{Resenha} Diário de Um Zumbi do Minecraft: Confusões na Escola — Herobrine Books

Sinopse: São as últimas semanas antes das férias... e o nosso amigo zumbi mal pode esperar!Falta pouco para as férias. Chega de Escola Monstro! Chega de professores e livros! Serão semanas e semanas só jogando videogame, comendo bolo e aprontando todas com Steve, Esquely, Slimey e Creepy. Bem, essa era a ideia do zumbi, até ele descobrir que seus pais tinham outra coisa em mente... Agora tudo o que pode fazer é pedir ajuda a seus amigos mobs. Juntos, eles vão inventar os planos mais loucos, assustadores e divertidos para fugir desse “terrível destino”.Neste volume, descubra o verdadeiro nome do zumbi!

   Os pais de Zumbi querem mandá-lo para um acampamento, e se seu boletim não for bom o suficiente, as coisas irão piorar ainda mais. Na escola, o professor pede que os alunos façam uma redação sobre como seriam suas férias. É então que Zumbi tem uma ideia: se ele redigisse um texto falando sobre como gostaria de ir ao acampamentos, fazer artesanato e outros, certamente aconteceria o contrário do que ele redigiu. Mas as coisas tendem a piorar, ainda mais na vida dele. O professor resolve mostrar a redação para seus pais e a vida de Zumbi complica ainda mais. 

   Agora, decididamente, Zumbi vai para o acampamento e as férias de seu sonho foram literalmente para o espaço. Zumbi pede socorro a seus amigos, que sugerem que ele faça muita bagunça na escola, tire notas ruins e faça tudo de errado, para que seus pais o deixem de castigo, e resolvam cancelar sua ida ao acampamento. Então Zumbi tem de aprontar todas, e fazer muita confusão para que possa ter as tão desejadas férias. Mas as coisas não saem como planejado (mais uma vez!) e Zumbi tira vários 10, e as bagunças que tenta fazer, acabam virando o oposto do que queria.

   Quem me conhece, sabe que eu (apesar dos meus 16, quase 17 anos) sou fanático por Diário de Um Banana, e ter a chance de ler essa alusão, que tem uma junção de Zumbi e Minecraft, certamente é incrível e muito divertido. A narrativa é toda em forma de diário, em primeira pessoa e com notação dos dias, bem típico Diário de Um Banana. A escrita, em suma, é bem simples e feita, fazendo jus ao gênero, para o público infanto-juvenil — o que não impede, claro, que o público totalmente juvenil venha a gostar. A trama acontece de uma forma muito divertida. É como se o personagem conversasse com quem lê (na verdade ele conversa com o diário!), o que traz um ótimo dinamismo e torna a obra um passatempo divertido, fluido e instigante. Eu tinha boas expectativas, e, bem, elas foram muito bem sanadas.

   Os fãs de Minecraft vão adorar ainda mais essa obra, principalmente pelas várias alusões ao jogo, presentes na obra. É uma obra que tem muita diversão e explora bastante os elementos encontrados no jogo na qual é baseada. E para quem for leigo no assunto, parafraseando o Wikipedia, Minecraft é um jogo basicamente feito de blocos, tendo as paisagens e a maioria de seus objetos compostos por eles, e permitindo que estes sejam removidos e recolocados em outros lugares para criar construções, empilhando-os. Além da mecânica de mineração e coleta de recursos para construção, há no jogo mistura de sobrevivência, e exploração. Jogar Minecraft é usá-lo como ferramenta criativa.

   Os personagens não são trabalhados em suas totalidades, visto o formato em diário, que dá privilégio a pessoa que o escreve, no caso Zumbi. Apesar disso, seus amigos Steve, Esquely, Slimey e Creepy estão novamente na obra e vão ajudar Zumbi em suas peripécias escolares, sugerindo para ele os mais preternaturais planos para fugir do acampamento. Quanto a isso, houve um desenvolvimento bem adequado ao gênero. 

   Quanto as críticas, eu apenas achei que a história está muito parecida com Férias do Terror, terceiro livro da série, o que pode deixar de apresentar grandes novidades. Se notaram, o livro possuí menos de 100 páginas e é bem simples mesmo (e é com simplicidade, com seu gênero, que a história deve ser vista), principalmente por ser um infanto-juvenil. Agora uma coisa é fato: a trama é simples, mas a edição, não. A Sextante teve um cuidado incrível com a série. A capa é muito bonita e bem alusiva a Diário de Um Banana, inclusive no fato de ser capa dura. A diagramação está muito bonita também, com um design interno composto de fontes em tamanha grande (o que é bom para os pequeninos) e contendo, inclusive, ilustrações em formato Minecraft. 

   Por fim, deixo aqui um apelo pra quem estiver procurando um livro simples, leve, divertido e que cure, por exemplo, uma ressaca literária. Essa série é mais que recomendada. A resenha ficou bem curtinha, não porque eu esteja com preguiça, por exemplo, mas porque não há muito o que ser abordado — espero que compreendam. Diário de Um Zumbi do Minecraft: Confusões da Escola é  também um livro muito educativo e mostra sobre a importância da amizade e de como temos de fazer sacrifícios por bens maiores. Diferente de Diário de Um Banana, a obra dá bons exemplos, em suma, e as coisas sempre se ajeitam ao final do livro, fazendo sempre uma ligação direta para o próximo livro. Uma leitura muito bem recomendada para as crianças. Bem, não só pra elas, claro.

E tem mais, a Sextante desenvolveu para os fãs um game bem bacana,

para conferir, acesse: diariodeumzumbi.com.br

Primeiro parágrafo do livro: “Não acredito! Está quase chegando! Só faltam algumas semanas para as férias! Sabe o que isso significa? Chega de Escola Monstro! Chega de professores e livros! Chega de ter que sair para assustar aldeões!” 

Melhor quote: “Percebi que se eu puder rir de mim mesmo, então nunca vou me incomodar se as outras pessoas também rirem de mim.”