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27 novembro, 2013

{Resenha} Brilho — Amy Kathleen Ryan



Livro: Brilho
Título Original: Glow
Autor (a): Amy Kathleen Ryan
ISBN: 9788581300733
Editora: Geração Jovem
Páginas: 354


Sinopse: A Terra não existe mais, e em duas naves que procuram um novo mundo no espaço, uma menina de 15 anos precisa casar e engravidar para garantir a sobrevivência da humanidade. Enquanto isso, uma sucessão de acontecimentos eletrizantes torna a jornada pelo espaço algo absolutamente imprevisto.






 SÉRIE "SKY CHASERS"
    1.   Brilho
    2.   Spark (Ainda não lançado no Brasil)
    3.   Flame (Ainda não lançado)


    Brilho trata-se de uma ficção científica, ambientada no espaço sideral em um tempo futurístico. A Terra que conhecemos foi completamente destruída — as únicas esperanças da raça humana sobreviver são duas naves, lançadas no espaço com os humanos restantes. Essas pessoas possuem a meta de chegar à Terra Nova, um planeta onde os humanos poderiam retomar suas vidas, e colonizá-lo, formando uma nova geração.
    Waverly tem 15 anos e é a menina mais velha a bordo da Empyrean, a segunda e última nave lançada para o espaço. Ela sabe que sua missão é ter filhos cedo, povoando o novo mundo e garantindo a perseverança da espécie humana. O que os tripulantes de sua nave não imaginam, entretanto, é que sua nave irmã, a New Horizon, pode ter se tornado uma ameaça a eles.
    Impossibilitada de conceber filhos, a tripulação da nave New Horizon beira a extinção, e decide pelo caminho mais prático: eles necessitam de jovens férteis, e a outra nave as possui. Quando a Empyrean é atacada e suas futuras progenitoras, raptadas, uma guerra civil dá-se início entre as duas naves, que deveriam estar em lados iguais — e a dúvida que permanece, é sobre quem é o verdadeiro inimigo.

    O primeiro da série, Brilho é um volume introdutório, que nos explica o que precisamos saber sobre o mundo no qual a história se situa, seus personagens e conflitos. Deparamo-nos com Waverly, uma garota de 15 anos, e sua vida a bordo de uma nave espacial futurística. Apesar de não gostar, na grande maioria das vezes, de livros de cunho juvenil, esse livro conseguiu prender-me desde o ínicio da leitura, mesmo não apresentando um conflito tão complexo.
    Os personagens principais — além da garota, seu namorado, Kieran, e um misterioso e tenebroso amigo de infância, Seth — são adolescentes, e, devido a isso, é impossível esperar uma leitura completamente madura. Apesar disso, me identifiquei bastante com as atitudes dos protagonistas em muitas situações, e adorei a forma realista como cada um foi construído (tanto na forma como eles tomam atitudes corretas, quanto como quando cometiam erros).
    A narração do livro é em terceira pessoa, e a cada “fase” alterna-se entre Kieran e Waverly. Fator interessante, nos permite ter uma visão extremamente ampla sobre os fatos, e entender — ao mesmo tempo — como um fato pode ser visto sobre duas acepções diferentes.
    Não tenho reclamações detalhadas da história, já que a esta possui um ritmo ótimo. Entretanto, fiquei um pouco confusa com o modo que a autora construiu seus personagens, que vão, de uma hora para outra, de extremamente bons à totalmente maléficos. Tirando esse pequeno exagero na hora da narração, é um livro sem nenhum “furo” de coerência ou sequência.
    Percebi ser extremamente difícil pausar a leitura uma vez que eu pegava o livro, já que o enredo é demasiadamente envolvente e instigante, passando sempre a sensação de que algo está prestes a acontecer. Adorei os momentos que passei lendo Brilho, que me transportou com maestria, e de maneira quase inédita, ao mundo da ficção científica.
    As comparações com a série Jogos Vorazes são abundantes, e, deixo tal fato bem claro, absurdas. Não consegui encontrar nenhuma semelhança no modo que as duas séries foram escritas (deixando de lado, obviamente, o fato de tratarem-se de distopias), e fiquei chateada com o fato de haver tantas colocações sobre as comparações na capa do livro. São séries totalmente diferentes, apesar de ambas muito boas.
    O design do livro é, sinceramente, um dos melhores trabalhos que já vi — e, sem dúvidas, o melhor da Geração Editorial. A editora não poupou esforços ao projetar o design do modelo, e não há nada a ser dito sobre esse conceito a não ser “parabéns, pessoal”. Com vários pontos com glitter, a capa remete ao espaço, ao mesmo tempo em que o interior possui folhas escuras e citações maravilhosas. Além disso, toda a composição gráfica do livro contribui para que o leitor sinta-se preso a um filme de ficção científica. Adorei!
    Extremamente recomendado, Brilho não é apenas para jovens, mas para qualquer pessoa que goste de uma boa ficção, recheada de romance, mistério, e, especialmente, aventura. A narração excelente apenas contribui para uma leitura harmoniosa, e não posso esperar para continuar a série. Super recomendado!


BOOKTRAILER

Um comentário:

  1. Eu tenho gostado muito de ficção científica ultimamente. Este livro eu comprei numa promoção na bienal do ano passado, mas ainda não tive tempo de ler e nem coragem de tirar do plástico, com medo de estragar aquele brilho lindo! Rs.
    Beijos.

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