Livro: O Aprendiz
Título original: Novice
Autor (a): Taran Matharu
Editora: Galera Record
Páginas: 350
ISBN: 9788501105776
Sinopse: Em O aprendiz, primeiro volume da série Conjurador, Fletcher é um órfão de 15 anos e, para sua surpresa, conseguiu invocar um demônio do quinto nível. O problema é que apenas os nobres deveriam ser capazes de conjurar criaturas e usá-las na guerra contra os orcs. Mas plebeus como Fletcher também podem ser conjuradores, e o garoto consegue uma vaga na Academia Vocans, uma escola de magos que prepara seus alunos para os campos de batalha. Lá, ele irá enfrentar o bullying dos nobres, mas também aprenderá feitiços e fará amigos incomuns, como anões e elfos. Além de se provar digno de uma boa patente na guerra, Fletcher e seu grupo de segregados precisam se unir e vencer o preconceito que sofrem na desigual sociedade de Hominum.
SÉRIE "O CONJURADOR"
Publicado pela Editora Galera no segundo semestre da 2015, O Aprendiz é o primeiro livro da trilogia “Conjurador”, escrito por Taran Matharu – filho de uma brasileira com um indiano, e que mora em Londres. O livro foi, primeiramente, escrito na plataforma Wattpad e depois de ter alcançado 6 milhões de leitores, acabou se tornando livro físico.
Fletcher era um órfão que foi abandonado na entrada de uma cidadela. Adotado pelo ferreiro Berdon, Fletcher estava a incorporando a mesma profissão do pai adotivo no vilarejo intitulado Pelego, quando, aos 15 anos, Rotherham, um soldado que estava sendo transferido, lhe concede um livro de invocações demoníacas, que já pertencera a um mago de batalha. Sem saber ao certo como funcionava, Fletcher acaba invocando um demônio raro e isso acaba provocando a sua fuga para o sul, onde se encontra a capital do reino.
Ele acaba em uma escola de “magia”, onde jovens aprendem sobre invocações e semelhantes artimanhas, e de onde surgirá uma aliança entre humanos, elfos e anões perante uma guerra inevitável entre classes diferentes de guerreiros.
“O Aprendiz” me chamou a atenção, primeiramente, por sua capa, que me lembrou “Avatar” e me concedeu uma impressão de fantasia juvenil, a qual eu estava sentindo falta de ter contato, depois de tantos enredos não ficcionais. Depois fui arrebatada pela sinopse e pelas opiniões da internet. Não obstante, a obra de Taran Matharu acabou sendo exatamente o que eu esperava.
Taran traz uma mistura ideal de várias séries YA, apresentando um enredo medieval fantástico. Trata-se de um livro com uma narração fluída, em terceira pessoa, que acompanha o desenrolar da história a partir do protagonista Fletcher.
Como diversas opiniões, também achei que “O Aprendiz” é uma conjunção de inúmeros livros fantásticos: apresenta um personagem órfão, uma escola de magia – Harry Potter – tem criaturas que são invocadas e precisam serem “domadas” – Yu-Gi-Oh ou Pokemon – existe um conflito entre seres fantásticos – Senhor dos Anéis. Não digo, contudo, que Taran plagiou essas ideias, somente utilizou de ideias já prontas e criou um enredo novo e capaz de satisfazer todos esses fãs.
É incrível terminar de ler essa obra e observar que tem um clima e elementos de muitas obras fantásticas tão distintas, ao mesmo tempo. “O Aprendiz” tem uma semelhança com o estilo de Piratas do Caribe e lembra, até mesmo, RPG. Taran foi genial ao escrever um livro com elementos já tão conhecidos e explorados, de forma tão diferenciada.
“O maior inimigo de um guerreiro pode ser também seu maior professor"
Fletcher me inspirou empatia desde o início e me fez torcer por ele durante todo o seu trajeto. O autor teve muito sucesso em construir um protagonista tão próximo da realidade: Fletcher apresenta dificuldades comuns, diferente de inúmeros protagonistas da ficção fantástica, que são heróis apadrinhados. Além disso, outro ponto positivo na trama foram os demais personagens, que, apesar de um pouco crus, foram marcantes e decisivos.
Taran pareceu pecar um pouco no desenvolvimento da sua obra, que carregava muito potencial. Ficou claro que faltou certo planejamento e teve um exagero de explicações “infantis” sobre os seres fantásticos – explicações simples e mastigadas (Normalmente, o leitor gosta mais de dicas e de raciocinar sozinho). E, infelizmente, isso concedeu uma impressão mais infantil para o livro.
O que achei mais interessante ainda nessa obra foi que “O aprendiz” não foi uma experiência meramente de distração, ela também presenteia o leitor com
reflexões sobre o preconceito social – entre as espécies. Essa questão é retratada com peso durante toda a leitura.
Contudo, incomodei-me bastante com o fato de toda emoção do livro estar concentrada nos últimos capítulos. Foi somente no seu desfecho que vi o enredo tomando o seguimento correto. O segundo livro, “The Inquisition”, por conseguinte, poderá ser publicado agora, em 2016, e estou torcendo para que ele desenvolva melhor seu enredo e corrija alguns vícios de escritores “principiantes”.
A edição do primeiro volume é sensacional. A capa é extremamente bonita, assim como as gravuras nos inícios dos capítulos. No seu final, existe um manual de demonologia bem útil e interessante. Entretanto, tenho que admitir que não gostei muito das páginas brancas e da fonte da letra. No mais, a Editora Galera está de parabéns pela publicação!
Indico a leitura para todos que gostam das séries que mencionei à cima. Trata-se de uma leitura muito satisfatória, com pequenos e inocentes erros, que incomodam pouco durante a leitura. O desfecho me deixou muito animada em continuar a saga.
Melhor Quote: A injustiça era comum em Pelego, e o rapaz aceitara havia muito que, num mundo de privilegiados e desfavorecidos, ele certamente fazia parte da segunda categoria.
Não sei como eu nunca tinha ouvido falar! Achei muito interessante e amei a resenha!
ResponderExcluirhttp://souadultaagora.blogspot.com.br/
Ah, eu já li esse livro e é fantástico mesmo!!!! <3 <3
ResponderExcluirHá um novo post lá no blog, convido-a a ir lê-lo!
um abraço,
http://thebooksonmyshelfs.blogspot.pt/
Os Livros sempre nos levando a viagens sem limites. Tudo é uma questão soltar imaginação através da leitura. A propósito, recomendo um livro bacana também: Justiça: o que é fazer a coisa certa. Sua resenha está no blog Som Livros usados. Abraços.
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