Livro: Half Bad
Título Original: Half Bad
Autor (a): Sally Green
Editora: Intrínseca
ISBN: 9788580575590
Páginas: 304


Sinopse: A história é sempre contada pelos vencedores, dizem. E Nathan, infelizmente, não é um deles. Na Inglaterra em que ele vive, bruxos e humanos dividem o mesmo espaço, sem, no entanto, se misturarem. Mesmo entre os bruxos, há os que se autodenominam bons, puro se justos — os bruxos da Luz —, e há, é claro, seus inimigos, aqueles que devem ser combatidos e aniquilados,a origem de todo o mal — os bruxos das Sombras. Nesse mundo dividido entre mocinhos e vilões, não ter um lado é pecado, e esse é exatamente o caso de Nathan, filho de uma bruxa da Luz com um bruxo das Sombras. É importante dizer que seu pai, Marcus, nãoé qualquer um, e sim o mais poderoso e cruel bruxo dasSombras que já existiu, acusado de ter matado a mãede Nathan e de espalhar o terror por onde passa. Vivendo com a avó e os meios-irmãos, Nathan é visto como uma aberração por seus pares e pelo Conselho dos Bruxos da Luz, que enxergam no garoto uma ameaça que precisa ser ou domada ou exterminada. E as coisas só ficam mais complicadas conformeo tempo passa, já que, ao completarem dezessete anos, todos os bruxos passam por uma cerimônia emque seu dom, o poder que carregarão por toda a vida,é finalmente revelado. Nesse momento se definirá seNathan é um bruxo da Luz ou das Sombras.E o tempo dele está se esgotando.Em Half Bad, acompanhamos a jornada errante efrenética de Nathan para encontrar o pai e, mais importante ainda, sobreviver. Mas como conseguir isso quando cada passo seu é vigiado e ninguém é confiável— nem mesmo a família, nem mesmo a garota que você ama? Com uma narrativa vívida e dinâmica, Sally Green constrói uma história arrebatadora sobre intolerância,racismo e os caminhos tortuosos que todos trilhamos rumo ao amadurecimento.

TRILOGIA "HALF LIFE"
    1.  Half Bad
    2.  Half Wild (sem previsão de lançamento)
    3.  Sem título divulgado (Sem previsão de lançamento)

Half Bad foi escrito por Sally Green e publicado no Brasil pela Editora Intrínseca no segundo semestre de 2014. Já com os direitos cinematográficos adquiridos pela Fox 2000, trata-se de uma trilogia chamada Half Life. O próximo livro da trilogia  será Half Wild, mas não há previsão de lançamento aqui no Brasil. Leia a resenha a seguir e saiba mais sobre essa nova série de bruxos que promete conquistar o mundo!

    Nathan é o único meio-código existente no mundo bruxo. Divididos em Bruxos da Luz e Bruxos das Sombras, ele acabara sendo um fruto de ambos os lados, sem nem mesmo saber qual essência lhe era mais característica. Sua mãe se matara pela vergonha e culpa de ter o tido, e seu pai, o maior e mais perigoso bruxo das Sombras, abandonara-o em sua má sorte.
    Era nas mãos dos Bruxos da Luz que Nathan sofria. Várias regras e sansões eram impostas a ele. Desde criança, evitava estar em lugares públicos, não tinha amigos e era proibido de viajar sem permissão. Contudo, Nathan tinha o apoio de sua família, composta por sua frágil e amável avó, e seus meio- irmãos. E havia Annalise também, uma bruxa da Luz pura, linda e adorável, componente de uma família preconceituosa e extremista.
    Annalise aceitava Nathan da forma que era, e sonhava com a futura liberdade do garoto. Mas não demorou muito para que seus irmãos descobrissem os encontros secretos que arquitetavam, e Nathan foi brutalmente torturado. Foi nesse episódio que descobriu que poderia se curar com rapidez...
    E mesmo assim, conforme crescia, tudo piorava. Com medo das características das Sombras que surgiam no corpo do menino, o Conselho impôs regras terríveis e acabou tirando a guarda de sua avó e o confinando a uma prisão “educativa” no meio de uma mata na companhia de uma rigorosa bruxa do Conselho.
    Nathan passou anos preso lá – em uma tenebrosa gaiola acompanhada por algemas – esperando pela vinda de seu poderoso pai, ou pela oportunidade de fugir. Seu aniversário de dezessete anos estava vindo, e logo, seria necessário que fizessem a cerimônia dos três presentes, no qual se tornaria um bruxo de verdade e ganharia seu poder em sua totalidade.
    Porém, a verdade era que o Conselho ainda não havia matado Nathan porque era uma possível arma contra seu próprio pai... Será que no fim das contas nosso protagonista mataria o maior bruxo das Sombras?

    Half Bad é um livro totalmente diferente do esperado. Repentinamente criei uma grande curiosidade ao ter contato com seus primeiros capítulos; a narração era extremamente diferente, com características que não encontrei em nenhum outro livro e os personagens tinham uma peculiaridade admirável.
    Foi possível perceber que Sally Green tem uma liberdade de escrita. Para ser sincera, acreditei, no inicio, que a autora tinha uma narrativa ruim, mal construída e informal demais, mas logo percebi que Sally uniu a personalidade de seu protagonista à narração em primeira pessoa. A informalidade fazia parte do caráter do jovem Nathan, assim como os termos e o modo de apresentar as cenas e acontecimentos. As frases pausadas, impactantes e quebradas advinham de uma ação proposital – que, aliás, acrescentou muito à história e aos personagens.


    E foi essa narração que me prendeu muito à Half Bad, pois era tão intrínseca ao próprio enredo e ao próprio personagem, que foi impossível me desligar desse livro. Nathan passa por inúmeras dificuldades e as narra de um jeito tão profundo e impactante, que toca o leitor e compõe uma grande simpatia neste. E essa própria narração se modifica conforme o personagem se modifica, demonstrando a grandiosidade e a sabedoria da autora ao escolher a primeira pessoa.
    A peculiaridade dessa obra também está estampada também nos títulos dos capítulos e no tamanho destes textos. Alguns têm somente três parágrafos, outros capítulos, tem títulos nada convencionais. Sally Green se permitiu sair das regras, se permitiu brincar com o tempo, com a narração e com os próprios personagens.
    O livro é dividido em 6 partes, que contam estágios diferentes da história de Nathan.  A primeira se concentra bastante na infância sofrida do personagem e evolui até o presente, de forma nada cansativa – nem muito lenta, nem muito rápida – e é nesse tipo de trama que muitos autores vacilam, pois não conseguem transmitir o passado com sucesso, com artimanhas e profundidade. Não foi o caso de Sally Green.
    Já as outras partes do livro contam com muito mais ação e acabaram conquistando muito mais o leitor. Nathan é um personagem muito bem construído, com suas qualidades e defeitos. Apreciei muito o protagonista e os antagonistas de Half Bad e digo que somente eles já fazem a leitura valer a pena.
    A trama desse primeiro volume é questionável em seu inicio, mas logo se mostra forte e prometedora. Gostei do desenvolvimento geral, ciente de que esse livro era mais introdutório e que o próximo parecia ter muito mais história e complicação. A obra foi surpreendente em seu clímax e em seu desfecho curioso.
    Mas o único defeito que encontrei em Half Bad foi exatamente sua criatividade. Essa série de bruxos estava, infelizmente, muito parecida com Harry Potter apesar de carregar uma mensagem e um objetivo diferente. Eram os detalhes que me incomodaram, como, por exemplo, o protagonista ter ausência de seus pais, sofrer com imposições e muito preconceito. Harry Potter também teve uma infância difícil, mas logo se destacou – Nathan foi igual. A divisão entre bruxos da Luz e das Sombras também foi um pouco semelhante. Em contra partida, não acredito em nenhum momento que Half Bad foi uma cópia – talvez, no máximo, inspirado – de Harry Potter.
    A própria trama desse livro não é tão excepcional, não é tão complexa, mas isso acaba sendo facilmente ignorado. O desenvolvimento deste é tão bem empregado, que a sua simplicidade em outros setores simplesmente não faz muita diferença.

[...] Tomara que sim. Porque, se vou morrer em uma cela, quero ter alguma coisa antes. Penso em Arran, em Annalise, nas viagens a Gales, em correr, em cada respiração; cada respiração tem que ser importante, preciosa, valiosa."

    O que mais gostei nessa obra foi sua mensagem principal, evidente desde os primeiros capítulos: O racismo e o preconceito. Mesmo que trabalhemos com um mundo fantástico, Sally Green quis demonstrar com clareza que a Luz, nem sempre é tão boa e justa, e que pode estar muito errada em suas convicções.       Foram justo os Bruxos da Luz – considerados puros, honrosos e extremamente bons – que fizeram Nathan arder em sofrimento, pelos preconceitos arcaicos que mantinham. E o pior era que todos achavam que estavam corretos em suas ações, que estavam fazendo o que deveria ser feito.
   O capa é aveludada, com letras alto-relevo e prata. A capa frontal é negra, enquanto a traseira é semelhante, porém, branca. A Editora Intrínseca acertou muito - e caprichou muito - na diagramação e na revisão de Half Bad! Além disso, a fonte da letra e a cor amarelada da página contribuirão muito para uma leitura satisfatória e sem interrupções. 
    De forma geral, apreciei muito essa leitura e espero ansiosamente pelo o segundo volume! Half Bad mostrou um mundo bruxo diferente do qual estamos acostumados e teve muito sucesso em apresentar um enredo completo e profundo, além de ter um objetivo e uma mensagem geral. Simplesmente ignorei qualquer erro e vacilo que houve nesse primeiro volume e indico esse livro a todos que gostam de livros juvenis fantásticos, principalmente aos fãs de Harry Potter e Instrumentos Mortais.

Primeiro Parágrafo: "Ali estão dois garotos sentados juntos, espremidos entre os braços da velha poltrona. Você é o da esquerda. "
Melhor Quote: "Mas sei que não adianta torcer por isso. Sei que ela vai ter um dom poderoso, como a maioria das mulheres, e que vai descobri-lo, aperfeiçoá-lo e praticá-lo. E usá-lo. Usá-lo em mim."


 


7 Comentários

  1. Oii, eu estou interessada neste livro, vi várias vezes booktubers inglesas a falar dele e a capa chama a minha atenção
    http://diariosdeumadesconhecidacomilona.blogspot.pt/

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  2. Adorei a resenha!
    Eu já conhecia esse livro, mas não tinha muita noção sobre o que a história era. Na verdade, eu pensava que ela era sobre um vírus que matava milhares de pessoas ou algo do tipo. Como assim, né?! kkkk
    Agora, que compreendo a história melhor, fiquei realmente interessada em começar a lê-lo. Eu amei a proposta narrativa da escritora, parece ser bem diferente e criativa. Quero muito ler e ver como ela conseguiu inseri-la na história.

    2surrealistas.blogspot.com.br

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  3. Oi Le, tudo bem?

    A sua é a primeira resenha que leio desse livro e devo dizer que ficou excelente. Fantasia não é um dos meus gêneros favoritos, mas eu aposto que esse livro irá me agradar. Beijos!

    http://euvivolendo.blogspot.com.br/

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  4. que legal essa contracapa! vontade de comprar é demais kk

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  5. Oi, Adorei a resenha, já ouvi muito falar deste livro mas ainda não tive a oportunidade de comprar.

    ~ oquenaocabenaestante.blogspot.com

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  6. Eu estava olhando em uma livraria e acabei dando de cara com esse livro. O nome me chamou muuita atenção, mas não gosto de comprar sem ler alguma resenha antes. Agora que li a sua estou com mais vontade de comprar ainda

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  7. E Un pouco complicado porque no livro no início já diz que A mãe de Nathan se suicidou e aí já diz que o pai Marcus matou... No início às características de afirma Débora começam de um jeito e no meio já ficam de outra por exemplo cor dos olhos em fim... Fora essas coisinhas pequenas o livro é legal.

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