovem humana que morreu nas garras de Amarantha, Feyre, assume seu lugar como Quebradora da Maldição e dona dos poderes de sete Grão-Feéricos. Seu coração, no entanto, permanece humano. Incapaz de esquecer o que sofreu para libertar o povo de Tamlin e o pacto firmado com Rhys, senhor da Corte Noturna. Mas, mesmo assim, ela se esforça para reconstruir o lar que criou na Corte Primaveril. Então por que é ao lado de Rhys que se sente mais plena? Peça-chave num jogo que desconhece, Feyre deve aprender rapidamente do que é capaz. Pois um antigo mal, muito pior que Amarantha, se agita no horizonte e ameaça o mundo de humanos e feéricos.
E quem amou "Corte de Espinhos e Rosas", sucesso de Sarah J. Maas, conhecida por sua série Trono de Vidro, já pode comemorar! A Galera Record divulgou, meses atrás, a capa e a sinopse do segundo livro que precede o mencionado. Vamos dar uma olhada?
O livro está disponível desde Agosto nas maiores livrarias do país, mas você pode garantir o seu nos seguintes links:
Todos os meses, uma quantidade imensa de livros é lançada (#amém) e ficamos sem saber qual ou quais ler. Para todo gosto e de todo gênero, nos deparamos com uma variedade igualmente vertiginosa de conteúdo, e é sempre fácil agradar alguém ou um grupo de leitores específico. Pensando nisso, retrato hoje aqui, nesse TOP 5, os cinco melhores lançamentos da Editora Arqueiro e da Editora Sextante, duas grandes editoras brasileiras.
1 – O FEITICEIRO DE TERRAMAR, URSULA K. LE GUIN.
Bem, eu sou muito fã de fantasias — principalmente as clássicas —, por isso escolhi O Feiticeiro de Terramar para abrir esse TOP 5. É um livro que promete agradar até os mais exigentes leitores do gênero fantástico. Só para se ter uma ideia, o renomadíssimo Neil Gaiman disse o seguinte sobre a autora e seu livro: “Ursula incutiu o conceito de magia na minha cabeça.” Se até Neil Gaiman gostou, não posso imaginar porque não iremos gostar, certo? E para quem ainda ficar na dúvida, tem resenha sobre o livro em breve aqui no blog (#fiquemdeolho!).
2 – UM PORTO SEGURO, NICHOLAS SPARKS.
E, claro, Sparks! Eu conheci o autor este ano, ao ler seu mais recente romance, No Seu Olhar, e fiquei muito satisfeito com toda a estrutura que ele parece compor sempre em suas narrativas. Um Porto Seguro ganhou uma nova capa, que realmente ficou muito bonita, e tem uma história que parece comprovar ainda mais o talento do autor para boas histórias. O livro chegou às telonas em 2013, com direção de Lasse Hallström (de Sempre ao seu lado), tendo Julianne Hough (Footloose: Ritmo contagiante) e Josh Duhamel (de Transformers) nos papéis principais.
3 – MUITO AMOR, POR FAVOR, VÁRIOS AUTORES.
Ah, e o momento, claro, está sempre propicio para o amor. Este livro reúne textos que mostram o amor do ponto de vista de quatro jovens que escrevem sobre relacionamentos legítimos e atuais. Sem medo de expressar seus sentimentos, deixam para trás estereótipos já obsoletos e falam sobre viver a dois e sobre a natureza das relações em todos os seus aspectos. Uma ótima dica para os apaixonados!
4 – A MAIOR DE TODAS AS MÁGICAS, JAMES R. DOTY.
Bem, acredito que o comentário de Thich Nhat Hahn sobre o livro possa resumir bem o fato dele estar nesse TOP 5: “Neste livro bonito e profundo, o Dr. Doty nos ensina, por meio de sua própria experiência, algumas das lições mais importantes da vida: a felicidade sem sofrimento não existe; a compaixão nasce da compreensão desse sofrimento; e apenas quando temos compaixão é que podemos ser felizes de verdade.”
5 - DEZ FORMAS DE FAZER UM CORAÇÃO SE DERRETER, SARAH MACLEAN.
E, para fechar o TOP 5, um excelente romance de época, que tem agraciado milhares de leitores ao redor do mundo. “Uma história arrebatadora, sensual e comovente, que não deixa nada a dever ao primeiro livro. Os personagens nos conquistam e o ritmo perfeito da trama, junto com os diálogos magistrais, multiplica o prazer.” – Romantic Times Book Reviews
E vocês? Gostaram das novidades? Não deixem de comentar!
Livro: Achados e Perdidos
Título original: Finders Keepers
Autor (a): Stephen King
Editora: Suma de Letras
Páginas: 350
ISBN: 978-85-5651-007-5
Sinopse: "— Acorda, gênio." Assim King começa a história de Morris Bellamy. O gênio é John Rothstein, um autor consagrado que há muito abandonou o mundo literário. Bellamy é seu maior fã — e seu maior crítico. Inconformado com o fim que o autor deu a seu personagem favorito, ele invade a casa de Rothstein e rouba os cadernos com produções inéditas do escritor, antes de matá-lo. Morris esconde os cadernos pouco antes de ser preso por outro crime. Décadas depois, é Peter Saubers, um garoto de treze anos, quem encontra o tesouro enterrado. Quando Morris é solto da prisão, depois de trinta e cinco anos, toda a família Saubers fica em perigo. Cabe ao ex-detetive Bill Hodges e seus ajudantes, Holly e Jerome, protegê-los de um assassino agora ainda mais perigoso e vingativo.
TRILOGIA "BILL HODGES"
1. Mr. Mercedes
2. Achados e Perdidos
3. Último Turno (03 de outubro de 2016 | Em pré-venda na Saraiva)
3. Último Turno (03 de outubro de 2016 | Em pré-venda na Saraiva)
Stephen King é um dos autores mais consagrados da contemporaneidade e autor de mais de cinquenta livros best-sellers publicado no mundo inteiro. Os mais recentes são Joyland, Revival, Escuridão Total sem Estrelas (vencedor dos prêmios Bram Stoker e British Fantasy), Doutor Sono, Sob a Redoma (que virou série de TV) e Novembro de 63 (que entrou no TOP 10 dos melhores livros de 2011 na lista do New York Times Book Review, ganhou o Los Angeles Times Book Prize na categoria Terror/Thriller e o Best Hardcover Novel Award da organização International Thriller Writers). Mora no Maine com a esposa e também escritora, Tabitha King.
John Rothstein é escritor da trilogia consagrada do herói Jimmy Gold, um rapaz que sai de casa para viver grandes aventuras cheias de adrenalina e emoção, a figura perfeita que encantou milhares de jovens e provocou um sucesso inabalável no meio literário. Porém, seu escritor nunca foi uma pessoa muito fácil. Bastante anti-social, não era amigável com os holofotes e tinha uma postura rabugenta. Após terminar a trilogia (que todos achavam que havia sido mesmo finalizada), isolou-se de todos, vivendo em uma casa nos recônditos de New Hamsphire. O que ele não sabia é que seus escritos haviam conquistado um fã em especial, que não aceitou a forma como Rothstein finalizou o último livro.
Morris Bellamy teve uma vida conturbada desde a infância. A mãe exercia uma postura intimidadora e autoritária que fez com que o pai dele, alcoólatra e adúltero, saísse de casa e nunca mais voltasse. Tendo que viver com uma mãe que mal lhe dava atenção, encontrou consolo nos livros (a única coisa que parecia acalmar sua rebeldia latente), em especial na trilogia Jimmy Gold, onde se identificou bastante com o protagonista. Porém, o final daquela história lhe desagradou bastante, e a culpa era toda do escritor. Decido a resolver aquela situação, Bellamy, que já havia passado por maus bocados e tinha algumas companhias duvidosas, se aproveitou de tudo isso para encontrar a casa de Rothstein e assassiná-lo, levando consigo todos os cadernos onde Rothstein havia escrito nos últimos dezoito anos — entre eles estava o desfecho da história de Jimmy Gold.
Bellamy mal podia esperar para devorar o final da história que tanto lhe conquistou, porém, não teve essa oportunidade e acabou preso. Entretanto, antes de ir para detrás das grades, escondeu todos os cadernos de Rothstein. Anos depois, o "tesouro" foi encontrado por Peter Saubers, na época com treze anos. Peter descobrira há pouco tempo, em leituras obrigatórias do colégio, a trilogia Jimmy Gold, e se encantou tanto quanto Bellamy quando tinha a mesma idade. O garoto guardou os cadernos durante mais de quatro anos. Nesse meio-tempo, Bellamy conseguiu sair da cadeia, e, sem poder esperar mais, foi atrás dos cadernos escondidos. Não os encontrando mais lá, percorreu uma trilha que acabou em Peter, já com dezessete anos. O rapaz então, tem que correr contra o tempo fugindo de um assassino que ameaça a paz de sua família.
Nunca resisti a um thriller policial por ser um de meus gêneros preferidos. Porém, quando a autoria de Stephen King, a resistência é ainda menor. As comparações com outros livros do autor e com o primeiro livro da trilogia (Mr Mercedes, já resenhado aqui no blog) são inevitáveis e servem como referência. São os primeiros livros policiais que leio de King, e percebo que por ele se aventurar por este mundo, cria mais um elemento para o romance investigativo. Em comparação com Mr Mercedes, Achados e Perdidos é como um conto intermediário e avulso (embora tenham coisas que remetem ao último livro da trilogia), onde Bill Hodges, o protagonista das histórias, tem uma participação à parte, auxiliando apenas na manutenção do enredo como um todo.
A narração ocorre em terceira pessoa, e diferente do primeiro livro, há foco em diversos personagens, não apenas em alguns (em Mr Mercedes, o foco era Hodges e Brady Hartfield, o grande vilão). King é um escritor que tem o que sabe conduzir uma história como poucos conseguem fazer, encaminhando tudo para um clímax e desfecho incríveis. As primeiras páginas remetem ao passado, onde é apresentado todo o histórico que deu origem a trama: como ocorreu o assassinato de Rothstein, a infância e adolescência de Bellamy, bem como sua passagem pela cadeia, os rumos que a família Saubers tomou... Enfim, uma série de fatores que deram complemento à história — todos bem divididos por períodos, o que facilita o entendimento.
A narração ocorre em terceira pessoa, e diferente do primeiro livro, há foco em diversos personagens, não apenas em alguns (em Mr Mercedes, o foco era Hodges e Brady Hartfield, o grande vilão). King é um escritor que tem o que sabe conduzir uma história como poucos conseguem fazer, encaminhando tudo para um clímax e desfecho incríveis. As primeiras páginas remetem ao passado, onde é apresentado todo o histórico que deu origem a trama: como ocorreu o assassinato de Rothstein, a infância e adolescência de Bellamy, bem como sua passagem pela cadeia, os rumos que a família Saubers tomou... Enfim, uma série de fatores que deram complemento à história — todos bem divididos por períodos, o que facilita o entendimento.
Oi, gente! Olha só quem, depois de dois anos de estagnação, voltou. Quem pensou na coluna "Quotes de Quarta", acertou em cheio. Para quem não lembra, a intenção é total e puramente de compartilhar com vocês trechos incríveis de nossos livros preferidos, certo? Então vamos lá!
— No Seu Olhar (Nicholas Sparks)
"O que é visto como clássico muda com o passar do tempo, assim como todas as outras coisas".
— O Príncipe de Westeros e outras Histórias (Vários Autores)
"De alguma maneira, você transformou meu pai, e por sua causa, eu não trocaria esse último ano por nada. Eu não sei como você conseguiu, mas você transformou meu pai em um homem de quem já sinto saudade. Você o salvou, e acho que ao fazer isso, de certa maneira você me salvou também..."
— Noites de Tormenta (Nicholas Sparks)
"Quando alguém tomava uma decisão, na verdade estava mergulhado numa correnteza poderosa, que levava a pessoa para um lugar que jamais havia pensado na hora de decidir".
— O Alquimista (Paulo Coelho)
A Editora Arqueiro lançou recentemente "Essa Luz Tão Brilhante", da autora Estelle Laure, descrito pelo Publishers Weekly como "uma prosa muito segura, onde Estelle Laure confere a Lucille uma obstinação feroz que a estimula e movimenta. Os personagens são bem construídos, e a autora consegue descrever a adrenalina do amor". Confiram abaixo a capa e a sinopse:
O pai dela surtou e foi internado. A mãe disse que ia viajar por uns dias e nunca mais voltou. Wren, sua irmãzinha, parece bem, mas já está tendo problemas na escola. Lucille tem só 17 anos, e todos os problemas do mundo. Se não conseguir arrumar um emprego para pagar as contas e fingir para os vizinhos que está tudo em ordem, pode perder a guarda da irmã. Sorte a dela ter Eden, uma amiga tão incrível que se dispõe a matar aulas para ajudá-la. Azar o dela se apaixonar perdidamente justo agora, e justo por Digby, o irmão gêmeo de Eden, que é lindo, ruivo... mas comprometido. Essa luz tão brilhante é a história de uma garota que descobre uma grande força dentro de si enquanto aprende que a vida e o amor podem ser imprevisíveis, assustadores e maravilhosos – tudo junto e misturado.
O lançamento aconteceu no dia 09 de Agosto deste ano. Alguém, além de mim, achou que tem cara de boa história? Comente!
Autor (a): Samantha Holtz
Editora: Arqueiro
Páginas: 304
ISBN: 978-85-8041-597-1
Sinopse: Malu Rocha é uma escritora de 29 anos independente, confiante e bem-sucedida. Mora sozinha em São José dos Pinhais, perto de Curitiba, onde mantém uma rotina regrada de pedalar todas as manhãs, escrever e, semanalmente, visitar o avô de 98 anos em uma casa de repouso. Porém sua vida toda controlada sai do eixo quando um homem bate à sua porta e se apresenta como Luiz Otávio Veronezzi, dizendo ter perdido uma reunião marcada com ela. Malu não se lembra do compromisso e sua primeira reação é dispensá-lo. Mas o belo desconhecido insiste, explicando que sofreu um acidente de carro, ficou em coma e perdeu a memória, assim como seus documentos. As únicas coisas que restaram foram um pouco de dinheiro e um papel com o nome e o endereço de Malu, o nome dele e a data da reunião. Luiz confessa que a escritora era sua última esperança para descobrir a própria identidade. O problema é que ela não tem a menor ideia de quem ele seja. Desconfiada, mas sentindo-se responsável pelo acontecido, Malu decide ajudá-lo e embarca em uma jornada para descobrir quem ele é – o que acaba trazendo à tona muitos fatos sobre si mesma, seus medos e segredos mais bem guardados, além de um passado que preferia esquecer. A bela narrativa e a trama que prende do começo ao fim nos convidam a acompanhar Malu e Luiz nessa busca que se transforma em uma história de amor de tirar o fôlego.
Samanta Holtz nasceu em 1987, no Dia Mundial do Livro, 23 de abril. Publicitária de formação, aprendeu a ler sozinha aos 5 anos, pois era enorme sua vontade de entender as histórias que a mãe lia para ela. Aos 9 anos, ganhou o primeiro prêmio por escrever, ao vencer o concurso de redação de sua cidade, Porto Feliz, no interior de São Paulo. Sua primeira publicação aconteceu em 2012, com o romance de época O Pássaro (Novo Século), vencedor dos prêmios de votação de público e júri técnico no concurso Destaques Literários 2012, promovido pelos blogueiros literários brasileiros. Em 2013, publicou Quero ser Beth Levitt e, em 2014, Renascer de Um Outono (ambos pela Novo Século). Em 2014, recebeu o Prêmio Anita Garibaldi, com a nomeação de Escritora Humanitária. É colunista das revistas Terraço e Zero15, de sua cidade, colaboradora do site Novos Escritores e tem um fã-clube, o Loucos por Samanta Holtz. Estreia agora na Editora Arqueiro com o apaixonante romance Quando o Amor Bater à Sua Porta.
Malu Rocha vive uma vida de rotinas, mantida extremamente regrada: escrever, pedalar e visitar seu avô de 98 anos. A jovem mora num lugar calmo e longe da cidade, onde tem toda a paz do mundo para escrever seus livros e, segundo ela, sair da confusão que tem-se em uma metrópole. A única coisa que realmente tira a paz de Malu é Rebeca, sua assessora, que cuida de tudo na carreira da escritora. Com tudo, ainda tem o fato de que Rebeca não é muito organizada e Malu sempre se estressa com a falta de responsabilidade da assessora. Mas, ainda sim, tudo está indo bem na vida de Malu, até que um estranho bate na sua porta e diz ter um encontro marcado com a escritora. O estranho é um rapaz, Luiz Otávio, que perdeu a memória em um acidente de carro, e a única coisa que lhe restou depois do acidente foi o endereço de Malu e um pouco de dinheiro.
Luiz foi até lá procurar Malu, mas a escritora, claro, está muito desconfiada com a história toda e liga para Rebeca que, por ter perdido todos os emails antigos, não consegue ajudar sua assessorada. Se sentindo culpada com o ocorrido, Malu resolve ajudar Luiz e, por impulso, sem que nem ela mesma saiba explicar, acaba dando um emprego para ele em sua casa. Luiz começa a trabalhar na casa de Malu com serviços simples e domésticos, como limpar o quintal e fazer coisas que a escritora não tem tempo para organizar. Um sentimento surge em Luiz enquanto trabalha na casa da escritora, mas Malu, que também parece sentir o mesmo, faz de tudo para acreditar que não está gostado do rapaz. Nesse ínterim de sentimentos, Malu acaba recebendo um email da editora, que rejeitou o final de seu novo livro — que não é tão "feliz" quanto o que o mercado geralmente espera.
Malu revolta-se, pois, segundo ela, sua personagem não precisa de um final feliz, ao lado de um homem, para se sentir feliz, única e realizada. Indignada, a escritora recebe um prazo para fazer um final incrível para seu livro. De uma hora para outra, a vida de Malu está de cabeça para baixo e ela acaba se envolvendo com Luiz — o que não gera bons resultados, visto que, ainda assim, ela não consegue inspiração para terminar seu livro. Para completar, tudo que Malu sempre quis esquecer volta com tudo, e ela não está pronta para abrir as cicatrizes do passado. A escritora acaba, então, nublando seus sentimentos e passa a demonstrá-los somente em seus livros. Luiz acaba achando isso estranho e começa a fazer perguntas sobre o passado da escritora. Mas lembrar-se do passado é a coisa que Malu mais teme no mundo, mas ela terá que abrir essa cicatriz, mesmo que isso só lhe traga dor e memórias ruins.
- Malu... As pessoas lutam, erram, se decepcionam. Perdem a memória! - Apontou para o próprio peito. - Mas, quando se sentam para ver um filme ou abrem um livro para ler, não querem mais daquele sentimento negativo. Querem sonhar, acreditar que a felicidade é possível, mesmo que através de uma história inventada por outra pessoa. Elas passam a acreditar naquilo e, por um instante, tomam o sentimento emprestado, como se fosse delas. É por isso que elas gostam tanto dos finais felizes.
Oi, gente! Olha só quem, depois de dois anos de estagnação, voltou. Quem pensou na coluna "Quotes de Quarta", acertou em cheio. Para quem não lembra, a intenção é total e puramente de compartilhar com vocês trechos incríveis de nossos livros preferidos, certo? Então vamos lá!
— Talvez Um Dia (Colleen Hoover)
“Não tenha medo do escuro, Cas. Mas não deixe que lhe digam que tudo que está ali no escuro também está no claro. ”
— Anna Vestida de Sangue (Kendare Blake)
— Talvez não quisessem que vocês percebessem que toda civilização tem sua fraqueza — disse David, em tom baixo. — Sempre dependemos de alguma coisa. E, se alguém toma isso de nós, tudo que resta são histórias contadas na sala de aula."
— Feios (Scott Westerfeld)
E é notório como os ventos estão favoráveis para os fãs da britânica Jojo Moyes, hein? A Editora Intrínseca anunciou recentemente que irá publicar mais um sucesso da autora. Querem saber qual é? Confiram a capa e a sinopse abaixo:
Da autora de Como eu era antes de você, um romance inédito no Brasil. Na juventude, Henri Lachapelle foi um cavaleiro de raro talento, entre os poucos admitidos na academia de elite do hipismo francês, o Le Cadre Noir. Contudo, reviravoltas da vida o levaram da França a Londres, onde agora vive em um simples conjunto habitacional. Sem nunca abandonar o amor pela antiga carreira, aos trancos e barrancos Henri ensina a neta, Sarah, a montar o cavalo Boo, na esperança de que o talento da dupla seja o passaporte para uma vida melhor e mais digna para todos. Porém, um grande golpe muda mais uma vez os planos de Henri Lachapelle, e Sarah se vê entregue à própria sorte, lutando para, além de sobreviver, cuidar de Boo e manter os treinamentos. Natasha é uma advogada especializada em representar crianças e adolescentes envolvidos com crimes ou em situação de risco. Abalada emocionalmente e em dúvidas quanto a seu futuro profissional depois de um caso terrível, Natasha ainda tem de lidar com as feridas do fim de seu casamento. Um fim, diga-se de passagem, bem inusitado, já que ela se vê forçada a morar com o charmoso futuro ex-marido enquanto esperam a venda da casa da família. Quando Sarah cruza o caminho de Natasha, a advogada vê na menina a oportunidade de colocar a vida de volta nos trilhos e decide abrigar a adolescente sob o próprio teto. O que ela não sabe é que Sarah guarda um grande segredo que lhes trará sérias consequências. Recentemente, os livros de Jojo Moyes publicados pela Intrínseca alcançaram a surpreendente marca de 1,5 milhão de exemplares vendidos. Com outros sete livros lançados no Brasil, Jojo Moyes tem uma enorme e muito ativa base de fãs. Como eu era antes de você, romance de maior sucesso da autora, ocupou o topo da lista de mais vendidos em nove países e foi adaptado para o cinema, estrelado por Sam Claflin (Jogos Vorazes) e Emilia Clarke (Game of Thrones). “Uma história incrivelmente original, que cativa desde a primeira página, Mágico.”
Nada Mais a Perder chega as livrarias a partir do dia 23 de Setembro e promete agradar até o mais exigente leitor de Moyes.
Livro: Loney
Título original: The Loney
Autor (a): Andrew Michael Hurley
Editora: Intrínseca
Páginas: 304
ISBN: 978-85-8057-937-6
Sinopse: Quando os restos mortais de uma criança são descobertos durante uma tempestade de inverno numa extensão da sombria costa da Inglaterra conhecida como Loney, Smith é obrigado a confrontar acontecimentos terríveis e misteriosos ocorridos quarenta anos antes, quando ainda era criança e visitou o lugar. À época, a mãe de Smith arrastou a família para aquela região numa peregrinação de Páscoa com o padre Bernard, cujo antecessor, Wilfred, morrera havia pouco tempo. Cabia ao jovem sacerdote liderar a comunidade até um antigo santuário, onde a obstinada sra. Smith crê que irá encontrar a cura para o filho mais velho, um garoto mudo e com problemas de aprendizagem. O grupo se instala na Moorings, uma casa fria e antiga, repleta de segredos. O clima é hostil, os moradores do lugar, ameaçadores, e uma aura de mistério cerca os desconhecidos ocupantes de Coldbarrow, uma faixa de terra pouco acessível, diariamente alagada na alta da maré. A vida dos irmãos acaba se entrelaçando à dos excêntricos vizinhos com intensidade e complexidade tão imperativas quanto a fé que os levou ao Loney, e o que acontece a partir daí se torna um fardo que Smith carrega pelo resto da vida, a verdade que ele vai sustentar a qualquer preço. Com personagens ricos e idiossincráticos, um cenário sombrio e a sensação de ameaça constante, Loney é uma leitura perturbadora e impossível de largar, que conquistou crítica e público. Uma história de suspense e horror gótico, ricamente inspirada na criação católica do autor, no folclore e na agressiva paisagem do noroeste inglês.
Andrew Michael Hurley é autor de duas coletâneas de contos publicadas no Reino Unido e Loney é seu primeiro romance. Lançado originalmente em edição limitada - apenas trezentos exemplares -, o livro rompeu as fronteiras do mercado independente, recebeu resenhas elogiosas de todos os principais veículos de imprensa, conquistou o grande público e arrebatou o júri do prestigioso Costa Book Awards, rendendo a Andrew Michael Hurley o prêmio de melhor autor estreante de 2015. O autor mora em Lancashire, Inglaterra, onde leciona literatura inglesa e escrita criativa.
Desde o final da década de 70, onde eventos perturbadores aconteceram em sua vida e na de seu irmão, Smith (como o narrador e um dos protagonista nos é apresentado) nunca mais tinha escutado o nome Coldbarrow. Ninguém que ele conhecesse o mencionava mais, e ele tinha feito um tremendo esforço para esquecê-lo. No entanto, ele sempre soube que o que ocorrera lá não permaneceria oculto para sempre, por mais que quisesse isso. O irmão de Smith, Hanny (ou Andrew, como sua mãe o chama) agora é pastor e todo mundo já tinha ouvido falar dele, mesmo quem não tinha lido seus livros. E agora, com a notícia de Coldbarrow, parecia, ao ver de Smith, provável que falariam dele de novo, a menos que Smith colocasse tudo no papel e desferisse o primeiro ataque, por assim dizer. E é exatamente isso que ele faz, nos relatando como tudo verdadeiramente ocorreu na misteriosa e inexorável costa da Inglaterra, mais especificamente no lugar onde chamavam de Loney.
Smith gostava de dizer que o Loney era apenas um estranho e perigoso pedaço de lugar nenhum entre os rios Wyre e Lune ou uma porção indômita e inútil do litoral inglês, aonde Hanny e ele iam toda Páscoa com a mãe, Esther, o pai, sr. Smith, o sr. e a sra. Belderboss e o padre Wilfred, o sacerdote da paróquia. O motivo de tal peregrinação era Hanny, que possuía uma deficiência que era inaceitável para sua devotada mãe: a incapacidade de se comunicar e racionar com clareza. Toda Páscoa eles viajavam até lá, ao santuário do lugar, e a cada ano a fé de Esther era maior e mais extrema. Ela tinha certeza de que Deus curaria seu filho por meio de um milagre, e era por isso que ela sempre ia até o Loney, mesmo que Hanny não gostasse muito do lugar.
Na década de 70, a última vez que foram ao Loney, o padre Wilfred morreu misteriosamente semanas antes da viagem, o que colocou a fé de Esther à prova. Ela não queria um novo padre, ela sabia que correria o risco dele não ser tão rigoroso, devotado e experiente quanto Wilfred. Cabe então ao novo padre, Bernard, seguir em peregrinação com a família de Smith e mais alguns amigos próximos. Mas quando chegam na Moorings, residência da família no local, eventos suspeitos começam a acontecer, o que não é novidade, em virtude de que o Loney sempre foi impossível de se conhecer de verdade e sempre fora repleto de segredos e moradores estranhos e um tanto quanto peculiares. Mas, como Smith nos conta, na década de 70 as coisas foram diferente de tudo que eles já tinha vivido no lugar, mas ele faria com que os policiais acreditassem no que ele lhe dissesse. Que estavam (ele e Hanny) bem longe da Thessaly (outra residência do local) quando a coisa aconteceu. Que estavam correndo e fazendo a travessia de volta para o continente, tropeçando nos canais de água em meio ao nevoeiro, quando um único disparo ecoou ao redor do Loney e se perdeu no silêncio do areal.
Pessoal, já faz mais de duas (ou três, não me lembro) semanas que eu terminei de ler Loney e fiquei pensando em como eu iria fazer uma resenha de uma obra tão enigmática, inexorável e brilhante quanto essa. Sinceramente, mesmo agora, eu não tenho certeza se conseguirei ser claro o suficiente com vocês, mas, a bem da verdade, já deixo uma dica: leiam! Eu fiquei louco para ler Loney desde o momento em que vi a capa e quando fiquei sabendo, através de resenhas, que ele, em detrimento do alto nível de compreensão e interpretação que necessita, não é um livro para qualquer um. Após uma breve pesquisada sobre o livro, descobri também que ele venceu algumas premiações importantes, mesmo o autor sendo um novato no ramo literário. Enfim, Loney foi elogiado por dezenas de críticas significantes dos Estados Unidos e da Inglaterra e, convenhamos, isso é suficiente para instigar a leitura até mesmo no mais descrente leitor.
Além disso, o livro é muito bem recomendado pelo autor Josh Malerman, de Caixa de Pássaros — ainda que a obra de Hurley só se compare a sua em características psicológicas inerentes ao gênero. Apesar de inúmeras distinções entre as obras, acredito que os fãs de Caixa de Pássaros, que o compreenderam e o elogiaram com afinco, vão experimentar novamente uma trama peculiar em Loney, e é quase certo que vão gostar do que as páginas revelam pouco a pouco. Nunca havia lido nada do autor porque este é seu romance de estreia, contudo é fato que lerei seus futuros livros (me tornei fã!). O gênero, em contrapartida, não é novidade e acredito que gostei mais do livro pelo apreço as características que compõem Loney, um romance gótico que mistura incomumente um horror silencioso com um leve suspense psicológico.
A narração, feita preternaturalmente em primeira pessoa, debruça-se sobre a visão de Smith, irmão de Hanny, sobre todos os fatos. É uma das melhores narrações a que tive contato! Muitos alegaram que a narrativa, que é bem elaborada, fez com que o livro adquirisse um ritmo lento. Bem, não deixo de concordar que o ritmo é um pouco lento, mas é um lento bem escrito, poético e que, sem dúvidas, te instiga a continuar. Hurley escreve surpreendentemente bem e possuí uma despretensão assustadora que trilha ao lado de uma originalidade igualmente bem elaborada. Os capítulos são curtos e acompanhados de poucos diálogos, o que cria uma neutralidade significante no quesito ritmo.
Ele tinha tirado o fuzil de debaixo do cobertor. Bateu continência para mim, fuçou o percursor, virou a mira e, antes que eu pudesse pedir que abaixasse o rifle, apontou-o na minha direção e puxou o gatilho.
Olá, pessoal!!! Se liguem só na indicação nacional de hoje, especialmente para os apaixonados em bons versos. A escritora Juliana Aguiar lançou recentemente, pela editora Multifoco, o livro Contrariemos os Desencontros, uma uma antologia poética visando o amor como tema principal e primordial, em sua forma mais ampla. A autora, gentilmente, nos enviou uma amostra de seu livro e, a bem da verdade, acreditamos que é uma boa opção para quem curte o gênero e até mesmo para quem não curte mas tem um interesse. O trabalho ficou bem legal, e vocês poderão conferir todas as informações abaixo:
Editora: Multifoco
Ano: 2016
Páginas: 62
Sinopse: Contrariemos os desencontros é uma antologia poética visando o amor como tema principal e primordial, em sua forma mais ampla. A apologia aos encontros é uma metáfora de tal sentimento, com toda a sua pureza e sinceridade. Devemos contrariar os desencontros sempre, pois, com mais amor, mais felizes somos.
E os fãs da brasileiríssima Juliana Parrini têm muito o que comemorar! Mais um livro da autora, que alcançou mais de 7 milhões de leituras online, foi publicado pela Suma de Letras. Confiram a capa e a sinopse abaixo:
É possível se apaixonar duas vezes pela mesma pessoa?
Maria Rita foi embora para nunca mais voltar. Deixou para trás o marido, os pais, as irmãs e uma vida de pobreza em uma cidade pequena da qual sempre quis sair.
Doze anos depois, ela volta como partiu: sem maiores explicações. Mas agora Maria Rita é a sofisticada Miah, acostumada ao glamour e à vida superficial de Hollywood. Ao chegar, ela se dá conta de que não foi a única que mudou: seu ex-marido, Leonardo Júnior, agora é um homem bem-sucedido, diferente do caiçara com quem ela se casou ainda muito jovem.
Empresário de sucesso, Léo parece ter superado o trauma de ser abandonado pelo grande amor de sua vida, até que reencontra a mulher que pensou que nunca mais veria. Apesar da mágoa, ele não consegue deixar de ter vislumbres de sua Maria Rita sob a pele da arrogante Miah. E resistir à antiga paixão será o maior desafio que já enfrentou.
Confesso que o trabalho gráfico, assim como a sinopse, já parecem dizer muito sobre o livro, hein? Quem aí, sem dúvidas, vai adquirir seu exemplar?
Livro: A Vida Como Ela Era
Título Original: The Life as We Knew It
Autor (a): Susan Beth Pfeffer
Editora: Bertrand Brasil
Páginas: 378
ISBN: 9788528616514
Sinopse: Quando Miranda começa a escrever um diário, sua vida é como a de qualquer adolescente de 16 anos: família, amigos, garotos e escola. Suas principais preocupações são os trabalhos extras que os professores passaram – tudo por causa de um meteoro que está a caminho da Lua. Ela não entende a importância do acontecimento; afinal, os cientistas afirmam que a colisão será pequena. O que Miranda não sabe é que os cientistas estão muito enganados... Para surpresa de todos, o impacto da colisão é bem maior do que o esperado, e isso altera de modo catastrófico o clima do planeta. Terremotos assolam os continentes, tsunamis arrasam os litorais e vulcões entram em erupção. Em 24 horas, milhões de pessoas estão mortas e, com a Lua fora de órbita, muitas outras mortes são previstas. Miranda e sua família precisam, então, lutar pela sobrevivência em um mundo devastado, onde até a água se torna artigo de luxo. Através do diário da adolescente, A vida como ela era nos conduz por uma emocionante história de persistência, ensinando-nos que, mesmo diante de tempos assustadores e imprevisíveis, o recurso mais importante de todos – aquele que jamais deve ser extinto – é a esperança.
3. O Mundo em Que Vivemos
4. A Sombra da Lua
Susan Beth Pfeffer nasceu em Nova York, nos Estados Unidos, e começou a escrever aos 6 anos. Depois da publicação do seu primeiro livro, Just Morgan, ela passou a se dedicar integralmente à escrita. Autora de mais de setenta obras infantis e infanto-juvenis e ganhadora de diversos prêmios, Susan gosta de assistir a filmes e ler em seu tempo livre.
Miranda é uma jovem de 16 anos, filha de Laura, uma escritora promissora e divorciada, e irmã de Jonny e Math. Morando na Pensilvânia, ela sempre levou sua pacata vida da melhor forma que pôde — frequente e atenciosa a todas as aulas na escola, sempre mirando, por pressão de sua mãe, em seu futuro profissional. A parte triste é que Miranda jamais imaginou que futuramente a diferença entre tirar 7,8 e 9,0 em Matemática não teria a mínima importância. A jovem mantém um diário, onde narra os acontecimentos mais importantes de sua vida. No começo do diário, as preocupações de Miranda se resumem a sua indignação vertiginosa sobre a quantidade redundante de atividades escolares que seus professores passam, o que faz sua vida se resumir apenas em fazê-las. Mais uma vez ela se arrepende de ter reclamado de tudo isso. Tudo que Miranda mais quer, no momento, é que a vida volte a forma como ela era: tranquila, normal e, se comparada a forma atual, feliz.
Os cientistas anunciaram há algum tempo que um meteoro atingiria a Lua, uma simples colisão, igual as outras milhares que ocorrem em nosso satélite natural. E não é só na Pensilvânia que a Lua é o assunto do momento, é em todo o mundo. As pessoas descem até o porão, procuram por binóculos, telescópios e organizam festas — vai ser um grande fenômeno, dessa vez visível para todos. Contudo, as coisas saíram diferente do esperado. O impacto foi mais intenso que o esperado, o que fez a Lua sair de sua órbita e se aproximar da Terra. Como consequência direta, as marés foram alteradas e países e ilhas localizados em baixas altitudes começaram a serem destruídos e cobertos pela força da água. Como se a força da água não fosse suficiente para iniciar uma quebra na frágil paz coletiva, tempestades, vulcões e outros fenômenos naturais altamente destruidores também começam a assolar o planeta.
Mas a mãe de Miranda é rápida! A jovem escritora se une aos filhos, pega todo o dinheiro que tem e vai enfrentar verdadeiras guerras em lojas e supermercados, e, contando que eles tenham comida suficiente até que a promessa do presidente dos Estados Unidos de que tudo voltará ao normal em breve se cumpra, tudo valerá a pena. Mas as coisas vão definhando cada vez mais: não há mais energia elétrica, não há água... só o que há é a chama da esperança, que a mãe de Miranda tenta manter acesa a todo custo em sua família. Miranda sabe que existe a possibilidade de que apenas um deles sobreviva, mas ela não quer viver duas ou três ou quatro semanas a mais se isso significar que nenhum deles sobreviverá. Inicia-se então mais uma jornada de fé, coragem, luta e sobrevivência, em meio, como descreve o Booklist, as páginas repletas de eventos angustiantes e terríveis, mas também de emoções verdadeiras.
E, novamente, me senti emocionado ao ler mais um livro bom, onde encontrei algo novo, com uma escrita diferente, uma trama igualmente díspar, com uma jogada bem inteligente e de um gênero que tanto aprecio, a distopia. Eu nunca tinha ouvido falar na série Os Últimos Sobreviventes — apesar de que o primeiro livro foi lançado em 2014 (se não me engano) e, agora, com o lançamento do segundo livro (Os Vivos e Os Mortos) o antecessor, que é esse que resenho, ganhou uma nova capa e foi relançado. A primeira coisa que me chamou atenção foi, claro, a capa, que é extraordinariamente bela, e em segundo lugar a forte publicidade de que é uma das melhores distopias já lançadas. Por ser de um gênero muito conhecido e possuir uma trama diferente de todas as demais que já tive contato, criei boas expectativas, e fico feliz em afirmar que elas se mantiveram agradavelmente satisfatórias.
Na capa está escrito "Uma das melhores séries para os fãs de Jogos Vorazes", mas há uma visível redundância, principalmente porque faz com que a maioria espere uma história igual a série homônima de Suzanne Collins. Portanto, deixo claro que não é cópia de Jogos Vorazes e de nenhuma forma podemos traçar um paralelo entre as duas histórias, com a exceção das características do gênero, claro. Ambas as obras têm caráter distópico, contudo a abordada em A Vida Como Ela Era certamente será a mais diferente com a qual nos depararemos. Nunca tinha lido nenhum livro de Susan, mas certamente lerei os demais da séries Os Últimos Sobreviventes.
Narrado sutilmente em terceira pessoa, A Vida Como Ela Era nos apresenta ao diário de Miranda, logo o livro tem as características básicas e únicas de um livro de anotações contendo a narrativa diária de experiências pessoais — o que, claro, é diferente, mas não ruim. É uma narração mais pontual, elaborada e, claro, com uma visível simplicidade — apesar de sempre conter, intrinsecamente, aquele elemento chave que nos prende a narrativa e nos faz devorar as páginas. Apesar de não estar acostumado a narrativas em formato de diário, confesso que me senti animado, em virtude de que (1) além de ser algo novo, (2) conseguiu manter um bom dinamismo.
O presidente fez um pronunciamento na tevê hoje à noite. Não disse nada que nós já não soubéssemos. Tsunamis e inundações. Números desconhecidos de mortos, a Lua fora de órbita etc. Segunda-feira é um dia nacional de luto e nós devemos rezar muito. Ele falou — e não parecia muito satisfeito — que nos precisamos nos preparar para o pior.
E depois do vertiginoso sucesso da série "O Lar da Srta. Peregrine para Crianças Peculiares", a Editora Intrínseca anunciou recentemente o lançamento de "Contos Peculiares", antologia de contos que se passam no universo criado pelo renomado Ransom Riggs. Confiram a capa e a sinopse:
Dez incríveis histórias ambientadas no universo de "O Lar da srta. Peregrine para Crianças Peculiares". O livro dentro dos livros, “Contos peculiares” é a coletânea de contos e fábulas citada ao longo da série O lar da srta. Peregrine para crianças peculiares — o livro com as histórias que os jovens peculiares escutam sua protetora contar e recontar. Um menino que vira gafanhoto e foge com um grupo de gansos; uma princesa com língua de cobra à procura de um príncipe com quem se casar; canibais ricos que comem braços e pernas de peculiares que têm o dom de se regenerar são alguns dos personagens dessas narrativas que há séculos povoam o imaginário dos peculiares, oferecendo não apenas valiosas lições, mas também pistas para informações secretas, como a localização exata de certas fendas temporais, por exemplo. Compilado por Millard Nullings, o menino invisível acolhido no lar da srta. Peregrine, o livro inclui surpreendentes comentários e notas, além de um desfecho alternativo para a tocante história do gigante Cuthbert, já conhecida dos leitores da série. Inusitado, surpreendente e divertido, Contos peculiares é ao mesmo tempo um delicioso complemento e uma porta de entrada para o rico universo criado por Ransom Riggs; um verdadeiro presente para quem não resiste à magia das boas histórias.
O lançamento do livro aconteceu simultâneo ao dos Estados Unidos, no dia 3 de Setembro, vinte e sete dias antes do lançamento do primeiro filme da franquia aqui no Brasil (trailer abaixo). Eu, particularmente, achei super interessante a premissa desse livro e, como fã da trilogia, mal posso esperar para ler.
Livro: Um Mundo Melhor
Título Original: A Better World
Autor (a): Marcus Sakey
Editora: Galera Record
Páginas: 420
ISBN: 978-85-01-07159-0
Sinopse: Nick Cooper lutou para que os brilhantes, parcela da população dotada de habilidades incomuns, fossem aceitos e integrados na sociedade. Até uma rede terrorista, liderada justamente por brilhantes, atingir três cidades e deixar o país à beira de uma guerra civil. Cooper é brilhante e agora também consultor do presidente dos Estados Unidos, além de ser contra tudo o que os terroristas representam. Porém, conforme o país descamba para o caos, ele se vê forçado a participar de um jogo que não aceita perdedores, pois seus oponentes têm uma visão particular de um mundo melhor.
3. Written In Fire (2017)
Nascido em Michigan, Marcus Sakey trabalhou como publicitário por dez anos antes de se tornar escritor. Seu trabalho já foi indicado a diversos prêmios, dentre eles o Strand Critics, o Reader's Choice e o ITW Thriller Awards. Também é roteirista e apresentador de Hidden City, um programa de turismo do Travel Channel. Atualmente, vive em Chicago com a esposa e a filha.
Em Brilhantes, acompanhamos o dilema dos anormais que, desde 1980, passaram a fazer parte do 1% da população mundial que nascia com dons com os quais apenas sonhávamos: a capacidade de perceber os segredos mais íntimos de uma pessoa, de prever o mercado de ações, de reconhecer padrões ou andar sem ser visto. No meio disso, conhecemos Nick Cooper, brilhante do primeiro escalão, reconhecedor de padrões, divorciado, e o melhor agente do DAR (Departamento de Análise e Reação), também chamado de Agência de Controle de Anormais, que visa controlar os brilhantes que geralmente oferecem um risco a paz coletiva. No primeiro livro, Nick adentra no terrorismo, com o objetivo de derrubar John Smith, um ativista que vem causando enormes problemas para a paz coletiva. Contudo, Nick acaba descobrindo que, desde o início, vinha sendo enganado e para resolver o problema se infiltra ainda mais no mundo do terrorismo, da rebeldia, da conspiração e vai contra tudo que acredita — e quando se trata de proteger sua família e o resto do mundo, ele faz tudo que puder, mesmo que isso lhe apresente um mundo ordinário e falso, onde política, preconceito, conspiração e revolução se misturam e fazem pensar.
Em Um Mundo Melhor, Nick ainda não solucionou todos os problemas, que se intensificaram cada vez mais — afinal, os brilhantes mudaram tudo. Por trinta anos, o mundo enfrentou uma separação crescente entre os excepcionais... e o restante de nós. Agora, que o DAR não existe mais e o antigo presidente dos Estados Unidos está sofrendo um impeachment, uma rede terrorista liderada por brilhantes atingiu três cidades. Prateleiras de supermercado estão vazias, chamadas de emergência não são atendidas. Fanáticos estão queimando pessoas vivas.
Nick Cooper sempre lutou para tornar o mundo melhor para os filhos. Como brilhante e consultor do atual presidente dos Estados Unidos, ele é contra tudo o que os terroristas representam. Porém, conforme o país descamba para uma guerra civil devastadora, Cooper é forçado a participar de um jogo que não pode se dar ao luxo de perder — porque seus oponentes têm uma visão particular do que vem a ser um mundo melhor. E, para realizá-la, estão dispostos a destruir este aqui. De Marcus Sakey, "o mestre da leitura empolgante e inteligente" (Gillian Flynn) e "um dos melhores contadores de histórias" (Michael Connelly), o livro dois da saga Brilhantes é um montanha-russa implacável que mudará sua forma de ver o mundo — e as pessoas a seu redor, claro.
Gente, não consigo nem explicar a emoção que senti em ler esse livro! Que acompanhou a resenha que fiz do primeiro livro (leia aqui) sabe que eu simplesmente adorei a história, a trama, os personagens... tudo. Eu estava muito ansioso para ler o segundo livro e matar a saudade de Nick Cooper e suas aventuras — quase tive um enfarte quando a Galera Record anunciou o lançamento e essa capa maravilhosa. Novamente me senti feliz por encontrar algo novo e uma escrita diferente atrelada a uma trama inovadora e muito, muito genial. Quando eu conheci Brilhantes, eu criei muitas expectativas, principalmente pelas características da trama: cheia de ação, aventura, terrorismo, inverdades, conspirações e outros. Na época, afirmei que as expectativas não só se mantiveram satisfatórias, como se superaram. Agora, fico novamente feliz em afirmar o mesmo em relação ao volume dois dessa saga que sem dúvidas é uma das melhores que já li na vida.
E, mesmo antes de ler qualquer coisa do Sakey, o gênero não era novidade para mim (não como um todo, claro), visto que é muito próximo do que encontramos em distopias. Agora vamos a um erro cometido na resenha do primeiro livro: eu disse que Brilhantes não era distopia, contudo, eu estava errado. De lá para cá, muito aprendi sobre distopias e, agora, afirmo com certeza que a trama tem, sim, caráter distópico por apresentar "o pensamento, a filosofia ou o processo discursivo baseado numa ficção cujo valor representa a antítese da utopia ou promove a vivência em uma utopia negativa". (WIKIPEDIA).
Ainda narrado preternaturalmente em terceira pessoa, o volume dois de Brilhantes possui também uma trama rica, elaborada e muito difusa — o que nesse contexto não poderia ter sido melhor, visto que não temos uma visão apenas de Nick, personagem principal, mas de todo os demais que são significantes para o bom andamento da história. Apesar de ser imensamente fã de narrativas em primeira pessoa, não posso deixar de enaltecer o quanto a narrativa de Um Mundo Melhor, em terceira pessoa, conseguiu ser extraordinariamente dinâmica. Torno a repetir, visto que é uma das maiores verdades do mundo literário: Sakey tem uma escrita maravilhosa e o que Michael Connely, autor de romances policiais, falou é inteiramente verdade: Marcus Sakey é um dos melhores narradores de todos os tempos. Ele segue de forma sutil, mas detalhada; formal, mas dinâmica; e dessa forma nos leva por caminhos sem volta — mas você não se importa... tudo que você quer é prosseguir, cada vez mais.
Uma piscada durava um segundo, um passo, cinco. Era um dom estranho e terrível, que...
Espere. Para a maioria dos anormais, o dom é apenas parte deles. Mas o de Soren é diferente. De uma forma bem real, ele é o próprio dom. Sua percepção de mundo é inteiramente forjada pelo dom. Soren depende dele completamente e confiará no que o dom lhe disser.... talvez pudesse ser usado contra ele. Cooper se arrastou pelo chão, ignorando a dor. Era inacreditável o risco. Não se tratava apenas da vida dele em jogo, mas da de Ethan, da esperança que o cientista oferecia ao futuro.
Livro: A Geografia de Nós Dois
Título original: The Geographic Of You and Me
Autor (a): Jennifer E. Smith
Editora: Galera Record
Páginas: 272
ISBN: 9788501106223
Sinopse: Lucy mora no vigésimo quarto andar. Owen, no subsolo... E é a meio caminho que ambos se encontram - presos em um elevador, entre dois pisos de um prédio de luxo em Nova York. A cidade está às escuras graças a um blecaute. E entre sorvetes derretidos, caos no trânsito, estrelas e confissões, eles descobrem muitas coisas em comum. Mas logo a geografia os separa. E somos convidados a refletir... Onde mora o amor? E pode esse sentimento resistir à distância? Em A Geografia de Nós Dois, Jennifer E. Smith cria tramas cheias de experiências, filosofia e verdade.
Jennifer E. Smith é autora, também, de A Probabilidade Estatística do Amor à Primeira Vista, que em breve ganhará as telas de cinema, e Ser Feliz é Assim, ambos publicados pela Galera Record. Formada em redação criativa pela Universidade de St. Andrews, na Escócia, atualmente trabalha como editora em Nova York.
A Geografia de Nós Dois, novo romance de Jennifer E. Smith, nos leva inicialmente a mais um dia quente em Nova York, onde deparamos com Lucy e Owen presos em um elevador que deixou de funcionar em virtude de um inesperado blecaute. A cidade inteira havia sido apagada como uma vela, mas, do cubículo sem luz que era o elevador, dificilmente qualquer um dos dois saberia disso. Lucy e Owen, apesar de já terem se esbarrado pelo prédio algumas vezes, jamais tinham conversado um com o outro, e como o tempo parece inexorável devido as circunstâncias, os dois acabam não tendo muitas opções.
Owen tinha se mudado para o prédio no mês anterior junto com seu pai, que tinha sido contratado como novo administrador do local, logo após terem decidido sair da pacata cidade onde viviam e onde sua mãe havia morrido há pouco. Lucy, pelo contrário, sempre morou no prédio; sozinha, apesar da idade. Seus pais a amavam, claro, assim como seus irmãos gêmeos. Só era difícil demonstrar tanto amor quando, no caso de seus pais, se viajava constantemente ao redor do mundo ou quando se está estudando do outro lado do país, como era o caso de seus irmãos. Contudo, Lucy sempre levou a vida da melhor forma possível e jamais imaginou que aquele momento no elevador com Owen, seguido pela noite em que passaram juntos — esperando a energia voltar —, fosse mudar muita coisa.
No dia seguinte, passado o blecaute, a geografia começa lentamente a interferir na relação de Owen e Lucy, e eles vão se tornando fisicamente distantes, mas cada vez mais próximos no tocante ao sentimento. O pai da garota recebe uma proposta de emprego em Londres, e ela se muda para lá, e de lá para muitas outras cidades. Owen decide unir-se a seu pai, pegar o que tem, e cair na estrada, na esperança de finalmente encarrar os fantasmas do passado e deixá-los para trás. Mas ambos os jovens não conseguem esquecer um do outro, e trocam cartões-postais frequentemente, na expectativa de que em algum momento a vida possa uni-los novamente. Isso tudo nos faz pensar: onde mora o amor? E pode esse sentimento resistir a distância? Owen e Lucy estão prestes a testar a teoria de que, mesmo longe dos olhos, alguém jamais deixa seu coração...
Eu já li todos os livros de Smith lançado aqui no Brasil e a cada vez que me deparo com um de seus livros, me sinto feliz em ver como ela é uma excelente escritora e que, sem dúvidas, se sobressai em meio a muitos outros. Quando fiquei sabendo do lançamento de A Geografia de Nós Dois, que foi um sucesso nos Estados Unidos, não pensei duas vezes em solicitar o livro para a editora e, claro, me entregar a mais uma linda história sobre o amor, a felicidade e a distância. Eu não sou daquele tipo de pessoa que cria expectativas para tudo. Não, eu prefiro simplesmente ler e analisar, sem qualquer prévio pensamento. Contudo, eu já sabia, lá no fundo, que eu ia gostar muito — afinal, é de uma de minhas escritoras favoritas —, e também de um de meus gêneros favoritos, o Young Adult.
Narrado em terceira pessoa, A Geografia de Nós Dois tem uma trama bem focada, inteligente e com capítulos intercalados entre a visão que o narrador tem sobre Owen e Lucy, de modo que nada fica vago e/ou incompreensível. Esse tipo de estruturação, em minha opinião, nos permite ter uma visão mais ampla das escolhas, sentimentos, decisões e pensamentos dos personagens, o que, aliado a escrita poética e simples de Smith, contribui ainda mais para um excelente dinamismo no livro. A escrita de Smith é incrível, e tudo isso se deve a simplicidade na qual ela se debruça e que, sem dúvidas, é seu padrão. Um ponto forte no livro, que acrescentou muito, foi a escrita da autora. Novamente eu me senti como se tivesse encontrado alguém que é despretensiosa e que escreve como se contasse a alguém uma história tão normal quanto o nascer do sol.
E ele fechou os olhos e correspondeu ao beijo. Cedo demais, Lucy se afastou, e, quando ela deu um passo para trás, Owen viu que estava sorrindo.
— Não se preocupe — disse ela, antes de passar pelas portas abertas. — Mando um cartão-postal para você.
Gente, todos digam "amém", pois finalmente vai ser lançada no Brasil a continuação de "A Joia", romance distópico de Amy Ewing. Vamos conhecer a capa e a sinopse?
No livro A Joia, primeiro volume da série “A Cidade Solitária”, Violet Lasting é comprada por uma das mulheres mais poderosas da realeza, a Duquesa do Lago, e vai viver com ela na Joia, o círculo onde mora toda a nobreza. Agora, Violet tem de fugir da Joia, do círculo nobre da Cidade Solitária para salvar a própria vida e a do seu amor, Ash. Junto com seu amado e Raven, sua melhor amiga, Violet tenta se libertar da terrível vida de servidão e crueldade. Só que ninguém disse que deixar a Joia seria fácil, e ela terá que passar por grandes obstáculos. No meio disso tudo, a jovem ainda descobre que há uma revolução sendo planejada contra a realeza e que seu papel nisso é fundamental. É hora de Violet descobrir que é muito mais poderosa do que sempre imaginou! A Rosa Branca é o segundo volume da trilogia “A Cidade Solitária” e traz novas e incríveis reviravoltas. Será impossível não ficar ansioso pelo último livro da saga.
O lançamento aconteceu no mês de Agosto, e vocês já poderão adquirir nas melhores livrarias do país. Alguém aí ansioso por mais esse sucesso? Mal posso esperar para ler!
Livro: Náufragos, Traficantes e Degredados
Autor: Eduardo Bueno
Editora: Estação Brasil
Páginas: 176
ISBN: 9788556080042
Sinopse: Os anos mais desconhecidos da história do Brasil são justamente aqueles que se estendem da descoberta de Cabral, em abril de 1500, à expedição de Martim Afonso de Sousa, em 1531. Repletas de drama, ação e aventura, essas três décadas não são apenas as mais misteriosas, mas também as mais intensas e movimentadas. Tudo isso graças aos incríveis personagens que acabaram definindo os rumos da colônia: os náufragos, traficantes e degredados. A partir de diários de bordo, narrativas de viagem e fragmentos de cartas, este livro busca resgatar a trajetória pessoal desses homens de reputação sombria e origem enigmática, à margem da história oficial. Embora tenham vivido além dos limites, além da lei e aquém da ética, eles foram os primeiros brasileiros – no sentido literal da palavra. Passados 500 anos, é chegada a hora de náufragos, traficantes e degredados recuperarem o papel que desempenharam na construção do Brasil, ao conseguirem se aliar aos índios e conquistar poder político, intermediando o comércio com potências europeias. Este é o segundo volume da coleção Brasilis, que alcançou a marca de 1 milhão de exemplares vendidos e inaugurou um estilo leve, crítico e divertido de contar a história de nosso país.
4. A Coroa, a Cruz e a Espada
Eduardo Bueno é escritor, jornalista, editor e tradutor. Com a Coleção Brasilis, que reúne A Viagem do Descobrimento, Náufragos, traficantes e degredados, Capitães do Brasil e A coroa, a cruz e a espada, tornou-se o primeiro autor brasileiro a emplacar simultaneamente quatro títulos entre os cinco primeiros nas listas de mais vendidos dos principais jornais e revistas do país. Eduardo também traduziu 22 livros, sendo o principal deles o clássico On the Road – Pé na Estrada, de Jack Kerouac, que marcou o desembarque da “literatura beat” no Brasil, com 30 anos de atraso. Ao longo das décadas de 1980 e 1990, editou mais de 200 títulos, de autores brasileiros e estrangeiros, tendo colaborado com algumas das principais editoras brasileiras. Como jornalista, trabalhou nos principais veículos de comunicação, entre eles a Rede Globo, a TV Cultura, a TVE-RS e os jornais O Estado de S. Paulo e Zero Hora. Já dirigiu e estrelou um programa sobre história do Brasil no Fantástico, da TV Globo, e foi o primeiro apresentador do History Channel no Brasil. Eduardo Bueno ganhou dezenas de prêmios, dentre eles o Jabuti, em 1999, e a Ordem do Mérito Cultural, comenda concedida pelo Ministério da Cultura do governo federal.
Náufragos, Traficantes e Degredados, segundo volume da Coleção Brasilis, também lançado originalmente na década de 90, ganhou juntamente com os demais livros da coleção uma edição revista e ampliada, lançada pela Estação Brasil, selo da Arqueiro/Sextante, um selo descrito como "um ponto de encontro dos leitores que desejam redescobrir o Brasil". Olha, a bem da verdade e como dito na resenha do primeiro livro, confesso que o selo cumpriu muito bem seu papel, pois não somente redescobri o Brasil, mas descobri outras coisas que ainda não me haviam sido apresentadas no contexto escolar. E a importância disso deve-se, principalmente, ao fato dos assuntos apontarem para um futuro real, e esse vindouro será maior quanto mais e melhor conhecermos o nosso passado e a nós mesmos.
O livro é acompanhado, inicialmente, de uma INTRODUÇÃO feita pelo próprio autor, que faz um excelente apanhado do que nos espera nas páginas seguintes, que irão se debruçar sobre o que ele chama de "as décadas perdidas", período que vai de 1500 a 1531, que tem dificultado a pesquisa sobre essa época em decorrência da ausência de documento oficiais e do fato de que, na maioria dos livros sobre a história do Brasil, esse ínterim se reduz, em geral, a dois parágrafos. Acredito que essa introdução foi um ponto significante na questão de compreendermos e adentrarmos na leitura, que se mostrou inteiramente didática do início ao fim. Resumidamente, somos levados a uma introdução que apresenta um apanhado bem rápido, porém detalhista, de como se deu as primeiras expedições ao Brasil. Os capítulos posteriores a isso, posso dizer, surgem como um destrinchamento ainda maior do que é abordado na introdução e novamente só há uma palavra capaz de descrever todo esse destrinchamento: Incrível!
No primeiro capítulo, intitulado OS ESPANHÓIS DESCOBREM O BRASIL, vemos da mais ampla forma possível como se deu toda a expedição que levou os espanhóis a desembarcarem em solo brasileiro. Fatos, acompanhados de belíssimas ilustrações e sucintos mapas, como a chegada do capitão Vicente Yáñez Pinzón e seus homens, em 26 de Janeiro de 1500, ao Brasil — antes mesmo de Cabral! —, o primeiro encontro entre espanhóis e indígenas no Brasil, as jornadas de Diego de Lepe e Alonso de Hojeda — que comandaram outras expedições espanholas e vieram até à baía de Marajó e as ilhas de Porto Rico, Jamaica e Hispaniola, respectivamente — e como tudo isso foi apenas um mero prelúdio para que os portugueses entrassem em cena, são pontos apresentados nesse primeiro momento do livro.
Dando continuidade, temos o segundo capítulo todo e inteiramente falando sobre VESPÚCIO E O BATISMO DA AMÉRICA. Mas qual a necessidade, nesse contexto das expedições ao Brasil, de tomar conhecimento sobre Américo Vespúcio e o descobrimento da América? É isso que, nesse segundo momento do livro, de forma ora sucinta, ora prolixa, que o autor deixa extraordinariamente claro, principalmente ao mostrar que o destino do Brasil começou a ser traçado apenas dois meses após a partida de João da Nova para a Índia, quando D. Manoel armou uma nova expedição com o objetivo único de explorar o território que Cabral avistara um ano antes e averiguar que riquezas ele porventura possuiria.
Já o terceiro e o quarto capítulo, intitulados respectivamente de A TERRA DO BRASIL e LA TERRE DU BRÉSIL, o autor debruça-se sobre os principais relatos da época — na verdade, todo o livro é baseado em relatos da época — e conta com clareza como se deu a exploração em nossa terra nas três longas décadas que o livro trabalha. O principal e mais interessante ponto, claro, é o inerente a exploração do pau-de-tinta (Pau Brasil). E, gente, eu fiquei realmente encantado pelo que aprendi sobre essa exploração. O autor realmente é inexorável em seu ofício de nos relatar com extrema profundidade como tudo ocorreu.
O quinto e sexto capítulo, intitulados respectivamente de O RIO DAS GRANDES RIQUEZAS e FABULOSA JORNADA À SERRA DA PRATA aborda sobre os primeiros europeus que aqui chegaram e como acontecimentos como a exploração do Prata (dentre tantos outros) colaboraram na definição dos caminhos do iminente país. O último capítulo, que dá uma base e prepara o território para o terceiro livro (A Coroa, a cruz e a espada), nomeado de A EXPEDIÇÃO DE MARTIM AFONSO, narra um pouco sobre como Martim Afonso de Sousa foi incumbido de levar a lei e a ordem para o vasto território que permanecia ocupado apenas por náufragos espanhóis, traficantes franceses e degredados portugueses. Os tópicos abordados nesse capítulo, que fecha com chave de ouro o livro, foram de suma importância para uma compreensão geral dos fatos; e, como ressaltou, Walter Salles Jr., cineasta, "tornei-me um pouco menos ignorante em relação à história do Brasil graças aos livros de Bueno."
E então, por cerca de 30 anos, aquele vasto território seria virtualmente abandonado pela Coroa portuguesa, sendo arrendado para a iniciativa privada e se tornando uma espécie de imensa fazenda extrativista de pau-brasil. Iriam se iniciar as três décadas menos documentadas e mais desconhecidas da história do Brasil.
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