Livro: Nunca Jamais
Título original: Never Never
Autor (a): Colleen Hoover e Tarryn Fisher
Editora: Galera Record
Páginas: 192
ISBN: 9788501106216
Sinopse: Charlie Wynwood e Silas Nash são melhores amigos desde pequenos. Mas, agora, são completos estranhos. O primeiro beijo, a primeira briga, o momento em que se apaixonaram... Toda recordação desapareceu. E nenhum dos dois tem ideia do que aconteceu e em quem podem confiar. Charlie e Silas precisam trabalhar juntos para descobrir a verdade sobre o que aconteceu com eles e o porquê. Mas, quanto mais eles aprendem sobre quem eram, mais questionam o motivo pelo qual se juntaram no passado.
SÉRIE "NEVER NEVER"
3. Never Never III
Colleen Hoover mora no Texas, com o marido e os três filhos. Autora das séries Slammed e Hopeless, ambas na lista de mais vendidos do New York Times, pode ser encontrada em:
www.colleenhoover.com. Tarryn Fisher é autora best-seller do New York Times e do USA Today. Atualmente, mora em Whashington com os filhos.
O thriller Nunca Jamais é um livro que tem pouco o que se abordar em uma resenha, tanto pelo número pequeno de páginas, quanto pela aparente trama inovadora, que inicia-se com a personagem Charlie, que “desperta” no meio da aula sem se lembrar de fatos relevantes de sua vida. Coisas como seu nome, quem são seus pais e onde ela está, sumiram de sua mente. E nada — nem ninguém — soa conhecido para ela. Após um período de confusão total — e de poucas descobertas —, por meio dos amigos, Charlie descobre que namora com alguém chamado Silas há quatros anos. E que, aparentemente, o mesmo aconteceu com seu namorado. Ele pareceu “despertar” do nada no meio da aula, e não consegue se lembrar de nada que tenha feito na vida.
Silas joga futebol americano, mesmo que ele não saiba disso e nem se lembre das regras do jogo. Tem também um irmão caçula — que ele não reconhece, óbvio — e se encontra tão perdido quanto Charlie quando não encontra nenhum rosto familiar. Ao descobrirem pelos amigos que são namorados, os dois se unem para decidir o que fazer. Ambos sabem que, se comentarem sobre o fenômeno com alguém, serão considerados loucos. Então resolvem descobrir as coisas por conta própria. Sendo assim, agora eles só têm um ao outro e precisam descobrir quem são e como entraram nessa situação. Mas o que acontecerá quando descobrirem os segredos que escondiam um do outro? Em que eles podem confiar? Essas respostas vocês encontraram junto com Silas e Charlie, e ambos perceberão que algo tem de ser descoberto — antes que seja tarde demais.
Nunca Jamais é um livro que fez sucesso no Brasil antes mesmo da Galera Record resolver lançá-lo. O sucesso foi tão grande lá nos Estados Unidos que, aqui no Brasil, os três livros que compõem a série foram traduzidos livremente e disponibilizados na internet — inclusive conheço várias pessoas que já leram tudo. Eu, inclusive, iria ler, mas após uma rápida comparação entre o trabalho da Galera e o dos tradutores livres, percebi que — não desmerecendo ninguém — o trabalho realizado pela editora apresenta uma qualidade incomparável, devido às fases que envolvem um processo editorial (preparação de originais, diagramação e outros). O que isso significa? Significa que eu recomendo que leiam a edição lançada pela Galera, e não a disponibilizada na internet, certo?
Dito isso, preciso deixar claro logo de inicio que foi um livro bem instigante, que, sem dúvidas, já chama atenção só pela sinopse e a ideia, em suma, inovadora. Eu tinha grandes expectativas, e o livro cumpriu as suas, não as minhas. O que não significa que isso tenha sido ruim, claro. Eu só esperava uma coisa e o livro me mostrou outra — tão agradável quanto a que aguardava. Foi minha primeira leitura da Colleen (aleluia!) e, por ora, digo que foi mega agradável, principalmente por ela ter trabalho tão bem esse thriller, que, como já sabem, é um de meus gêneros preferidos.
A narração é um ponto chave no livro, sendo organizada em primeira pessoa — ponto positivo — e intercalada entre os dois personagens principais, ora Charlie, ora Silas, o que é ainda melhor, visto que traz uma forma mais dinâmica ao livro, possibilitando que possamos compreender a história no máximo de sua totalidade. Pelo que geralmente acontece, creio que as autoras se dividiram de forma que cada uma narrava à perspectiva de um dos personagens. Mas não sei dizer quem ficou com quem, até porque, inacreditavelmente, não se percebe diferença de uma narração para outra. Ambas as autoras souberam manter a dinamização, o mistério envolvente, prezando pelos diálogos — substituídos pelo excesso de detalhes — e de forma bem direta, por assim dizer. Esse é um tipo de livro sem enrolações, daí seu numero de páginas — o que não significa que as coisas acontecem rápido demais, claro.
Meu primeiro instinto é dizer a ela que vai ficar tudo bem, que eu vou descobrir o que aconteceu. Sou inundado com uma necessidade esmagadora de protegê-la – só que não tenho ideia de como fazer isso quando estamos ambos enfrentando a mesma realidade.
Então, eu diria que, de certa forma, o que mais chama atenção no livro é a história em si, que é bem eletrizante, com boas doses de suspense e com uma ideia diferente... diferente até para ser explicada, porque as mínimas palavras são capazes de contar tudo, e não é esse o objetivo da resenha. Os personagens também, em suma, são um ponto que faz a história valer a pena. Eles são tão bem construídos que fica até difícil decidir quem você gosta mais, Charlie ou Silas.
Charlie e Silas namoram há vários anos, mas no momento eles não se lembram de nada, e cada vez mais que descobrem sobre eles mesmos, mas questionam o motivo de estarem juntos. E, gente, tem muita coisa louca nesse livro, e os dois personagens são construídos de maneiras errôneas, falhas, o que os torna quase reais em suas totalidades ficcionais. Eu diria que o livro nos permite ligar-nos a Charlie e a Silas, de modo que, cumprindo o sentido de um thriller, sentimos os personagens, suas ações e pensamentos, ficando apreensivos quando os mesmos se encontram assim, e sentindo-se triste quando a tristeza lhes bate a porta.
Quanto às criticas, tenho bem poucas, mas que tem certo embasamento. Por exemplo, não senti necessidade de ter dividido uma história tão simples em três partes! Principalmente porque as três juntas dão, em suma, um livro comum, com cerca de 300 a 400 páginas. Isso, claro, é pura questão de marketing, visto que, até onde sei, os livros possuem sempre um final impactante, quase que implorando/obrigando o leitor a ler o próximo. Outro probleminha, que acontece devido a essa divisão em três partes, é que parece que a história não é explorada ao máximo, e essa divisão faz com que isso seja notável. A história é boa, ficamos querendo mais, e 190 páginas não exploram as coisas como gostaríamos.
Mas esses probleminhas são “corrigidos” quando vamos avaliar a edição da Galera Record. Foi mantida a capa dos Estados Unidos e, apesar de ter pouca coerência com a história, é muito bonita e incrivelmente chamativa, com aquele toque de suspense, que cai super bem a obra. A diagramação é simples, com fontes adequadas e com uso de papel off-white (mais branquinho). Em suma, todo o design da obra tem um esmero admirável e com a presença de pouquíssimos erros de revisão (só dois, nada tão mal!).
Por fim, acredito que tenha ficado bem claro que eu recomendo, sim, o livro. Inclusive acredito que é uma excelente aposta para os amantes do gênero e para quem gosta de leituras leves, eletrizantes e que são ótimas pra tirar alguém de uma ressaca literária. Com uma narrativa altamente viciante, Colleen e Tarryn nos levam por meio de uma história única, pouco previsível e que, certamente, vai agradar — já vem agradando, na verdade — um bom número de leitores. Em minha opinião, essa história daria um excelente filme de suspense com toques românticos — presentes na relação convincente dos dois personagens. E, por mim, todos deveriam dar uma chance para Nunca Jamais, é bem bacana!
Primeiro parágrafo do livro: "Um estrondo. Livros caem no chão de linóleo granulado. Escorregam alguns metros, rodopiando e param perto de pés. Dos meus pés. Não reconheço a sandália preta nem os dedos pintados de vermelho, mas se movem quando mando, então devem ser meus. Não é?"
Melhor quote: "Na minha opinião, se é pra trair, tem que ser com alguém por quem vale a pena pecar".
Olá,
ResponderExcluirAdorei a parceria da Colleen com a Tarryn! Acabei lendo os livros em inglês pelo Kindle antes de serem lançados aqui! Mas já vou comprar o livro físico hahaha Gostei da história, ela nos prende até o final. Nã precisava ser em 3 livros mesmo, mas acho que é isso que acabou fazendo a gente ficar mais ansioso hahaha e fez esse sucesso todo!
Parabéns pela resenha! =)
www.booksimpressions.com.br
Parabéns pela resenha..
ResponderExcluirEu já cheguei a ler esse livro mas não terminei, não consegui entender muito bem a história..
Oi! A minha primeira experiência com a Collen não foi muito boa,mas quem sabe que com Nunca Jamais minha opinião mude.
ResponderExcluirBeijos!
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